Nesta nossa viagem de 17 dias pela Ásia, hoje chegou o dia de falar sobre o Vietnã. Nosso roteiro neste país incrível ficou assim:
- Hanoi (três dias, duas noites);
- Ha Long Bay (dois dias, uma noite);
- Da Nang/Hoi An/Hoi An/Da Nang (três dias, duas noites);
- Hue (três dia, duas noites);
- Ho Chi Minh City (Saigon) (dois dias, uma noite).

Uma palavra que definiria bem o que senti ao visitar  esse país, foi “encantamento”. O Vietnã e seus animais sagrados formam a alma e o ideal do caráter vietnamita, algo que eles buscam para as suas vidas. Seu trânsito aparentemente caótico nos ensinam que para sobreviver é preciso ser flexível e ágil o tempo inteiro. Vietnã continuará a intrigar os visitantes com paisagens extraordinárias, rica herança cultural e o malabarismo que o povo faz para equilibrar modernidade e tradição.

Um povo educado e receptivo que, apesar de tanto sofrimento com as opressões e pelas guerras, não perdeu a alegria de viver. Poder estar em contato com esta gente tão humilde e simples, com seus costumes, rotinas e cultura tão diferentes da nossa, é praticamente impossível ficar indiferente, não se encantar.

Antes de começar a falar sobre a capital  Hanói, vou falar sobre o Vietnã como um todo, que é cheio de peculiaridades. Depois farei uma postagem sobre cada cidade mais especificamente.
Então, vamos a um pouco de história! Vou contá-la em parte para que o texto não fique longo demais:
O Vietnã assim como vários países do mundo, também passou por dominações chinesas, invasões mongóis, foi colônia francesa, que juntamente com o Laos e o Camboja, faziam parte da Indochina. 

E quando ainda era parte da França, durante a Segunda Guerra Mundial, foi ocupado pelo Japão.
Mas infelizmente, quando se fala em Vietnã, a primeira coisa que vem à nossa mente é: guerra, guerra, guerra! Afinal são mais de 20 filmes retratando os horrores de uma guerra que durou 20 anos (1955-1975).
Agora vejam vocês, tudo começou no fim! Isso mesmo, após muitas revoltas do exército comunista, liderado por Ho Chi Minh para acabar com o domínio francês, o Acordo de Genebra de 1954, pôs fim a Guerra da Indochina e o Vietnã se tornou independente, mas o país foi dividido em dois: Vietnã do Norte e Vietnã do Sul. O Vietnã do Norte era, comandado por Ho Chi Minh, possuindo orientação comunista pró União Soviética. O Vietnã do Sul, uma ditadura militar, passou a ser aliado dos Estados Unidos e, portanto, com um sistema capitalista.
A relação entre os dois Vietnãs, em função das divergências políticas e ideológicas, era tensa no final da década de 1950. Em 1959, vietcongues, guerrilheiros comunistas, com apoio de Ho Chi Minh e dos soviéticos, atacaram uma base norte-americana no Vietnã do Sul. Este fato deu início a guerra que durou até 1975. O final desta triste história vou contar na postagem que vou fazer quando visitamos Ho Chi Minh City, a antiga Saigon…

Como Chegar
Não há vôos diretos entre o Brasil e o Vietnã. O jeito mais fácil de ir, é fazendo uma conexão na Europa, em países árabes ou na própria Ásia. Muita gente também vai para o Vietnã quando já está em algum outro país/cidade do Sudeste Asiático, e utiliza as companhias low cost do país. Essa é uma excelente opção. A meu ver, as empresas são muito boas, todas pontuais e eficientes. Como foi o nosso caso: saímos do Brasil, voamos primeiro para a Tailândia com a Ethiopian Airlines, com conexão em Addis Ababa. Ficamos alguns dias em Bangkok. De lá pegamos um vôo da Laos Airlines para Luang Prabang e com esta mesma companhia chegamos em Hanoi, no Aeroporto Internacional Noi Bai.
O Aeroporto Internacional Noi Bai de Hanói é o maior do Vietnã. Situado a 45 km do centro da capital, o aeroporto é utilizado por diversas companhias aéreas, a exemplo de Vietnam Airlines, Pacific Airlines, AirAsia, Cathay Pacific, Hong Kong Airlines, Thai Airways, Lao Airlines, Nok Air, Quatar e Tiger Airways.
No local, o visitante encontra infraestrutura adequada, com casas de câmbio, caixas eletrônicos, lanchonetes, lojas e opções de transporte para o centro da cidade.
Visto
Brasileiros necessitam de visto de entrada no Vietnã. O mais indicado é obter esse documento na Embaixada do Vietnã em Brasília (precisa mandar o passaporte para lá) se a sua entrada for por terra, mas se a sua entrada no país for feita por algum dos aeroportos, você precisa do Visa on Arrival. 
Agências costumam providenciar o documento, mas, se a sua viagem está sendo feita por conta própria, você pode obter o seu pré-visto aqui. Depois de acessar o link, preencha o formulário disponível, efetue o pagamento e aguarde pelo envio da Carta de Aprovação (Approval letter) para o seu e-mail. Lembrando que isso NÃO é o visto, só é possível tirar o visto no aeroporto do Vietnã com essa carta de aprovação em mãos. Deverá ser apresentada antes de fazer a imigração, no balcão de “Visa On Arrival”. Basta mostrar a carta impressa, entregar duas fotos 4 x 6 cm e pagar a taxa de que varia de 45 USD a 65 USD dependendo de single entry ou multiple entry (pagamento em dólar americano- levar dinheiro trocado).
Em alguns minutos o visto estará estampado em seu passaporte.
Quando ir
O clima no Vietnã pode variar bastante de uma região para outra e é bom ficar bem atento antes de decidir a melhor época para visitar o país. Abril, maio, novembro e dezembro costumam ser excelentes meses para quem deseja aproveitar a capital, Hanói, e também os arredores. Nesse período, a incidência de céu claro é maior; além disso, as chuvas são mais escassas e o calor não é tão forte quanto na época do verão (durante os meses de junho, julho e agosto).

O que levar na mala
Roupas leves e sapatos confortáveis, como tênis, tanto para a capital (onde se anda muito a pé) quanto para regiões como a de Sapa, cheia de trilhas. Quem for a Ha Long bay deve levar roupas bem leves, roupas de banho e bastante filtro solar. 
Moeda
A moeda oficial do país é o dong, em notas de 500, 1.000, 2.000, 5.000, 10.000. Entretanto, não são raros, na cidade, locais que aceitem dólares americanos, como hotéis, agências de turismo e restaurantes. O ideal, portanto, é sempre ter uma quantia em dongs e em dólares na carteira, e sempre perguntar antes, no estabelecimento, caso só tenha consigo a moeda americana ou precise usar cartão de crédito.
As entradas em pontos turísticos da cidade costumam ser gratuitas ou muito baratas, variando de VND 5.000 a VND 30.000 (menos de 1 USD/1,50 USD). Um exemplo disso é que com VND 630.000 (dongs) por dia, o equivalente a 30 USD, é possível aproveitar muito da cidade, comer bem pagando de 5 a 10 USD (por refeição) e visitar monumentos e museus desembolsando menos de 2 USD. Corridas de táxi também são super em conta, mas é bom ficar atento para a "esperteza" de certos motoristas, que não utilizam taxímetro e acabam cobrando valores acima da realidade. Caso isso aconteça, sempre negocie antes.
Idioma
O idioma oficial é o vietnamita, mas o inglês é uma língua bastante difundida na área turística. Porém o sotaque é beeem carregado, e às vezes fica difícil entender 100% do que estão falando. Por causa da colonização francesa, muitos também falam francês. Bom chegar sabendo: “obrigado” em vietnamita é “Cam On”. 
Peculiaridades que você só vê no Vietnã:
A imagem típica do Vietnã são plantações e mais plantações de ARROZ. Com uma história de mais de três mil anos no cultivo do arroz, o Vietnã produz comercialmente há mil anos, é o terceiro maior produtor e segundo maior exportador de arroz do mundo!
Tanto a plantação quanto a colheita é feita manualmente. E existem até cemitérios e tumbas junto às plantações de arroz. Muitos camponeses do Vietnã fazem questão de ser sepultados em seus arrozais.
Portanto, arroz não é só a “base” da culinária vietnamita, mas praticamente a culinária  por inteira! Noodles de arroz, arroz no vapor, arroz frito, papel de arroz, vinho de arroz… arroz, arroz, arroz…
Simplicidade e muito sabor são características da gastronomia vietnamita, uma das asiáticas mais conhecidas e que mais fazem sucesso no mundo. Provar todas as delícias do país "in loco" tem um significado especial, considerando a variedade e o frescor dos ingredientes utilizados, pois o vietnamita não compra comida aos montes para estocar em casa.
Os ingredientes dos pratos que serão cozinhados naquele dia são comprados frescos nos mercados locais. Carnes, peixes, verduras, frutas, ervas…
Os mercados fazem parte da rotina do povo do Vietnã, e você, provavelmente, visitará mercados em todas as cidades do país pelas quais passar.
Sem dúvida um dos rótulos mais característicos do povo vietnamita é o Nón Lá, também conhecido como chapéu cônico vietnamita ou Chapéu vietnamita.
No entanto, poucas pessoas sabem que este tipo de chapéu é usado quase exclusivamente por mulheres para se proteger do sol. Não se esqueçam que a Ásia em geral, o ideal de beleza é a pele branca;
O Vietnã tem sido tradicionalmente um país de camponeses, onde o cultivo de arroz, como já disse acima, é amplamente estendido, então todo agricultor usa chapéu vietnamita em suas tarefas diárias, porque, além de proteger do sol e também protege contra a chuva, servindo também e inclusive para coletar água da chuva.
Para os homens o mais comum é aquele tipo chapéu de safári.
Juntamente com o chapéu vietnamita, o Aodai é um dos símbolos do Vietnã. A vestimenta tradicional vietnamita, para as mulheres, é composta por um vestido longo ou uma longa bata, sobre uma calça no estilo pantalona, com mangas e golas, porém colada ao corpo.
E por fim as MOTOS. O Vietnã é uma espécie de paraíso das bicicletas e das motos. Elas estão em todos os lugares.
As motos são bastante utilizadas como veículos de carga.O transporte oficial vietnamita é a motocicleta.
E esta é uma das lembranças mais nítidas que tenho do Vietnã. Foi meu primeiro contato com o trânsito de Hanói ao sair do aeroporto. O que era aquele caos e aquele mundo de motos e lambretas?
O que explicava aquela loucura de carregar o mundo em uma moto?
Se você acha que a cidade de São Paulo tem muitas motos, você não viu nada, são aproximadamente 40 milhões de motos, para uma população de 90 milhões de habitantes.
E prepare-se para ver praticamente de tudo em cima delas: 1, 2, 3, 4 ou 5 pessoas de uma vez, cachorro, gaiolas, geladeiras, pneus… Eles poderiam levar uma mudança inteira em uma única moto.
Em Hanói e Ho Chi Minh atravessar a rua foi uma verdadeira aventura. A maior parte das ruas não há faixa de pedestres, nem sinal. Seguimos as instruções do nosso guia: “Olhem na direção do trânsito e comecem a atravessar lentamente, sempre na mesma velocidade, sem correr nem parar. Eles irão ver vocês atravessando, calcular a velocidade e desviar.” Não é que deu certo? Estamos aqui para contar a história!