Colmar | França

16:31

Colmar é uma daquelas cidadezinhas medievais que ficam floridas nas épocas quentes e cobertas de neve durante o inverno, cercadas por vinhedos e cortadas por rios que refletem as casinhas coloridas tal qual um espelho. 
Na Rota de Vinhos da Alsácia você vai passar em meio a diversos lugarejos que se encaixariam nessa descrição, mas nenhum deles talvez consiga representar tão bem esse estilo alsaciano de ser do que a linda Colmar.
Colmar está muito bem localizada no coração da Rota dos Vinhos da Alsácia. 
Embora não seja a capital da Alsácia, mas é conhecida por ser a "Capital do Vinho da Alsácia", mencionada pela primeira vez como tal em 823, continua sendo uma cidade de grande riqueza cultural e um dos principais destinos turísticos. 
Como chegar
Avião
Não existe aeroporto na cidade, mas a boa notícia é que o aeroporto de Strasbourg, a capital da Alsácia, está apenas 68 km. 
Uma vez que Colmar faz fronteira também com a Suíça, é possível chegar através do aeroporto de Basel, distante 60 km.
De Paris, a capital francesa, também partem voos diretos chegando em Basel.
Trem
Só quem já viajou de trem na Europa sabe o quanto essa é uma viagem gostosa de se fazer! E com os trens de alta velocidade, chamados de TGV na França, é muito fácil de chegar.
Partindo de Paris, mesmo com uma distância de mais de 400 km que separa as duas cidades, os trens fazem o percurso dentro de pouco mais de 2h, tornando a viagem confortável, além de ter o privilégio de olhar a paisagem da janela.
Além de Paris e Lyon há trens para Colmar partindo de Zurique, BaselStrasbourg
Acredito que um dos motivos de Colmar ser tão visitada é porque seu centro histórico fica a 15 minutos de caminhada da estação de trem. Para chegar a Ribeauville, Riquewihr e Kaysersberg, além do trem será preciso tomar um ônibus de linha ou turístico, pois estas cidades estão entre 10 e 18 quilômetros de uma estação de trem.
Ônibus
É muito fácil chegar de trem ou de ônibus. Ambos os tipos de transporte levam uma média de 2h:30min de viagem.
Confira as linhas de ônibus que circulam entre as vilas da Alsácia, como Colmar, Kaysersberg e Ribeuavilé. Está em francês, mas é só usar o Google translator que não tem erro.
Carro
Outra opção de chegar em Colmar é alugando um carro. 
Para quem pretende usar esta opção, a  nossa sugestão é alugar em Strasbourg e descer por toda a rota dos vinhos da Alsácia até chegar em Colmar, aproveitando para conhecer os diversos vilarejos da região. 
Quando ir
Colmar é o tipo de cidade que pode ser visitada em qualquer estação do ano. Se no verão os dias mais longos de céu azul possibilitam mais tempo de dia útil para explorar a cidade e seus arredores, o inverno oferece um dos mercados de Natal mais famosos da Europa, com casinhas decoradas e luzes por toda cidade ao melhor estilo conto de fadas. Na dúvida, sempre que estiver planejando uma viagem pela França, inclua Colmar no roteiro independente da época. 
Quanto tempo ficar
Esse é um destino que pode ser conhecido até mesmo em um dia, sendo possível cumprir a listinha do que fazer. Basta ter um pouco de disposição para andar.
No entanto, mesmo um dia sendo suficiente para conhecer Colmar, é preciso ficar à noite para jantar em um restaurante. Aqui o objetivo é fazer turismo e degustar os vinhos em ótimos restaurantes, com o melhor da culinária alsaciana. 
A cidade é pequena e todos as suas atrações turísticas estão perto uma da outra, no seu centro histórico, mas é claro que se você tiver mais tempo, não hesite em ficar ao menos dois a três dias em Colmar, assim você curtirá mais a cidade.
A sua localização é favorável para visitar outros destinos turísticos da região da Alsácia, como
Mulhouse e Eguisheim.
Confira os principais pontos turísticos de Colmar, que podem ser vistos com calma em um dia ou, com certa pressa, em meio.
O que ver em Colmar
A cidade possui cerca de 80.000 habitantes em sua região metropolitana e um rico patrimônio arquitetônico e cultural.
Colmar é a 3ª maior cidade da Alsácia, região na fronteira entre França e Alemanha. Por conta disso, reúne uma série de características culturais e gastronômicas dos dois países, desde a arquitetura das casas até as comidas típicas. Por ter se mantido quase intacta aos vários períodos de guerras que envolveram os dois países, seu centro histórico é uma verdadeira preciosidade com quase mil anos de história muito bem preservada.
O magnífico centro histórico da cidade tem inúmeros monumentos e bairros típicos, com as suas elegantes casas em enxaimel se alinhando ordenadamente nas ruas e calçadas de paralelepípedos; seus canais tranquilos; o charmoso Bairro Petite Venise, que lhe dá a reputação de “Pequena Veneza da Alsácia”– às margens do Rio Lauch, atraem milhares de turistas; seus museus ricos em retábulos e obras-primas artísticas da arte gótica e renascentista, e seus deliciosos restaurantes que oferecem algumas das melhores cozinhas da região, são os trunfos que a cidade precisa ter para aperfeiçoar e manter sua reputação internacional. 
Comece o seu dia indo ao Office de Tourisme de Colmar, que é o Centro de Informações ao Turista e pegue o mapa turístico da cidade. 
Uma dica que costumamos dar aqui no blog é: sempre que possível, comece seu roteiro pelos “offices de tourisme” – aquelas lojas oficiais de turismo de cada cidade. O Office de Tourisme de Colmar fica localizado na Place des Unterlinden, bem no centro histórico, sendo um ótimo ponto de partida para conhecer a cidade. No Office de Tourisme de Colmar é possível obter mapas físicos da cidade e informações atualizadas sobre horários de funcionamento das atrações, valores, e dicas complementares do que fazer durante a sua estadia.
Place Unterlinden 
Esta visita guiada à cidade velha de Colmar começa na bela Place Unterlinden, que significa “sob as tílias” em dialeto alsaciano. A praça está bem distribuída, graças ao Logelbach ou “canal dos moinhos” que a atravessa. 
Museu Unterlinden

Um museu importante é o Musée Unterlinden, localizado em um antigo convento de monjas, com igreja, claustro e edifícios convencionais, construído para albergar uma ordem dominicana no século XIII. O local passou a funcionar como museu somente em 1849.
É hoje o Museu de Belas Artes mais visitado da França, depois dos de Paris.
Este museu exibe coleções de arte popular e decorativa da Alsácia e do Alto Reno, que datam da Idade Média ao Renascimento, além de coleções de arqueologia, arte sacra e arte moderna.
Um ponto focal é a cabeça mumificada do tirano local Peter von Hagenbach, que pode ser vista aqui, bem como a espada do carrasco de Colmar cortando-a. 
No entanto, a obra-prima mais admirada do museu – o Retable d'Issenheim ou Retábulo de Isenheim do alemão Matthias Grünewald – está exposta na antiga igreja dominicana. 
Considerada uma das principais peças da história da arte europeia, esta obra de arte é perturbadoramente realista, com os seus inúmeros pormenores, o vigor das expressões das suas personagens (a dor física de Cristo na Crucificação), a ousadia das suas cores e a natureza visionária de suas paisagens. Outra característica marcante do Retábulo de Isenheim é seu tamanho de 3,3 m de altura por 5,9 m de largura.
Endereço:1 Rue Unterlinden,Colmar 
Horário: 9h15-18h  
Preço: Adulto 8 € 

Na saída do museu, vire à direita e siga em direção à Place des Martyrs et de la Resistance, adjacente à Place d'Unterlinden em direção ao supermercado Monoprix. No salão de chá, da Pâtisserie du Musée, uma bela casa em enxaimel com afrescos, pegue a Rue des Têtes à direita, até chegar ao número 19.
 
Maison des Têtes/Casa das Cabeças/House of Heads
Esta notável casa de estilo renascentista da Renânia foi construída em 1609 em nome do rico comerciante Anton Burger. O que o diferencia são as 111 cabeças ou máscaras grotescas que adornam sua fachada. A empena do edifício é encimada por um tanoeiro, obra do escultor Bartholdi (1902). Uma bela janela de sacada de três andares decora lindamente a fachada. A residência evoca a época de ouro da burguesia comercial da época. Uma década depois, a Guerra dos Trinta Anos pôs fim à prosperidade temporária desfrutada pela cidade e por toda a Alsácia.
Além do portão de entrada, você pode acessar um pátio interno sombreado bonito e tranquilo que leva ao restaurante ao ar livre no Hôtel des Têtes de quatro estrelas.
Continue caminhando pela Rue des Têtes, depois vire à direita na Rue des Boulangers, que é uma pequena rua comercial ladeada por algumas belas casas em enxaimel, uma das quais com uma bela placa de ferro forjado. No final da estrada, a Igreja Dominicana pode ser encontrada à esquerda, no cenário encantador da verde e arborizada Rue des Serruriers.
 
Igreja Dominicana
A antiga igreja de estilo gótico da ordem dominicana avança, como um grande navio, ao longo da Rue des Serruriers até a Place des Dominicains.
A igreja atende às exigências das ordens mendicantes, sendo bastante nua e sem sino ou transepto. Os portais, no entanto, contêm algumas belas esculturas.
A igreja foi construída entre 1283 e 1346, sendo a primeira pedra foi colocada por Rudolf I de Habsburgo.
No interior, obtém-se uma forte sensação de elevação, graças aos longos pilares sem capitéis que sustentam o comprimento da nave.
A capela-mor apresenta uma grande obra de Martin Schongauer de 1473, intitulada “Madonna of the Rose Bush” ou Virgem em um jardim de rosas. 
O retábulo representa a Virgem e o Menino sentados diante de uma rosa em fundo dourado, com dois anjos segurando sua coroa. A imagem em si está cheia de símbolos: a rosa carmesim (uma flor conjugal arquetípica), uma única rosa branca (morte, talvez a futura Paixão de Cristo), flores de parede (a Cruz de Cristo), lírios (os Santos e Mártires), morangos (suas flores brancas simbolizando pureza e inocência, os três lóbulos de suas folhas são uma alusão à Santíssima Trindade e seus frutos vermelhos evocam o sangue da paixão e dos santos mártires), a peônia (rosa de Pentecostes com propriedades curativas), o pisco (paixão) e o pardal (modéstia). Esses comentários são exibidos em placas dentro da igreja. 
Os edifícios adjacentes ao antigo convento como a Biblioteca Municipal, situam-se atrás da igreja e apresentam um belo claustro gótico em redor de um jardim encantador.

Continue o passeio continuando a caminhada na pequena Rue des Serruriers, cercada por uma casa em enxaimel da qual a agência Voyages Thomas Cook agora opera, em direção ao Collégiale Saint Martin.
 
Collégiale Saint Martin/Igreja Colegiada de São Martinho
Esta igreja é a mais imponente de toda Colmar, e leva o nome de “Catedral”. No entanto, isso é mais ou menos uma desfiguração, já que a cidade nunca foi sede de um bispo. 
A Igreja Colegiada de Saint-Martin é uma obra importante da arquitetura gótica na Alsácia. Chama atenção pela ornamentação em seu exterior, especialmente ao redor das portas de entrada e pelos telhados coloridos em verde, vermelhas e azuis; e brilhantes característicos de outra região francesa –  Borgonha
Construída entre 1235 e 1365, a igreja gótica passou por várias restaurações, inclusive teve uma de suas torres re-construídas no século XVI e em 1982 descobriu-se suas fundações datadas do ano 1000. No seu interior está um órgão datado de 1755, além de vitrais do século XIII.
Na praça da catedral, Adolf House (1350) é a casa mais antiga de Colmar
Os seus dois primeiros pisos com as suas janelas em arco datam da segunda metade do século XIV, enquanto o terceiro piso e a empena em enxaimel são do século XVI. A casa passou por sérias reformas em 2000.
Saia da Place de la Cathédrale pelo caminho sob as arcadas entre os dois edifícios históricos, para retornar à Rue des Marchands ou Rua dos Mercadores, uma das mais importantes e bonitas de Colmar. Essa é uma das principais ruas de compras do centro histórico, repleta de lojinhas com produtos típicos de todos os tipos. 
Além de reparar na beleza das fachadas das casas e lojas, vale ficar atento a alguns marcos importantes, pois a Rue des Marchands é um pequeno passeio medieval composto por um dos mais belos conjuntos de casas em enxaimel e painéis de madeira de ColmarCour du WeinhofMaison Zum KragenMaison des CignesAu Vieux Pignon, Maison Schongauer, Maison de la Viole e a mais famosa Maison Pfister, sem esquecer o edifício do Museu Bartholdi.

Martin Schongauer, gravador e pintor medieval, nasceu em Colmar por volta de 1450. Teria vivido na “Huselin zum Schwan” (Mason des Cignes) de 1477 a 1490, na esquina da Rue Schongauer com a Rue des Marchands. Uma janela de sacada gótica decora sua fachada na Rue Schongauer
As obras de Martin Schongauer foram muito apreciadas em seu tempo, notadamente por Michaelangelo e Albrecht Dürer. Ele foi o autor do retábulo “Madonna of the Bush Flower”, que está exposto na Igreja Dominicana, como vimos acima. O primeiro andar abriga atualmente uma biblioteca de arte.
Na esquina oposta à Rue Schongauer e à Rue des Marchands encontra-se outro edifício, que também pertenceu à família de um pintor: a Maison à la Viole. De acordo com a placa comemorativa na parede de sua fachada na Rue des Marchands, foi construído em 1383 e pertenceu aos Schongauers de 1465 a 1583.
Em frente a Maison à la Viole, a Pfister House faz parte das belas residências burguesas construídas na Alsácia, muito parecidas com o Kammerzell em Strasbourg. Leva o nome da família Pfister, que foi proprietária de 1842 a 1892.
A jóia do Renascimento na Alsácia, a Maison Pfister foi construída em 1537 para Ludwig Scherer, um chapeleiro de Besançon. A sua peculiaridade reside no fato de apresentar elementos típicos da Idade Média e do Renascimento. Na verdade, é mesmo medieval na sua concepção, pois foi construído em pedra e madeira com uma longa balaustrada de madeira e uma magnífica janela de sacada de dois andares, tudo encimado por uma torre octogonal. As decorações, por outro lado, eram de estilo renascentista e incluíam pinturas que adornavam suas fachadas, representando os imperadores do Sacro Império Romano do século XVI, os quatro evangelistas, padres da igreja, figuras alegóricas e cenas e personagens bíblicos.
Em uma rua com tantas lojas de fachadas incríveis, a do Au Vieux Pignon ganhou fama por conta das inúmeras fotos de influencers no Instagram que se aproveitam de seu estilo clássico alsaciano. A loja acabou se tornando um ponto quase obrigatório de pausa para fotos na Rue des Merchands.
Ao lado da Maison Pfister, a Maison Zum Kragen apresenta uma estátua de madeira policromada representando um personagem renascentista barbudo.
Casa datada de 1419 com uma enorme estátua de um mercador esculpida em sua fachada, em representação a Rue des Marchands.
À direita, o edifício da Corps de Garde da cidade, de 1575, apresenta uma magnífica loggia renascentista (1577-1582). É daqui que o magistrado da cidade pregava seus sermões e anunciava as condenações dos habitantes culpados.
 
Museu Bartholdi
O Museu Bartholdi está localizado no hotel pertencente à família do escultor que o possuía desde a Revolução. O famoso escultor Auguste Bartholdi (1834-1904), nasceu neste edifício que foi modificado no século XVIII. Ele construiu, entre outras coisas, o monumental Leão de Belfort e a Estátua da Liberdade na cidade de Nova York.
Dê uma olhada na  Rue Mercière e suas belas casas de enxaimel que levam à Eglise St. Martin Collegiate.
Desça a Rue des Marchands para chegar à Antiga Alfândega. A vista do alto dos degraus de pedra da Antiga Alfândega é uma das mais pitorescas que Colmar tem para oferecer. Aqui você pode descobrir outro ângulo da bonita rua de paralelepípedos dos Marchands, ladeada por magníficas casas em enxaimel: as Maison Au Fer Rouge, Chez Hansi e Au Vieux Pignon.
A casa “Chez Hansi ” também conhecida como “Maison da Áustria”, é uma bela residência em enxaimel. Uma de suas paredes apresenta uma pedra comemorativa: “a pedra do banimento”. Evoca o ano de 1538 quando o Duque da Áustria interveio durante uma revolta de nobres na cidade. As casas dos rebeldes foram destruídas e o duque julgou conveniente inscrever esta sentença na laje. A casa agora abriga um restaurante muito bom.
O Hansi Village & Museum fica bem em frente a Maison des Têtes. Jean Jacques Waltz, mais conhecido como “Hansi”, é o mais popular ilustrador de Colmar e de toda a Alsácia. Seus desenhos, muitas vezes apresentando crianças, trazem representações de símbolos da Alsácia e de suas tradições. Estão sempre presentes a figura da cegonha–ave que é símbolo da região–e da pequena camponesa alsaciana.
A loja aberta à visitação tem uma série de produtos “made in Alsácia” quase impossíveis de resistir. Esse pode ser um ótimo momento para comprar lembrancinhas de viagem originais e bem exclusivas. 
É possível ainda visitar o Museu Hansi para conhecer mais a fundo a obra do ilustrador e um pouco da história da cidade. A visita é rápida, e a entrada é cobrada à parte.

Koifhus 
O imponente edifício da Antiga Alfândega ou KoifhusAncienne Douane em francês – coberto de azulejos, é uma meca da história política e econômica da cidade velha de Colmar.
Construído em 1480, o edifício tinha dois usos: por um lado, era um depósito de mercadorias que eram tributadas ao entrar na cidade e, por outro, era a prefeitura. Na Idade Média, as mercadorias importadas que estavam sujeitas ao imposto local, o Zollgeld, eram armazenadas no térreo.
No primeiro andar ficam as salas, onde se reuniam os representantes das dez cidades livres da Decápole.
Em 1354, o imperador Carlos IV combinou a aliança de 10 cidades alsacianas livres no coração do Sacro Império Romano em uma liga: a Decápolis. A união incluía Colmar e outras nove cidades da Alsácia: Haguenau, Kaysersberg , Wissembourg, Turckheim, Obernai, Rosheim, Munster, Sélestat, Mulhouse (Landau de 1515 em diante) e Seltz (de 1358 a 1414). A Decápolis foi definida por uma aliança militar e, algo especialmente raro na época, ajuda financeira mútua em caso de falência. Após a união da Alsácia com a França, Luís XIV ordenou sua dissolução em 1674.

Do lado da Rue des Marchands, o portal direito é encimado por uma águia bicéfala, símbolo da família Habsburgo e, como tal, dos imperadores do Sacro Império Romano, do qual dependia diretamente a Decápolis.
Passando a varanda da Antiga Alfândega, você pode acessar a bela Place de l'Ancienne Douane, de onde você pode admirar as traseiras do edifício (século XVI). 
A escadaria da torreta de peças recortadas encimada por campanário conduz a uma galeria de madeira que no verão é decorada com bonitos gerânios.
Place Schwendi
No centro da praça fica a Fonte Schwendi, encimada por uma estátua de Bartholdi, representando o general que teria introduzido a variedade de uva Tokay na Alsácia.
Place du Marché aux Fruits
A Place du Marché aux Fruits faz fronteira com a Antiga Alfândega e, em frente, com a Kern House, um edifício de estilo renascentista da Renânia com sua soberba empena rolada e seus pináculos. Construída em 1597, domina a praça do alto dos seus cinco pisos que são recortados por cornijas. Tem uma semelhança com a Oeuvre Notre Dame House em Strasbourg.

Kern House
À direita da Kern House está o edifício do Tribunal Civil, de arquitetura clássica e construído em arenito rosa dos Vosges após a união de Colmar à França de 1764 a 1771. Costumava ser a sede do Conselho Soberano da Alsácia, a justiça corpo para toda a província. Com sua dissolução durante a Revolução Francesa, Colmar deu as boas-vindas ao novo Tribunal de Apelações da região da Alsácia, reconectando-se com seu passado.
Volte e caminhe pela Grand'Rue em direção ao Templo de São Mateus. A Casa das Arcadas está localizada antes do templo.

Eglise de Saint-Matthieu/Templo Protestante de São Matias 
A Eglise de Saint-Matthieu é um edifício de estilo gótico muito despojado que atendeu aos critérios estabelecidos pelas ordens mendicantes. Foi concluído por volta de 1335.
Antes da Reforma, a igreja e seus prédios anexos faziam parte de um convento franciscano. Após epidemias de peste no século XVI, os monges venderam a igreja e suas terras à cidade para transformá-la em um hospício. Alguns anos depois, em 1582, o Magistrado de Colmar consagrou a igreja à religião protestante luterana.
Em 1679, a lei da “simultaneidade” foi promulgada, o que permitiu que duas religiões ocupassem a mesma igreja. Luís XIV queria impor à Alsácia uma regra de que a nave seria reservada para a religião protestante, e qualquer comunidade com pelo menos 7 famílias católicas teria acesso à capela-mor da igreja. Como resultado, os católicos tinham direito à capela-mor e os protestantes à nave. A lei foi aplicada em Colmar e materializada em 11 de março de 1715 no Templo de São Mateus. Durante a noite ergueu-se um muro entre a nave e a capela-mor até ao teto abobadado e na capela-mor avistavam-se duas portas, uma com vista sobre a cidade a norte e outra sobre o hospital a sul. Esta estranheza alsaciana explica a presença de duas torres sineiras no telhado do edifício; um para os protestantes e outro para os católicos.
No interior, um varão de pedra separa a capela-mor da nave e sustenta um grande Cristo crucificado do século XVII. A igreja também possui vitrais incríveis, incluindo um do século XIII, chamado “a Pequena Crucificação”, representando Cristo na cruz, cercado pela Virgem Maria e João Apóstolo. Outro vitral chamado “A Grande Crucificação”, data de 1478-1480 e é atribuído a Peter von Andlau.

Maison des Arcades/Casa das Arcades
A Maison des Arcades está localizada ao lado do Templo de São Mateus e faz fronteira com a Grand Rue. Este magnífico edifício renascentista foi a residência do pároco da Freguesia de Colmar (presbiteriana). 
Cada lado do edifício é adornado com uma empena rolada e uma janela de sacada. A passagem, perfurada por arcadas, também contém algumas butiques.

Volte em direção à Antiga Alfândega. Passe em frente à Fonte Schwendi e ao longo do pequeno canal na Rue des Tanneurs.

 
Distrito de Tanners
O distrito dos curtidores é limitado pelo canal dos moinhos, rodeado a oeste pela Rue des Tanneurs e a leste pela Petite Rue de Tanneurs. As casas altas e retas em enxaimel dos séculos XVII e XVIII são encimadas por sótãos que serviam para secar as peles. Este é um testemunho, ainda, da antiga atividade dos curtidores.
O canal dos moinhos é uma derivação do vizinho Lauch. O tratamento das peles exigia uma fonte de água próxima, reservada para o trabalho dos curtidores, a fim de evitar que a poluição e os maus cheiros chegassem ao resto da cidade. O distrito foi completamente restaurado na década de 1970.
Ambas as ruas levam ao Quai de la Poissonnerie – outro bairro famoso de Colmar–a Petite Veneza. 
Distrito de Little Venice/Pequena Veneza 
No distrito de Krutenau, a cidade dá lugar à atmosfera de aldeia típica da Alsácia tradicional: o Distrito de Little Venice de Colmar. As margens do Rio Lauch, um dos bairros mais pitorescos da cidade velha de Colmar.O lindíssimo cenário das pontes floridas cruzando o rio com as casinhas alsacianas às margens é um dos maiores cartões postais de Colmar.

Marché Couvert de Colmar
Nessa região, do ladinho da Petite Venise, é possível visitar o Marché Couvert de Colmar ou Mercado Coberto. É uma espécie de mercado público muito bem arrumado e repleto de produtores locais com seus produtos fresquissimos a venda. Fundado em 1865 o prédio já teve diversas funções.
Os preços são um pouco salgados, acredito que pela localização turística, mas só para olhar já vale o passeio. 
No ano de 2010, ele tornou-se de fato um mercado público e hoje abriga 20 lojas que vendem frutas, legumes, queijos, peixes e produtos da Alsácia.
Continue o passeio caminhando pela Rue de la Herse, depois pelo calçadão à beira do Rio Lauch. No verão, muitas vezes as lontras podem ser vistas aqui!
A vista deslumbrante do bairro da Ponte Saint-Pierre, ao extremo sul de Little Venice, é uma das vistas mais fotografadas de Colmar. Os ônibus lotados de turistas param aqui para permitir que os visitantes admirem a vista do rio refletindo as antigas casas em enxaimel.
Na Ponte Saint-Pierre, vire à direita e siga pela Saint Pierre Boulevard até o cruzamento com a Rue du Manège. Pegue a estrada à direita até chegar à Place des Six-Montagnes-Noires.

Place des Six-Montagnes-Noires
A bela fonte no centro da Place des Six-Montagnes-Noires, encimada por uma estátua do herói Colmar, Roesselmann, é obra de Bartholdi (1888). A partir daqui, a pequena ponte à direita oferece uma vista magnífica sobre o bairro de Little Venice.
Da Place des Six-Montagnes-Noires, continue em frente pela Rue Saint Jean, continue para chegar à Place du Marché aux Fruits e à Antiga Alfândega.
Pode parecer exagerado a quantidade de atrações que sugiro para um dia na cidade, mas todos esses pontos turísticos de Colmar ficam muito próximos uns dos outros, podendo até serem feitos a pé, mas, quem não quiser andar muito a pé, também podem fazer este percurso de Petit Train ou Passeio de Barco pelos canais de Colmar.

Petit Train/Trenzinho Turístico
Percorrendo o centro histórico de Colmar você notará um trenzinho verde, trata-se de um passeio turístico e uma maneira legal de conhecer as principais atrações.
Uma ótima opção para quem viaja com crianças, pois o trem é encantador, parece de brinquedo.
A atração chama-se Petit Train Colmar. Ele já funciona há quase 30 anos e leva os turistas para um passeio pela cidade velha de Colmar, passando pelo principais pontos de interesse como Maison des Têtes, St Martin Collegiate Church, Maison Pfister, Little Venice e outras.
Os áudios-guias são em idiomas diversos: Francês, Alemão, Inglês, Árabe, Chinês, Coreano, Dinamarquês, Espanhol, Hebraico, Hindi, Italiano, Japonês, Holandês, Português, Russo e Sueco.
O passeio começa e termina na Rue Kléber, ao lado do Museu Unterlinden e custa 7,50 euros adultos, crianças até 12 anos 3,50 euros.
O trem percorre cerca de 7km e leva 35 minutos. É uma opção para quem deseja andar menos ou para quem tem dificuldade de se locomover.

Passeio de Barco 
Nós gostamos desse tipo de passeio e quase sempre fazemos, mas confesso que esse de Colmar não é imperdível, mesmo porque não curto repetir atividades muito parecidas, e como tinha feito o passeio no bateau em Strasbourg há poucos dias, só peguei dicas de como funciona o passeio de barquinho pelos canais para deixar aqui pra vocês. 
O tour parte da Rue de la Herse, aos pés de uma da Ponte Saint-Pierre fica o ponto de partida dos passeios de barco em Colmar. Por valores a partir de 7 € por pessoa é possível fazer um tour comentado – o próprio barqueiro dá as informações em Francês, Inglês ou Alemão – com cerca de 25/30 minutos pelo pequeno trecho navegável do rio. A navegação ocorre em meio a uma pequena floresta onde é possível sentir uma paz incrível, com o som dos pássaros e patos que nadam tranquilamente ao nosso lado. A bordo do barco é possível observar por um ponto de vista único as casas de enxaimel e a tranquilidade do bairro. Se você for na alta temporada, reserve com antecedência pelo site:https://www.barques-colmar.fr/en/
Placas da Estátua da Liberdade
Ao caminhar em Colmar você tem que ficar de olho no chão. Isso mesmo, no chão, se é que é possível... (risos). Pois é onde estão várias plaquinhas com o símbolo da Estátua da Liberdade
Mas as plaquinhas não são à toa. Na realidade, trata-se do itinerário de um circuito turístico com 6 km de extensão em Colmar, uma ótima maneira para tirar fotos diferentes em Colmar.
Outra coisa boa de colecionar são as placas decorativas espalhadas pelas cidade, sinalizando o tipo de serviço ou comércio que se praticava naqueles locais. Cada uma mais linda que a outra!
Prove os sabores da Alsácia
Em Colmar, o que não faltam são cafés e restaurantes com mesas ao ar-livre para que o turista aprecie a vista, enquanto se delicia com as mais diversas comidas.
Com toda influência da Alemanha sob Colmar, na culinária isso também é perceptível. Pratos típicos são facilmente encontrados na cidade como os pretzels, chucrute e salsicha.
Uma das comidas típicas de Colmar é a Tarte Flambée, ou também conhecida por Flammkuchen, que é uma espécie de pizza com uma massa bem fina, à base de queijo e bacon.
Outra especialidade de Colmar são biscoitos de vários sabores em formato de gotas. Na Alsácia eles são chamados de Macarons. Merecem também serem experimentados, há várias lojas no centro-histórico.
O restaurante mais famoso e com a melhor comida de Colmar é o Brasserie de Tanneurs, mas além de comida boa o lugar é uma verdadeira graça.
A fachada é muito bem decorada e é inevitável passar por frente e não querer uma foto.
Não esquecendo que Colmar, faz parte da Rota do Vinho da Alsácia, portanto as vinícolas estão por todas as partes, então, não deixe de provar também esses sabores em Colmar

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