Castro Marim | Algarve

07:23

Roteiro para visitar Castro Marim, no Algarve, Portugal
Em continuação a nossa Rota Umayyad, hoje vamos falar sobre Castro Marim.
A pequena cidade de Castro Marim fica apenas a 5 km de Vila Real de Santo Antônio
Castro Marim deve o nome a ter sido um castro (antes dos romanos), a exemplo dos castros que existiam no País, onde se protegia a população. Mas este era diferente, era Marim, que quer dizer “marítimo”. Era um castro no mar, que defendia o acesso ao Rio Guadiana.
Castro Marim fica situada numa colina, num local que se pensa ter sido antes uma ilha, mas o deixou de ser com o seu assoreamento, passando a colina a ficar rodeada de pântanos (sapal). Mais tarde, parte destes foram transformados em salinas.
Hoje, Castro Marim tem vista para o estuário do vale do Rio Guadiana, Reserva Natural do Sapal de Castro Marim, Vila Real de Santo Antônio e as salinas. Do outro lado do rio fica a Espanha.
Castro Marim é terra de pessoas valentes e corajosas que no passado faziam valer a fronteira de Portugal.
História
Datam do Neolítico, cerca de 5000 anos a.C. os vestígios dos primeiros povoamentos, que prosseguiram na Idade dos Metais, possivelmente através de um castro localizado no monte onde se ergue o castelo.
Nesse período, Castro Marim estava mais próximo do mar e constituía, segundo estudos geológicos realizados, uma ilha rodeada por águas baixas.
Castro Marim foi, durante milênios, porto de abrigo de navios que subiam o Rio Guadiana para recolher os metais, sobretudo o cobre, extraídos de minas de Alcoutim e Mértola. A presença fenícia e romana está documentada na área da vila que, durante o período da ocupação muçulmana, dispunha de uma estrutura de defesa identificada com o núcleo primitivo do atual castelo.
Além dos transportes fluviais que fizeram a prosperidade de Castro Marim, a vila estava também ligada a Lisboa, próxima estrada romana que, paralela ao Rio Guadiana, passava por Alcoutim, Mértola e Beja.
Devido à configuração topográfica e localização estratégica de Castro Marim, por ali passaram vários povos deixando as suas marcas, como fenícios, gregos, cartagineses, vândalos, romanos e árabes. Após a conquista muçulmana da Península Ibérica (séc.VIII), os mouros dominaram a região até 1242 – altura em que o mestre da Ordem de Santiago, Paio Peres Correia, conquista Castro Marim para Portugal.
À reconquista cristã, seguiu-se, ainda no séc. XIII, uma política de repovoamento e reforço das defesas, atendendo à posição estratégica da vila face à fronteira com o reino de Castela e aos ataques mouros vindos do Norte de África.
D. Afonso III concedeu-lhe Carta de Foral com grandes privilégios para atrair população mais facilmente aquela zona, erguendo a cerca medieval, onde inicialmente, a vila se desenvolveu.
Mais tarde, no reinado de D. Dinis, compensando a perda de Ayamonte que passou para o domínio de Castela, mandou o rei reforçar a fortificação, ampliando-a com a construção da Muralha de Fora, para abrigo e defesa da população, atraindo-a com a confirmação e ampliação dos privilégios atribuídos pelo seu pai D. Afonso III concedendo-lhe nova Carta de Foral em 1282.
Durante todo o processo de conquista do Algarve, não se pode descurar a importância do papel das Ordens Militares Religiosas.
Castro Marim, pela sua localização geo-raiana, conseguiu atrair, com a ajuda do rei D. Dinis (1261-1325) e pela bula papal instituída pelo papa João XXII, a Ordem de Santiago, que terá herdado os bens da Ordem dos Templários extinta em 1321, instalando a sua sede no novo Castelo de Castro Marim de 1319 até 1356, ano em que foi transferida, por ordem de D. Pedro I, para Tomar, devido à cessação das lutas contra os mouros e de um progressivo desprestígio da zona. A partir dessa altura, a importância deste Castelo foi diminuindo e a vila começou a despovoar-se, apesar dos privilégios atribuídos pelos monarcas.
Com a entrada do século XV e com o incremento das campanhas ultramarinas, a Coroa Portuguesa encontrou no Algarve o melhor posicionamento geográfico e estratégico, pela proximidade ao Norte de África, mantendo assim mais facilmente essas praças, controlando-as, para além de controlar possíveis ataques de corsários vindos do sul ou da vizinha Espanha.
Castro Marim tornava-se assim, pela sua localização geográfica, numa das principais praças de guerra quando do destacamento das nossas tropas além-mar, perdendo o seu apogeu relativamente a outras praças de guerra algarvias durante o século XVI.
Dá-se, então, um período de decadência da vila e do seu termo, que viu reduzida a sua população.
Para contrariar esta evolução, o rei D. João I concede a Castro Marim, em 1421, o privilégio de ser “couto de homiziados” - local de desterro -, com vista a atrair novos habitantes. Privilégio que se manteve até quase ao final do séc. XVIII.
Afastado do mar, com uma economia centrada durante séculos na pesca, na produção de sal, na agricultura e na construção de barcos, o concelho de Castro Marim atravessa um longo período de estagnação, quebrado nas últimas décadas por um crescente dinamismo.

Melhores Locais a Visitar na Vila de Castro Marim
Conheça os melhores locais a não perder na tranquila vila de Castro Marim e arredores! Aqui encontrará vários pontos de interesse que o vão surpreender.
A Vila de Castro Marim é um incontornável marco histórico, a confirmá-lo está o seu majestoso castelo e a sua posição estratégica que permitia excelentes acessos, quer por terra ou mar, por isso, Castro Marim é uma vila completa, que nos oferece as praias, a serra e o rio.
Além disso, a vila de Castro Marim possui um rico patrimônio histórico e cultural e interessante artesanato. Assim, no centro é possível ver edifícios históricos, bem como casas brancas com platibandas e chaminés rendilhadas bem conservadas. 
A grande maioria das habitações mantém-se intacta face ao fenômeno urbanístico, o que permite usufruir em pleno de toda a história do Concelho.
As suas características raianas, que nos levam ao Rio Guadiana, convidam-nos a um passeio de barco, único e imperdível.
Umas das visitas que não pode deixar de fazer é à Reserva Natural do Sapal, onde se pode apreciar toda a beleza singular da sua fauna e flora.
Não se pode contornar a gastronomia, que conta com o mais fresco peixe e marisco.

Castelo de Castro Marim
No ponto mais elevado, no cimo de um morro fica o Castelo de Castro Marim que, que está classificado como monumento nacional e em conjunto com outras fortificações, constitui uma dos mais sólidos sistemas defensivos do Reino de Portugal e dos Algarves – o qual existiu até 1910! 
As populações que habitavam o espaço português conheceram, desde tempos muito remotos, a necessidade de se munirem de estruturas defensivas, por isso, historicamente foi uma região importante para proteger a costa sul de Portugal.
A primeira fortaleza de Castro Marim deveria ter consistido num castro familiar ou de povoamento do período neolítico, levantado na coroa deste monte.
O Castelo de Castro Marim foi construído sobre as fortificações romanas e mouras que gozavam de um impressionante e estratégico local já que permitia espiar a fronteira espanhola.
Tendo sido edificado no século XIII, a pedido de D.Afonso III, como baluarte defensivo da fronteira. Este castelo converteu-se na primeira sede da Ordem de Cristo no ano de 1319, a nova versão da Ordem do Templo, até à sua mudança para a cidade de Tomar em 1334.
A maior parte das ruínas que se conservam na atualidade datam do século XVII, já que foi nessa época que foram juntas as novas muralhas a pedido de D.João IV.
Durante o reinado de D. Manuel I, com a nova Carta de Foral atribuída a esta vila em 1504, iniciou-se relevante obra de restauro e defesa do Castelo iniciada em 1509.
Esta obra visava um duplo objetivo de apoio às conquistas ultramarinas e de vigilância aos possíveis ataques corsários a que esta vila estava sujeita.
Dentro do recinto muralhado, situavam-se as ruínas da Igreja de Santiago, primitiva matriz da vila, construída no século XIV, que fez parte do Convento dos Cavaleiros da Ordem de Cristo, sendo que em 1504 foi transformada em quartel militar, a Igreja de Santa Maria e antiga Igreja da Misericórdia. Junto à porta de Armas, após passar a porta de entrada na Muralha de Fora, avista-se no largo a antiga Igreja da Misericórdia, que apresenta uma exposição permanente sobre a 1ª sede da Ordem de Cristo de Castro Marim. Esta igreja serviu a população até ao século XVI, altura em que a vila começou a crescer para fora do recinto amuralhado, significando o aumento de terra firme.
Por este motivo e com o incremento das estruturas abaluartadas durante o século XV, mandou D. João IV, quando das Guerras da Restauração em 1640, dada a importância militar desse ponto, restaurar o Castelo e fazer novas obras de fortificação, construindo o Forte de S. Sebastião e de Revelim / Forte de S. Antônio.
Desde as muralhas terá umas maravilhosas vistas sobre a aldeia do Forte de São Sebastião (hoje em dia fechado ao público), Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo Antônio, as salinas, o Rio Guadiana e a ponte que une Portugal com Espanha.
Mais informações:
Preço da entrada:Gratuito.
Horário:De abril a outubro das 9h00 às 19h00. De novembro a março das 9h00 às 17h00.

Castelo Velho de Castro Marim
Ao tomar posteriormente a Rua São Tiago ou Rua Direita, chega-se a um amplo terreiro, com o edifício do paiol e o Castelo Velho.
A vila cresceu, inicialmente, dentro das muralhas do Castelo Velho, de planta quadrangular, definido por quatro torreões cilíndricos nos ângulos e um pátio interno, com duas portas de acesso, uma a sul e outra norte.
Com o decorrer do tempo e devido ao aumento da população foi construída a Muralha de Fora do Castelo Velho. Posteriormente, no século XVI, a vila cresceu para fora destas muralhas. 
Dentro do primitivo Castelo Velho é possível ver quer o que resta da casa do alcaide-mor ou comendador, a cisterna, a prisão e o Núcleo Museológico do Castelo. Aqui expõem-se principalmente peças recolhidas das escavações arqueológicas na colina do Castelo, que atestam as suas várias ocupações ao longo do tempo.
Perto daqui fica a Porta do Mar, atualmente tapada, que anteriormente dava acesso à zona nascente em direção ao Rio Guadiana.
O Castelo é inegavelmente o epicentro do festival “Dias Medievais em Castro Marim”, que costuma ocorrer em agosto. Assim, durante vários dias, pode-se assistir a uma interessante recriação histórica da Idade Média, com várias atividades culturais e artísticas.

Forte de São Sebastião
No outro morro da vila fica o Forte de São Sebastião. Neste local existiu uma ermida, em que parte do edifício ainda pode ser visto integrado na estrutura construtiva da fortificação.
O Forte de São Sebastião de Castro Marim - assim denominado por ocupar o local onde anteriormente terá existido uma ermida dedicada a São Sebastião - é o melhor exemplo conservado do que foi o amplo processo de renovação do sistema defensivo da vila nos meados do século XVII.
A sua construção deve-se ao rei D. João IV, no âmbito das Guerras da Restauração com Espanha, e terá sido iniciado logo em 1641, o que prova a importância deste ponto do território. O projeto então posto em prática transformou o velho castelo medieval na praça militar mais importante de todo o Algarve, fato reforçado pela localização estratégica face à linha de fronteira.
A planta do forte adaptou-se ao cerro em que se implantou, definindo um recinto amuralhado irregular, que integra cinco baluartes e cuja porta principal está virada a Norte, precisamente na direção do burgo e do castelo. 
Esta relação de proximidade com o castelo de Castro Marim é um dos aspetos mais importantes das obras realizadas na vila no século XVII, na medida em que o novo sistema militar da localidade não prescindiu do antigo recinto muralhado, mas integrou-o na nova estrutura, constituindo-se, assim, uma complementaridade entre antigo e moderno que aqui adquire uma real expressão.
O Forte de São Sebastião, com cinco baluartes, encontrava-se ligado por muralhas ao Castelo de Castro Marim. Em conjunto, o Forte, o Castelo e o Revelim de Santo Antônio constituíam o principal sistema defensivo do Algarve.
Não há muito tempo o Forte teve obras de requalificação, aguardando-se obras de preparação para que possa ser aberto a visitas ao público. Contudo, pode ser visitado de forma organizada por solicitação à Câmara Municipal ou aquando da realização do Festival “Dias Medievais em Castro Marim”.

Colina de Santo Antônio/ Revelim de Santo Antônio
A nascente da vila, e num local com uma vista de 360º sobre a paisagem em redor, fica a Colina de Santo Antônio. Nesta colina está localizado o Revelim de Santo Antônio, a Ermida de Santo Antônio, o Centro de Interpretação do Território de Castro Marim e um Moinho. Além disso, existe também aqui um anfiteatro ao ar livre, um jardim de inspiração andaluz e espaços com hortas tradicionais.
O Revelim de Santo Antônio é uma pequena fortificação, situada num local estratégico à entrada da vila e que mantinha ligação com o Castelo e o Forte de São Sebastião
Este Revelim foi mandado construir no século XVII por D. João IV. Em formato de ferradura, tinha 14 canhoeiras onde assentavam as peças de artilharia apontadas para o estuário do Rio Guadiana, servindo desse modo para controlar o acesso pelo rio.
A pequena Capela de Santo Antônio de estilo barroco, encontram-se delimitada por pilares-cunhais fortes, com capela-mor quadrangular. 
O Centro de Interpretação do Território de Castro Marim disponibiliza informação sobre percursos culturais e visitas ao concelho. Além de constituir um miradouro natural, este Centro de Interpretação possui ainda um interessante miradouro virtual do concelho. Este envolve as vertentes histórica, natural e saberes e consiste num mapa 3D interativo, em articulação com um vídeo.
No alto, um bonito Moinho de Vento domina o horizonte, cujo funcionamento ainda recorre a técnicas originais.

Centro Histórico
No centro da vila, como por exemplo na Praça 1º de Maio, podem-se encontrar vários edifícios históricos, como o dos Paços do Concelho, onde está instalada a sede da Câmara Municipal.
Ademais, vêem-se também casas brancas com platibandas, chaminés rendilhadas e algumas com açoteias.
A platibanda é uma importante característica da arquitetura tradicional do Algarve. Consiste numa espécie de muro construído sobre a fachada na forma de moldura, que servia para esconder o telhado e sobretudo para ornamentar as casas com cores e formas geométricas.
Estas platibandas eram uma forma de ostentação da riqueza dos seus proprietários, assim sendo, havia o estímulo que as mesmas fossem ricamente decoradas.
Ao fundo da Praça 1º de Maio, virando à direita e seguindo em direção ao Castelo pode ser vista uma parte do pano da muralha recuperada.

Casa do Sal
Situada no centro da vila e instalada num bonito edifício de arquitetura tradicional, que foi anteriormente um armazém de sal, fica a Casa do Sal.
A Casa do Sal é um importante pólo de dinamização cultural do concelho, bem como de valorização da atividade salineira no concelho. Note-se que pela sua grande qualidade, o Sal e Flor de Sal de Castro Marim possuem Denominação de Origem.
Na Casa do Sal são efetuadas exposições, encontros temáticos e outros eventos. Conta com um bar, assim como com um recinto exterior para a realização de eventos. Aqui vêem-se interessantes pinturas murais, que retratam pessoas reais de Castro Marim ligadas à extração do sal.
Neste espaço multicultural tivemos a oportunidade de visitar uma interessante exposição temporária sobre os Alforges, que são uma espécie de bolsa grande dividida em dois compartimentos.
Os alforges eram tecidos em teares e podiam ser de lã, linho ou algodão, bem como apresentavam padrões, desenhos e símbolos diversos.
O alforge era usado ao ombro por homens e ao dorso dos animais de carga como os cavalos e burros. Existiam os alforges de trabalho, que serviam para transporte sobretudo dos produtos agrícolas. E igualmente existiam os alforges festivos, que eram adornados de forma mais complexa e com materiais mais nobres. Com efeito, os alforges foram muito utilizados em Portugal e em Espanha.

Mercado Local
Inaugurado em meados do século XX, o Mercado Local foi o principal abastecedor de frutas, verduras e peixe da vila.
Hoje, o Mercado Local é um espaço que divulga as artes, saberes e atividades tradicionais (olaria, cestaria, latoaria e outros) e onde se pode também comprar produtos e artesanato locais. 
Ao mesmo tempo, o Mercado Local acolhe o Posto de Informação da Região de Turismo do Algarve, promovendo o Concelho de Castro Marim e a Região do Algarve.

Igreja Matriz
Sobranceira à Praça 1º de Maio, fica a Igreja Matriz ou de Nossa Senhora dos Mártires, construída após o terremoto de 1755, onde existe uma ermida, anteriormente no local.
O edifício data dos sécs. XVIII e XIX, pela adaptação de uma ermida a igreja. Em 1960, um incêndio destruiu parte significativa do seu patrimônio. A igreja constitui um harmonioso conjunto, em que o elegante zimbório, encimado por um falso lanternim, constitui o elemento mais saliente. Na capelamor e nas capelas laterais merecem ser apreciadas as imagens do arcanjo São Gabriel (séc. XV), com restos de policromia, de nossa Senhora da Encarnação e dos Mártires (séc. XVI) e uma bem proporcionada Santa Luzia (séc. XVIII).
A igreja tem uma nave única, uma torre sineira e um relógio redondo sobre a fachada principal. Mas destaca-se sobretudo pela enorme cúpula branca e cinzenta azulada com oito janelas (sobre o zimbório). Na lateral, o galilé apresenta um interessante painel de azulejos azuis e brancos.

Reserva Natural do Sapal Castro Marim
Da base da colina tem início a Ciclovia, que pode ser feita entre Castro Marim Vila Real de Santo Antônio. Ao longo da Ciclovia é possível observar flora e aves emblemáticas da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo Antônio, tais como flamingos e pernilongos.
Para admirar a preservada e bela paisagem e estar em contato com a natureza pode-se visitar a Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo Antônio.
Situado perto da foz do Rio Guadiana, este Parque Natural é uma Zona Húmida com sapais, salinas e esteiros, com cerca de 2.000 hectares. Esta área protegida com pântanos, charcos e labirintos de esteiros e salinas constitui flora adaptada à elevada salinidade da água.
 
O que fazer perto da Vila de Castro Marim
Crédito da Foto: Salmarim-Castro Marim
A ida às salinas da Salmarim, em Castro Marim, é acima de tudo uma experiência encantadora.
Com efeito, além de conhecer-se como é feita a extração de Flor de Sal e de Sal de Castro Marim. 
Posteriormente é explicado todo o processo, onde há toda uma estrutura labiríntica, em que a água salgada começa nos esteiros, passa para os depósitos e depois segue para as marinhas. Mas acima de tudo, há um conhecimento de como este trabalho manual, artesanal, é uma arte!
As condições de Castro Marim são de fato excepcionais para a extração de um produto de elevada qualidade!
Ainda mais, por estarmos numa reserva natural sente-se muito a presença de aves e de outros animais. O filme da praxe ao pôr do sol dá ainda mais graça à experiência.
Por fim, na prova de degustação consegue-se perceber com clareza a diferença de sabor destes produtos face aos industriais e quão melhor fazem à nossa saúde.
O SPA Salino em Castro Marim tem um conceito completamente diferente, longe do turismo de massa! Tanto mais que as atividades ocorrem inesperadamente ao ar livre.
Primeiro, está localizado numa salina e até é possível fazer uma visita guiada à Salina Barquinha e ali compreender como é o processo de recolha da Flor de Sal e do Sal Tradicional de Castro Marim.
A experiência passa por se fazer uma aplicação de argila salina em todo o corpo. As argilas ricas em minerais e enxofre, ao secarem extraem as toxinas da pele. Tal pode ocorrer nas várias espreguiçadeiras ao redor dos tanques com água salgada.
Depois a experiência seguinte, super relaxante, consiste em fazer um banho mineral flutuante na salina. Aqui a água contém mais de 80 sais minerais e está mais quente do que a água do mar. A elevada concentração de sal faz-nos flutuar.
Por fim, toma-se um duche para ficar fresquinhos.
Também pode-se igualmente usufruir de massagens (com esfoliação de Flor de Sal) e atividades de relaxamento.
No lounge pode-se descansar à sombra e apreciar a paisagem da Reserva Natural, onde o SPA Salino se encontra inserido.
Aqui é possível comprar Sal e Flor de Sal de Castro Marim, extraído no local, pela empresa Água Mãe.

Praias de Castro Marim
Junto ao Oceano Atlântico, as Praias de Castro Marim são das mais belas do Algarve. A Praia Verde, Praia da Alagoa (Altura) e Praia do Cabeço (Retur) são praias extensas, de areia branca e fina.
Com um mar a perder de vista, as águas são calmas, cristalinas e costumam ter a água mais quente de Portugal, boa parte do ano. O acesso a estas praias é a partir da Estrada Nacional 125, passando por entre áreas naturais de dunas, pinhal e sapal.
Praia Verde
Rodeada de um verde bosque de pinheiros mansos, que lhe dá o nome, a Praia Verde tem um areal imenso e luminoso, com águas calmas e amenas.
Chega-se à praia, após deixar o carro no empreendimento turístico e depois descer por um caminho pedonal de calçada portuguesa até à areia.
A praia tem vários equipamentos de apoio (restaurantes, wc, aluguer de toldos) e é vigiada na época balnear.
No Guarita Terrace situado no topo da Praia Verde, é possível usufruir a uma vista deslumbrante sobre o mar, as praias em volta e o verde da mata.
O Restaurante Panorâmico Infante tem um ar moderno e sofisticado, com algumas mesas redondas. Das mesas no terraço pode-se avistar o horizonte com o mar e as praias, desde a Ilha de Tavira até Vila Real de Santo Antônio. Neste caso à noite avista-se aqui a luz do farol de Vila Real de Santo Antônio e as luzes das localidades ao longo de Ria Formosa.
Praia de Alagoa (Altura)
A Praia de Alagoa fica junto à povoação de Altura, pelo que também lhe chamam Praia de Altura. Os passadiços conduzem-nos através das dunas até ao areal. Aqui o areal é imenso e o mar tranquilo.
A praia conta com vários equipamentos de apoio, como restaurantes, wc, aluguer de toldos e é vigiada durante a época balnear.
Praia do Cabeço (Retur)
À Praia do Cabeço chega-se atravessando junto a um aldeamento turístico, que deu outro nome à praia, Praia da Retur, onde no final se estaciona o carro junto do pinhal. Ao longo atravessa-se um pinhal de pinheiros mansos, com outras árvores e arbustos, como medronheiros e aroeiras, e mais perto da praia encontramos pinheiros bravos.
A Praia do Cabeço é uma extensa praia de areias claras e mar calmo, com equipamentos de apoio e vigiada na época balnear.

Birdwatching em Castro Marim
Este é um bom local para birdwatching, pois podem-se ver inúmeros animais, com predominância para as aves aquáticas que aqui habitam, se reproduzem ou procuram refúgio.
Por aqui vêm-se flamingos a dar um tom cor de rosa às belas paisagens, os pernilongos, alfaiates. A Reserva Natural é também um local para a reprodução de peixes e crustáceos.

Odeleite e Azinhal
A aldeia de Odeleite que pertence ao Concelho de Castro Marim fica situada numa encosta e disposta em formato de anfiteatro. O seu núcleo urbano é bastante típico, destacando-se a Casa de Odeleite (casa-museu).
Outra das suas muitas características distintivas são os lindos espelhos que ali pode desfrutar.
Igualmente no Concelho de Castro Marim e bem perto de Odeleite, encontra-se outra aldeia serrana bem típica: o Azinhal.
Nesta aldeia, há igualmente muitas locais interessantes para descobrir e coisas legais para fazer, nomeadamente visitar uma queijaria de leite de cabra da raça algarvia, ver ao vivo a arte da cestaria e ir comer doces regionais super saborosos.

Onde comer em Castro Marim
Na vila de Castro Marim existem algumas opções para tomar uma refeição ou uma bebida.
A cozinha de Castro Marim é tão variada como a sua paisagem. Do mar vêm as frescas douradas, os robalos, e outros peixes para grelhar, e o delicioso camarão.
Do rio, a tainha e a muge para preparar segundo receitas tradicionais. O sapal fornece caranguejos. E a serra, os suculentos prato de carne de porco, de favas, de ervilhas e também o refrescante gaspacho para os dias de verão.
Na doçaria destacam-se o bolo de massa do Azinhal, exalando a canela e a erva-doce, e as típicas filhós.

Alojamento em Castro Marim
O que não falta em Castro Marim são locais para dormir para todos os bolsos, nomeadamente, além dos hotéis e pousadas urbanos, tem também as casas de campo e quintas para o turismo rural ou ecoturismo, onde as fazendas produzem agricultura biológica, com horta e pomares, de onde saem as alfarrobas, damascos, figos, azeitonas, laranjas e outros.
Algumas instalações agrícolas foram recuperadas e deram origem a quartos e apartamentos.

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