Gente, foi amor a primeira vista! Fiquei apaixonada quando estava fazendo as minhas pesquisas sobre a cidade, como sempre faço antes de conhecer qualquer lugar, e vi cada foto linda! Sabia que seria bonito, pois com tantas pessoas falando bem, encantando-se com aquele lugar mágico, cheio de lanterninhas à noite... Não sabia que seria tão incrível!

Nosso tempo para aproveitar este encanto de cidade seria pouco, duas noites apenas. O hotel reservado pela agência de turismo, seria o Hoian Historic, padrão quatro estrelas,  que fica bem próximo do centro histórico. Então, procurei otimizar e focar em algumas coisas a mais que gostaria de ver, além do que o roteiro da excursão iria nos mostrar.
Assim, durante toda a viagem esperei muito ansiosamente pelo dia em que finalmente visitaria a tal Hoi An! Chegamos à cidade no final da tarde, quase noite, vindos de Da Nang no ônibus da agência de turismo. Para minha decepção, justamente, em Hoi An, eles trocaram o nosso hotel para o Mercure Hoi An Royal que fica uns 3 km do centro.
O que causou muita confusão, pois os argentinos ficaram muito chateados, queriam processar a empresa, alegando que pagaram por um hotel quatro estrelas e que o Mercure não tinha esta qualificação…eu estava chateada porque haviam estragado os meus planos de aproveitar mais a cidade, apesar deles terem um shuttle que pensamos sair de frente do hotel às 19:30 h, conforme foi informado na recepção, mas esperamos um tempão e nada! Acabamos andamos cerca de 2,5 km até a parte antiga da cidade. Na volta já que não sabíamos onde teríamos que tomar o shuttle, voltamos a pé novamente. Poderíamos ter tomado um táxi, mas somos muito receosos de utilizar este tipo de transporte em lugares assim.
Hoi An é uma aldeia piscatória deslumbrante localizada na área da Costa Central do Vietnã, na província de Quảng Nam. O principal atrativo para os visitantes é a bela e preservada área da Cidade Antiga, que corre ao lado, hoje, do sereno Thu Bon River.
E em 1916, a ferrovia que ligava Hoi An a Da Nang foi destruída por uma tempestade e não foi reconstruída. As pessoas se foram, os imóveis abandonados, e Hoi An permaneceu praticamente intacta por dezenas e dezenas de anos de abandono, apelidada até mesmo de “cidade morta”, até que em 1999, quando o centro antigo da cidade foi inscrito pela UNESCO como Patrimônio Mundial, o que ajudou em sua preservação e promoveu um boom turístico.
De todo modo, os séculos em que a cidade funcionou como porto deram um aspecto distinto à cidade, refletido principalmente em construções erguidas por mercadores chineses e japoneses que ali chegavam — povos europeus, como os portugueses e os holandeses —  relembra os tempos coloniais do país, quando o Vietnã era apenas um braço da grande Indochina francesa.
Os casarões amarelos que se postam lado a lado entre ruas estreitas de paralelepípedo, guardando jóias que tanto podem ser um pequeno bistrô francês ou uma galeria de arte e a abundância de belas lanternas penduradas fará você se sentir como se estivesse visitando o Vietnã de séculos passados, fazendo com que, Hoi An, hoje seja, sem dúvidas, o lugar mais charmoso do Vietnã.
Hoi An não é exatamente um destino cheio de atrações. Até tem algumas. Abaixo um mapinha da cidade com as principais atrações.
Vou procurar listá-las neste texto as que eu visitei, por exemplo: 
Hoi An Ancient Town
O legal é experimentar a atmosfera da cidade, seu ar de cidade asiática antiga, sentar num café/bar/restaurante e ver o movimento, já que os carros estão proibidos de circular, e motos também em boa parte do dia.
Portanto, ali é o único lugar do Vietnã que você pode andar na rua sem medo de ser atropelado!!
Caminhar sem rumo pela cidade que é uma delícia e muito agradável!!
Passear pelas ruas e ruelas a noite também é demais… As lanternas ficam todas ligadas. Mágico!!!
Ponte Japonesa
É a principal atração de Hoi An, símbolo da cidade. Construída no final do século XVI, a Ponte Japonesa tornou-se praticamente o cartão postal, tanto pelas suas fortes características nipônicas quanto por ser um símbolo de aproximação entre os povos.
Seu objetivo original era de estabelecer uma ligação física entre a comunidade japonesa que ficava na margem oeste do canal e os mercadores chineses que ficavam na margem leste.
De um lado há um par de estátuas de macacos e do outro lado um par de estátuas de cachorros. Dizem que é porque a ponte começou a ser construída no ano do macaco e terminou no ano do cachorro.
A ponte é toda em madeira e conta ainda com um pequeno templo taoista situado no seu interior.
Não é necessário pagar para visitá-la; a grande dificuldade mesmo é conseguir evitar as hordas de turistas para conseguir uma boa foto.
Assembly Halls
Algumas das atrações mais visitadas em Hoi An são lugares construídos por comunidades chinesas. Hoi An servia de porto para mercadores vindos de diferentes lugares da China, e cada uma dessas comunidades, identificadas de acordo com as províncias de origem, tinha suas próprias tradições. Hoje, vivem em Hoi An cerca de mil chineses, mas no passado, eram mais de 6000. Assim, eles construíram locais chamados Hoi Quanem ou em inglês de Assembly Hall. Há várias dessas construções em Hoi An. Eram lugares para reuniões, encontros e comemorações dessas comunidades, embora todas pareçam templos para nossos olhos ocidentais. Mas a principal diferença entre elas é o deus/criatura que está sendo adorado. Há sempre altares para as divindades que protegiam a comunidade e as viagens de navio que seus membros faziam, além dos onipresentes incensos.Repare nos incensos gigantes no teto. Quem faz uma oferta ao templo pode pendurar o seu incenso com um pedido. Leva em torno de 1 mês para se queimar por completo. 
Visitamos 3 Halls:
1. A mais famosa, a mais central e próxima da Ponte Japonesa é a chamada Quang Trieu Assembly Hall, que é a do Povo Cantonês, construída em 1885. 
2. A mais linda na minha opinião, que é a Phuoc Kien Assembly Hall, do Povo Fujian, o maior grupo étnico chinês em Hoi An naquele período.
O salão principal é a maior sala, onde se encontra um santuário e muitos dragões esculpidos.
Atrás do altar central estão o Deus da Prosperidade e há várias representações da própria Thien Hau, figuras da deusa da fertilidade, três fadas e doze parteiras (que dizem ensinar aos recém-nascidos habilidades como chupar, sorrir, etc.
Além de imagens das seis famílias da província de Fujian que emigraram para Hoi An. As figuras vermelha e verde com feições demoníacas, que ladeiam um dos ambientes da congregação, são ajudantes da divindade que a avisam quando há embarcações em perigo.
Endereço - 46 Tran Phu Street.
3.A casa Hai Nam Assembléia Hall  é uma das obras arquitetônicas mais interessantes em Hoi An. Foi construída em 1851 pelos chineses ultramarinos do Condado de Hainan, que residiam em Hoi An para servir a comunidade e atividades religiosas de Hainan e Jialing. Este salão de assembléia é usado para adorar 108 comerciantes chineses que foram injustamente mortos porque foram confundidos com piratas. Mais tarde, eles foram vindicados e chamados de divindades pelo rei Tu Duc, que concedeu o dinheiro para construir este salão de assembléia, a fim de adorá-los para sempre.
Passando pelo portão de metal e o pavilhão quadrado utilizado como sala de estar, os visitantes irão chegar a um grande quintal com muitas árvores ornamentais e as casas de asa leste e asa ocidental, bem como o salão principal dedicado a 108 chineses mortos no mar. Os fundadores da casa são adorados à esquerda do salão principal, e o Deus da Riqueza é honrado à direita. A casa é coberta com tubos de azulejos e seu quadro é feito de madeira. Hai Nam Assembléia Hall está localizada em 10 Tran Phu Street.
Ancient Houses
Outras atrações comuns em Hoi An são antigas casas de família que, hoje em dia, são abertas à visitação. O objetivo é passar uma ideia de como era a vida de importantes famílias da cidade antigamente; entretanto, como as famílias já não vivem ali, a experiência é semelhante a visitar um mini-museu. Creio que vale à pena visitar uma ou duas dessas casas, para se ter uma ideia de como são; mais que isso a experiência pode ficar repetitiva.
A que visitamos foi a Tan Ky, na rua Nguyen Thai Hoc, uma antiquíssima "casa-loja" de dois andares que mistura influências chinesas, japonesas e vietnamitas. O que mais me chamou a atenção foi o interior de madeira e algumas colunas com caracteres chineses de madrepérola incrustados. Na casa tem um mural onde as pessoas que a visitam podem deixar recadinhos, lembrancinhas, fotos. Eu deixei uma foto minha, é claro!!
O fundo do casa dá para a rua que margeia o Rio Thu Bon.Sua construção data do final do século XVIII e os moradores mostram, orgulhosos, as marcas nas paredes de onde a água chegou nas últimas inundações - e de como aquela madeira resiste até hoje, tal qual a história da família. Numa parede, eles marcam até onde foi a altura da água, e é impressionante ver como ela chega, às vezes, quase a cobrir o primeiro pavimento. Nas cheias, eles têm que movimentar todos os móveis para o segundo pavimento, para que eles não sejam danificados. Pelo que eu percebi das marcas, as enchentes costumam acontecer em novembro, às vezes outubro. Ou seja, melhor evitar conhecer Hoi An nessa época.
Olhem a foto da menina carregando o seu cãozinho dentro de uma bacia, com água até o pescoço. Incrível!!
Mercado Central de Hoi An
Frutas, legumes, carnes, peixes, temperos, produtos frescos e industrializados… Passear pelo mercado de Hoi An é uma verdadeira experiência. Sem falar que lá você verá a maior concentração de chapéus vietnamitas do planeta! Um prato cheio para quem gosta de fotografias do cotidiano. Quem quiser ver o local fervendo de locais e chefs comprando os ingredientes do dia, tem que ir entre 4:30 e 05:00 h da manhã. Essa nós passamos!
Observem que a maioria come com dois palitinhos numa mão e a colher na outra!
Produção de seda
Hoi An também é conhecida pela seda que produz e há dezenas de lojas que vendem produtos desse tecido.
Normalmente elas mostram aos clientes o método de produção: o nascimento do bicho, passando pela produção da seda e finalizando no tecido pronto.
Nosso guia nos levou em uma loja e pudemos observar.
Eu tinha curiosidade de saber como é produzida a seda, já que o algodão é um conhecido nosso.
Fazer uma roupa sob medida
E, finalmente, uma das principais atrações de Hoi An são os famosos alfaiates que prometem um terno feito sob medida em 24 h. Não há obrigação de comprar nada. Mas, mesmo se não estiver precisando de uma roupinha nova, vale a pena testar uma das mais de 500 alfaiatarias de Hoi An, pela experiência!
Eu encomendei uma blusa de manga curta estampada e meu marido mandou fazer também uma camisa de manga curta. Não apenas o serviço é super profissional como os caras entregam mesmo, de verdade. Chegamos cedo na loja e no dia seguinte, antes do nosso check-out no hotel, por volta das 07:00 h da manhã, estavam entregando.
A minha blusa ficou com a manga muito larga. Eu já tinha ouvido de uma colega viajante que as roupas para mulher não ficam boas porque eles não trabalham muito bem com as proporções do corpo feminino.  Já a camisa do meu marido ficou muito boa. De fato acho que vale apostar na alfaiataria para homem. No entanto, a camisa quando foi lavada, soltou muita tinta! Também, não há mágica possível para esse preço. Mas no geral a experiência foi bem bacana e ainda que a durabilidade não seja eterna, os valores são muito bons!
Night Market
Algo que toda cidade asiática tem em comum é o tal do mercado noturno. Hoi An tem também e fica do lado oposto à cidade histórica, ou seja, na outra margem do rio. Aproveite para comprar uma lanterna ou bugigangas locais por muito muito pouco. Só não deixe de pechinchar! Absolutamente tudo é negociável. 
As duas principais ruas do centro histórico são a Tran Phu, que termina/começa na Ponte Japonesa e a Nguyen Thai Hoc. Tem ainda a Bach Dang, que é a que margeia o rio, mas com menos atrativos para o turista. Boa parte das atrações que eu mencionei aqui, as lojinhas e vários restaurantes ficam nessas ruas e nas perpendiculares que as unem, de modo que é nesta região que você vai encontrar o buxixo de Hoi An. Também é o local para ver as lanternas coloridas acesas à noite.
Falando em comida… a variedade de restaurantes e cafés é imensa, oferecendo desde comida tradicional da região, passando por uma gastronomia mais fusion que combina influências dos dois lados do globo e também os tradicionais pratos ocidentais. A cidade tem sabores únicos e inesquecíveis, como o fried wonton e o lao cao!
Alguns restaurantes muito frequentados são: o lindo Mango Mango,  que fica  bem próximo à ponte na península de An Hoi. O outro fica no centrinho histórico e é bastante procurado por turistas, o Morning Glory. Apesar de não ser tão estiloso como o Mango Mango, fica numa casa antiga de Hoi An, ou seja, é bastante pitoresco.
Além deste dois, fomos as noites ao Cargo Club, que lembra mais um café, mas onde é possível comer também. No primeiro piso tem um café com uma seção de doces e tortas, que não faria vergonha alguma numa patisserie francesa, aliás, essa é uma herança do período colonial que os vietnamitas souberam aproveitar. No segundo piso fica o restaurante, com vistas do terraço superior para o rio. Dizem que é maravilhosa, pena que não conseguimos uma mesa lá. Na primeira noite gastamos 60 U$ e na segunda 40 U$.
Hoi An me deixou triste, porque sabia que teria que partir, gostaria de ter ficado mais… Hoi An é o simples prazer de se estar numa cidade, sem esperar absolutamente nada, sem ter nada programado em vista. As casinhas amarelas com suas lanternas acesas à noite, o rio com seus barcos graciosos, charmosos cafés e restaurantes, sua ruelas estreitas, suas bicicletas...Hoi Ain é mágica!esse lugar simplesmente roubou meu coração! 💘