Pompeia | Italia

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Pompeia
é uma das cidades mais visitadas da belíssima região da Campânia, no sul da Itália. O imenso sítio arqueológico de Pompeia abriga edifícios, monumentos, esculturas, pinturas, mosaicos, e restos mortais em 440.000 metros quadrado. 
As escavações de Pompeia são parte do Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1997, representando um dos testemunhos mais incríveis de um passado glorioso, de uma cidade extremamente promissora que foi devastada por uma erupção inesperada do Vesúvio, em 79 d.C., tornando-se um dos sítios arqueológicos mais importantes do mundo.

História
Pompéia foi habitada desde a antiguidade por camponeses que se estabeleceram na planície para se defenderem em caso de guerra. Os historiadores creem que a cidade de Pompeia foi fundada por um povo indo-europeu originário do norte da Campânia – os Osci ou oscos - por volta do século XVI a.C. ao século VIII a.C. restando saber a origem e o significado do nome. Existem duas teorias; do pumpe (desfile triunfal) de Hércules quando expulsou os gigantes da Campânia, ou da palavra osca pumpe (cinco).
Os etruscos e gregos desempenharam um papel importante na criação da cidade, garantindo-lhes uma saída comercial para o mar.
A presença de um templo grego, dedicado a Atenas, datado de meados do século VI a.C., atesta a coexistência de gregos, etruscos e oscos.
Passou depois pelas mãos dos samnitas. No final do século VI a.C. o equilíbrio foi rompido e após o declínio do poder etrusco e samnita, chegou Roma, em meados de I a.C., sob domínio romano,
Pompeia atingiu o seu auge, muito por causa da estratégica localização como entreposto comercial e da fertilidade dos solos em redor do vulcão Vesúvio
Muito em breve a cidade alcançou o aspecto de uma cidade helenística: o santuário de Apolo foi renovado em estilo grego, a basílica e o templo dedicado a Ísidas foram erguidos e as Termas de Stabia também foram renovadas. Neste período de grandes obras públicas foram construídas as mais belas Domus de Pompéia.
Nesse período, o templo de Júpiter foi transformado no "Capitolium", o "Comitium" foi construído para as eleições e foi erguido um santuário dedicado a Vênus e um anfiteatro, a Villa dei Misteri também foi amplamente reestruturada e as Vilas de Oplontis e Boscoreale foram construídas e o templo de Vespasiano também foi reformado.
A construção do aqueduto derivado do aqueduto do Serino levou água corrente às domus mais ricas e às fontes das principais ruas da cidade.
Finalmente, Pompéia se torna uma cidade muito ativa, rica em santuários, palácios, grandes monumentos, jardins, vilas suntuosas e fontes artísticas.
A cidade localizavada sobre uma colina formada pela lava do Vesúvio, tinha uma área de cerca de 66 hectares e tinha um porto fluvial na foz do Rio Sarno
Para os habitantes de Pompeia, o Vesúvio era uma belíssima montanha verde. Assim, sem saber do perigo que corriam, a vida seguia normalmente.
Algum tempo antes da fatal erupção, os habitantes de Pompeia já se mostravam preocupados com os constantes terremotos na região. No entanto, ninguém sabia explicar, de fato, o que estava acontecendo, muito menos de que a bela montanha era, na realidade, um dos maiores vulcões do mundo. 
Erupção do Vulcão Vesúvio
No ano de 62 d.C., um terremoto devastou parte da cidade, a reconstrução começou imediatamente, mas devido aos danos sofridos, após dezessete anos depois, as obras ainda estavam reabilitando a cidade.
Até que, no dia 24 de agosto de 79 d.C. a lava e detritos expelidos pelo Vesúvio (nube piroclastica
desceu as encostas do vulcão, devastando a cidade. Foi uma erupção tão violenta que destruiu Pompeia em apenas dois dias. 
Primeiramente, pela ação de uma chuvada de pequenos piroclastos que, por ter durado umas 18 horas, permitiu que a maioria dos 20.000 habitantes de Pompeia escapasse (foram até agora encontrados 1.150 corpos). Ao início do segundo dia, com a passagem de nuvens de cinzas de alta velocidade, densas e muito quentes, a paisagem foi sendo destruída e a população que não tinha ainda fugido foi queimada ou sufocada, enterrando Pompeia por muitos e muitos séculos.
Estima-se que essa erupção tenha durado cerca de 24 horas, tempo suficiente para que o vulcão cobrisse toda a cidade com suas destruidoras cinzas, lapilli e escória. Pesquisadores afirmam que o vulcão tenha coberto Pompeia com, aproximadamente, 3 metros de detritos por um raio com mais de 15 quilômetros de distancia; naquele dia o vulcão expeliu tudo o que podia a uma altura de 26 metros de altura.
Vale lembrar que, Herculano não foi totalmente devastada como Pompéia porque os ventos mudaram repentinamente, levando as cinzas e os detritos para o outro lado do vulcão, ou seja, a cidade também foi devastada – mas sofreu menos consequências do que a cidade vizinha Pompeia
Divergências sobre a Erupção
Alguns arqueólogos revisaram a possível data exata da erupção. Após algumas análises sobre o ocorrido, foi encontrada uma moeda que se refere à décima quinta aclamação de Tito como imperador, que aconteceu após 8 de setembro de 79 d.C.
O Vesúvio teria acordado em 24 de agosto d.C., mas segundo uma inscrição encontrada no "décimo sexto dia antes das calendas de novembro". Isso sugere que a erupção pode ter ocorrido em outubro, provavelmente dia 24 de outubro de 79 d.C.. 
Essa evidência foi descoberta no interior da “Casa com Jardim” da Regio V, estava também registrada em uma epígrafe a carvão, com data de 17 de outubro – uma semana antes da tragédia, logo, essa data parece confirmar de que, de fato, a erupção foi dois meses depois da data “oficial”.
As Escavações de Pompéia
Por volta de 1594-1600, o arquiteto Domenico Fontana, durante a construção de um canal para transportar água do rio Sarno até a Torre Annunziata, descobriu involuntariamente alguns edifícios e inscrições da antiga Pompéia. Apesar disso, a cidade voltou a ser coberta pelo caráter “obsceno” dos frescos. 
Em meados do século XVIII (1748), durante o reinado de Carlos de Borbón, que pretendia ampliar o seu museu privado. O rei Carlos VII de Nápoles, mais conhecido como Carlos III da Espanha, iniciou novas escavações profissionais para estudar a cidade enterrada de Pompeia. O diretor das primeiras obras sobre Pompéia e Herculano foi o aragonês Roque Joaquín de Alcubierre. Mais de 45 hectares foram escavados, onde os arqueólogos encontraram uma cidade pujante, grande parte preservada debaixo de camadas de cinzas vulcânicas. Era como se Pompeia tivesse sido congelada no momento em que foi soterrada, proporcionando um raro instantâneo da vida nos tempos romanos.
Em 1775, foi criada a "Accademia Ercolanese" com o objetivo de estudar os monumentos de Ercolano e Pompéia. Neste período surgiram: a Villa di Cicerone, posteriormente coberta, a Villa di Diomede, o Teatro e a Casa di Julia Felice.
Um grande impulso foi dado aos trabalhos de escavação na época de Joseph Bonaparte e Joachim Murat, descobrindo a Basílica, o Fórum, o Tempio della Fortuna Augusta, as Terme Minori e as casas chamadas Pansa, o Poeta Trágico e o Fauno.
Entre 1848 e 1850 houve um intervalo, enquanto de 1850 a 1859 foram descobertas a Via Stabiana e o Terme Stabiane.
Em 1860, a direção das escavações foi confiada a Giuseppe Fiorelli, que experimentou a sugestiva técnica das fricções de gesso para reavivar a dramática agonia da cidade.
Neste período surgiram: a Casa dei Vetti, a Casa degli Amorini dorati, a Casa di Lucrezio Frontone, a Villa dei Misteri e a Casa di Menandro
Nos últimos anos as escavações, inicialmente confiadas a Amedeo Maiuri e depois a partir de 1961 a Franciscis, foram aperfeiçoadas, descobrindo mais ou menos três quintos de toda a cidade.
Desde então, as escavações foram prosseguindo, tendo sido criado o Parque Arqueológico de Pompeia com acesso ao público em geral. 
Corpos de Pompeia
Muita gente pensa que vai encontrar corpos dos habitantes de Pompeia preservados, como se fossem múmias. Na verdade, os corpos de pessoas e animais e organismos vegetais (plantas, árvores e também objetos de madeira), cobertos por uma espessa camada de “lapilli” incandescentes, decompuseram-se, deixando um buraco vazio no compacto banco de cinzas, correspondentes aos espaços outrora ocupados pelos corpos carbonizados, na exata posição em que estavam quando pereceram.
Ora, descobriram que, ao despejar gesso líquido nessas cavidades, usando-os como moldes, eram feitas fricções que reproduziam cópias quase perfeitas e fielmente as feições de homens e animais nos últimos momentos de suas vidas. Hoje, é possível conhecer – não os corpos propriamente ditos – essas “estátuas” de gesso. 
 
Estilo Decorativo
O estilo decorativo de Pompéia é um marco decorativo, as mais belas casas foram construídas e o jardim com pórticos substituiu o pomar. As paredes antes pintadas simplesmente de branco, passaram a ser decoradas com estuque policromado imitando mármore:
1º estilo pompeiano, derivado do leste da Grécia. O Inlay é uma imitação de revestimento de mármore. Posteriormente as paredes foram pintadas com vistas panorâmicas de jardins e arquitetura imaginária;
2º estilo pompeiano é o arquitetônico, composições arquitetônicas, com dois ou mais planos de profundidade, através do jogo do ilusionismo perspectivo. Os pisos também foram adornados com mosaicos preto e branco, com motivos geométricos. 
3º estilo pompeiano é o ornamental. O esquema arquitetônico da parede assume uma função essencialmente ornamental, caracterizado por uma divisão rígida da parede em três zonas horizontais e verticais, repletas de elementos decorativos e pequenas pinturas com paisagens e naturezas mortas. 
4º estilo é o fantástico, todo o painel de parede é concebido como uma composição decorativa simples, de mero valor iluminante. Amplia as fantasias arquitetônicas do 2º estilo e o tom decorativo do 3º estilo.

Como chegar 
Nápoles–Pompeia
De ônibus
Tempo de viagem: 40 minutos do centro da cidade de Nápoles.
Parada/estação: Pompei Scavi
Horários: 1-2 ônibus partem a cada hora a partir das 7h30
Dirija-se à estação de ônibus SITA perto do porto Nuova Marina em Nápoles e embarque no 5001.
Desembarque em Pompei Scavi, que fica a poucos passos das ruínas de Pompeia
De trem
Tempo de viagem: 35 minutos do centro da cidade de Nápoles.
Parada/estação: Pompei Scavi/ Villa dei Misteri 
Horários: Os trens da Circumvesuviana partem de 2 a 3 vezes por hora
Embarque na linha Circumvesuviana, Campania Express ou na linha de trem Metropolitano a partir do site Napoli Porta Nolana Station.
Você também pode embarcar no trem na próxima parada, a Napoli Piazza Garibaldi Station, no entanto, talvez não consiga um assento, pois essa é uma estação movimentada. 
De carro
Tempo de viagem: 30 minutos do centro da cidade de Nápoles.
De Nápoles, pegue a rodovia A3 Nápoles-Salerno em direção a Salerno.
Pegue a saída Pompei Ovest para chegar à SS18 e, em seguida, você entrará na Via Villa Dei Misteri.
Não se esqueça de levar euros para pagar os pedágios.

Roma–Pompeia
De ônibus
Tempo de viagem: 3 horas do centro da cidade de Roma.
Parada/estação: Naples Metropark Central Parking.
Horários: Os ônibus partem diariamente de hora em hora.
Pegue o ônibus direto de Rome Tiburtina Largo Mazzoni para Pompeia.
Desembarque na estação Pompeia, a uma curta caminhada da entrada da atração.
De trem
Tempo de viagem: 1 hora de Roma a Nápoles; e 35 minutos do centro da cidade de Nápoles a Pompeia.
Parada/estação: Pompei Scavi/ Villa dei Misteri 
Horários: Os trens da Circumvesuviana partem de 2 a 3 vezes por hora
Não há trem direto de Roma para Pompeia. Você terá que pegar um trem para a estação Naples Napoli Porta Nolana.
A partir daí, você pode embarcar na linha Circumvesuviana, Campania Express ou na linha de trem Metropolitano
De carro
Tempo de viagem: 30 minutos do centro da cidade de Nápoles.
De Roma, pegue a E45 via Strada Statale (rodovia com pedágio).
Pegue a saída Pompei Ovest da E45 e continue na SS 18 Tirrena Inferiore/SR18. Dirija até a Via Antonio Morese em Pompeia.
Onde estacionar
Parking Zeus está localizado a apenas 50 metros da entrada da Porta Marina Superiore das escavações em Pompeia
Parking Zeus Area 2 está localizado a apenas 70 metros da entrada da Porta Marina Superiore das escavações em Pompeia, esse estacionamento é específico para ônibus e campistas. 
EuroParking Turistico está localizado a 1,2 km das ruínas de Pompeia.
Pompeii Ruins Parking fican a Via Plinio, 95 a 700 m da entrada.
Parking Plinio Ditta Russo na Via Plinio, 99 fica a 600 m da entrada.

Nota: se visitar Pompeia a meio da viagem entre Nápoles e a Costa Amalfitana saiba que é possível deixar a bagagem guardada na estação de comboios ou junto à entrada do parque arqueológico.

Quanto tempo 
A maioria das pessoas deve contar com pelo menos três ou quatro horas para visitar Pompeia. Para os viajantes com muito interesse em locais históricos, no entanto, é possível passar um dia inteiro em Pompeia tentando conhecer todas as casas e recantos do complexo.
Note que, em minha opinião, é melhor visitar Pompeia de tarde, porque sempre tem algumas sombras e, para quem gosta de fotografar, a luz é melhor. Além de que, a maioria dos grupos de turismo chega de manhã, sendo por isso a altura do dia em que Pompeia está mais cheia. É uma opinião muito pessoal – vale o que vale!
Bilhete área arqueológica de Pompéia –Pompei SGL
Validade: 1 dia.
Valor do Ingresso: 
Existem dois tipos de tickets para visitar Pompeia:
Ticket para visitar Pompéia: sem a Villa dei Misteri;
Ticket para visitar Pompéia com as vilas: Villa dei Misteri, Villa di Diomede, Villa Regina a Boscoreale con Antiquarium.
Os bilhetes podem ser adquiridos nas bilheteiras oficiais localizadas nas entradas do Parque Arqueológico ou comprados online antecipadamente (com entrada prioritária). 
Horários de Funcionamento: durante os dias de semana de abril a outubro são permitidas entradas das 9:00 h as 18:00 h, de novembro a março das 9:00 h as 15:30 h, aos sábados e domingos o complexo abre sempre às 8:30 h. Para mais informações visite o site oficial.
Nota: Algumas casas e demais atrações em Pompeia estão fechadas temporariamente para manutenção, ou estão abertas em horário reduzido, que não coincidem com o horário de funcionamento do parque – abrem mais tarde ou fecham mais cedo. 
 Assim, quando visitar Pompeia, poderá ter à disposição um conjunto diferente de casas abertas ao público, ou seja, pode haver casas que abrem mais tarde de manhã; outras que fecham portas às 16:00 h ou 17:00 h, apesar do complexo estar aberto até às 19:30 (horário de verão) e ainda, algumas que só abre em determinado cada dia da semana. 
Seja como for, é um daqueles pormenores importantes a ter em conta, especialmente se tiver por objetivo visitar alguma atração específica de Pompeia. Nunca tinha lido esta informação em lado algum, pelo que não visitei tudo o que queria; mas a verdade é que o horário está disponível na seguinte página: https://pompeiisites.org/en/houses/
Antes de visitar Pompeia consulte o site para informações atualizadas, compra de ingressos antecipadamente, procedimentos e regras para visitar o local: https://pompeiisites.org/en/
O que ver em Pompeia 
Centro de Visitantes
O acesso ao Parque Arqueológico de Pompeia pode ser realizado por três portas: Porta Marina (via Villa dei Misteri), Piazza Esedra (praça inferior da Porta Marina), ou Piazza Anfiteatro (Piazza Imaculada). A Porta Marina, a mais próxima da estação de caminhos-de-ferro.
Logo após passar a Porta Marina, dirigindo-se ao Centro de Visitantes, também chamado de Antiquário, você poderá assistir às projeções 3D que permitem andar virtualmente pelas ruas de Pompeia. Se no dia da sua visita estiver aberto, recomendo que o faça, preferencialmente antes de começar a explorar o complexo arqueológico de Pompeia propriamente dito.

Pompéia - Itinerário I
Casa da Nave Europa
O nome da casa se deve ao aparecimento de uma pintura na parede norte do peristilo representando um navio cargueiro chamado Europa, uma heroína grega sequestrada por Zeus.
O esplendor e o elevado nível social podem ser observados nas colunas monumentais do peristilo e nas decorações parietais preservadas em algumas salas. 
Vale destacar as semicolunas no topo das paredes, tipo de decoração derivada diretamente de modelos gregos dos séculos III e II a.C., muito rara em Pompéia
No entanto, a casa foi transformada adaptando os quartos à atividade agrícola produtiva e comercial do proprietário da casa, igual ao que aconteceu com a Fullonica de Stephanus e a Casa del Horno
Nos seus 28 vasos de terracota foram encontrados sementes de cereja, pêssego, damasco e pistache, vindas do Oriente e cujo cultivo se popularizou nos séculos I e I a.C. Havia também limoeiros que os judeus trouxeram para a Itália, plantas de grande valor pelas suas qualidades medicinais, para enxaguar a boca ou espantar insetos. Na horta havia feijão, cebola, couve-flor e fruteiras. Nos fundos do jardim havia um estábulo onde criavam animais. 

Casa Dos Arcos
A disposição da casa não é totalmente clara, pois apenas foi escavada a zona do pseudo-peristilo (jardim com colunas), disposto ao longo de dois braços.
Destacam-se os arcos sustentados por colunas de tijolo, estilo arquitetônico que se generalizaria nas construções romanas no século II d.C. Todos os cômodos da casa são decorados com pinturas do 4º estilo, que em certas áreas se sobrepõem a estuques anteriores. A falta de pórtico no lado norte foi compensada por uma pintura de jardim, criando a ilusão de um espaço muito maior.
Casa do Efebe
A Casa do Efebo, também conhecida como Casa de P. Cornelio Tages leva o nome da estátua de bronze de Éfebo encontrada na casa, uma reelaboração de temas gregos do século V a.C. que, devido a de grande importância a estátua, atualmente se encontra no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles.
Esta casa pertencia provavelmente a um comerciante de vinho, cujo nome aparece em inscrições eleitorais e em ânforas descobertas no interior da casa.  
É uma típica casa da classe média mercantil, que enriqueceu no final do século I graças ao comércio. 
Uma casa grande, com três casas foram fundidas numa só, a sua decoração é majoritariamente do 4º estilo  
No jardim, destaca-se por um grande triclínico com uma praça central no chão decorada como incrustação de mármore, com rosetas e flores de lótus, única em Pompeia, também existe um pequeno sacelo dedicado ao culto doméstico decorado com uma grande pintura de Marte e Venus. Nele, originalmente, haviam várias estátuas que, foram transferidas no momento da erupção para outras áreas da casa para que não fossem danificadas pelas restaurações em andamento. 
Casa de Fábio Amândio
Casa de pequeno porte do período samnita, construída com blocos de lava do Monte Vesúvio e calcário do Rio Sarno. No topo possui uma longa varanda com vista para a Via Abundancia. Decorado com pinturas do quarto estilo. A casa foi “visitada” pelos “fossares”, escavadores ilegais que entraram nos edifícios após a erupção do Vesúvio em busca de objetos valiosos; o túnel é visível na parede leste da casa. 
 
Casa do Sacerdote Amandus
Datada do século II a.C., decorada com pinturas do 2º, 3º e 4º estilos foi posteriormente restaurada. 
A casa se destacou pelo luxo e pompa na decoração de suas paredes e pisos. Você pode admirar o suntuoso triclínico, com uma série de afrescos com cenas mitológicas representando personagens como Perseu, Andrômeda, Ercole, Ícaro, Polifemo e Galatéia, com o navio de Ulisses
A casa foi dotada de um piso superior independente, onde ainda mantém o acesso ao terraço da fachada, que albergava a oficina de um tabellarius, fabricante de placas de cera. 
Destacam-se as pinturas encontradas numa das salas que dão para o átrio. Representa uma cena de luta de gladiadores, o que levou os pesquisadores a acreditar que o proprietário era um Lanista. Outra peculiaridade desta casa é que possui três portas de acesso à propriedade, onde está um peristilo com um pequeno jardim com uma mesa de mármore adornada com cabeças de leão. 
Além disso, ao lado de um dos gladiadores retratados aparece um nome escrito em oscan, Spartacus,  ligando-o inevitavelmente a Spartacus
A tragédia do Vesúvio reflete-se nesta casa com os restos mortais de nove esqueletos, entre adultos, mulheres e crianças, agrupados perto da porta. 

Termopólio de Vetutius Placidus
O termopólio de Vetutius Placidus abre-se na via dell'Abbondanza e representa a mobilidade social em Pompeia na época romana, onde comerciantes e artesãos também detinham um status social elevado, reservado apenas aos proprietários de terras em tempos mais antigos. Bebidas e comidas quentes eram servidas neste local, como o nome indica, armazenadas em grandes jarras colocadas no balcão de alvenaria ricamente decorado da taverna.
A banca de jornal na parede dos fundos é de grande interesse; extremamente bem conservada, consiste em um larário dedicado aos protetores da casa (Lari), ao Gênio protetor do proprietário, bem como ao deus do comércio (Mercúrio) e ao deus do vinho (Dionísio). A casa fica nos fundos, interligada à loja, decorada com afrescos preciosos e um triclínio para refeições ao ar livre.
Um tesouro de quase 3 kg de moedas foi encontrado em um dos grandes potes de barro colocados no balcão, provavelmente as últimas coleções do anfitrião, atestando assim a atividade lucrativa da taverna.
Casa do Criptopórtico
O criptopórtico que dá nome a esta casa com requintada decoração parietal, é uma rampa descendente conduz a um amplo corredor coberto. Ao longo de três séculos foi frequentemente separada ou unificada com a casa adjacente do Larario de Aquiles, fechando portas e passagens. Nas traseiras do pátio, onde se encontra o larário, existem duas escadas que dão acesso aos dois pisos da casa.
É decorada com afrescos de sátiros e mênades e com um friso que contém cenas da Guerra de Tróia
A abóbada é decorada com coroas e motivos florais e geométricos em estuque. A sala foi utilizada como cantina no último período de vida da casa. Em frente à escadaria encontra-se o complexo termal, um dos poucos exemplos documentados de banhos privados em Pompeia.  
A rampa ascendente leva ao triclínico e à cozinha, onde foram encontrados restos mortais das vítimas da erupção. 
Fullonica (Batanes) de Stephanus/Lavanderia de Stephanus
Nesta unidade de produção, no andar térreo uma das treze oficinas que trabalhavam a lã, sete fiavam e teciam, nove tingiam e as outras foram projetada para a lavagem de roupa suja e desengorduramento de tecidos que tinham acabado de ser usados. 
Lavandaria de Stephanus foi construída através da renovação de uma casa antiga, transformando a estrutura de uma casa original em um átrio, onde foi colocado um grande tanque, em vez do implúvio, e uma claraboia foi colocada em vez do compluvium anterior, de modo a usar a parte superior como um terraço para secar a roupa e outros banhos foram colocados no jardim, na parte de trás da casa.  
Ao que consta, os colaboradores de Stephanus (Estéfano) quase todos escravos, tinham de pisar durante horas os tecidos e roupas sujas imersos em uma mistura de água, urina humana e animal, recolhida em potes colocados ao longo das ruas, que serviam para tratar os tecidos, pois era uma substâncias ricas em amônia e desengordurantes. 
Quando foram descobertos os fullonica (moinhos cheios), na entrada encontraram um esqueleto carregando algumas moedas. Supunha-se que fosse Estéfano, o suposto dono da fullônica pelas inscrições eleitorais na porta, que, tentando escapar com seus ganhos, morreu durante a erupção de 79. 

Casa dos Ceii
Casa de estilo samnita, datada do século II a.C., da qual se destaca a abundante decoração dos quartos, 3º e 4º estilo. Segundo o grafite na fachada, pertenceu ao magistrado Lucius Ceius Secundus. A fachada exterior é estocada imitando opus quadratum. A entrada conduz a um pequeno átrio com colunas. A porta dupla de entrada está preservada. O implúvio é feito com fragmentos de ânforas lapidadas, técnica muito difundida na Grécia e atestada em Pompéia também na antiga Casa de Caça. Uma escada com parede em craticium opus dá acesso ao piso superior, enquanto nas traseiras um corredor entre o tablinum e o triclínico dá acesso ao jardim, onde destaca-se a pintura com a cena da caça e as paisagens egípcias. O telhado se projeta sobre a calçada. 
Casa do Menandro 
A casa foi originalmente construída no século III a.C. e foi renovada ao longo da sua história. A casa deve seu nome a uma imagem colocada no pórtico do dramaturgo ateniense Menandro, sentado com um livro nas mãos.  
A casa pertencia a Quintus Poppeus, da família Poppei, parente da Imperatriz Poppea Sabina, segunda esposa de Nero, que a utilizava nas férias de verão, mas durante todo o ano era administrada pelo procurador Eros
Destaca-se pela grandiosidade das suas proporções, pelas decorações pictóricas e pelos mosaicos do átrio, do peristilo e do larário com nicho para o culto das imagines maiorum. O átrio possui afrescos com cenas da Ilíada e da Odisseia
Em 1930, num de seus porões, sob os banheiros, talvez uma adega, foi encontrado um tesouro de 115 peças de prata, joias de ouro e 1.432 sestércios. Este tesouro estava escondido antes do início das obras de restauração e constituía o patrimônio da família. A louça incluía formas para servir vinho, mas principalmente pratos e xícaras usados em banquetes, atualmente em exposição no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles
Casa de Paquius Proculus
A primeira planta da casa remonta ao período samnita (século II a.C.), como indicam os capitéis cúbicos na entrada, onde o piso apresenta um mosaico representando um cão acorrentado, agachado em frente a uma porta aberta. Este tema é encontrado em Pompeia nas decorações do período imperial como símbolo da custódia da habitação. 
O átrio é inteiramente revestido por um fino mosaico de painéis com animais multicoloridos, alusivos à prosperidade, e dois retratos, um masculino e um feminino.
As decorações das áreas residenciais abertas ao peristilo também são de alta qualidade: pisos incrustados com mármore precioso e mosaicos figurativos refinados, feitos com pequenos azulejos multicoloridos em suportes e colocados no centro de pisos de mosaico. A do triclínio retrata a cena cômica de seis pigmeus pescando, criada por um famoso estúdio ativo na cidade. 
Outra imagem que foi destacada e preservada no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles é a cena de um burro desabando sob o peso de um Sileno bêbado
A casa é atribuída a  Paquius Proculusa (Públio Páquio Próculo) ou, segundo outros, a Caius Cuspius Pansa (Caio Cúspio Pansa), ambos mencionados nos vários cartazes eleitorais pintados na fachada.
A casa decorada com pinturas de alta qualidade do 4º estilo. Na exedra foram encontrados sete esqueletos de crianças. Na zona inferior existem armazéns e uma cozinha. 
 
Casa dos Amantes 
Situada no coração do Régio I, a habitação leva o nome do verso inscrito num pequeno quadro, com patos ao fundo, no peristilo onde se lê “Amantes, ut macacos, vitam melitam exigunt”  “Como abelhas, os amantes levam uma vida tão doce como mel”, e ali poderá admirar alguns belos frescos. 
A casa estava fechada ao público desde a década de 1980, quando na sequência do terremoto, foi necessária a construção de uma teia de suportes para as coberturas do átrio e do peristilo, o que ocultou e distorceu a interpretação dos espaços e decorações da casa.
A particularidade mais significativa da habitação reside na presença e de quase total preservação do segundo andar do peristilo (jardim com colunatas), outrora acedido por uma escada no pórtico norte (cujos vestígios são visíveis na parede posterior).
Este segundo andar parece ter sido acrescentado durante o século I d.C. O estado intacto em que foram encontradas as estruturas relativas ao segundo andar permitiu-nos, mesmo logo após a escavação, recuperar a configuração original deste espaço, e assim devolver à nossa percepção e compreensão uma solução arquitectônica hoje única em Pompeia (uma peristilo de dupla ordem).
Com exceção da pintura das fauces e de alguns pisos do 2º estilo, as pinturas presentes na casa foram realizadas no 4º estilo ao longo do século I d.C. 
Vários objetos descobertos na casa (um braseiro, uma bacia, uma luminária de bronze e dobradiças de osso) estão expostos em uma vitrine localizada no átrio.
Pompéia - Itinerário II
Casa de Otávio Quartio
Casa do século II a.C., renovada após o terremoto de 62 e conforme evidenciado por um selo na entrada o dono era Otávio Quartio (Decimus Octavius Quartio), membro do conselho dos Augustanos, civis dedicados ao culto dos imperadores. 
Esta casa também é conhecida como casa de Casa de Loreio Tiburtino/Loreius Tiburtinus.
A casa é um tipo de habitação utilizada pela elite pompeiana pouco antes da erupção, parecendo uma “versão em miniatura” das grandes vilas aristocráticas espalhadas no campo fora da cidade. 
A entrada é ladeada por duas lojas, com lugares para clientes, originalmente duas salas do imóvel. A entrada dá acesso a um grande átrio com implúvio artificial. O braço principal do canal, com mais de 50 metros de comprimento, era alimentado por um ninfeu, um templo tetrastilo.  
Nas diversas estátuas de mármore e também na arquitetura do jardim, são particularmente interessantes as referências ao Egito. Duas salas estão voltadas para as duas extremidades do euripo superior: uma pequena sala a oeste que parece ser um santuário dedicado à deusa Ísis; uma cama de casal a nascente para refeições ao ar livre (biclinio) e um nicho que funciona como gruta decorada com frescos de temática mitológica. Destacam-se os afrescos de Narciso e Píramo; eles compartilham um tema comum, a morte causada pela paixão. A assinatura do pintor, que se chamava Lúcio, está preservada num banco do biclínio. 
Preserva um jardim com canais e lagoas, estendendo-se por duas áreas situadas em alturas diferentes e caracterizadas por dois cursos de água artificiais (euripi) perpendiculares entre si, animados por cascatas e fontes. Vestígios de raízes encontrados no solo indicam que em todo o jardim havia fileiras regulares de árvores e plantas. O canal transversal era flanqueado por duas fiadas de colunas e pilares que sustentavam uma pérgula. 
Casa da Vênus na Concha
A casa pertencia a um ramo da família dos Satrii, D. Lucretii Satrii Valentes, muito proeminente nos últimos anos da cidade.
A casa foi construída no século I a.C. e passou por uma série de mudanças significativas em seu layout interno. Assim como na Casa dos Vétios, o tablinum é sacrificado em favor do jardim com peristílio, que se torna o ponto central da casa, ao redor do qual existem vários cômodos com afrescos, incluindo o enorme oeco, o segundo maior depois da Casa de Menandro.
A parede posterior do peristilo é decorada com um grande e espetacular afresco de Vênus, que dá nome à casa. Na parte inferior, um jardim luxuriante é retratado sobre uma barreira com plantas e animais exóticos. A parte superior da parede é dividida em três painéis com cenas diferentes: à direita, uma fonte onde pássaros bebem; à esquerda, uma estátua de Marte com lança e escudo sobre um pedestal. No centro, dois querubins acompanham Vênus, protetora de Pompeia e da esfera erótica, deitada em uma grande concha. A deusa, completamente nua, usa apenas uma tiara na cabeça e joias no pescoço, pulsos e tornozelos.  
Casa de Iulia Félix/Praedia de Giulia Felice
A casa foi uma das primeiras a ser escavada e é uma das maiores de Pompéia. O grande complexo imobiliário de Giulia Felice foi criado pela união de duas casas no final do século I a.C., incorporando edifícios anteriores num único conjunto edificado definido como “villa urbana”, caracterizado pelo predomínio de zonas verdes. 
A propriedade está distribuída em quatro núcleos distintos com entradas distintas: uma casa átrio, um amplo jardim que se abre para diversas zonas residenciais, uma instalação termal e um amplo parque. 
Atrás da zona porticada encontram-se os quartos e uma zona termal que, como indica a inscrição, foi alugada para uso público. Ao lado há alguns quartos superiores e apartamentos que eram usados como lojas, com banheiros elegantes adequados aos mais delicados. Atrás da moradia existe uma grande área agrícola. O jardim tem um euripus, que cria uma área idílico-sacral, enquanto toda a área termal, ricamente decorada, é canônica.
O nome Giulia Felice (Julia Felix), filha de Espurio, foi encontrado numa inscrição pintada na fachada após o desastroso terremoto de 62 d.C., quando a proprietária anunciou o arrendamento de parte da sua propriedade, que hoje se encontra no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles
Anfiteatro de Pompeia 
Este anfiteatro é o mais antigo entre os conhecidos da época romana. Construída em 70 a.C., pouco antes da fundação da colônia, por iniciativa dos magistrados Caius Quinctius Valgus e Marcus Porcius que também mandaram construir o Odeon.
Poderia acomodar até 20.000 espectadores não só de Pompéia, mas também de cidades vizinhas. O edifício está localizado numa zona periférica de forma a facilitar a circulação de tantas pessoas. Escadas externas com dois lances dão acesso aos degraus superiores e um corredor descendente dá acesso aos degraus inferiores. A arena é separada da área destinada aos espectadores por um parapeito decorado com afrescos de gladiadores; a parte superior apresenta inscrições ainda legíveis com os nomes dos magistrados que mandaram construir as escadas.
O anfiteatro mede aproximadamente 135x104m. Não havia áreas subterrâneas sob a areia e grande parte da areia foi escavada em um nível mais baixo do que a área circundante. Uma galeria superior, separada das demais áreas, possuía escadas e entradas próprias; Acredita-se que provavelmente tenha sido reservado para mulheres e crianças. 
Em 59 d.C., os aplausos do público levaram a uma briga sangrenta entre o povo de Pompéia e o de Nocera, como resultado destes tumultos, o Senado de Roma decidiu fechar a arena de Pompeia por dez anos, no entanto, esta medida foi retirada em 62 d.C., após o desastroso terremoto que atingiu a cidade.

Casa do Larário Florido
A disposição desta vasta habitação é hoje o resultado da fusão de duas unidades independentes, caracterizadas pelo mesmo contorno planimétrico, que viu o próprio setor residencial localizado a oeste, na Via di Nocera, e um grande espaço ajardinado aberto a leste. 
Muito provavelmente, o complexo que nasceu desta incorporação deverá ter tido uma função comercial, ou então ter sido aberto ao público, como sugere a presença de inscrições eleitorais numa das salas internas. 
A grande habitação preserva muitas das suas pinturas murais originais, uma das quais é a decoração pompeiana do 4º estilo do grande salão (oecus) voltado para o jardim, com pequenas pinturas mitológicas localizadas no centro dos painéis amarelos ocres. 
Destaca-se também o elegante lararium (local de culto doméstico) que dá nome à casa; localizado dentro de um pequeno cubículo, é decorado com cupidos alados e flores espalhadas. Enquanto isso, a área do jardim (hortus) contém um grande triclínico de alvenaria erguido sobre um piso de cocciopesto, contendo inserções de mármore. 

Pompéia - Itinerário VI
Termopólio ou Thermopolium Caupona/Thermopolium de Vetutius Placidus
Ao passar por Pompéia, é possível observar muitas moradias e lojas dentro dos grandes casarões, que dão para a rua e muitas vezes consistem em um único cômodo. Aqui viviam e trabalhavam artesãos e comerciantes, muitas vezes morando com as famílias nos andares superiores, cujas casas raramente tinham cozinha, por isso comiam nos thermopolium que ofereciam comida quente.
Embora a parte escavada em Pompeia corresponda a dois terços da antiga área urbana, existiam 89 termopólios, isso não significa que os ricos proprietários de grandes casas de átrio costumavam jantar fora.Esses lugares eram frequentados, sobretudo, pelas classes mais baixas, incluindo artesãos e comerciantes.
Casa do Poeta Trágico
Casa do Poeta Trágico é uma das casas particulares mais famosas de Pompeia que preserva a forma tradicional de átrio, seu nome vem do mosaico tablino, que representa um ensaio teatral.
A Casa do Poeta Trágico destaca-se pelo o famoso mosaico do cão amarrado com uma corrente, típico das casas pompeianas, colocado à entrada onde se lê “cave canem” (“cuidado com o cão”) que agora está protegido por um vidro.
O acesso é feito por uma entrada lateral que leva diretamente ao peristílio. No lado poente do átrio existem vários cubículos. Na frente deles estão mais cubículos, uma ala e um oecus. Ao lado do oecus, sala de jantar, existe uma pequena cozinha. O átrio e o tablinum possuíam belos mosaicos, inclusive um com a cena dos atores que se preparavam para a peça que deu nome a casa. 
No lado norte do tablinum abre-se para um pequeno peristilo, com puteal, utilizado para tirar água da cisterna subterrânea. 
Foi atribuído especial cuidado à decoração da sala: das grandes pinturas mitológicas com episódios da Ilíada, a que ainda se vê é a de Ariadne abandonada por Teseu, na parede oposta à "Venda dos Cupidos", tema popular no início do século XIX, após a escavação da casa.



Uma pequena edícula pode ser notada no peristílio. No canto noroeste do peristilo existe um posticum, uma entrada secundária, voltada para a Via della Fullonica, e um pequeno larário, que se encontra em quase todas as casas, dedicado ao culto dos Lares e de outras divindades protetoras da família. 
Os originais dos mosaicos e pinturas estão preservados no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles.
Uma parte do romance, Os Últimos Dias de Pompéia, escrito por Edward Bulwer-Lytton (1838), se passa na casa. 

Casa da Fuente Grande
A Casa da Fonte Grande abriga uma das fontes mais espetaculares entre as que resistiram ao passar dos tempos. Seu nome vem da monumental fonte do ninfeu perto da parede posterior do pequeno jardim. A entrada abre-se para um átrio, que tem no centro um implúvio revestido de mármore e um puteal. Nos lados norte e leste do átrio encontram-se vários cubículos e as escadas de acesso ao piso superior. Está instalada na parede dos fundos do pequeno jardim, tem a forma de nicho e está revestida por mosaicos de vidro multicolores com padrões apelativos. O que mais chama a atenção é, no entanto, a expressão das máscaras de mármore que decoram as laterais do nicho. A austera fachada em bloco de tufo, voltada para a Via di Mercurio, sobrevive da traça original da casa, que data do início do século II a.C.. O espaço interno, porém, sofreu diversas alterações: os dois  átrios -  o menor deles marcado por seis colunas dóricas - foram originalmente unidos, mas posteriormente separados, e um pórtico sustentado por colunas de tijolo foi construído atrás do tablinum.   
Nos anos finais da cidade, o grande chafariz que deu nome a casa foi erguido contra a parede posterior do pequeno jardim. A fonte apresentava a forma de um nicho encimado por frontão, sendo no seu interior revestido com mosaicos de vidro policromado. A água jorrava de um jato de bronze em forma de golfinho e descia por um pequeno lance de escadas até a bacia coletora abaixo; máscaras trágicas de mármore decoram as laterais do nicho.

Casa da Fonte Pequena
A Casa da Fonte Pequena com traçado típico de casa romana, remonta ao período samnita. No tablinum o dono recebia clientes, essa parte devia ser muito suntuosa, refletia a posição social do dono. No início do século II a.C, existia um simples hortus. A entrada dá acesso ao átrio, com implúvio. Nos lados norte e leste do átrio há uma série de cubículos e alas, a mais oriental conectando-se diretamente ao segundo átrio. O lado sul do átrio não possui quartos, enquanto no lado oeste encontra-se o tablinum que conduz ao peristilo nas traseiras da propriedade. Suas pinturas são do 4º estilo. Mais tarde com a chegada da água foi possível colocar fontes. As paredes do peristilo do jardim foram ricamente decoradas com afrescos de motivos marítimos e rurais; e um ninfeu revestido de mosaico e ornamentado com esculturas.
 
Casa dos Dióscuros 
A Casa dos Dióscuros é uma das mais sumptuosas e vastas do último período de Pompeia, caracteriza-se por uma arquitetura complexa dos espaços e por uma riqueza particular das pinturas. É uma das mais espaçosas de Pompéia, combinando três edifícios anteriores. A casa abre-se para a rua através de duas entradas. 
A sua fachada é opus quadratum. Ocupa dois terços de um quarteirão. É famosa pelas suas pinturas do 4º estilo e pelos seus espaços exteriores, com um átrio coríntio. O átrio principal tem 12 colunas em tufo que abrem sumptuosas salas, utilizadas para recepção e convívio fechando no terreno um pequeno jardim; o átrio secundário é quase inteiramente ocupado por áreas de serviço e dedicado ao descanso.  A casa possui dois salões, ligados por um elegante peristilo de ródio, ou seja, com o braço norte cenograficamente mais alto que os demais, de onde sai uma piscina funda utilizada para jogos aquáticos e dominada por um elegante ambiente de sala cujas paredes foram originalmente revestidos de mármore, fato pouco comum em Pompéia. A decoração das paredes é obra da mesma oficina que funcionou na vizinha Casa dei Vettii, as pinturas mais significativas são Dioscuri Castore e Polluce - Dióscuros, Castor e Pólux incluindo praças na entrada, que deram a casa o seu nome e cujas cópias foram recentemente realocadas in situ. 
Casa de Meleagro
A Casa de Meleagro deve o seu nome à pintura encontrada de Meleagro e Atalanta do 1º, 3º e 4º estilos. 
A casa é composta por dois núcleos justapostos, um em torno do átrio toscano e outro em torno do peristilo que remonta à era republicana. 
A entrada é ladeada por um par de cubículos. O átrio abre-se para o lado poente, com um implúvio em mármore e uma mesa retangular em mármore, que ainda conserva um recipiente para manter os alimentos frescos debaixo de água. O peristilo possui uma impressionante fonte central e piscina pintada de azul. O oecus destaca-se pela sua colunata coríntia que, juntamente com a da Casa do Labirinto, é o único segundo exemplar documentado na cidade. No canto nordeste está o posticum. 
Casa de Apolo
A planta atual remonta ao último período da vida da cidade, quando a habitação ocupava a área mais próxima das muralhas para o amplo jardim, que se estendia por dois níveis. Esta é, sem dúvida, a parte mais importante da casa: um triclínio de verão domina o jardim inferior, adornado com uma espetacular fonte de mármore com uma escada para uma pequena cascata. Há também uma sala lateral cujas paredes externas são embelezadas com um revestimento de calcário que lembra uma caverna e três mosaicos mitológicos feitos de conchas e pasta de vidro colorida.
Apenas a pintura de Ulisses é preservada no local, na qual Aquiles é reconhecido, embora disfarçado e escondido entre as filhas do rei de Skyros. As outras duas, pinturas representando as Três Graças e Aquiles contra Agamenon, são mantidas no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles. Cenas relacionadas ao mito de Apolo dão nome à casa, que talvez tenha pertencido a Aulus Here(n)uleius Communis, como evidenciado por um anel de selo encontrado em 1830.
Casa do Fauno
Datada do século II a.C., a Casa do Fauno é uma das maiores casas de Pompéia, com 2.970 m²,  representando um dos mais belos exemplos de habitação da antiga cidade. Construída sobre outra mais antiga, passou por diversas reformas.
A sua primeira fase de construção remonta a 170-180 a.C. com dois átrios, um primeiro peristilo e um grande hortus. 
No final do século II a.C., foi construído um segundo peristilo. O desenho da casa aproxima-se do modelo dos palácios helenísticos e da aristocracia romana. Supõe-se que tenha sido a residência de P. Sulla, sobrinho do ditador Sulla
A riqueza e o nível social do proprietário são imediatamente evidentes na rua: a calçada ostenta a inscrição latina de boas-vindas (have); a majestosa porta é emoldurada por pilares com capitéis decorados e o piso de entrada é incrustado com triângulos de mármore multicoloridos amarelos, verdes, vermelhos e rosa (opus sectile).
A entrada da esquerda era dedicada à recepção e a da direita à parte privada da casa. Ao longo do corredor que ladeia o primeiro peristilo encontram-se a cavalariça, uma latrina, uma pequena câmara térmica e a cozinha. O átrio é de estilo toscano (a cobertura não é sustentada por colunas). 
Destacam-se também o pavimento tablinum, simulando cubos em perspectiva uma cópia do famoso mosaico da batalha decisiva entre Alexandre, o Grande e o rei persa Dario, que mudou o curso da história, datado do século II a.C, encontra-se na sala (exedra) entre o primeiro e o segundo peristílio. 
Ambos os lados da parte superior das paredes são adornados com pequenos templos em relevo onde se reconhece o larário da casa. A casa possui dois átrios e dois peristílios em torno dos quais existem outras salas: algumas salas de recepção excepcionalmente decoradas, outras reservadas para uso familiar e outras para serviço. No centro do implúvio do átrio principal encontra-se uma cópia da famosa estátua do sátiro ou fauno dançarino, sobre a qual foi feita a habitação e que alude ao nome da linhagem do proprietário: os Satrii.
Os originais dos mosaicos e da estátua do Fauno estão expostos no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles.
Casa dos Vettii
É uma das casas mais ricas e famosas de Pompéia. Estão sob a proteção de Príapo, deus da fertilidade e da prosperidade, pintada à direita da porta, simbolizando a prosperidade econômica dos proprietários, os irmãos Aulus Vettius Restitutus e Aulus Vettius Convivai, dois libertos, comerciantes de vinho. 
Pelo que nos contam as duas argolas encontradas e as pichações eleitorais, que enriqueceu através do comércio. Foi estruturado de forma que a área senhorial ficasse separada da área de serviço. A casa tinha originalmente um átrio duplo, foi renovada em meados do século I a.C. 
O aspecto da casa foi alterado durante a fase de reestruturação da época de Augusto (século I a.C.) no que diz respeito ao traçado tradicional que caracteriza outras casas, como as do Fauno e de Salústio, eliminando também o tablinum para ganhar mais espaço para o amplo jardim, repleto de estátuas com jatos de água, que é o ponto focal da habitação. Os quartos mais ricamente decorados dão para o peristílio, incluindo a sala com friso de Cupidos que desenvolve as principais atividades produtivas da época, desde a venda de vinho à limpeza de roupa, do cultivo de flores à colheita, da joalharia à criação de perfumes. 
Nas laterais do átrio existem dois cofres que guardavam dinheiro e objetos de prata. À direita do átrio um larário que representava os números tutelares da casa e uma cobra. A pintura do larário encontra-se na zona da cozinha, em frente, uma pequena sala com pinturas eróticas; um grafite na entrada da casa indica que trabalhava a prostituta Eutíquis ou Êutico, uma escrava que se oferecia por dois burros, como diz uma pichação na entrada da casa, realizava seus negócios no quarto adjacente, decorado com diversas pinturas eróticas.
O átrio foi decorado com pinturas do quarto estilo. O jardim tinha abastecimento de água corrente. O salão é famoso por seus afrescos vermelhos de Pompeia. O oceus é decorado com pinturas do quarto estilo, predominando as pinturas mitológicas. Mas a decoração mais famosa é a das miniaturas representando Pudins e que se encontra no friso ao fundo das paredes. O andar superior não está preservado. 
 
Casa dos Cupidos Dourados
A casa, uma das mais elegantes da era imperial, está situada em torno do espetacular peristilo, com um raro jardim em estilo ródio, com colunas mais altas de um lado, encimadas por um frontão, que conferia uma aura sagrada aos cômodos superiores. Entre estes, merece atenção especial o amplo salão, caracterizado por pinturas mitológicas de alta qualidade e com piso de mosaicos com uma roseta central, à moda da era augusta. A religiosidade do peristilo também é enfatizada pela presença de dois locais de culto: a edícula do larário, para o culto doméstico tradicional, e uma capela específica, dedicada ao culto dos deuses egípcios.
Isso é evidenciado pelas pinturas de Anúbis, deus dos mortos, com cabeça de chacal; Harpócrates, deus-criança filho de Ísis; Ísis e Serápis, deus da cura; além de objetos do culto a Ísis, cujo dono talvez fosse um sacerdote. 
O jardim era decorado com relevos e esculturas de mármore, algumas das quais originalmente gregas. O nome da casa é atribuído aos Cupidos gravados em dois medalhões de ouro que decoram um cubículo do pórtico. Grafites e um anel de selo indicam que o proprietário era Cneu Poppaeus Habitus, parente de Poppea Sabina, a segunda esposa de Nero.


Casa do Príncipe de Nápoles
A casa tem uma disposição irregular composta por duas casas modestas originalmente independentes unidas, é de propriedade de Albúsio Celso. A casa tem uma planta irregular, composta por duas unidades originalmente independentes que foram unidas. 
A área do átrio preserva quase inteiramente a decoração original que remonta ao último período da cidade; a parte superior, composta por blocos pintados de fileiras, está bem preservada. Uma mesa de mármore apoiada sobre pernas em forma de leões alados encontra-se na borda do implúvio.
A parte posterior é composta por salas ricamente decoradas, dispostas em torno do pórtico e do jardim central, dedicadas a reuniões ou à recepção de convidados. As imagens em tamanho real de Baco e Vênus estão pintadas nas paredes da êxedra, e a área central do piso do triclínio é embelezada com incrustações de mármore colorido. Há uma edícula na parede dos fundos do jardim, onde fica o larário para o culto familiar.

Vila de Diomedes
O seu nome deve-se a Marco Árrio Diomedes, cujo túmulo está localizado em frente à entrada.
Desenvolve-se cenicamente em três níveis, abrindo-se com jardins e piscinas em direção ao antigo litoral. 
É um dos maiores edifícios de toda a cidade, com uma área de 3.500 metros quadrados. Ao entrar, acede-se diretamente ao peristilo, em torno do qual se situam as salas mais importantes da casa, como o triclínio. 
O belo jardim é uma das áreas mais evocativas, no centro do qual se situava um triclínio coberto com uma pérgola para banquetes de verão e uma piscina. Duas vítimas foram encontradas perto da porta que dava para a área de serviço, uma das quais possuía um anel de ouro e uma chave de prata, bem como um tesouro de 1.356 sestércios.
A vila foi uma das primeiras construções a serem escavadas em Pompeia e um destino importante para todos os viajantes no século XIX, como evidenciado pelos inúmeros grafites com nomes de viajantes famosos, como o Conde de Cavour. Também é usada como cenário no romance Marcella, de Théophile Gautier.

Vila dos Mistérios
O nome deriva do salão dos mistérios localizado na parte residencial do edifício, de frente para o mar. Um grande afresco contínuo que cobre três paredes, uma das pinturas antigas mais bem preservadas, retrata um rito misterioso reservado aos devotos do culto. A cena está ligada a Dionísio, que aparece na parede central com sua esposa, Ariadne.
Figuras femininas, faunos, mênades e figuras aladas são vistas nas paredes laterais, envolvidas em diversas atividades rituais. Além do êxtase dionisíaco expresso na dança e no consumo de vinho, vê-se a flagelação ritual de uma jovem repousando no colo de uma mulher sentada (canto inferior direito). 
As outras salas também preservam exemplos maravilhosos da decoração mural do segundo estilo, ou seja, com representações arquitetônicas. Pinturas em miniatura de inspiração egípcia podem ser vistas no tablinum.
A vila também inclui uma área destinada à produção de vinho com um lagar de madeira reconstruído. O complexo remonta ao século II a.C., mas recebeu sua forma atual em 80-70 a.C., o mesmo período do Friso dos Mistérios.

Pompéia - Itinerário VII
Banhos Suburbanos
As Termas Suburbanas, localizadas imediatamente abaixo do Portão da Marina, foram construídas a meio caminho das muralhas, que durante o século I a.C. perderam sua função defensiva. Ao contrário das Termas Estábias e das Termas do Fórum, as Termas Suburbanas eram privadas. 
Destaca-se o afresco de trajes do 4º estilo, representando cenas eróticas no vestiário (apodyterium), uma delas com duas mulheres, únicas na pintura romana, que anunciam as atividades realizadas nos salões do andar superior, provavelmente destinadas à prostituição, como frequentemente acontecia, ilegalmente, nas termas. 
As outras áreas termais têm decorações suntuosas. Uma cachoeira fluía na pequena piscina fria de uma caverna falsa, adornada com um mosaico representando Cupidos entregando suas armas a Marte; as paredes eram afrescos com pinturas que reproduziam batalhas navais e a vida marinha. Além da sequência normal de salas, que varia das mais moderadas às mais quentes, a seção das salas aquecidas também inclui uma grande piscina aquecida por meio de um grande braseiro de bronze, colocado na parte inferior.
 
Portão e Muralha da Marinha
Pompéia tem sete portões, sendo a Porta Marinha que dava acesso ao mar. Possui duas aberturas, uma delas reservada aos pedestres, que posteriormente foram unidas sob uma abóbada de meio canhão. As muralhas datam do século VI a.C. com perímetro de 3.200 m e doze torres. Com a colonização romana sob o governo de Sula, parte da muralha foi demolida, vilas e banhos foram construídos. Nos tempos antigos era conhecido como Portão de Netuno. Supõe-se que seja uma das entradas mais importantes; mas devido ao declive acentuado da rua, era inacessível ao tráfego de carruagens.

Casa de Rômulo e Remo
A casa foi construída no século II a.C. e, após a conquista de Silla em 80 a.C., foi unida à casa adjacente de Trittolemo.
A casa está localizada em uma das áreas mais importantes da cidade, perto do Templo de Apolo e do Fórum, o coração da vida política e comercial. Deve seu nome ao afresco com a loba amamentando Rômulo e Remo, os míticos fundadores de Roma, destruído pelos bombardeios de 1943. 
Na época da escavação, foram encontrados os corpos de cinco vítimas, uma das quais trazia na mão direita uma bolsa com diversas peças de ouro, prata e bronze; na mão esquerda usava um anel de ouro e um anel de bronze, com as iniciais FAH levou à hipótese de que no ano 79 d.C. a casa pertencia aos membros da ilustre gens Fabia, rica e importante família pompeiana que pertencia ao colégio sacerdotal Luperci, responsável pela celebração das origens de Roma.
Os belos afrescos da casa foram alvo de uma recente restauração em 2014, que deu nova vida às pinturas do jardim onde é representada uma paisagem exótica, rica em animais como elefantes, búfalos, cobras, gazelas e gatos.

Casa Trittolemo
Uma sumptuosa casa com dois átrios e dois peristilos datada do século III a.C. Em 80 a.C. foi transformada em propriedade única, com a anexação da vizinha casa de Rômulo e Remo.
As remodelações realizadas e a renovação da decoração com pinturas do 4ºestilo atestam a importância do seu proprietário. 
A decoração do afresco do triclínio fazia parte do famoso afresco de Triptólemo, que dá nome à casa. Também estão preservados dois grandes fragmentos de mosaico recuperados em 1959 durante a escavação dos Banhos Suburbanos. Destaca-se a decoração da cobertura da piscina aquecida com um sistema denominado 'samovar', único exemplar até agora conhecido em Pompeia

Templo de Apolo
O Santuário de Apolo é um dos locais de culto mais antigos de Pompeia, construído em um ponto estratégico,  datado de 575-550 a.C, período samnítico, ao longo do caminho que sobe até o Portão da Marina, que leva ao centro público da cidade. O culto a Apolo, como deus fundador do assentamento, remete à presença grega e etrusca na região da Campânia
Entre os séculos III e II a.C., o antigo edifício foi completamente reformado até atingir a forma que, com uma pequena reforma neroniana, alcançou os dias dramáticos da erupção: um templo sobre uma base, cercado por uma área em estilo pórtico, que define um pátio com um altar no centro. Uma sequência de portas abertas na parede leste, uma colunata monumental que poderia ter tido um terraço, conectava o santuário à praça do fórum.
Escavações profundas permitiram a descoberta das fases iniciais, documentadas a partir de vasos, itens votivos e decorações de terracota que atestam a presença de um templo arcaico (século VI a.C.).
Jogos de gladiadores e apresentações teatrais de ludi Apollinares, as festividades em homenagem ao deus, concentravam-se nas iniciações de meninos e meninas que reconheciam divindades tutelares em Apolo e sua irmã gêmea, Diana. Ambos eram retratados em esculturas de bronze do período helenístico, preservadas no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles.
Fórum

O Fórum Civil é o centro da vida diária da cidade e o coração da vida comercial de Pompéia. O Fórum Civil é o núcleo da vida quotidiana da cidade é o ponto focal de todos os principais edifícios públicos para administração e justiça da cidade, gestão empresarial e atividades comerciais, como mercados, bem como os principais locais de culto dos cidadãos.
Remonta ao século II a.C., mas foi no século I a.C. com a romanização que foi dotada de edifícios imperiais e estátuas honorárias. 
As suas medidas são de 145 x 38m, com tribuna para palestrantes, e ao seu redor ficavam os mais significativos edifícios públicos, religiosos e civis. O Fórum era pórtico nos três lados, com colunas dóricas e uma segunda ordem de colunas jônicas. A praça do Fórum originalmente parecia uma área aberta simples, de formato geral regular, feita de barro, com seu lado oeste voltado para o Santuário de Apolo, enquanto o lado leste abrigava uma fileira de lojas. O Fórum foi significativamente modificado entre os séculos III e II a.C., quando o formato da praça foi regularizado, cercado por pórticos e a base pavimentada com lajes de tufo. O eixo da praça tornou-se a fachada do Templo de Júpiter, alinhado com o Monte Vesúvio.
No início do Império, o Fórum foi repavimentado com lajes de travertino, algumas das quais não estão mais em seu local original e possuem uma ranhura para acomodar as letras de bronze que pertenciam a uma grande inscrição. Escavações iniciadas a pedido de Maria Carolina Bonaparte indicaram imediatamente que a área havia sido explorada e despojada de suas decorações em tempos antigos.

Banhos do Fórum
Construída depois de 80 a.C., pelo Duoviro Lucius Caesius e pelos edis Occius Caius e Lucius Niraemius. Mais de 500 clarabóias foram encontradas na área de entrada do lado masculino, servindo para iluminação durante a abertura no período da tarde. Em ambos os lados do forno ficavam os banheiros dos homens e os das mulheres. 
Os banhos masculinos tinham três entradas, enquanto os femininos tinham uma única entrada, na via delle Terme. O acesso à arena com pórtico era feito pelo fórum ou pelo vestiário masculino. Alguns panos separavam os pequenos nichos onde ficavam as pomadas e os produtos de higiene. A abóbada é decorada com baixos-relevos em estuque. 
  
Templo de Júpiter
O Templo de Júpiter domina o lado norte do Fórum, com o Monte Vesúvio erguendo-se pitorescamente atrás. Foi erguido no século II a.C. Possui pódio, com escadaria frontal, rodeado por colunas coríntias. Dentro estava a estátua de Júpiter. Em 80 a.C o templo passou por uma reforma radical e foi transformado em um verdadeiro capitólio e consagrado à trindade Capitolina, Júpiter, Juno e Minerva, semelhantes às do Capitólio de Roma, colocadas sobre uma base alta para que para torná-los visíveis a quem passasse pela praça do Fórum. Em ambos os lados do pódio do Capitólio havia duas estátuas equestres, como demonstra o relevo descoberto no larário da casa de Lucio Cecilio Giocondo.
O pódio foi restaurado na época de Tibério. Na cela há uma cabeça colossal de Júpiter da época de Sila. A cela foi pavimentada com um motivo de losangos coloridos, que imitavam cubos em perspectiva (opus scutulatum). As paredes foram decoradas com pinturas do 1º, 2º e 3º estilos.
 
Macellum
Era o principal mercado da cidade. Remonta ao século II a.C e foi renovado em diversas ocasiões. A praça interna, medindo 37 x 27 metros, tinha no centro uma rotunda com 12 colunas que continha um lago com peixes. As lojas localizavam-se no pátio com pórtico. Nas doze bases do centro repousavam as vigas de madeira da cobertura cônica. Ao fundo à direita vendiam-se carnes e peixes; e à esquerda eram oferecidos banquetes em homenagem ao imperador, a quem o templo foi consagrado. Afrescos do 4º estilo são preservados na parede noroeste.

Templo do Gênio Augusto (Templo de Vespasiano)
O Templo do Gênio Augusto foi construído a pedido de Mamia, mencionada em uma inscrição como sacerdotisa de Cerere e do Gênio de Augusto. A construção deste templo no período augustano (primeira década do século I d.C.) adotou o mesmo projeto arquitetônico do adjacente Pórtico da Concórdia Augusta, como indicado pela decoração em mármore da fachada, cuja parte inferior só pode ser vista atualmente, por motivos em um nicho e pelo altar reformado e parcialmente concluído após o terremoto de 62 d.C. O templo incluía um pequeno pátio, um altar e um pequeno templo com quatro colunas sobre uma base alta, acessível por ambos os lados.
A bela decoração em mármore com motivos florais repletos de rica fauna, hoje vista na entrada do Pórtico da Concórdia de Eumachia, provavelmente pertencia à entrada do templo. O friso foi feito com base no modelo da Ara Pacis, em Roma.

Pórtico da Concórdia Augusta (Edifício Eumaquia)
Este edifício, o mais impressionante do lado oriental do Fórum, foi construído por Eumáquia, sacerdotisa de Vênus pertencente a uma família muito rica de Pompéia, para adorar o imperador. Num nicho atrás da exedra estava da sacerdotisa que, hoje está no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles. Na época, ela era a protetora dos lavadores de lã, dos tecelões, dos tintureiros e das arquibancadas.
Foi dedicado à Concórdia e à Piedade Augusta, bem como a Lívia, esposa de Augusto, conforme consta de uma inscrição na arquitrave do alpendre. 
As estátuas das pessoas mais ricas e importantes de Pompéia foram expostas abaixo do pórtico em frente à entrada e dois elogia de Rômulo e Enéias, ou seja, duas inscrições com a lista das boas ações realizadas por eles foram colocados nas laterais do grande entrada, abaixo dos nichos que ainda hoje podem ser vistos. A rica moldura de mármore da entrada com rolos de acanto cheios de animais foi encontrada no Fórum e foi erroneamente realocada aqui quando na verdade pertencia ao adjacente Templo do Gênio Augusto.
No interior havia um pórtico com colunas de dois andares. Acredita-se que o prédio fosse o mercado de lã ou sede da guilda Fullons. À direita da entrada havia uma jarra onde as pessoas urinavam de uma escada. Vespasiano impôs um imposto sobre a urina, que era usada como alvejante e para desengordurar tecidos. O seu estado atual remonta às restaurações após o terremoto de 62. As paredes foram revestidas de mármore. O portal é emoldurado por um relevo em mármore de grande beleza, decorado por pássaros, folhas de acanto e insetos, semelhantes ao Ara Pacis.
Nada restou da rica decoração em mármore multicolorido; assim como outros edifícios do Fórum, este foi arruinado logo após a erupção.

Termas Estabianas/Terme Stabiane/Banhos Stabian
Os Banhos Stabian têm esse nome pois encontram-se no cruzamento de duas das principais vias de Pompeia, a via dell’Abbondanza e a Via Stabiana
É o edifício termal mais antigo da cidade do mundo romano, datado do século II a.C. 
Foi construído sobre instalações antigas do século IV ou III a.C. e renovado em diversas ocasiões.  
A entrada principal pela via dell'Abbondanza leva a um grande pátio. À esquerda encontra-se a piscina, à direita encontra-se uma colunata que dá acesso aos aposentos masculinos, que se dividem em apodyterium (camarim), com o frigidário (para banhos frios), que dá acesso ao tepidarium (para banhos de média temperatura) e depois para o calidarium (para banhos quentes).
O aquecimento era garantido por um sistema de tubagens nas paredes e pisos duplos que fazia circular o ar quente proveniente dos fornos e dos braseiros móveis. Os aposentos das mulheres, próximos aos dos homens, eram divididos da mesma forma em apodyterium, tepidarium e calidarium. Porém, todos eram menores e não tinham decorações ricas como os aposentos dos homens. As mulheres entravam por uma porta separada, onde estava escrito “Mulier” (mulher), no canto noroeste do pátio, que dá para a via del Lupanare. Na parte norte existe uma grande latrina. Na entrada da arena, preserva-se a decoração em estuque policromado do 4º estilo, feita pouco antes da erupção. 
A palestra foi reconstruída na época de Sila pelos duúnviros Caius Julius e Publius Aninius. A decoração do lobby também se destaca. 
No recinto, ainda é possível ver em exposição um dos moldes de corpos humanos das vítimas de Pompeia, sendo este em particular muito sugestivo e impressionante, pois é o de uma mulher (escrava) que se terá tentado proteger deitando-se no solo e tapando a cara com o braço.

Lupanar
Lupa além de significar lobo, palavra latina também significava prostituta, daí o nome do bordel.
O edifício tem dois andares: as casas do proprietário e dos escravos ficam no andar superior, há cinco quartos no térreo, todos equipados com uma cama embutida, em ambos os lados do corredor que conecta as duas entradas do térreo. Os quartos eram fechados por uma cortina. Uma latrina pode ser vista no final do corredor, sob a escada.
Pequenas pinturas com representações eróticas nas paredes do corredor central informavam os clientes sobre as atividades que aconteciam no Lupanare.
As prostitutas eram geralmente escravas gregas ou orientais. O preço variava entre dois e oito ases, uma taça de vinho,por exemplo, custava um ás. Os lucros foram para o mestre ou Lenone. Em uma das salas estava gravada no gesso uma moeda do ano 72. 
Em Pompéia apareciam vinte e cinco locais dedicados à prostituição. A prostituição era classificada: as delicatae e asfamouse eram as prostitutas de classe alta, os bustuariae exerciam sua profissão na área da necrópole. 

Padaria de Popidio Priscus
A padaria que pertenceu a N. Popidius Priscus não tem balcão, provavelmente vendesse pão no atacado ou através de vendedores ambulantes, os libarii. Em Pompéia surgiram 34 padarias.
Os fornos a lenha são muito parecidos com os atuais das pizzarias napolitanas. O consumo de pão se espalhou a partir do século II a.C. 
A pedra lávica era dura e porosa, não contaminava a farinha com lascas perigosas para os dentes. 
Duas divisões junto ao forno serviam para armazenamento de pão acabado de cozer e como celeiro. 
Aqui, como em outros lugares, o moinho e a padaria estão ligados porque o local de produção e processamento da farinha fazem parte do mesmo processo de produção. O trigo é moído com grandes mós de lava, das quais se veem cinco belos exemplares na padaria. Estes são formados por dois elementos: uma parte inferior em forma de cone (meta) e uma parte superior em forma de ampulheta (catillus). O grão é despejado no catilo que gira quando puxado por escravos ou animais e moendo o grão e depois deixando-o cair abaixo.
O pão era assado em diversos formatos no grande forno que ficava no centro do prédio e era vendido regularmente no mesmo local, em uma pequena sala com balcão. 

Antiga Casa de Caça
A casa datada do século II a.C. representa integralmente o layout típico de uma casa romana, com entrada, átrio e tablinum, todos em um único eixo. Devido ao espaço limitado, o peristilo na parte posterior é bastante irregular. Possui apenas duas colunas em vez de quatro, que formam, em sua maioria, um ângulo agudo.
Entre os afrescos, feitos alguns anos antes da erupção como parte das obras de restauração, destacam-se duas pinturas mitológicas, pertencentes à decoração da área central, com vista para o jardim. Podem-se ver o deus Apolo e uma ninfa, bem como Diana e Actéon, um caçador que foi transformado em veado pela deusa por tê-la visto nua enquanto ela se banhava. A cena de caça que deu nome à casa, encontrada no peristílio, descoloriu-se devido a fenômenos meteorológicos.
Casa de Marco Fabio Rufo/Casa da Pulseira de Ouro
Situado a poente do Fórum, é o maior descoberto em Pompéia. A casa fica na antiga muralha da cidade e a propriedade é composta por várias casas agrupadas, construído em quatro níveis, correspondendo a entrada voltada para a cidade ao nível mais alto. A entrada do Farmacêutico dá acesso direto ao átrio com implúvio. A partir daqui, as escadas levam aos níveis inferiores. Está decorado com pinturas do 4º estilo. 
Acredita-se que esta casa tenha sido vendida após o grande terramoto de 62 a um liberto ou a um especulador que executou as obras de restauro. 
Os destaques incluem o oecus com janelas e vista para a Baía de Nápoles e a sala onde foi encontrado o afresco de Vênus
Foi descoberto um selo com o nome de Marco Fábio Rufo, que lhe deu o nome e à descoberta dos restos mortais de uma mulher com uma pulseira de ouro. A pulseira pesava 0,6 quilo, com duas cabeças de cobra enroladas com um medalhão. A Casa da Pulseira de Ouro ainda estava fechada, não pudemos entrar, porém encontramos a pulseira na sala de exposições das Ruínas de Pompeia, no Museu Arqueológico de Nápoles.
Pompéia – Itinerário VIII
Pequeno Teatro - Odeon
O Odeon ou theatrum tectum como era chamado pelos romanos, foi construído durante os primeiros anos da colônia (79 a.C.), como evidenciado por uma inscrição, a pedido de dois magistrados locais, Marco Pórcio e Caio Quíncio Valgo, que também solicitaram a construção do anfiteatro. Este edifício era dedicado à representação do gênero teatral mais popular da época, a mímica, e também podia ser usado para apresentações musicais e de canto e de poesia.
Era ricamente decorado com mármores multicoloridos, enquanto grandes figuras masculinas de tufo (telamones) sustentavam os degraus. A estrutura era completamente coberta por um teto funcional para melhorar a acústica. O reboco da alvenaria externa preserva muitos grafites dos espectadores dos espetáculos ali realizados, às vezes até de regiões muito distantes.Tinha capacidade para 1.500 espectadores. 
Nota: Assim que cheguei ao Odeon, um tabique de madeira anunciava que estava fechado. Havia partes de um sistema de som a serem desmontadas, pelo que deduzi ser esse o motivo para o encerramento temporário do pequeno teatro de Pompeia.

Teatro Grande de Pompeia
O Teatro Grande de Pompeia foi o primeiro edifício da cidade a ser escavado das cinzas e é um dos edifícios mais emblemáticos da cidade. Ali aconteciam representações da comédia e tragédia na tradição greco-romana do teatro. 
Construídas no século II a.C., as arquibancadas foram acrescentadas no período augusta. Tinha capacidade para cerca de 5.000 espectadores. O palco e o cenário foram reconstruídos após o terremoto de 1962. Na época da erupção, as reformas não haviam sido concluídas. Uma inscrição na entrada do corredor de acesso nascente, que constitui uma das poucas manifestações conhecidas com referência ao nome do arquiteto, relembra a obra realizada no tempo de Augusto por Marco Artorius Primus

Quadripórticos dos Teatros/Quartel dos Gladiadores
Junto ao Teatro Grande de Pompeia, encontra-se uma área quadrangular, rodeada de 74 colunas, que serviu de salão de entrada onde os espectadores se reuniam entre espetáculos, ou seja, um “foyer” ou hall de entrada. Após o terremoto de 62, serviu de quartel dos gladiadores.  

Templo de Ísis
O templo foi construído no século II a.C. e reformado após o terremoto por N. Popidius Ampliatus. No centro de um pátio com pórtico, sobre um pódio, com proana de quatro por duas colunas, nos nichos laterais encontravam-se as estátuas de Anúbis e Harpócrates ligadas ao culto de Ísis. A estátua de Ísis foi descoberta na varanda. Numa das salas foram descobertos um purgatório, uma bacia de água usada para abluções e alguns altares. Seus estuques são decorados com pinturas do quarto estilo.
Quando o Templo de Ísis foi descoberto durante as escavações arqueológicas, a mobília e decoração estavam praticamente intactas.
O culto da deusa egípcia Ísis espalhou-se por todo o Mediterrâneo a partir do século III a.C. Reza a lenda que Ísis recupera as partes do corpo do seu marido Osíris, ressuscitando-o. O culto era particularmente popular entre as classes mais baixas de Pompeia, dada a mensagem de esperança para uma vida além da morte.
A mobília e as estátuas originais do Templo de Ísis estão em exibição no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles.

Casa dos Mosaicos Geométricos
Grande casa com cerca de 70 quartos, que une duas casas anteriores do século III-II a.C. O aspecto natural é proveniente da renovação após o terremoto. Destaca-se o seu mosaico com motivos geométricos. A casa dos mosaicos geométricos está localizada na Via delle Scuole, ao sul do Fórum. A entrada principal dá acesso ao átrio do implúvio. Do outro lado do átrio fica o tablinum, que dá acesso ao pórtico e ao peristilo.
Basílica
Remonta ao século II aC. Destinava-se à administração da justiça e às contrações econômicas. De planta retangular, 24 x 55m, dividida em três naves por 28 colunas de terracota, com cobertura de duas águas. A entrada principal apresenta vestíbulo em forma de pórtico sustentado por pilastras de tufo. Ao fundo, um alto pedestal de estilo helênico, o tribunal e o estrado onde se sentavam os juízes. Acessível através de uma escada de madeira. Preserva restos de gesso do primeiro estilo.

Templo de Vênus/Santuário de Vênus  
É dedicado à deusa Vênus, protetora de Lúcio Cornélio Sula, deusa padroeira de Pompeia e o seu santuário era um dos locais de veneração mais importantes da cidade, estando localizado num terraço artificial com vistas sobre a Baía de Nápoles. Foi construído depois de 80 a.C, quando se tornou uma colônia romana, mas resta muito pouco, uma vez que o santuário ainda estaria em reconstrução (por causa do terremoto de 62) quando da erupção de 79.
Durante as escavações do século XIX, num pequeno "sacellum", foi descoberta uma grande lâmpada de ouro, pesando 896g, presente do imperador Nero, hoje no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles

Antiquarium de Pompeia
O Antiquarium em Pompeia foi construído no século XIX para ser um museu in loco, e atualmente, passados anos de remodelação, é isso mesmo. Ali poderá admirar frescos retirados de várias casas de Pompeia, como a Casa de Menandro.
Mas a principal atração do Antiquarium é, sem dúvida, os moldes em gesso de vários habitantes de Pompeia, com a forma dos seus últimos instantes de vida, incluindo crianças.
 
Pompéia - Itinerário IX
Casa de Cecílio Iucundus
 Data do século III-II a.C. Reformado no século I é famoso pelos baixos-relevos que decoram o larário. À esquerda do tablino estava a máscara de seu pai, Lucio Cecilio Félix; e seu arquivo de 154 pastilhas de cera. Cecilio Giocondo era banqueiro. Registravam as quantias entre os anos 52 e 60, pagas às pessoas por conta das quais ele havia vendido bens ou cobrado aluguéis. A comissão aplicada variou entre 1% e 4%. À esquerda da entrada foram encontrados relevos que mostram a destruição da área do fórum e do castellum aquae no terremoto de 62. As 154 tábuas de madeira encerada foram encontradas numa divisão da casa nas traseiras do peristilo. As tábuas de cera estão agora em exibição no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles

Fontes Termais Centrais
Maior dos complexos balneares da cidade, ocupando um quarteirão inteiro do Régio IX, os Banhos Centrais estavam em construção em 62 d.C., na época da erupção, onde aconteciam as atividades econômicas e sociais de Pompéia. Incorporavam inovações introduzidas na arquitetura de complexos de banhos em Roma, como as Termas de Nero. As obras nunca foram concluídas. Eram fontes termais mistas. A maior instilação termal da cidade. 
As Termas Centrais localizavam-se no cruzamento entre a Via di Nola e a Via Stabiana, mas a entrada principal dava para a Via di Nola no número 18, dando acesso direto à palaestra (ginásio). 
A erupção garantiu que o local permanecesse inacabado, mas o ambicioso plano pode ser identificado apenas pela fachada, que dá para o pátio. O que chama a atenção é a presença de diversas janelas, que proporcionariam ampla luminosidade e ventilação abundante aos ambientes. Ao contrário de outros complexos balneares presentes na cidade, não havia divisão entre áreas femininas e masculinas, pelo que se presume que homens e mulheres podiam entrar em horários diferentes.

Casa de Marco Lucrécio 
A casa é o resultado da união de duas casas originalmente independentes, como mostra a planta irregular, com dois átrios dispostos em ângulo reto e localizados em níveis diferentes. De boa qualidade são as pinturas com temas mitológicos que decoram os ambientes abertos ao átrio e pertencentes ao último período de Pompeia, algumas das quais podem ser vistas no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles
O interesse da casa está no pequeno jardim que tem uma altura maior que ultrapassa o setor do átrio e que apresenta particular atenção decorativa à elegante fonte de mármore com cascata alimentada por um jato de água que sai de uma estátua representando Silenus. No jardim, à volta do lago circular, foram colocadas quatro hermas e estatuetas de mármore de Cupidos e Silenos de vários tamanhos. A casa leva o nome de uma pintura na qual estão representados instrumentos de escrita, entre os quais uma carta dirigida a Marco Lucrécio, decurião de Pompéia e sacerdote de Marte.
 
Casa dos Pigmeus
Casa construída em torno de um átrio que dá acesso direto a uma série de salas que se abrem para um peristilo central. Todas as salas foram decoradas com afrescos e executadas em uma única fase. Destaca-se o quarto decorado com uma paisagem nilótica da segunda metade do século I, que dá nome à casa. A cena retrata pigmeus às margens do Nilo.
 
Ísula dos Amantes Castos
 A ínsula é composta por várias moradias e uma padaria. Os trabalhos de escavação começaram em 1912. Tem sido objeto de escavações arqueológicas até recentemente, mas ainda não foi totalmente investigado. A casa deve o seu nome à pintura de um casal que se beija timidamente. O imóvel é composto por uma padaria voltada para a rua equipada com forno e rodas de moinho.  Na altura da erupção de 79 d.C. estavam em curso obras de reestruturação, talvez para reparar os danos de um terremoto ocorrido poucos dias antes, como comprovam as obras do sistema de água e a redecoração em curso numa grande sala da Casa dos Pintores. Os esqueletos de uma mula e de seis burros foram encontrados trancados no estábulo, usados para girar as mós presentes e carregar os grãos necessários à produção do pão foram encontrados no celeiro anexo à padaria. Na altura da erupção a casa estava a ser reestruturada, como comprovam as obras de reparação das instalações de água e a redecoração de alguns frescos; em cujas paredes foram encontradas os desenhos preparatórios antes de aplicar a cor ao afresco. 
Nas paredes desta sala foram encontrados os desenhos preparatórios, feitos antes da aplicação da cor ao afresco, subitamente interrompidos pelo desastre. A ínsula deve o seu nome à decoração de um triclínico com pinturas que retratam três banquetes realizados em vários momentos do ano, incluindo o verão com o beijo lânguido trocado entre dois amantes. 

Casa de Júlio Políbio
O proprietário desta casa, C. Júlio Políbio - a quem se refere as inscrições na fachada e nas imediações - esteve envolvido na administração da cidade. É também referido num selo de bronze que se encontra no guarda-roupa situado no peristilo, e numa inscrição de votos de boa sorte, que se encontra em frente a uma edícula dedicada aos Lares.
A casa data do século II a.C. e apresenta fachada pintada ao primeiro estilo, com portas altas decoradas com molduras denticuladas. Em consonância com uma delas, foi pintada uma porta falsa à esquerda do tablinum, onde foram encontradas várias ânforas e montes de cal - todas as evidências das obras que estavam em andamento no momento da erupção. Era uma domus ostensiva, com uma disposição incomum em comparação com as outras casas de Pompéia. 
O peristilo foi decorado com naturezas mortas e máscaras pintadas sobre fundo branco. Sobre ele ficava o triclínico, caracterizado por teto em caixotões pretos e paredes inteiramente decoradas com afrescos, sobre um dos quais estava representada a cena da tortura de Dirce. A sala foi fechada por uma fechadura de bronze, que foi instalada para esconder um tesouro na forma de uma estátua de bronze de Apolo, um vaso com representações mitológicas e um grande vaso antigo de bronze do século V a.C. Além disso, foi encontrado o sumptuoso mobiliário que equipava a sala, dedicada a banquetes. A vista dava para um jardim, onde foram feitos moldes de cinco grandes árvores frutíferas, incluindo duas figueiras. 

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