Siena ou Sena em Italiano é uma das cidades mais amadas e visitadas da Toscana. Um lugar rico em história e arte, mas também de fortes tradições, principalmente em relação aos bairros e subdivisões, chamadas de “contrades” e pelo famoso Pálio de Siena. 

As contrade tinham representantes nos conselhos, tomavam decisões locais de menor impacto e eram obrigadas a fornecer contingentes para compor as tropas que defendiam Siena.

Aos poucos, as contrade foram ganhando cores próprias, identidades, bairrismo, paixões...

Como se fossem torcidas de futebol — só que o esporte onde tudo isso se expressa é o Pálio. Hoje restam 17 contrade: a Loba, á Águia, o Unicórnio... e a brava Contrada della Torre, em seu grená, azul e branco, como o Barça.

A cidade ainda mantêm o seu sabor medieval através de suas vielas e a cor avermelhada de seus prédios.

Siena, diz-se ter sido fundada por Aschio e Senio, filhos de Remo, um dos fundadores lendários de Roma, e assim, o emblema de Siena é a loba que amamenta Rômulo e Remo. Você vai encontrar muitas estátuas deles em toda a cidade. 

Siena fica ao longo da antiga rota de peregrinação, a Via Francigena que ligava Roma à Europa Central.

Localizada no coração da Toscana, Siena pode ser facilmente alcançada a partir das outras cidades da região de carro, trem ou ônibus. 

O centro da cidade está fechado ao tráfego, por isso, se está planejando chegar de carro, você ainda vai ter que se mover a pé ou de transportes públicos para visitar Siena. 

Se for de carro indico ler o texto “onde estacionar em Siena“, nele encontrará informações úteis.

A estação ferroviária está localizada fora do centro da cidade, mas é bem conectada com o centro por ônibus. 

A Toscana é certamente uma das regiões italianas mais amadas e apreciadas pelos turistas de todo o mundo, e a cidade de Siena representa, claro, sua perfeição. Siena é linda em todas as estações, muitas pessoas vão no verão, durante as férias, mas também no início do outono, quando os dias ainda são quentes e agradáveis – tornando a visita até mais prazerosa. Em geral, a cidade do Pálio é uma parada imperdível em viagens pela Toscana.

É impossível não se apaixonar por essa cidade cheia de brilho e encantos. Siena, na Toscana, é o tipo de cidade que, sem pretensão nenhuma, faz com que caiamos de amores por ela! 

Seu toque medieval nos encanta e faz com que fiquemos inebriados por suas belezas que incluem arquitetura, praças e becos fantásticos.

A cidade é dividida em três colinas chamadas “Terzis”: San Martino, Camollia e Città, e seu ponto central é a enorme Piazza del Campo, o marco zero da cidade, onde costumava ser o Fórum Romano. A piazza foi reconstruída durante o governo do Conselho dos Nove em 1287-1355. As nove seções do pavimento de tijolo da praça representam o nove conselhos e simbolizam a capa de Madonna que abriga Siena.

Siena pode ser definida como uma cidade de arte, uma cidade culta, uma cidade de boa comida, uma cidade de Palio. Muitas são suas faces, mas a cidade é única! 

Siena ainda mantém sua aparência e o tempo parece ter parado no século XIII, quando a cidade começou a enriquecer-se com um patrimônio artístico e arquitetônico que sempre legitimou sua glória. Neste período a cidade viveu seu melhor momento e é nesta fase que muitos grandes artistas tiveram a oportunidade de expressar sua arte. Lembremo-nos de Duccio di Buoninsegna, Simone Martini, o Lorenzetti, que são, entre outras coisas, os grandes mestres da escola de Siena. Também neste período a cidade foi adornada com monumentos maravilhosos, um deles é certamente o seu Duomo. 

Um dia em Siena realmente não é suficiente para experienciar a cidade e seus tons como um todo, muito menos para visitar seus inúmeros tesouros. De qualquer forma, com um pouco de organização, é possível sem dúvidas ver as suas atrações, admirar o encanto e o clima da cidade. 

Considerando que temos apenas um dia disponível, seguiremos o percurso mais rápido, que vai direto na alma de Sena, para compreender ao máximo essa atmosfera que a cidade exala e para ver os monumentos mais importantes. O nosso itinerário de um dia partirá exatamente do coração de Siena, ou seja, a Piazza del Campo.

A saída é pela zona dos grandes parques de estacionamento da Lizza, facilmente acessíveis tanto de carro como de transportes públicos, perto da Basílica de San Domenico. 

Deixando o carro no Parcheggio Stadio, qualquer via que tomar, você vai subir um pouco de ladeira.

Se for pela Via Camporegio, aqui surge de imediato uma das mais belas vistas panorâmicas da cidade, a Terrazza Panoramica, mas se for pela Via della Sapienza, chega-se a Piazza Salimbeni. 

Pode-se tanto ir por um e voltar por outro, de qualquer modo chegará na Piazza del Campo e pelo caminho, encontrará magníficas construções medievais. Cada uma mais pitoresca que a outra. 

As ruas são bem estreitas e há várias ladeiras, já que a cidade, como dizemos acima, fica em uma colina. Vários edifícios estão interligados entre si por uma espécie de arco, que na verdade é uma passagem entre eles. Tudo muito medieval. Nas paredes dos edifícios há algumas argolas de ferro decoradas. Elas serviam para que as pessoas pudessem amarrar seus cavalos. Uma espécie de “estacionamento” ou “bicicletário” da Idade Média. Se não fossem as roupas modernas das pessoas, poderia jurar que tinha entrado numa máquina do tempo e viajado para a Idade Média... 

Nela, está o Palazzo Salimbeni, que é a sede do Banco Monte dei Paschi de Siena. Dentro dele funciona um museu de arte.

No final desta via uma arcada, em estilo renascentista, ornada com estátuas de santos e outros detalhes em sua fachada é a Loggia della Mercanzia. De 1417, era o ponto de encontro de mercadores e negociantes.

Ao lado da arcada há uma escadaria, por ela se chega a um dos principais pontos da cidade, a Piazza del Campo.

Piazza del Campo, símbolo da cidade, com o típico formato de concha, onde estão o Palazzo Pubblico

e a Torre di Mangia. 

Esta praça é conhecida especificamente porque é lá que acontece, duas vezes ao ano, o Palio delle Contrade, a histórica competição de cavalos em que os dezessete bairros que compõem a cidade se confrontam. Há três destaques nesta praça: 

O belíssimo edifício medieval era a sede do poderoso governo de Siena, hoje é a prefeitura da cidade. São tantas as salas com magníficos afrescos que possui que, acabou virando o Museo Civico. Ele também ostenta uma torre do sino de 102 metros, considerada uma das maiores em estilo medieval da Europa e a segunda torre mais alta da Itália, a Torre del Mangia. 

Algumas de suas salas guardam obras de arte senese, como afrescos de Ambrogio Lorenzetti e Simone Martini. No pátio do palácio fica a entrada da Torre del Mangia, com 102 metros de altura (outros dizem 87), construída com tijolos de barro pelos irmãos Rinaldo.  

Quem se aventurar a subir seus intermináveis 505 degraus é brindado com uma paisagem espetacular da cidade e dos campos de Chianti. 

O nome da torre vem do primeiro sineiro do campanário: Giovanni di Duccio, conhecido como “Mangia”, e era encarregado de bater as horas no ano de 1347. 

Horário do Museu: 10h/18h

Horário da Torre del Mangia: 10h/19h

Preço: 20 € (ingresso combinado disponível somente na bilheteria da Torre).

Localizada no alto da praça era abastecida por um antigo aqueduto. A maior fonte da cidade originalmente decorada com esculturas de Jacopo della Quercia. A fonte, como podemos ver hoje é uma cópia feita em mármore de Carrara, que é muito mais forte do que o mármore do Montagnola usado por della Quercia.  Possui algumas figuras em relevo que representam: Adão e Eva, Maria e o Menino Jesus e as Virtudes. São todas cópias feitas no século XIX. As originais estão preservadas em um museu próximo a piazza.  

Da Praça del Campo seguindo a pé pela Via Pellegrini, nos locomovemos facilmente para as outras atrações da cidade, como a Catedral de Siena, cuja uma das obras mais impressionantes é o piso, composto por 56 placas com cenas esculpidas e entalhadas no mármore e o Batistério, em estilo romântico-gótico, que surpreende com sua grandeza e sua fachada especial em mármore branco com decorações em mármore verde serpentinito, com detalhes em preto e rosa.

Siena é uma cidade cheia de encantos e um deles é seu Duomo, belíssimo e digno de visita. 

A Catedral de Santa Maria Assunta, o Duomo de Siena, continua a ser uma das mais majestosas e importantes igrejas românica-góticas na Itália. 

Visitar este lugar significa elevar o espírito, abrindo-se para a arte e conhecendo um dos tesouros mais preciosos da cidade. A Catedral é de uma beleza tão impressionante que é suficiente admirar sua parte externa para permanecer profundamente encantado. 

A Catedral de Siena está localizada na praça de mesmo nome localizada acima da Piazza del Campo e abriga uma grande quantidade de tesouros de Donatello, Pisano e Michelangelo, mas também afrescos do famoso Pinturicchio. 

O interior da Catedral é em forma de cruz latina, com três grandes naves em pilares plurilaterais que suportam as abóbadas azuis com estrelas de ouro. 

Quando você entra na Catedral fica literalmente atordoado por seu esplendor, seus mármores e suas cores. Branco e verde escuro são as cores que prevalecem também porque recorda as cores da Balzana, o emblema da cidade de Siena. 

Dois olhos não serão suficientes para descobrir todas as belezas contidas nele, as colunas guardam o motivo de alternar o mármore preto e verde escuro e, então, erguendo a cabeça, você pode ver os bustos de papas e imperadores que viveram no passado e parecem olhar para você.

Aconselho a prestar especial atenção ao pavimento, precisamente porque as mais impressionantes obras de arte da catedral são encontradas aqui. O piso é muito particular, cada um dos seus cinquenta e seis painéis são obras-primas que contam histórias diferente, através da utilização de diversas técnicas, como o mosaico, commesso marmóreo e graffito, representando cenas sagradas e profanas, criadas por mais de quarenta artistas, incluindo Beccafumi, que criou trinta e cinco deles.

Os desenhos mais antigos estão localizados perto da entrada e eles são La ruota della Fortuna (a Roda da Fortuna) e La Lupa di Siena (a Loba de Siena) cercados pelos símbolos das cidades aliadas datadas de 1369. 

O precioso pavimento da nave e os corredores não são protegidos por qualquer barreira, enquanto as peças mais valiosas da abside e transepto são cobertas com um piso especial que impede a consumação já que muitas pessoas vão passar por eles todos os dias durante as visitas turísticas e missa. 

Você pode admirar sem proteção apenas durante certo período do ano, geralmente entre os meses de junho e outubro. 

No interior central da catedral, siga para encontramos também a famosa a Biblioteca Piccolomini, que é outro precioso e verdadeiro  tesouro de obras de arte da Catedral. Construída em 1492 pelo Cardeal Francesco Todeschini Piccolomini, mais tarde Papa Pio III.

Este grande salão leva o nome de Biblioteca porque inicialmente foi destinado a acomodar e abrigar uma rica coleção de manuscritos de seu tio, Enea Silvio Piccolomini, o Papa Pio II, mas a Biblioteca nunca hospedou os volumes da família Piccolomini.

Dentro dela, nas paredes, também se preserva um tesouro artístico inigualável, como as quatro esculturas de Michelangelo Buonarroti, e podem ser admirados os afrescos de Pinturicchio e seus colaboradores, entre os quais se destaca o jovem Raffaello Sanzio e sobre o altar está também o quadro “Nossa Senhora e o Menino Jesus”, de Jacopo della Quercia.

Em dez cenas de afresco de excepcional qualidade pictórica, são contados episódios da vida de Pio II, antes e depois de sua eleição ao trono papal, em perfeito equilíbrio entre o erudito humanista e o supremo pontífice.

   

O Batistério é dedicado a São João e foi construído em 1300, quando se decidiu ampliar o Duomo. 

O Batistério tem a entrada na Piazza San Giovanni e é facilmente reconhecível por sua fachada em mármore incompleto. 

O interior do Batistério é lindamente decorado com um ciclo de afrescos realizados por alguns artistas de Siena do Renascimento. A obra-prima mais preciosa preservada dentro do Batistério é sem dúvida a fonte batismal criada por alguns dos maiores escultores da Renascença: Jacopo della Quercia, Lorenzo Ghiberti e Donatello.

O Museo dell’Opera del Duomo é um dos mais antigos museus privados da Itália e está localizado no lado sul da catedral, em uma área que deveria ter sido uma extensão da igreja na base do projeto da “Nova Catedral “, que nunca foi concluída.

Subir na parte dos arcos que foram realizados para a “nova catedral” é magnífico, tem uma vista maravilhosa e não é tão cansativo como na Torre del Mangia.

Aqui, você pode admirar as estátuas originais da fachada da Catedral, incluindo aquelas feitas por Giovanni Pisano, o vitral da janela da abside e a Maestà, uma das maiores obras-primas de Duccio di Buoninsegna, do início do século XIV, além de esculturas de Donatello, Jacopo della Quercia, Giovanni Duprè, entre outros.

O complexo está localizado em frente ao Duomo, por isso é muito fácil de chegar e visitar. 

O Complexo de Santa Maria della Scala é um dos hospitais mais antigos da Europa, onde os peregrinos eram acolhidos, bem como as crianças pobres e abandonadas. 

Santa Maria della Scala abriga um vasto patrimônio artístico, bem como exposições temporárias.

O Museu é dividido em quatro andares, é uma espécie de “cidade dentro da cidade”.

Não se esqueça que este é um roteiro de um dia de visita à Siena, então, sugiro você considerar se terá tempo suficiente para visitar todo o complexo ou não, pois dentro dele ficam:

• Cappella delle Donne

• Sagrestia Vecchia, onde fica o afresco da Madonna del Manto – Jacopo della Quercia.

• Cappella della Madonna

• Chiesa della Santissima Annunziata

• Cappella delle Reliquie

• La sala del Pellegrinaio

• Fienile, onde fica colocada a Fonte Gaia original

• Oratorio di Santa Caterina della Notte

• Il tesoro – Le reliquie e gli ori, onde ficam guardadas as relíquias da arquidiocese da cidade

• Museo Archeologico Nazionale – museu de arqueologia da cidade

• Compagnia di Santa Maria sotto le Volte

• Chiasso di Sant’Ansano – antiga via coberta da cidade

• Racconto della città. Dalle origini al Medioevo – museus que conta a origem da cidade

• Gipsoteca – onde ficam as bandeiras das contrades do Palio de Siena, que vieram do Museo Stibbert

• Museo d’Arte per bambini – museu de arte para crianças, muito didático

• In Contemporanea – local de exposições de arte contemporânea

Dica:Se você pretende visitar estes monumentos, sugiro você comprar o passe OPAS, um bilhete cumulativo que lhe permite visitar: a Catedral, a Cripta, a Biblioteca Piccolomini, o Batistério e do Museu da Opera del Duomo, onde você pode apreciar a vista da cidade, economizando mais de de 50% em bilhetes individuais. Além disso, recomendo visitar o site oficial, para se inteirar dos horários e valores atualizados, que poderão ocorrer a qualquer momento. Site Oficial: operaduomo.siena.it/it/

Esta enorme e imponente Basílica construída em estilo gótico pelos dominicanos no século XIII, está muito associada com Santa Catarina, um dos dois santos padroeiros da Itália. O que a maioria dos visitantes vem à Basílica de São Domenico para ver a Capela de Santa Catarina, onde fica a cabeça e o polegar de Santa Catarina.

Catarina Benincasa,nascida na cidade, era filha de um comerciante e aos oito anos decidiu se dedicar vida religiosa. Além de ter visões, ela recebeu as chagas de Cristo. 

Ficou famosa por ser uma grande diplomata e foi responsável por trazer a sede da Igreja Católica de Avignon, na França, de volta para o Vaticano, em Roma.

Não perca a Capela dos votos com seu afresco de Santa Catarina por Andrea Vanni, o único retrato da santa pintado quando estava viva. Se você tiver ainda tempo, visite o Santuário de Santa Catarina.

A casa onde ela nasceu é aberta para visitações, com entrada gratuita e está cercada por capelas e claustros.

 

Outro lugar importante na cidade é o Santuário de Santa Catarina, local onde ficava a casa da Santa. 

A varanda, chamada de Portico dei Comuni, ou Pórtico dos Comuns, ganhou este nome porque todos os municípios italianos contribuíram para a sua construção, realizada entre 1941 e 1947, após a demolição de uma igreja existente. No local, o elemento mais antigo é o poço realizado em travertino, datado entre o final de 1400 e o início de 1500.

Dentro da Casa Santuário, você pode admirar o belo piso de cerâmica da cozinha do Oratorio della Cucina, que já foi parte da casa da Santa, e muitos afrescos com cenas da sua vida. 

No térreo há uma pequena sala onde Catarina usava para descansar sob um travesseiro de pedra. 

No pomar da família de Santa Catarina, visite o Oratorio del Crocifisso, construído em 1623 para manter o crucifixo, que segundo a tradição fez originar os estigmas em 01 de abril de 1375, que teve lugar na Igreja de Santa Cristina em Pisa. Aqui, num nicho, há um fragmento do seu omoplata.

Pra quem ficou curioso sobre que fim levou o corpo dela: ele está em Roma, na Igreja Santa Maria Sopra Minerva.

Após a pausa, tornamos ao nosso passeio em direção à Basílica de São Francisco, que ocupa lugar entre os monumentos de Siena, principalmente pela sua imponência (fruto das ampliações em estilo gótico sobre a estrutura românica inicial) e fica na praça homônima, a Piazza San Francesco. 

A fachada que vemos hoje, em estilo neogótico, é do século XIX e substituiu a frente original erguida no século XIII que era de mármore branco e verde com uma rosácea. Esses itens agora se encontram na parte interna da igreja, que apresenta uma estrutura especial em forma de cruz egípcia.

Os vitrais da Cappella Maggiore são espetaculares! Suas cores são intensas e chamam logo a atenção. 

Como disse acima, se embrenhar pelas ruas estreitas é uma das atrações mais interessantes de Siena. Reserve um tempinho para passear pelas ruas da cidade, olhar as vitrines das lojas e mergulhar nas cores e nos brasões dos inúmeros bairros, postos nas janelas e portas das casas. A cor terracota de Siena domina os telhados e as paredes tornando a paisagem encantadora e harmoniosa. 

Quem visita Siena, visita a Piazza del Campo, o Duomo, o Contrade, passando pelas ruas principais e de compras turísticas. Além disso, neste roteiro, vamos fazer uma caminhada urbana, sempre no coração de Siena, em busca das ruelas mais características e em becos menos conhecidos, por onde quase nunca passa a grande multidão de turistas.

Quem gosta de ruelas medievais, arcos e passagens cobertas se sente em casa na região do Ghetto de Siena. Uma área adorável, como costumam ser os bairros judaicos das velhas cidades europeias, feitos de ruas muito estreitas e tortuosas.

A cidade nos oferece uma experiência genuinamente italiana quando o assunto é alimentação, uma gastronomia irretocável e ao contrário do que muitos pensam, Siena nos oferece diversas opções boas e baratas em termos gastronômicos. Em Siena, existem alguns pratos típicos para experimentar:

- Bruschettas à base de fígado ou cogumelos ou o pão acompanhado de salame toscano.

- Crostini Neri - Um antepasto feito de fatias de pão torrado coberto com patê de fígado de frango, cebola, azeite de oliva, vinho, alcaparras, anchovas. O ingrediente que o diferencia da versão fiorentina é o baço de frango. Este é um tipo de prato típico que é melhor comer sem explicar muito… hehe!

- Pici Senesi - Massa feita a mão, parece um spaghetti só que mais grosso e não uniforme. Os molhos que acompanham são: Aglione (tomate com alho e peperoncino), Caccio e Pepe (queijo de ovelha e pimenta) ou Ragù (carne moída de boi, javali ou mesmo pato).

- Cinta senese - É uma raça muito antiga de suíno típica de Siena, criada livremente, caracterizada por ser preto com uma faixa (cinta) branca na altura do pescoço. É utilizado na produção de diversos salames – salame di Cinta Senese, lardo, pancetta, capocollo – mas também feito da grelha (Tagliata di Cinta Senese).

Panforte e Ricciarelli são os dois doces de tradição senese.

O Panforte foi uma receita inventada no século XIII por uma madre. Feito com diversas especiarias, farinha, mel, amêndoas, nozes, avelã e fruta seca.

Diz a lenda que a receita para o Ricciarelli chegou em Siena através de um cavaleiro de retorno das Cruzadas. Feito a base de amêndoas, açúcar, clara de ovo, fruta cristalizada e baunilha, cozido no forno e coberto com açúcar de confeiteiro.

 

Entre os tintos encontramos uma vasta opção – Chianti Classico, Chianti Colli Senesi – que inclui os melhores vinhos da Itália: Nobile di Montepulciano, Brunello di Montalcino. Entre os brancos a protagonista é a Vernaccia di San Gimignano.

 

Dicas Importantes

• Faça reserva sempre que possível, principalmente se você estiver viajando durante a alta temporada e para o jantar, que é quando alguns restaurantes ficam mais cheios;

• Dê preferencia, sempre, para o vinho da casa: é saboroso, agradável e acompanha bem a maior parte dos pratos disponíveis no menu dos restaurantes;

• Se você está na dúvida do que comer, peça sugestão ao garçom. Normalmente a especialidade da casa não decepciona;

• Evite pedir pratos de outras regiões italianas na região que você está visitando: pode parecer bobagem, mas eles ficam bem ofendidos; se estiver na Toscana, por exemplo, evite pedir um Spaghetti Carbonara, típico da região do Lazio;

• Peça sugestão de onde comer na recepção do seu hotel. Não é difícil que eles conheçam lugares fantásticos, baratos e perto de onde você.