Luxor | Egito

08:47

Situada às margens do Rio Nilo, em meio ao deserto, Luxor é uma das principais cidades turísticas do Egito, conhecida por ser o maior museu ao ar livre do mundo, repleta de templos, monumentos e atrações milenares, destino de cruzeiros pelo Rio Nilo e de muita história da antiga civilização egípcia.
Em uma viagem ao Egito, Luxor é parada obrigatória. A cidade de aproximadamente 500 mil habitantes é uma das mais bonitas e modernas do país e ao mesmo tempo riquíssima em história e marcos arquitetônicos milenares. 
No lado oriental do rio, junto à cidade destacam-se o Templo de Luxor e o Templo de Karnak. Já no lado ocidental fica a Cidade dos Mortos, onde se destaca é o Vale dos Reis, entre outras inúmeras atrações.
Reserve pelo menos dois dias para conhecer as maravilhas da cidade, constituídas por templos, monumentos, sarcófagos, e até múmias, como a do famoso Tutancâmon que se encontra no Vale dos Reis e tem mais de 3300 anos, descoberta em 1922 pelo arqueólogo inglês Howard Carter.
 
Quando ir 
A cidade pode ser visitada em qualquer época, fica no deserto e nunca chove nesta região do Egito. Porém, é melhor ir no inverno devido às altas temperaturas, fomos em outubro, mesmo assim pegamos muito calor.
O inverno vai de novembro a março, quando fica mais fresco e as máximas podem ir no máximo a 30°C. O verão vai de maio a setembro e as temperaturas podem chegar aos 45°C.
 
Como chegar 
Luxor fica a 650 km ao sul de Cairo por via rodoviária e em torno de 500 km em linha reta. A cidade dispõe de aeroporto internacional e estação de trem. Também é possível chegar em um dos cruzeiros Rio Nilo, que fazem o trajeto Luxor-Aswan ou Aswan–Luxor.
De avião
O Aeroporto Internacional de Luxor recebe voos nacionais da companhia EgyptAir, além de voos internacionais de vários países e outras companhias.
Não há voos diretos do Brasil para o Egito, então, haverá conexão em algum outro país. Em nossa viagem, saímos de Faro (capital da região onde moramos), fizemos conexão em Munique (Alemanha),  para depois ir para o Egito.
De carro
Há rodovias pavimentadas que atravessam o deserto e vão de Cairo a Luxor (650 km). Porém, alugar um carro é inviável porque só é permitido dirigir no Egito com carteira de habilitação egípcia. Além do mais, não aconselhamos nenhum turista dirigir neste País.
De trem
Há linha de trem de passageiro que liga Cairo a Luxor, porém, muito demorada, a viagem dura em torno de 10 horas, mas é uma opção econômica.
Cruzeiros
A maneira mais comum de fazer este trecho que tem em torno de 220 km é através de um Cruzeiro pelo Rio Nilo que vai até Aswan. Há dezenas, até centenas de navios fazendo este trecho, nos dois sentidos.
A viagem, geralmente dura 3 dias e 4 noites, mas os navios ficam bastante tempo parado em alguns destinos, para fazer visitação em vários templos e atrações.

Como se locomover em Luxor
A distância das atrações no lado oriental da cidade não são estão distantes e podem ser percorridas a pé, porém o calor é intenso. Já para as atrações do lado ocidental, você irá precisar de um transporte ou de um tour que o inclua. Como estávamos num pacote com a agência de viagem, eles nos apanhavam no barco, levavam para as atrações, depois nos deixavam de novo no barco.

Onde ficar em Luxor 
Muitos turistas ficam hospedados nos navios durante o período do cruzeiro e se a viagem for um pacote, pode ser que nem se hospede na cidade (como foi o nosso caso). Mas dependendo de seu roteiro, terá que se hospedar antes ou depois do cruzeiro, ou ainda se não for fazer a navegação.
Em geral, é possível encontrar hotéis de luxo em Luxor, com ótimos preços. Confira algumas dicas de onde se hospedar em Luxor, Egito:
Steingerberger Resort Achti – Resort 5 estrelas às margens do Nilo;
Jolie Ville Hotel – Hotel 5 estrelas em uma ilha do Nilo;
Sonesta St. George Hotel – Hotel 5 estrelas.

Breve história de Tebas (Luxor)
Tebas ganhou importância no Império Médio (2055-1650 a.C.). O príncipe tebano da 11ª dinastia, Mentuhotep II, reunificou o Alto e o Baixo Egito, fez de Tebas sua capital e aumentou a relevância do Templo de Karnak como centro de culto ao deus local, Amon, com um templo dedicado a ele.Os faraós da XII Dinastia mudaram novamente a capital para norte, mas a maior parte da sua imensa riqueza, obtida através do comércio exterior e da agricultura, bem como dos tributos das expedições militares à Núbia e à Ásia, foi para Tebas, o que lhe permitiu continuar a ser a capital religiosa do país.
Este período de 200 anos foi uma das épocas mais ricas da história egípcia e uma época esplêndida para a arquitetura, a arte e grandes avanços científicos.

O que fazer em Luxor 
Como já mencionamos, Luxor é considerado o maior museu ao ar livre do mundo. Há muitas atrações arquitetônicas e históricas milenares da antiga civilização egípcia. Nesta postagem iremos mostrar os principais pontos turísticos e uma lista com o que fazer em Luxor, no Egito:
Cidade dos Vivos
Orla do Rio Nilo
Boa parte da Orla do Rio Nilo que acompanha a cidade é composta por um grande calçadão em dois níveis. O cais é o ponto de parada de dezenas de navios de cruzeiro todos os dias com bastante movimento de turistas.
Praça do Templo de Luxor
Ao lado de fora do Templo de Luxor há uma grande praça que acompanha toda a extensão do templo com 250 metros. Possui um amplo calçadão, algumas árvores e alguns monumentos.
Templo de Luxor
O Templo de Luxor está localizado à margem direita do Rio Nilo, na parte moderna da cidade de Luxor, antiga capital egípcia de Tebas. É um dos monumentos antigos mais preservados da história, descoberto em 1881 pelo egiptólogo e arqueólogo Gaston Maspero.
A construção do Templo de Luxor começou na época do faraó Amenófis III por volta de 1400 a.C., continuou no reinado de Ramsés II e foi concluído no período islâmico. 
O Templo de Luxor a princípio não foi feito para cultuar nenhum Deus ou como um complexo mortuário, mas provavelmente para coroação dos reis além das celebrações e festividades.
Ele é único monumento do mundo que contém documentos das épocas faraônica, greco-romana, copta e islâmica. O templo passou por diversas épocas históricas e tem até uma mesquita integrada em sua estrutura.
Horário de visitação: Todos os dias, das 6h às 22h.
Museu de Luxor
Museu de Luxor fica no centro da cidade, no caminho entre os Templos de LuxorTemplo de Karnak.
O Museu de Luxor foi fundado em 1975 e conta com uma coleção de antiguidades datadas do final do Império Antigo até o Período Mameluco. Sua coleção reúne objetos encontrados nos templos e necrópoles da antiga Tebas, em Luxor, Egito.
O acervo do museu conta com peças variadas e com vários destaques, como duas múmias reais de Ahmose I e Ramsés I, carros militares da época e alguns tesouros encontrados na tumba de Tutankhamon.
Horário de funcionamento: Abre todos os dias, no Inverno: das 9h às 21h, no Verão: das 9h às 16h.
Museu da Mumificação
O Museu da Mumificação também fica às margens do Rio Nilo, sendo uma atração menos significativa na lista do que fazer em Luxor, porém, se você tiver tempo vale a pena visitar.
Inaugurado em 1997, este museu é dedicado a explicar como funciona o processo de mumificação, além das ferramentas utilizadas para o procedimento. O museu abriga também múmias de humanos e animais, além de objetos do Antigo Egito.
Horário de funcionamento: Abre todos os dias, das 9h às 13h e das 17h às 20h.
Templo de Karnak 
Templo de Karnak, em Luxor, fica localizado à margem direita do Rio Nilo, é um dos cartões postais do Egito, e uma das maiores maravilhas arquitetônicas do mundo. Enquanto o Templo de Luxor era o centro do poder, o Templo de Karnak era o centro da fé.
Templo de Karnak é considerado o maior templo já construído no mundo inteiro. Sua construção iniciou-se por volta de 1970 a.C., desenvolveu-se num período de 1500 anos, passando por várias gerações, o que resultou em vários templos com arquitetura e decorações incomparáveis em todo o Egito.
A construção do Templo de Karnak passou por faraós famosos como HatshepsutTuthmose IIISeti I e Ramsés II, mas continuou no período greco-romano com os Ptolomeus, os romanos e os primeiros cristãos, cada um com suas marcas.
Templo de Karnak é dividido em 3 complexos: o recinto de Amon-Rá, o recinto de Mut e o recinto de Montu
No recinto de Amon-Rá está o que considero sem dúvida a parte mais bonita do Templo de Karnak as áreas  com o Grande Salão Hipostilo, composto de espetaculares 134 colunas maciças em forma de papiros gigantes, que  deixam a gente de boca aberta. Seus relevos, cores e a grande altura das colunas fazem desta sala uma joia e um dos lugares mais impressionantes de todo o Egito.
Caminhando pelo templo encontramos o Obelisco de Hatshepsut , o mais alto do Egito e, como curiosidade, tem a ponta revestida de electrum (uma liga natural de ouro e prata)
Horário de visitação: Abre todos os dias, das 8h às 18h.
Avenida das Esfinges
Avenida das Esfinges é uma nova atração de Luxor, uma avenida de quase 3 km que liga o Templo de Karnak ao Templo de Luxor. Esta atração, restaurada em 2021, é repleta de esfinges e estátuas algumas têm cabeça humana outras com cabeça de carneiro símbolo de Amon-Rá, alinhadas em ambos os lados da avenida.
No Egito Antigo, era um local de celebrações e procissões com a estátua do deus Amon Rá que saia desde o Templo de Karnak até o Templo de Luxor. É a maior rota sagrada construída na antiguidade, inicialmente construída na antiga Tebas por Amenhotep III, mas só concluída alguns séculos depois, durante o reinado de Nectanebo I (380-362 a.C.)Durante muitos anos esta avenida ficou esquecida, ficando soterrada por camadas de areia, casas e até igrejas.

Cidade dos Mortos
A Cidade dos Mortos fica no lado Ocidental (Oeste) do Rio Nilo a aproximadamente 4 km do rio onde começam as montanhas do deserto.
Essa região foi escolhida para ser as necrópoles dos antigos reis e rainhas do Egito e é repleta de atrações.

Vale dos Reis
O Vale dos Reis fica a 4 km de distância do Rio Nilo. Ele é o mais famoso complexo de tumbas de todo o Egito, situado em um desfiladeiro no meio das montanhas do deserto. No local já foram encontradas as tumbas de 63 tumbas, e as escavações continuam.
Diferente das pirâmides, as tumbas do Vale dos Reis, feitas para os faraós e poderosos nobres do Império Egípcio. Foram construídas escondidas em túneis no meio das montanhas para evitar que fossem saqueadas.

Colossos de Mêmnon
Mas antes de chegar pudemos ver os Colossos de Mêmnon que são duas enormes estátuas de 3400 anos localizadas no Vale do Rio Nilo, às margens da estrada entre o rio e o Vale dos Reis. Cada estátua pesa 1300 toneladas e tem 18 metros de altura.
As duas estátuas gigantescas representam:sentado em seu trono, o faraó Amenófis III da XVIII Dinastia; em proporção menor em cada lado estão a mãe de AmenófisMutemuia e também a sua esposa, a rainha Tié.
As estátuas na sua função original eram as guardiãs do templo funerário do faraó Amenófis III, que existia no local, do qual restaram apenas alguns fragmentos das ruínas.
Depois de ver os colossos, chegamos ao Vale dos Reis ou, também chamado por nós, Vale da Morte, devido à alta temperatura e quase nenhuma sombra. Foi o pior momento de calor da viagem. 
O Vale dos Reis é o local escolhido pelos faraós do Novo Reino para serem sepultados, talvez atraídos pela montanha sagrada em forma de pirâmide natural, El-Qurn (o chifre), ou talvez porque o sol aqui se pôs, simbologia perfeita para o fim da vida, na esperança de acordar novamente, assim como o sol do dia seguinte nasce no leste.

Após passar a bilheteria, há um transporte que leva os turistas até o início do vale, mas tudo no Egito tem que dar gorgeta ou pechinchar o preço. 

Há várias tumbas que podem ser visitadas no Vale dos Reis, além da de Tutancâmon. O ingresso normal permite a visitação de 3 tumbas, porém, para visitar a Tumba de Tutancâmon, você precisa comprar outro ingresso. Os 3 túmulos que visitamos, além de Tutancamôm foram os de Merenptah, Ramsés III e Ramsés IX
KV6 – Tumba de Ramsés IX
Ao entrar, encontramos um corredor muito comprido com paredes repletas de hieróglifos e cenas do Livro dos Mortos, do Livro de Amduat, ou do Livro das Cavernas, entre outros.
KV8 – Tumba de Merenptah
Merenptah foi o quarto faraó da 19ª dinastia e sucessor de Ramsés IIDeste túmulo destacamos os seus grandes e coloridos relevos nos corredores e o seu bom estado de conservação, mas sem dúvida um dos grandes atrativos de visitar o Túmulo de Merenptah é ver o espetacular sarcófago de alabastro, que se encontra na câmara funerária. Tem um tamanho abismal e o seu estado de conservação é muito bom.KV11 – Tumba de Ramsés III
O último túmulo que visitamos foi o de Ramsés III e foi um grande culminar. É um dos mais espetaculares e famosos do Vale dos ReisSuas pinturas e baixos-relevos estão muito bem conservados, o que lhe confere essa grande beleza. Este túmulo é normalmente chamado de " Túmulo dos Harpistas ", pois no segundo corredor há um relevo de duas harpas cegas. 

Túmulo de Tutancâmon
A mais incrível descoberta do Vale dos Reis aconteceu em 1922, quando o explorador Howard Carter encontrou o Túmulo de Tutancâmon intacto, com sua múmia e todos os tesouros com os quais ele havia sido enterrado.

Tutancâmon não foi um rei tão importante, mas se tornou a múmia mais famosa por seu túmulo ter sido o único encontrado intacto sem ter sido saqueado. Nós pagamos para ver o túmulo, mas muitos acham que não vale a pena pagar o preço já que lá não há nada exceto a múmia de Tutancâmonmas os tesouros estão espalhados em museu a maioria deles no Museu Egípcio de Cairo, onde está a sua máscara de ouro e seus caixões.

Vale das Rainhas

A sul do Vale dos Reis encontramos o Vale das Rainhas, onde estão sepultadas as rainhas das dinastias XIX e XX. Os túmulos do Vale das Rainhas são muito semelhantes à dos túmulos do Vale dos ReisExistem também outros membros da família real, como princesas e príncipes. Apesar do local ser teoricamente escondido, todas as tumbas do Vale das Rainhas foram encontradas saqueadas, sem os seus tesouros. Dos 75 túmulos que compõem o Vale das Rainhas, apenas 4 estão abertos ao público: Titi, Khaemwaset, Amunherjepshef e o famoso Nefertari, este último se destacando dos restantes túmulos pela sua espectacular beleza.
O templo é composto por três níveis, com uma escada no centro de acesso aos três pisos. No terraço superior você pode ver o que resta das 24 estátuas colossais de Osíris, atualmente não haverá mais de 10 em pé. Ao fundo está o Santuário de Amon.
A mais impressionante de todas as tumbas no Vale das Rainhas, uma verdadeira obra de arte é a Tumba da Rainha Nefertari (QV 66), a esposa favorita do faraó Ramsés II.
Templo da Rainha Hatshepsut é um templo mortuário da Cidade dos Mortos, na cidade de Luxor, construído para o faraó da Décima Oitava Dinastia (1470 a.C.), a segunda faraó feminina que governou o Egito.
O templo dedicado a ela e ao deus Amon-Rá está localizado aos pés pé da montanha rochosa de Deir el-BahariHatshepsut se destaca na história por ser “uma dos faraós” mais bem sucedidos do Egito Antigo.
O design único de colunatas do Templo Funerário de Hatshepsut é admirado pelos historiadores da arte como inigualável até a ascensão da Grécia Clássica.
Horário de visitação: Abre todos os dias, das 6h às 17h.
Junto à bilheteria há carrinhos de transporte que levam até o templo.

Vale dos Artesãos(não visitamos)
Assim como o Vale dos Reis e o Vale das Raínhas, há também o Vale dos Artesãos, que eram artistas que trabalhavam nas tumbas dos reis e rainhas e que moravam no local, a antiga vila em Deir el-Medina.
No Vale dos Artesãos foram construídos belos túmulos para alguns dos trabalhadores mais importantes. Semelhante ao Vale das Rainhas, esses túmulos são muito menores e menos ornamentados que os do Vale dos Reis.

No mapa abaixo é possível ver a localização de cada um dos pontos turísticos de Luxor listados nesta postagem. Utilize o mapa de para traçar um roteiro com a sequência de passeios.

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