Neste segundo dia em Viena, mais um roteirinho básico: vamos continuar conhecendo o Innere Stadt que é considerado o coração da capital austríaca. Essa área foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco e merece uma visita atenta, pois é um lugar onde o passado da cidade surge entre vias estreitas e ruas de pedra.
Viena é uma cidade fácil de se conhecer, embora surpreenda aos turistas mais desavisados, pois muitos não fazem ideia da beleza que vão encontrar nesta cidade. Avenidas largas e arborizadas, imponentes prédios históricos, palácios, museus, belas arquiteturas…principalmente aqui no Innere Stadt, com suas calçadas repletas de elegantes cafés e restaurantes frequentados por gente bem vestida…coloca bem vestida nisso! Ao passear por suas ruas, praças e jardins, é difícil não notar que a música e os Habsburgs fazem parte da identidade da cidade…
Uma excelente maneira de começar esta visita pelo coração de Viena, é a pé, já que suas ruas são reservadas a pedestres.
Onde está a Stephansdom, catedral dedicada a Santo Estevão. Esta obra-prima gótica encontra-se no centro de Innere Stadt e é o edifício mais emblemático e querido da cidade. Partindo da rua de pedestres Kärtner Strasse é possível avistar desde longe a imensa torre da catedral.
     
Erguida em 1358 no lugar de uma igreja do século XII, quando em plena idade média, Viena era apenas uma pequena praça, chamada Am Hof. Esta catedral possui resquícios arquitetônicos romanos. A torre de 137 metros de altura é o ponto mais alto da cidade. Seu telhado multicolorido, é formado por 250 mil azulejos vitrificados, é o orgulho da arquitetura gótica local.
 
O grande campanário e seus 343 degraus conduzem a uma estreita plataforma de onde se pode admirar lindas vistas de Viena, fazendo da Catedral de Santo Estevão um dos principais ícones de Viena.
Seus altares e capelas góticos e suas grandes dimensões verticais fazem dela um dos mais poderoso ícones da capital austríaca e palco de fatos marcantes da história do império austro-húngaro. O Stephansdom, em seu interior possui uma valiosa coleção de esculturas artísticas, ainda guarda criptas e tumbas de figuras ilustres do país. Stephansplatz. Seg. a sab.. das 6h às 20h; dom. das 7h às 20h. Entrada gratuita.
   
Os entornos da catedral dão ótimos passeios a pé, inclua em suas andanças as ruas atrás da igreja.  A passarela mais importante do centro é a rua Graben, e por aqui estão, além de elegantes bares, cafés e restaurantes com mesas nas calçadas, as principais lojas da cidade.
 
                        
Ao andar pela Graben, você vai ver a Pestsäule (Coluna da Peste), um belo monumento com uma origem sombria: a peste negra.
Tire um tempinho para experimentar o famoso Café Vienense, uma das tradições locais, e não deixe de deliciar-se com a imensa variedade de doces que tornaram os confeiteiros de Viena famosos. Ao lado, uma imagem da Graben, as tendas dos tradicionais cafés no calçadão.
Além da Graben, também vale percorrer as vizinhas Kärntner e Kolmarkt, conhecendo com calma as inúmeras atrações desta área. Em seu entorno o movimentado Boulevard Kärntner, no coração de Viena. É uma das ruas comerciais mais bonitas da Europa Central, ostentando lojas de marcas de grife, restaurantes, hotéis e charmosos cafés.
A Kärntner Strasse está para Viena assim como a Champs Elysées está para Paris. Além de um grande número de lojas, esta linda rua possui imponentes edifícios históricos e diversos cafés de rua, bem ao estilo austríaco. É uma ótima pedida para fazer compras ou simplesmente caminhar e ver as vitrines.

Quando sentir fome vá até o restaurante Rosenberger, rua Maysedergasse 2, veja a placa da rua na foto acima e o Albertina ao fundo na debaixo. Comemos lá dois dias.

Ele tem excelentes bufês de saladas, carnes, sopas, peixes e ótimas sobremesas, sem ser caro, e por isso costuma fazer muito sucesso entre turistas.Mas tem que saber se servir, porque não é um self-service como estamos acostumados.
            
Cada prato tem um valor diferente, independentemente da quantidade que se coloca no prato. Por isso, no primeiro dia comemos muito menos e pagamos muito mais do que no segundo.
Se o seu negócio é comprar, bem em frente, na esquina da Ring com Kartner Strasse, foi inaugurado o mais moderno shopping de Viena. No subsolo há um conveniente supermercado.
E a propósito na Kartner Strasse 17 tem uma loja da Douglas, com produtos que não encontrei nem em Paris...Que shopping, que nada! os austríacos gostam mesmo é da Mariahilfer Straße, é a rua de compras deles. Se você quiser dar uma esticadinha até lá, indo pela Opernring até a Museumsplatz, você anda 750 m, mas não se iluda ela tem quase 4 km do início até o fim.

A propósito ficamos no Hotel Austria Trend - Hotel Ananas Wien, Rechte Wienzeile 93-95 / Sonnenhofgasse 8-10. Um hotel bem localizado, principalmente por estar em frente a estação do Metro Pilgrangasse, basta atravessar a rua, passando 2 estações você estará no centro onde tudo acontece. Inclusive para ir ao Palácio de Schönbrunn que está a 4 estações.Tem um café da manhã bom, quartos limpos, um ponto negativo é o tamanho do box, acho que isso é padrão nos hotéis europeus, enfim. Recepção não compromete, atendimento normal.
      
Tem um restaurante bem próximo, a Cantina di Tino (La Casa Grande) Restaurante e Pizzaria, Schönbrunner Str. 75. Nós comemos aqui porque depois de um dia inteiro de excursão, estávamos muito cansados e fazia muito frio para sair para jantar em outro lugar, já que pizzaria fica praticamente na rua detrás do Hotel Ananas, onde estávamos hospedados.

E também porque já estávamos cansados de comer wiener schnitzel, e "goulash por alguns dias. O serviço foi bom e os preços também, mas não se compara as nossas pizzas, inclusive as paulistas, que são muito melhores, mas eles tem no menu uma variedade de pratos entre massas e saladas. É uma casa que foi transformada em comércio, os cômodos são aconchegantes, às vezes até reservados, bom para casais. As fotos abaixo são do site.

Ficamos três dias em Viena, e vimos muita coisa. Faltaram muitas, é claro, mas acredito que o final de semana que passamos lá foi suficiente para explorar o melhor da cidade.
E foi pensando nisto que montei este roteirinho básico para quem quiser conhecer principalmente o Innere Stadt, que é considerado o coração da capital austríaca.
E a melhor maneira de conhecer o centro é a pé, já que suas ruas são reservadas a pedestres e a maioria das atrações são próximas: a distância do Palácio Hofburg , passando pela Albertina e indo até a Ópera são 600 metros no total.
O Innere Stadt  foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco e merece uma visita atenta, pois é um lugar onde o passado da cidade surge entre vias estreitas e ruas de pedra.
No post anterior, vimos a Ringstrasse, agora dentro do Ring, vamos começar pelo mais importante e que formam o grande complexo conhecido como Hofburg. Você pode até não entrar no palácio, se estiver sem tempo, mas conferir sua magnífica fachada é um dever em Viena!

O grandioso Hofburg, foi a antiga residência de inverno e sede do governo dos Habsburgs. Imperadores da Áustria e uma das famílias mais poderosas que a dominaram politicamente  durante seis séculos, de 1273 a 1918.
Este palácio é um complexo de residências imperiais, museu, biblioteca, escola de equitação, capela, igreja e sede do poder Austríaco. Os trechos mais impressionantes são os aposentos reais.
  
A imensidão de sua estrutura deve-se ao desejo de cada imperador em superar seus antecessores acrescentando, ao longo dos anos, novos setores ao palácio.
A porta de Michaelerplatz dá acesso tanto aos aposentos imperiais do Hofburg como para a Escola Espanhola de Cavalaria.
A Escola de Equitação foi fundada em 1572, e nela os Habsburg formaram o Spanische Reitschule, que logo se tornou um padrão mundial no adestramento de cavalos. No local há apresentações frequentes, mas os ingressos devem ser comprados com antecedência. Escola Espanhola de Equitação (Michaelerplatz,1. Qui. a sab.., das 10 h às 12 h. Entrada paga).
Hofmusikkapelle
Capela do Palácio Real e Augustinerkiche - Igreja dos Augustos, a Biblioteca Nacional (Josefplatz, 1. Ter. a dom., das 10 h às 18 h. Entrada paga
E aqui estamos no Albertina. O Albertina é outro museu que merece uma visita com seu belo acervo impressionistas e ótimas exposições temporárias, várias obras de mestres dos séculos XVI e XVII.
Além disso, abriga aposentos ricamente decorados da época que o edifício serviu como residência do duque Albert. Renoir, Monet, Picasso... E as exposições temporárias costumam ser ótimas! Seu café é muito charmoso, e a loja do museu vende muitas opções de souvenires relacionados com arte.
Desta vez, o forte são as artes gráficas (cerca de 50.000 desenhos e aquarelas!), mas a coleção de pinturas também não faz feio.
Mais alguns passos, chegando na Operngasse, estamos na Ópera Estatal de Viena (em alemão Wiener Staatsoper) é uma casa de ópera e uma companhia de ópera, com uma grande história desde o século XIX.
Se você for viajar para Viena, definitivamente não pode deixar de visitar a Ópera de Viena, nem que seja só por fora também, mesmo porque, sempre que se pensa em ópera, é difícil não lembrar dessa cidade.
A ópera começou a ser construída em 1861 e terminou suas obras em 1869. Sua arquitetura segue o estilo neo-renascentista e foi a primeira obra de Viena que tinha como finalidade a apresentação de óperas. Sofreu bombardeamentos durante a Segunda Guerra Mundial, mas felizmente não foi todo danificado.

A parte de trás do edifício é claramente mais ampla e abriga o palco e as facilidades de acompanhamento, enquanto as casas estreitas abrigam parte da frente do auditório e as salas de acesso público.
Da direita para a esquerda da casa, podem ser vistas duas fontes antigas feitas por Josef Gasser representando mundos opostos: Esquerda (Música, Dança, alegria e leveza) e Direita (Loreley, dor, amor e vingança).
E por fim a calçada da fama, onde grandes nomes de músicos e de tenores de óperas famosas passaram por ali e deixaram sua marca.
Visite o site, confira a programação e os preços atualizados www.wiener-staatsoper.at
Como podem  ver Viena possui uma imponente oferta cultural, grande concertos de música clássica, óperas e peças teatrais, lugares turísticos fascinantes, restaurantes, bares e uma vida noturna dinâmica, que podem ser vivenciados nos cafés ou nos Heurigen, as típicas tabernas austríacas, que proporcionam à cidade sua fama mundial. Por isso, acho que a cidade merece ser degustada com calma. Assim, no próximos post vou mostrar mais um roteirinho curto, para quem tem pouco tempo na capital austríaca. Aguardem!!