Roteiro de viagem a Aljezur
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Entretanto, Aljezur é hoje um importante centro turístico e ao visitá-la ao seu ritmo, vai descobrir os seus pontos de interesse, apreciar a excelente paisagem envolvente, pois ela se destaca pelos seus produtos regionais e pela variada e excelente gastronomia. Assim, aqui neste roteiro irá encontrar tudo o que precisa saber caso esteja a planear uma viagem a Aljezur.

Aljezur é sede de concelho e situa-se a 250 km a Sul de Lisboa, capital do país; a 110 km de Faro, capital de distrito e a 30 km de Lagos, a cidade mais próxima.
De comboio: Caso utilize o comboio este só para em Lagos, a estação da CP mais próxima, por isso depois terá de apanhar um autocarro para o seu destino final.

















Aqui é possível observar-se, pelo seu simbolismo histórico, a Pedra de Armas com o brasão da Ordem de Santiago, que se julga proveniente da antiga Igreja Matriz de Aljezur, totalmente destruída com o terremoto de 1755, assim como o fuste do antigo Pelourinho.





Preço entrada: Bilhete de entrada único para todos os núcleos museológicos do centro histórico de Aljezur (Museu Municipal, Museu de Arte Sacra, Museu Antoniano e Casa-Museu Pintor José Cercas), podendo ser adquirido em qualquer um dos núcleos museológicos referidos.



Horário das missas: Terças-feiras, às 18:00h
Horário de visitas: Aberto no período da missa ou se solicitado no Museu de Arte Sacra, anexo à igreja.



Com efeito, trata-se de um peculiar museu, onde por entre as divisões da casa, pode-se ver o espólio doado pelo artista. Colecionador de diversas peças antigas conseguiu ao longo da vida reunir um valioso espólio, agora exposto no museu. Composto por peças de louça, arte sacra, esculturas e mobiliário, destacam-se ainda vários quadros e desenhos da sua autoria e de artistas internacionais.

A caminhada é um pouco exigente, então se preferir, também pode ir de carro. A entrada é gratuita e a vista é maravilhosa, inegavelmente vale a pena!














Descemos pelo lado direito do Museu Antoniano,
pela Rua de Santo António e viramos à direita para a Rua da Ladeira, onde vê um
antigo Fontanário Público. Este
“marco” de pedra abastecia de água a população da vila, sendo por isso um local
onde as pessoas conviviam.Continuamos pela Rua da Ladeira até ao fim e
chegamos à Rua João Dias Mendes, com o Largo
da Liberdade em frente a ponte sobre a Ribeira de Aljezur, que se encontra às
suas margens grandes freixos e salgueiros e um pequeno jardim com
bancos. Neste
Jardim, onde se pode, sobretudo, descansar e aproveitar a sua
sombra e admirar o painel de azulejos alusivo à Ponte Medieval, que aqui existiu até
1947, também onde está pintada uma vista da vila e assinalados os locais de
interesse.
Ali, ao longo da cardinal Rua 25
de Abril, coração de Aljezur, há vários cafés baratos e restaurantes, como
o tradicional Pont’a Pé,
acolhedor e um especialista em pratos regionais a preços moderados.


















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Crédito da foto: National Geographic |
O Ribat da Arrifana é um
convento-fortaleza, consagrado à oração e vigilância da costa, constituído por
várias estruturas, entre as quais se incluem uma necrópole, uma sucessão de
mesquitas com oratórios (quibla e mihrab), onde os
monges-guerreiros faziam as suas orações, assim como, dependências destinadas
tanto aos monges como aos peregrinos e vestígios de um minarete.Este importante monumento
localizado na Ponta da Atalaia, a
cerca de 1 km para norte da atual Praia
da Arrifana, teria sido mandado edificar, cerca de 1130, pelo mestre sufi e madi,
Ibn Qasi, uma das principais figuras
do mundo político e religioso do al-Andalus, contemporâneo de D. Afonso Henriques, com quem
estabeleceu pacto contra o governador de Silves,
Ibn Wazir e os almoadas, permitindo
ao rei de Portugal a conquista de territórios entre Mondego e Tejo.O ribat da Arrifana terá
servido como local de inspiração de Ibn
Qasi, tendo como principal função o estudo e a reflexão religiosa. Entre
1130 e 1140, terá escrito a sua obra principal “Livro do Descalçar das Sandálias”,
inspirado no antigo testamento e no corão, tendo como base o abandono material
e a entrega a deus, assim como a referência às duas sandálias, numa associação
à dualidade do mundo, exterior e interior.
O espólio exumado no Ribat da
Arrifana traduz aspectos das vivências dos seus ocupantes, monges-guerreiros, que
devido às suas especificidades em menor número. Identificaram-se restos de
cerâmica, que se classificaram como louça de mesa, de cozinha, de armazenamento
e como contentores de fogo. Ainda, artefatos de bronze, como ponteiras de fusos
ou de chumbo, associadas a tecelagem do linho ou da lã, presumivelmente das
vestimentas usadas pelos seus ocupantes; restos de algumas armas de ferro, como
punhal, espada, lança, pontas de flecha, fragmento de osso longo de mamífero,
supõe-se corresponder a restos de instrumento musical, restos de alimentos
recuperados, sobretudo bivalves, mamíferos e aves.Em 1151, com a morte do seu
fundador, assassinado em Silves pelos seguidores de Ibn Almúndir, que logo passou a governador da cidade, o Ribat da
Arrifana foi abandonado.
Fortaleza da
Arrifana
Edificada num promontório em
substrato xistoso, a Fortaleza da
Arrifana foi construída em 1635 sob o mandato do Governador do Reino do
Algarve e Capitão-Mor, D. Gonçalo Coutinho,
para a defesa da orla costeira ocidental algarvia, da baía da Arrifana e de uma
almadrava, que é uma armação de pesca do atum, existente no local desde 1516.
Era constituída por duas partes ligadas por um pequeno desfiladeiro. Na porta de entrada, em arco de volta perfeito, ficavam a casa da guarda, os alojamentos e o paiol. Passado o desfiladeiro entrava-se na bateria, onde existiam duas bocas de fogo apontadas ao mar. Sobre a porta de entrada estava colocada uma lápide onde constava a data de construção da fortaleza, bem como um Escudo Nacional e o Brasão dos Coutinhos.
O terremoto de 1755 arruinou
totalmente a fortaleza, ficando em pé apenas a bateria e a cortina amuralhada
da porta de entrada. Em 1762, foi novamente reedificada, mas, no inverno de
1765, deu-se nova investida do mar, ficando o desfiladeiro de novo destruído.Não se conhecem obras na
Fortaleza da Arrifana após esta data (1792), ficando o forte abandonado durante
várias décadas, caindo o mesmo em ruínas e ao abandono. Em 1940 foi entregue ao
Ministério das Finanças, recusando-se a receber o que restava da Fortaleza de
Arrifana, foi posta à venda, deixando de ser considerado como Fortificação Militar.
Passados mais de três séculos após a sua construção, o antigo forte filipino,
voltou a ser reabilitado, desta vez por ação do Município de Aljezur, com apoio
financeiro do Polis Litoral Sudoeste.
O local onde esta fortaleza
está implantada constitui ainda um magnífico miradouro natural, pois dali
tem uma vista espetacular, onde pode observar algumas das bonitas falésias e
praias da Costa Vicentina. Próximo dali, pode igualmente usufruir a Praia da Arrifana. Em forma de enseada,
a Praia da Arrifana é uma das mais bonitas de Portugal, sendo muito popular
para surfistas com vários níveis de experiência. Aldeia da
Carrapateira
A poucos mais de 20
quilômetros de Aljezur, seguindo, atualmente, pela estrada serpenteada, ladeada
por vegetação, o cheiro da maresia leva-nos ao encontro da Aldeia da
Carrapateira, marcada por vários recortes irregulares das falésias, onde todas
as rochas tem um nome.
A aldeia é caracterizada pelas suas casas térreas bem juntinhas, onde os enormes telhados de uma só água persistem nas casas mais antigas, evidenciando-se atualmente as casas de dois pisos e telhados de duas águas.





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Crédito da foto: viagementreviagens |









Este roteiro em Aljezur fica completo com a partilha de sugestões do que comprar em Aljezur. Do artesanato do concelho destacam-se os trabalhos e cestas em vime. Igualmente, são produzidas também mantas de “trapo” com vários padrões, rendas e bordados, mobiliário, cadeiras e colheres de madeira, que pode utilizar em casa. Bem como típicas alcofas, cestos e tapetes em esparto, uma planta herbácea do Algarve.
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