Depois de visitarmos as Ruínas Jesuíticas do Paraguai(para saber como foi clique aqui) saímos em direção a cidade de Encarnación, a fim de conhecer mais uma cidade do Paraguai, como também para fazer uma parada para o almoço, antes de seguirmos viagem para Asunción.
Bom,Encarnación é considerada a “Pérola do Sul”, fundada em 1632 por San Roque González de Santa Cruz, um padre jesuíta que desbravou a bacia dos rios Paraná e Uruguai, em busca de índios para catequizar, mas também uma cidade ameaçada pelas águas da represa de Yacyretá, isto porque parte de sua área urbana, às margens do rio Paraná, cedeu lugar ao lago artificial da usina binacional de Yacyretá.
Encarnación é a terceira maior cidade do Paraguai, com aproximadamente 70 mil habitantes, tem sua economia baseada no comércio fronteiriço com a Argentina e na rentável agricultura desenvolvida nas terras ao seu redor.
Ao mesmo tempo em que perde seu sítio histórico, Encarnación ganha um novo centro urbano, na chamada “Cidade Alta”, nos arredores da Plaza de Armas.
Um dos atrativos da Plaza de Armas é a Igreja Ucraniana, com suas cúpulas douradas refletindo a presença de imigrantes eslavos, praticantes da religião ortodoxa.
Na “Cidade Baixa”, concentra-se o comércio de bugigangas e importados, a preços ligeiramente mais altos que os de Ciudad del Este. Mas, é na Av. Costanera, às margens do Rio Paraná, fronteira natural com Posadas, Argentina, é que Encarnación se mostra mais aprazível.
A faixa litorânea, aberta há um ano e meio, é dotada de passeios pedestres e áreas de recriação, abrange 27 quilômetros e abriga três praias de areia branca, nas quais os aldeões e turistas buscam aproveitar o intenso calor. Cujos hotéis abarrotados e as residências que servem como hospedagens não são suficientes para abrigar os cerca de 50 mil visitantes.
Neste havia até música ao vivo:
O conceito do restaurante é o mesmo do Spoleto, onde o cliente é o chef e o responsável pela escolha da massa que ele vai consumir e os ingredientes para preparar o molho com o qual ele vai acompanhá-lo.
Outro dos atrativos nestes meses é o "Carnaval da Encarnación", que é realizado desde 1916 e que se transformou no epicentro das celebrações no Paraguai. Pois é, se você pensa que folia e samba no pé são exclusividades do Brasil, que tal visitar Encarnación em fevereiro, no feriado de carnaval? Todos os anos, a cidade abriga o maior carnaval de rua do Paraguai, com desfile de blocos, passistas e fantasias de fazer inveja ao carnaval brasileiro.
Nessa época, Encarnación chega a receber 40 mil foliões, que lotam as arquibancadas do Sambódromo da Av. Gaspar Rodríguez de Francia e movimentam a economia. Mas, atenção: se quiser conhecer este legítimo carnaval paraguaio, reserve seu hotel com bastante antecedência.
Existe no Paraguai um passeio por algumas cidades, chamado de o Circuito de Oro. O passeio por estas cidades consiste em um dia de visitas a San Lorenzo, Capiatá, Itaugua, Yaguaron, Paraguarí, Caacupé e San Bernardino, cada uma com sua própria particularidade. Este passeio é oferecido em diversas agências de turismo em Assunção. O valor é um pouco salgado, são US$75, pagos em dólares ou guaranis. O tour tem uma duração de 9h com almoço incluso. A empresa pega no hotel no horário combinado numa confortável minivan.
Como estávamos em Encarnación e iríamos em direção a Asunción, resolvemos fazer o percurso por nossa conta, no entanto, como o nosso tempo era curto, acabamos cortando a maioria das cidades, porque apesar das distâncias serem curtas, você leva muito tempo para ir de uma cidade a outra, pois a velocidade máxima em algumas rodovias é de 60 km/h. Abaixo as cidades que visitamos:
Caacupé
Situada a apenas 54 quilômetros de Asunción, a pequena Caacupé, capital espiritual do Paraguai, surge como uma “Meca” para o cristianismo paraguaio: pelo menos uma vez na vida, cada cidadão deve ir à cidade, seja para pagar promessas, seja para fazer turismo. Obviamente, o maior atrativo da cidade é a Basílica de Caacupé, uma das maiores do mundo, visitada pelo Papa João Paulo II em 1988. Todos os anos, nas semanas que antecedem a festa da Virgem, em 08/12, ocorrem atividades especiais no templo. Caacupé está para o Paraguai como Aparecida do Norte para o Brasil.
Capital do departamento ou estado de Cordillera, Caacupé tem pouco mais de 21 mil habitantes, população que triplica no mês de dezembro, quando as festividades em homenagem à Virgem de Caacupé, padroeira do Paraguai, atraem milhares de devotos à cidade.
Surgida de um pequeno povoado fundado por volta de 1600, por guaranis convertidos ao cristianismo, a origem da cidade é rodeada por lendas como a do índio José, que teria esculpido a primeira imagem da Virgem como agradecimento a um milagre.
Documentos datados de 1765 já se referiam à vila serrana com o nome de Ka’a Kupé, que em guarani, significa “erva atrás dos montes”. Cinco anos mais tarde, em 1770, foi inaugurado o primeiro templo em homenagem à Virgem, substituído no século XX pela atual basílica.
Milhares e milhares de peregrinos paraguaios visitam a cidade todos os anos por conta de seu Santuário da Virgem de Caacupé, conhecida como Virgem Azul do Paraguai.
A história da santa e do lugar é toda envolta de lendas muito interessantes, que são retratadas nas paredes da igreja. No topo da catedral, há um mirante com vista de 360º da região.
San Bernardino
A cidade de San Bernardino está a somente 50 km de Assunção e o turista consegue chegar lá facilmente de carro, as estradas são boas e a paisagem é agradável.
Carinhosamente apelidada de SanBer, a cidade é famosa pelos passeios e pela prática de esportes náuticos no Lago Ypacaraí. Em todos os verões, San Bernardino ou San Ber e Areguá, cidades situadas às suas margens, recebem mais de 300 mil turistas, atraídos pelas praias, pelas belas paisagens das “cordilheiras” e pela extensa programação de shows e atividades culturais à beira-lago.
Fundada por famílias alemãs em 1881, a capital do verão paraguaio, fora da temporada, é uma cidade tranquila, com pouco mais de 10 mil habitantes.
Hoje tem um simpático centro, bons restaurantes, hotéis. Seu nome original era Nueva Bavária, sendo rebatizada em homenagem ao presidente da época, General Bernardino Caballero.
Ypacaraí
Fundada em 1887, Ypacaraí herdou o nome do lago que molda sua paisagem. Sem o glamour de San Bernardino ou as construções históricas de Areguá, a cidade abriga o tradicional Festival Folclórico do Lago Ypacaraí, celebrado todos os anos, no mês de setembro.
Lago Ypacaraí
O Lago Ypacaraí é um dos dois maiores lagos do país, ao redor do lago se formou um famoso balneário chamado San Bernardino.
O mítico “Lago Azul” já não é mais o mesmo. Contaminado por algas e cada vez mais verde, o Lago Ypacaraí, destino mais procurado pelos turistas do Paraguai, sofre um lento processo de asfixia, agravado pelo aumento da população na bacia dos rios que o alimentam.
Na língua guaraní, idioma oficial do Paraguai e falado por aproximadamente 85% dos habitantes, Ypacaraí quer dizer “Lago do Senhor”, e o local têm servido de ponto de encontro dos paraguaios para superar o caloroso verão.
No Lago Ypacaraí são praticados esportes aquáticos.Existe uma variedade imensa de bares e locais de entretenimento, é possível hospedar-se em hotéis, pousadas ou spas, a estrutura da cidade é bastante completa embora seja uma cidade pequena.
Tradicional recanto da burguesia paraguaia, a figura do lago está presente nas mais diversas manifestações culturais, como na literatura e na música, onde a canção “Recuerdos de Ypacaraí”, interpretada no Brasil por Caetano Veloso, é um dos símbolos do país As temperaturas ficam em torno de 25 a 42 graus durante o verão, já no inverno pode chegar a 0º C.
Areguá
Localizado a 30 km de distância do aeroporto de Assunção, à direita no Lago Ypacarai, é a capital do morango, onde você encontra os melhores artesanatos de cerâmica na região, doces típicos e construções históricas.
Itauguá
A cidade do ñandutí, para quem não conhece é uma espécie de crochê bem sofisticado confeccionado à mão, um dos tecidos que mais identifica o Paraguai.
Fazer parte do tour pelo Circuito de Oro foi muito agradável. Claro que não é algo imperdível, mas valeu a pena, pois foi uma outra maneira de olhar o Paraguai com outros olhos.
E no Aeroporto um senhorzinho chamou a atenção dos passageiros tocando arpa…
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