No quarto e último dia, por volta de 05:30 h, amanhecemos onde o Rio Negro e Solimões se encontram sem se misturar. O famoso encontro das águas! Uma das atrações mais conhecidas de Manaus.
   
Foi maravilhoso poder ver aquele fenômeno da natureza. O encontro destes dois colossos é de cair o queixo. Tive o privilégio de vê-lo do alto do barco-hotel Iberostar Grand Amazon.  Debruçada no parapeito do convés de uma altura de quatro andares.
   
Digo isso, porque já ouvi relatos de pessoas que ficam hospedados em hotéis de Manaus, sentindo-se o chique dos chiques, fretam uma voadeira para ver o espetáculo do encontro das águas em modo privado, sem precisar participar de um grupo organizado. Só que ao chegar, é que vêem que a lancha fretada, não tem altura suficiente para discernir a diferença das cores. Faça isso se você só quiser sentir a diferença de temperatura das águas, aí sim, uma embarcação pequena é o ideal, do contrário, será dinheiro posto fora.
E você sabe por que as águas não se misturam? A explicação está na origem dos dois rios, nos tipos de solo, de plantas que encontram no caminho e também devido à densidade (pH), velocidade e temperaturas diferentes.
 
O Rio Solimões com suas águas de cor amarelada ou barrentas, pois tem bastante cálcio e magnésio em suspensão, descem dos Andes peruanos, chegam a uma velocidade de 4 a 6 km e tem uma temperatura média da água de 22ºC.
 
O Rio Negro com suas águas de cor negra é ácido e cheio de húmus. Este mundaréu de água escura, maior em volume do que todos os rios da Europa juntos, tem sua nascente na Colômbia, encontra aqui uma barreira intransponível, pois é mais lento, corre de a 2 a 3 km/h e possui uma temperatura média em torno de 27º a 28ºC.
 
Em um trecho de aproximadamente 6 km os dois rios correm lado a lado, cada um no seu ritmo, com sua temperatura e suas cores.
Sem preparo, sem transição, o Rio Negro torna-se apenas um afluente do Amazonas e simplesmente acaba. Ou melhor, morrem os dois, o Rio Negro e o Rio Solimões e, nasce o Rio Amazonas, por onde todos estes barcos seguem viagem.

É impressionante e muito bonito de ver este fenômeno!
Chegamos no porto de Manaus às 8h,  é hora do desembarque para as pessoas que não farão o Cruzeiro do Rio Negro.

Quem vai continuar pode aproveitar o dia para fazer um city tour por Manaus ou simplesmente continuar curtindo um pouco mais do maravilhoso navio da Iberostar Gran Amazon.
Como vocês podem ver, o Cruzeiro pelo Rio Amazonas é realmente lindo! Uma experiência única que ainda vou repetir fazendo o Cruzeiro pelo Rio Negro!

Amanhecemos na região de Manacapurú, uma antiga aldeia indígena, que atualmente é município.
A atividade era ver o sol nascer às 05:45 a bordo das lanchas, mas o sol apareceu com cara de domingo, preguiçooooso. De qualquer forma, a Ibero não deixou na mão que acordaram cedo.

Neste horário já tinha um pequeno café no deck, antes do verdadeiro café buffet no Restaurante Kuarup.
08:00h -Passeio de lancha por Igarapés (cursos de água estreitos) e Igapós (floresta inundada), na região de Manacapurú, onde se pode observar as atividades dos habitantes e pescadores locais ou caminhada na Selva na região Manacapurú.

O segundo passeio do dia também teria que ser decidido entre passear de lancha e caminhar pela selva. Decidimos por caminhar na selva.
É incrível como as pessoas vão para certos passeios e não se preparam, não lêem, não procuram se informar sobre o que levar, o que vertir. Estou dizendo isso, porque muitas pessoas queriam fazer este passeio e não puderam porque  não haviam levado calças compridas, estavam de bermuda, de chinelo, de camiseta, com criança de colo, imagina!!! Desculpem-me a franqueza, mas é muita estupidez querer ir para um selva e não ter o bom senso de imaginar que lá tem animais peçonhentos, espinhos, folhas que provocam queimaduras, mosquitos…se a sua intenção é ir para um lugar destes, o mínimo que se tem a fazer é comprar roupas apropriadas( eu não tinha, mas comprei antes de viajar), é como ir para a Rússia no inverno, sem casado de pele, rsrs…

Por isso vou abrir um parêntese aqui e dar umas dicas de roupas para selva:
Dicas de roupas

-Roupas leves são as mais adequadas. Ao invés de calças jeans, você pode levar calças de tactel ou leggings. Roupas especiais para a prática de aventura e ecoturismo também são indicadas já que são feitas de tecidos leves porém resistentes e de secagem rápida.
-As calças são indicadas para as trilhas onde a mata é mais fechada pois evita picadas de insetos e possíveis cortes superficiais causados pela vegetação. Camisetas de manga comprida também são uma ótima opção para se proteger do sol e de picadas de insetos. Existem excelentes opções com tecidos específicos para atividades físicas que permitem a respiração do corpo.
-Tênis para caminhadas e botas de escalada são boas opções, pois é fundamental que o solado não seja escorregadio.
-Chapéus ou bonés são itens fundamentais, assim como o uso do filtro solar. Proteger-se do sol é essencial para que se possa aproveitar ao máximo todos os passeios e atividades.
-Lanterna e óculos escuros são muito bem vindos, assim como o repelente.


Os guias do cruzeiro são todos locais de diferentes áreas de Manaus e regiões próximas, que cresceram sabendo como viver na selva, por isso, o guia que adentrou a selva amazônica com o nosso grupo, ensinou-nos como fazer fogo com o que é encontrado pelo caminho, como tecer redes para fazer abrigo com as folhas das árvores e a retirar água das plantas. Ou seja, como sobreviver caso fique perdido na Amazônia.
16:00h - 18:00h -Passeios em lanchas por Igarapés e Igapós na região do Lago Janauarí. Visita na região em um flutuante com a possibilidade de adquirir artesanato local.
O passeio da tarde foi na região do dentro do Parque Ecológico no lago Janauari. Por estar relativamente perto de Manaus, mais ou menos 1 h de barco, torna-se um  dos passeios mais procurados na cidade.

Um lugar com lindas paisagens, passeio pelos igarapés para admirar a floresta inundada ou igapós, visita ao flutuante Restaurante Selva Amazônica (na hora que chegamos estava completamente vazio por já era começo de tarde). Vários macaquinhos, sucuri, vitória régia. Além de várias lojinhas com o artesanato local.





   


 






Na minha opinião, poderia ter sido o ponto alto do cruzeiro se não fosse a triste cena de ribeirinhos explorando alguns animais. Lamentável!
Mas, a natureza não nos decepciona, na volta mais belas imagens e um lindo pôr do sol!













 


9:45h - 21:30h -Jantar de gala no restaurante Kuarup.
Neste dia, véspera de atracarmos em Manaus, aconteceu o jantar de Gala.
Mas não é pra ir de vestido longo em plena Amazônia. E nem para esculachar indo de bermuda. Pelo amor de Deus! É um jantar de despedida, onde todos vão mais arrumadinhos para serem recepcionados pelo Comandante. O cardápio é especial e o um clima de despedida!






Após o jantar há um show folclórico com o grupo de dança do Edson Piro. Olha ele aí outra vez!
É um show que mostra os ritmos e as danças do Brasil. Essas apresentações fazem sucesso com o público mais velho e que brilha aos olhos dos gringos que estão presentes sempre em grande número, pois não conhecem todas as danças diferentes que o Brasil tem a apresentar.