Os dois coqueiros que foram cenários da novela Tieta do Agreste |
Se você está em Salvador, um dos passeios que mais recomendo é fazer a Linha Verde, que começa na Praia do Forte e vai até Sergipe. São 245 km, aproximadamente 3 h de viagem pela estrada que segue sempre à beira-mar, com um visual belíssimo de coqueirais, manguezais e rios. Aqui estão localizadas as belas praias, que vão desde: Salvador – Lauro Freitas – Arembepe – Praia do Forte – Imbassaí – Costa do Sauípe Barra do Itariri – Estância.
Nós fizemos este roteiro e éisto que vou mostrar para vocês nesta
sequência de postagens. Vou mostrar os passeios que fizemos a Imbassaí, a Praia
do Forte e até a um castelo que descobrimos por acaso. No entanto, como
estávamos em Sergipe, fizemos este roteiro no sentido inverso, de Estância até
Salvador.
Antes de
efetivamente começar a Linha Verde já que estávamos em Aracaju, fomos conhecer
o famoso vilarejo de Mangue Seco.
A Linha Verde ou Rodovia BA
099 está sob Administração da Concessionária Litoral Norte e do DER-SE, portanto,
tem um Pedágio no Km 14, sendo o sentido de cobrança:
Bidirecional,
no valor de R$ 4,60 para veículos de passeio. Nos finais de Semana
R$ 6,90.
Para maiores
informações sobre as condições das estradas acesse o site do DNIT.
Mangue Seco |
Mangue Seco fica
no município de Jandaíra na Bahia e é muito
procurada para passeios de um dia a partir de Aracaju, Costa do Sauípe ou Praia
do Forte. Jandaíra tem outras belas praias, como a do Coqueiro e a Costa
Azul, onde a paisagem inclui rios, lagoas e coqueirais.
Por causa da pequena infraestrutura e a dificuldade do acesso – de barco, através do rio Real – é o que torna Mangue Seco mais atraente e a mantém naturalmente rústica.
O acesso a Mangue
Seco deve ser feito a partir da Vila de Pontal em Sergipe. Pontal fica a 28 km de distância da divisa
entre os estados da Bahia com Sergipe e situado no encontro do Rio Real
com o mar. Desde a saída de Salvador, à altura do aeroporto são 215
km, já totalmente asfaltados. Saindo de Aracaju, são 80 km, já usando as novas
pontes da Linha Verde sergipana.
Em
Pontal, pode-se chegar a Mangue Seco através da travessia do Rio Real ou pela
praia, utilizando bugres, carros de tração, ou até mesmo através de caminhadas,
a partir da Costa Azul, durante a maré baixa.
Caso
o visitante prefira atravessar o rio, deve-se deixar o carro em um dos
estacionamentos particulares de Pontal e seguir em embarcações que fazem a
travessia de passageiros. Algumas delas são jangadas em fibra de vidro,
muito modernas, que fazem o percurso rapidamente. Existem também embarcações
mais rústicas que, embora mais lentas, também são muito utilizadas pelos
visitantes.
Devido
à proximidade entre os Estados, as famosas dunas de Tieta fazem parte do
roteiro de muitas agências sergipanas, então, fomos a uma delas e fechamos dois
passeios: Mangue Seco e Cânion do Xingó.
Em posição privilegiada, na baía de Estância, Mangue Seco testemunha o encontro de seis rios com o Oceano Atlântico. A mistura de água doce e salgada propicia a formação de extensas áreas de mangue e, consequentemente, a fartura de frutos do mar. Por toda a margem espalham-se pousadas, bares, restaurantes e casas de pescadores. É a 10.ª melhor, mais bem preservada e mais tranquila praia do Brasil.
Coqueiros e
pequenos restaurantes recepcionam os visitantes na chegada da escuna. A poucos
passos é possível um buggy (ou bugre) para "tour" pelo Mangue Seco,
que dura cerca de 40 minutos.
Há dois tipos de passeio de bugre, o mais rápido é o caminho entre a vila e a Praia de Mangue Seco,
atravessando vales e dunas e o passeio de bugre mais longo visita as dunas e segue até a Praia de Costa Azul.
Cercado
de dunas e coqueiros e sem acesso regular
para veículos. Essa distância fez com que o pequeno vilarejo de Mangue Seco,
entre a Bahia e Sergipe, tenha parado no
tempo, preservando suas características de vilarejo de pescadores, com
casebres simples, ruas de terra, manguezais e imensas dunas brancas, que
ganharam fama nos cenários mostrados na novela Tieta do Agreste, de Jorge
Amado, filmada ali em 1989.
A primeira parada costuma ser o pequeno povoado, com casas pequenas e simples que formam, juntas, uma espécie de círculo tomado pela areia fina no chão.
Uma igrejinha branca e de portas azuis, diz o bugreiro, "é a da Perpétua", onde a personagem beata, irmã de Tieta, costumava mostrar sua devoção religiosa.
Já falecida, Dona Sula continua sendo referência no passeio, assim como sua casa, onde hoje funciona como uma loja de artesanato. Dona Ana Flora, filha de D. Sula, prepara sorvetes artesanais de frutas típicas e doces caseiros.
Comida Típica
Pratos com peixes também aparecem nas mãos dos vendedores ambulantes.
Na praia, mulheres do povoado de Coqueiros vendem o quitute conhecido como moquequinha de folha: carne de aratu cozida e desfiada, temperada com cominho, coentro e pimentão e embalada em folhas de palmeira de licuri. Depois de ir para a brasa, a folha fica levemente tostada e seu recheio ganha um suave sabor defumado.
Outra opção é a muqueca de aratu enrolada em palha de licuri, feita com caranguejo retirado no mangue pelos próprios cozinheiros e vendedores. O Aratu é um crustáceo avermelhado entra na composição de casquinhas, moquecas e ensopados.
Além dos pastéis de frutos do mar e ostras produzidas em cativeiro no povoado; as cocadas de vários sabores, entre elas a "modinha de castanha", feita com castanhas de caju.
Há, ainda, mesas bem localizadas sob a sombra das tendas e rodeadas por coqueiros, onde você poderá degustar os vários tipos de peixes dos cardápios dos restaurantes, entre eles camarão, sururu e robalo, muitos pescados pelos pescadores locais.
Para
chegar à praia, a partir da vila, é preciso atravessar as dunas, a pé ou se preferir contrate um bugre, mas a verdade é que o bugre só é necessário para quem quer andar sobre a duna, porque dá para fazer tudo a pé, já que a praia está a menos de 15 minutos de caminhada.
Para chegar a ela é só seguir pelo atalho que sai do
final da beira-rio, às margens do rio e continuar por um caminho de areia. Se a
maré estiver alta é preciso contornar o farol pelas dunas. Como a maioria
dos visitantes vai para passar o dia, ao desembarcar na ponta da península à
beira-rio, contrata-se um bugreiro que faz um mini-tour com alguma emoção
pelas dunas até a praia e depois volta para pegar o freguês na hora combinada.
O último ponto do
buggy é a praia de Mangue Seco, onde há a opção de deitar na areia ou
balançar nas redes penduradas de frente para o mar, embaixo de tendas de
madeira e palha.
Comida Típica
Pratos com peixes também aparecem nas mãos dos vendedores ambulantes.
Na praia, mulheres do povoado de Coqueiros vendem o quitute conhecido como moquequinha de folha: carne de aratu cozida e desfiada, temperada com cominho, coentro e pimentão e embalada em folhas de palmeira de licuri. Depois de ir para a brasa, a folha fica levemente tostada e seu recheio ganha um suave sabor defumado.
Outra opção é a muqueca de aratu enrolada em palha de licuri, feita com caranguejo retirado no mangue pelos próprios cozinheiros e vendedores. O Aratu é um crustáceo avermelhado entra na composição de casquinhas, moquecas e ensopados.
Um passeio apreciado não só por brasileiros, mas principalmente pelo turista estrangeiro. Esta turma atacando a comida, são em sua maioria turistas italianos.
Praia de Mangue Seco |
- 23:35
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