Riquewihr | França

07:22

Percorrer a Rota dos Vinhos da Alsácia, na França, é ir descobrindo pequenas cidades, todas com uma profusão de flores enfeitando ruas e fachadas de casas. 
Situada ao longo da Rota dos Vinhos da AlsáciaRiquewihr não foge à regra, considerada uma das mais lindas e charmosas da rota, pois está listada entre as mais belas aldeias da França, junto com sua vizinha, Ribeauvillé tornou-se visita obrigatória. 
Riquewihr, uma das vilazinhas mais badaladas e protegida dos ventos do norte pelas montanhas na encosta dos Vosges é originária do Crémant d'Alsace, portanto, a pérola dos vinhedos da Alsácia; o local está rodeado por vinhas, onde se produz os mais conceituados Grand Cru e o terroir mais famoso da AlsáciaSchoenenbourg
Riquewihr com pouco mais de dois mil habitantes, a vila fica a 20 Km de Colmar e 60 Km de Strasbourg, capital da Alsácia, é uma joia medieval imperdível no coração do vinhedo da Alsácia que atrai milhões de visitantes todos os anos, especialmente no verão e na época do mercado de Natal. Admiravelmente florida na primavera e no verão, a cidade assume suas cores natalinas durante o período do advento, em uma atmosfera única que combina a magia do Natal com as tradições alsacianas.
Além disso, certamente você se lembra do pequeno vilarejo onde mora a Bela do filme ‘A Bela e a Fera’, mas o que provavelmente você não sabia é que a cidade existe na vida real, chama-se Riquewihr e é mais bonita do que você imagina.

Um pouco de história
Riquewihr pertenceu aos condes de Wurtemberg até a Revolução e sua economia é baseada na produção vinícola e no turismo.
As fortificações que datam de 1291, foram feitas pelos Horbourg, que se tornaram dominadores em 1324. 
A vila teve um período de prosperidade no século XVI, graças à venda de seus famosos vinhos em todo o Sacro Império Romano e na Hanse. 
Com os condes de Wurtemberg convertidos à fé protestante, a Reforma foi introduzida no senhorio de Riquewihr, em 1534. Essa riqueza foi, entretanto, impactada pela Guerra dos Trinta Anos, que traria um fim brutal a essa prosperidade. 
Em 1680, o exército de Luís XIV tomou posse de Riquewihr, no entanto, exclusivo da  Alsácia, a vila permaneceu sob as leis e costumes do Sacro Império Romano e as ordens dos condes de Wurtemberg até a Revolução.
Em 1796, Riquewihr uniu-se definitivamente à República Francesa pelo  Tratado de Paris. 
Devido à sua posição de “ beco sem saída ”, Riquewihr não foi tão afetada pelo conflito da Segunda Guerra Mundial ao contrário das outras localidades do “ Bolso de Colmar ”.
O que ver em Riquewihr
A cidade medieval tem poucas ruas, mas muito charme. O seu centro histórico é inteiro cercado de muralhas e em cada ruela uma casa típica de cartão-postal. É um verdadeiro museu a céu aberto, pois permite uma profunda viagem no tempo. 
As casas, datadas dos séculos XV a XVIII, foram construídas uma grudadinha na outra, dentro de uma fortaleza. As cores das casas…nenhuma construção tem a mesma cor ou é igual a outra. 
Os tons das casas em enxaimel são típicos da Alsácia: vermelho, verde ou amarelo brilhante, acrescentando um cunho muito pitoresco ao local e delicadamente adornadas com flores e placas… tudo de muito bom gosto, requinte e, em perfeita harmonia, preservando as características medievais. 
Não existe, contudo, uma construção que não esteja impecavelmente reformada: esculturas, fontes, flores e janelas coloridas adornam cada cantinho. Parece que tudo foi pensado milimetricamente.
Seguindo toda essa delicadeza, em Riquewihr, o programa é mais de contemplação. A caminhada em sua viagem à Riquewihr pede calma e lentidão. É ir caminhando pelas ruas de paralelepípedos, apreciando as casas coloridas e floridas. É olhar as vitrines das lojas, que vendem artigos de decoração, cristais, artesanato e delícias regionais, os restaurantes, bares e lojas são todos impecáveis e magníficos. Uma sofisticação elevada à décima potência – e não vista dessa forma nas outras vilas vizinhas – dá um perfume diferente à Riquewihr.
Assim sendo, a Torre dos Ladrões, Casa do viticultor, Casa Schickhardt, Casa Gourmet ou Castelo dos Condes de Württemberg e a casa alsaciana atinge sua expressão mais consumada em Riquewihr, com todas as variações de enxaimel esculpido, janelas oriel ou poços esculpidos. 
O ponto de partida pode ser a Rue du Général de Gaulle  é a rua principal de Riquewihr, que liga descendo o Dolder à Câmara Municipal. Vários belos edifícios foram construídos aqui entre 1500 e 1650 com janelas de sacada, paredes de madeira, portas em arco, coroas de pinheiros ou uma loggia.
Hotel de Ville
Paramos num estacionamento na entrada da cidade, a uma quadra do Hotel de Ville – Prefeitura ou Marie – que tem um túnel embaixo por onde se entra na cidade murada. 
Hotel de Ville, seguindo pela Rue du General de Gaulle, a principal da vila. 
Mas antes de explorar, pare no Centro de Informações Turísticas de Riquewihr, esta casa amarela abaixo e retire gratuitamente o mapinha da cidade com explicações sobre as principais atrações, ao lado do banheiro público.
Casas em enxaimel
A cidade com as suas muralhas circundantes perfeitamente preservadas, nota-se lindas casas estilo enxaimel do século XIII ao XVIII, bem contíguas, ao caminhar pela rua principal, a Rue General du Gaulle.

Algumas casas tem esculturas que representam o ofício do proprietário medieval. Aos pés da torre, encontra-se uma fonte de 1560, onde se conferia a capacidade dos barris de vinho e de outros produtos. O leão no alto segura os brasões dos Lordes de Horbourg e de Riquewihr.
Atenção: A água das fontes das cidades da Rota do Vinho da Alsácia e da Rota Romântica da Alemanha, como podem ver pela placa, não é potável.
Além de confeitarias e restaurantes, na Rue du General de Gaulle você encontrará lojas de lembrancinhas com produtos típicos da Alsácia e de alimentícios, também típicos.
Mais adiante está a Place des Trois Églises e, mais à frente, o Dolder, um campanário do século XIII.
Portão Dolder
Quanto à torre, monumento mais expressivo de Riquewihr, leva ao campanário do Dolder, uma notável construção de 25 metros de altura, em arenito rosa dos  Vosges e madeira. Dolder significa “o ponto mais alto” em dialeto alsaciano.
Construído em 1291, o Dolder fazia parte integrante da muralha fortificada e servia para defender a vila graças à sua torre de vigia localizada no topo do campanário.
Tem duas fachadas bem distintas: do lado externo, mantém a arquitetura e aparência medievais, e do lado interno é decorada com estrutura de madeira característica do estilo enxaimel.
O interior apresenta um aspecto muito mais agradável do que o exterior, um cubículo com bonitas paredes de madeira. Os quatro andares da torre abrigavam o zelador e sua família que se encarregava de fechar a porta de entrada da aldeia todas as noites e soar o alarme em caso de ataque. 
Hoje, os três primeiros andares abrigam o museu local de arte e tradição popular: o Museu Tower of Thieves e Winemakers Maison.

La Féerie de Noël
No local do Dolder, um enorme Quebra-Nozes monta guarda na entrada da butique mais fascinante da vila: a Loja de Natal ou La Féérie de Noël. Aberta todo o ano, a loja espalha a alegria do Natal em dois níveis, graças a uma decoração interior original.
Tour des Voleurs
A Tour des Voleurs, é uma torre de pedra medieval, destaca-se em meio às casinhas de enxaimel, construído em 1550 e tem vista para as muralhas. Sua forma pentagonal tem 18 metros de altura. No interior, abriga o Museu do Tour des Voleurs, testemunho do passado medieval sombrio, onde os criminosos eram torturados até a morte. Você pode visitar a sala de tortura com instrumentos autênticos da época. O museu pode ser acessado a partir do Cour des Juifs

Muralhas de Riquewihr  
A aldeia está rodeada pelas ruínas das suas muralhas do século XIII. A estrada principal, pavimentada e ladeada de casas renascentistas, é emoldurada por vielas laterais e charmosos quintais. 
Obertor 
Além do Dolder, outro portão fortificado, o Obertor reforça as fortificações de Riquewihr
No século XVI, a tecnologia das armas de fogo inspirou os habitantes a reforçar a sua segurança com a construção de uma segunda muralha fortificada. 
O portão está equipado com uma ponte levadiça e um enorme portão de madeira dupla, um dos mais antigos que ainda hoje é visível na França
 

You Might Also Like

0 comentários

Mapa Interativo

Instagram

Pinterest