A belíssima Sevilha é uma cidade apaixonante, que deu novos mundos ao mundo e, podemos dizer que ela é a capital não oficial daquela Espanha que você tem na cabeça. A Espanha do flamenco, das touradas, das tapas...
Vistá-la significa descobrir um legado arquitetônico e histórico muito rico, marcado pelas culturas cristã, árabe e cigana. Fortemente influenciado pela arte muçulmana, presente na arquitetura das casas, dos pátios e dos edifícios públicos. Por onde quer que a gente passe, dá para ver traços que contam um pouquinho da história e das diferentes culturas que já viveram no local. Dali também saíram grande parte dos maiores navegadores espanhóis como, Cristóvão Colombo ou Fernão Magalhães e outros portugueses ao serviço dos reis de Espanha, para descobrir o Novo Mundo. O legado histórico destes navegadores ainda se respira na cidade, nomeadamente na Catedral e áreas circundantes, onde há vários lugares para conhecer.
Durante essa viagem, por mais popular que a cidade seja, notei que o que realmente a torna tão encantadora, além dos monumentos magníficos ou dos seus pontos turísticos tão recomendados é que, Sevilha tem muito mais para oferecer do que se pode programar em um roteiro de viagem.
Ela tem um sol onipresente, uma atmosfera jovial, a gastronomia andaluza. A cidade tem um ritmo peculiar, um clima diferente, um jeito que é só dela. Atributos que a fazem desta bela cidade andaluza, uma das cidades mais vibrantes da Espanha.
Mas, para conhecê-la de verdade é preciso viver a cultura que existe nas ruas, conhecer e reconhecer a alegria dos seus moradores, participar das noites animadas pelos bares da cidade e, principalmente, mergulhar nesta cultura espanhola, nas saídas para tapear bem com boas tapas, embeber o espírito espanhol bebendo sangria... também descobrir, ou ainda melhor, ver ou quem sabe até dançar...a maior expressão artística espanhola: o Flamenco, um estilo de dança e música que remonta às culturas cigana e mourisca com influência árabe e judaica, nascido nas ruas estreitas do tradicional bairro de Triana.
Ela emana todo o seu charme e não há visitante que não sucumba ao seu jogo sedutor. Some-lhe bairros encantadores, espaços culturais cativantes e verdejantes parques e jardins… é impossível aborrecer-se em Sevilha, por isso ela foi como abrir uma das melhores caixas de surpresas da Espanha.
Quantos dias ficar em Sevilha?
Muitas atrações estão próximas umas das outras, o que vai facilitar a vida de quem estiver viajando com pouco tempo, mas por tudo que, vimos acima você pode achar que não vai precisar de muito tempo, mas vai requerer muita sensibilidade do turista. Elaborar o seu roteiro é fundamental para conseguir captar estas particularidades de Sevilha.
Sevilha em 1 ou 2 noites é muito pouco. Você precisa de 2 dias para visitar o básico. A viagem vai ficar corrida e você vai ter que escolher lugares para deixar de visitar – e há muitas atrações em Sevilha que valem a visita.
Acredito que 4 noites seriam o ideal para conseguir fazer tudo com calma e curtir a cidade no seu próprio ritmo, pois com certeza sei que vais querer voltar.
A partir de 5 dias, pode curtir a vida cotidiana da cidade e/ou fazer bate-voltas. A capital da Andaluzia reúne diversas atrações legais, que podem inclusive ser combinadas com uma visita a Córdoba e Granada. Você aproveita o dia do deslocamento para fazer um pit-stop em Córdoba, visita a Mesquita, e chega a Sevilha no início da noite.
Embora reconheça que essa é uma decisão muito singular, vai por mim: reserve de 3 a 4 noites na cidade. Não menos do que isso.
A capital da Andaluzia atrai visitantes todo o ano exatamente por ter um clima invejável e muitas horas de sol, por isso o ano todo é a melhor época para visitar Sevilha, mas... ao contrário de muitas cidades europeias, a primeira dica pra quem vai a Sevilha é: evite ir no verão!!
Verão (junho a agosto): Você pode amar Sevilha por vários motivos e se tem uma coisa que não vai esquecer é o calor no verão. Tem um sol para cada turista É muito tenso visitar nesta época do ano, apesar de ser neste período que, a cidade atrai mais multidões. Realmente os verões podem ser escaldantes e podemos garantir que não vai usufruir da sua visita com prazer, a ponto de no meio da tarde querer voltar para o hotel, porque é impossível andar sem derreter. A temperatura fica em torno de 34 a 40 graus e a sensação térmica passa de 50 graus à sombra! Não tem brisa e a maioria dos lugares não tem sombra.
Primavera (março a maio): Sevilha fica mais quente que as outras cidades mais visitadas da Europa. O tempo é bom para passear e mais firme. As árvores já vão estar verdinhas e as flores já estão esbanjando cor, um show para quem visita o parque e os jardins do Real Alcázar.
Outono (setembro a novembro): é parecido com a primavera, mas não se engane, ainda pode ser quente e com mais possibilidade de chuva. A temperatura fica entre 18 a 24 graus. As cores nos parques mudam um pouco, podem não ficar tão verdes mais. Dá para usar calça, camiseta e uma jaquetinha e não passa frio, mesmo à noite. Portanto, planeie visitar Sevilha na primavera ou outono, os dias ainda são longos e as temperaturas bem mais convidativas.
Inverno (dezembro a fevereiro): Além das duas estações acima que são ótimas para sua visita, Sevilha pode ser uma das melhores cidades europeias para ir durante o inverno, pois não faz tanto frio, qualquer nórdico anda de T-shirt em Sevilha, já que a temperatura mínima fica em torno de 10 graus e máxima em janeiro rondam os 16ºC o que não inviabiliza os passeios, mas pode chover muito! E nessa época alguns estabelecimentos fecham mais cedo.
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Como chegar a Sevilha?
As formas mais comuns de chegar a Sevilha são o trem e o carro. A maior parte dos turistas internacionais chega até outras grandes cidades espanholas como Madrid ou Barcelona e vão até Sevilha de carro ou de trem.
Trem
Sevilha conta com uma excelente comunicação de trem com grande parte das principais cidades da Espanha. Utilizando os trens de alta velocidade (AVE), você pode chegar, saindo de Madrid, em duas horas e meia, saindo de Córdoba em quarenta minutos, ou de Valência em quatro horas.
Você pode consultar os preços e horários e reservar através da página da Renfe no seguinte link: Renfe
Como sair da estação de trem de Sevilha
Sevilla Santa Justa é a principal estação ferroviária de Sevilha e está bastante perto do casco antiguo ou o centro histórico da cidade. O ponto de táxi e de ônibus oficiais ficam bem em frente à estação. Trace o seu itinerário no Google Maps ou no Moovit para ver qual linha deixa mais perto do seu hotel.
É bom saber que nem ônibus e nem táxis passam pelas ruas mais estreitas do centro histórico. Se você for se hospedar no bairro de Santa Cruz, é provável que tenha que andar um pedacinho a pé até a porta da pousada.
Avião
Aeroporto de Sevilha
O Aeroporto de Sevilha (SVQ), mais popularmente conhecido como Aeroporto de San Pablo, se encontra localizado a 10 quilômetros a noroeste da cidade. Trata-se de um aeroporto pequeno com um desenho baseado na cultura andaluza.
A maior parte do tráfego do Aeroporto de Sevilha é de procedência nacional apesar de, nos últimos anos, se ter incrementado notavelmente o nível de tráfego aéreo europeu e internacional.
Como chegar do aeroporto até Sevilha
Existem diferentes formas de ir desde o aeroporto até ao centro da cidade. Em seguida, indicamos as opções mais comuns:
Serviço de transfers
A opção mais simples para ir do aeroporto de Sevilha até ao hotel sem preocupações é reservar um transfer. Deste modo, o condutor estará esperando você com um cartaz com o seu nome quando o voo aterrissar.
Ônibus
A linha de ônibus EA (Especial Aeropuerto) realiza o trajeto entre o aeroporto e o centro da cidade. Os ônibus têm saída cada 30 minutos entre as 5:20 e a 1:15 em direção Sevilha e entre as 4:30 e as 00:30 com o aeroporto como destino. É um ônibus confortável e preparado para transportar malas. O trajeto tem uns 35 minutos de duração e os bilhetes podem ser comprados diretamente no ônibus.
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| Crédito da Foto: Ricardo Freire |
Táxi
O serviço de táxis saindo do aeroporto até ao centro contam com uma tarifa única (varia em função do dia e do horário). Os táxis de Sevilha são brancos, contam com um cartaz distintivo na parte superior do veículo e têm o número de licença nas portas laterais.
À semelhança do que acontece em outras cidades, você pode pegar um táxi em qualquer uma das paradas ou pará-lo enquanto se encontra em circulação.
Ônibus
O ônibus costuma ser a opção mais econômica, mas dependendo da cidade da qual sair, o trajeto pode chegar a ser longo e incômodo, pelo que, geralmente, não é a opção mais recomendável.
Como sair da rodoviária de Sevilha
Terminal da Plaza de Armas
Existem dois terminais de ônibus no centro de Sevilha: o da Plaza de Armas e o do Prado de San Sebastián. Quando comprar a sua passagem, fique de olho no que diz a passagem, para saber de qual terminal o ônibus parte ou chega. As linhas de Granada e do Algarve costumam chegar e sair da Plaza de Armas. A linha de Ronda opera no Prado de San Sebastián.
Trace o seu itinerário no Google Maps ou no Moovit – lembre-se que, ao se hospedar no bairro de Santa Cruz, no centro histórico, você vai precisar fazer a parte final do percurso a pé.
Carro
Sevilha está localizada a 530 quilômetros ao sul de Madrid. Indo de carro, a viagem da capital até a cidade andaluza é de, aproximadamente, 5 horas, mas como acontece na maioria das cidades europeias de grande ou médio porte, um carro em Sevilha é um estorvo.
O mais recomendável é chegar a Sevilha por qualquer outro meio (de Lisboa ou de Barcelona, venha de avião; de Madri, de trem; do Algarve, de ônibus). Depois, se você for seguir viagem pela Andaluzia, aí vale a pena alugar um carro – mas só ao sair da cidade.
Caso você chegue a Sevilha de carro, a dica é deixar numa garagem fora do centro histórico e ir para o seu hotel de táxi. Só pegue o carro de volta na hora de seguir viagem: Planeje o seu trajeto no Google
Como se deslocar em Sevilha
Tranvía
Ficando num hotel bem localizado no casco antiguo, você vai poder chegar a pé em todas as atrações principais da cidade. O centro histórico é plano, em sua maior extensão, e as distâncias entre os monumentos são curtas. Se quiser cortar caminho, use táxi, ônibus ou tranvía (VLT de Sevilha). Sevilha tem metrô, mas passa por fora do centro histórico.
Ônibus Turístico de Sevilha
Também pode ser uma boa maneira de conhecer seus principais monumentos de forma confortável e simples. O seu teto aberto lhe permitirá desfrutar de vistas panorâmicas da cidade: Ônibus turístico de Sevilha
Onde Dormir e Sevilha?
Em Sevilha há várias opções legais e ela conta com uma extensa oferta de hospedagens, onde você poderá encontrar hotéis para todos os gostos e bolsos.
Hotéis em Sevilha- Se você faz uma boa procura e reserva com antecedência suficiente, poderá encontrar facilmente quartos duplos em hotéis.
Apartamentos em Sevilha- Os apartamentos de férias são uma opção cada vez mais procurada e uma excelente alternativa aos hotéis, especialmente para viagens longas ou viagens em grupo ou em família.
Hostels e albergues em Sevilha- Os hostels e albergues da cidade são uma boa opção para aqueles que viajam sozinhos ou em grupo.
Melhores zonas para se hospedar em Sevilha
Sevilha é uma cidade com um tamanho excelente para percorrê-la a pé, pelo que não importa se você se hospedar no centro histórico ou nos arredores, já que você poderá locomover-se facilmente pela cidade.
Dica: hospede-se no centro histórico – ou casco antiguo– no jargão local. Nele cabem os monumentos mais importantes de Sevilha, as principais ruas de comércio e os melhores hotéis.
O casco antiguo pode ser dividido em sub-bairros ou setores, como:
Santa Cruz- Se você não tem problemas de orçamento, a melhor zona para se hospedar em Sevilha é o Bairro de Santa Cruz. É a região na qual se encontram a maior parte das atrações turísticos da cidade, além de estar repleta de bares e restaurantes típicos. Fique aqui para se hospedar do ladinho do Alcázar e da Catedral de Sevilha. A antiga judería, ou bairro judeu, é a área mais bonita do centro histórico. Nesse bairro e nos arredores você vai encontrar ruas labirínticas, pracinhas pitorescas e animação noite e dia. E a boa notícia é que existem hotéis de todo preço.
Mas, ficar em Santa Cruz e no seu entorno só é contraindicado se você precisa chegar de táxi até a porta do seu hotel. É uma zona de ruas estreitas, quase sem circulação de automóveis. Você vai ter que rodar a pé com a mala por alguns metros. As vias têm calçamento de pedra.
El Arenal- O Arenal é outro bairro central que é a cara de Sevilha, com sua tradição taurina e seu histórico portuário. Se hospedar aqui é ser vizinho do rio Guadalquivir e ficar mais perto da noite em Triana.
Alameda de Hércules- Se você quiser economizar na hospedagem, você pode afastar-se um pouco do centro histórico. Ficar nas redondezas da Alameda de Hércules é estar mais distante do Alcázar e da Plaza de España: serão de 20 a 30 minutos a pé até os monumentos principais de Sevilha. Em compensação, há bons hotéis econômicos por aqui, e você estará bem no meio de uma das áreas mais bacanas para sair à noite na cidade.
Onde comer Sevilha?
O que comer: tapas ou refeições convencionais?
Comer em Sevilha não significa necessariamente pedir entrada, prato principal e sobremesa (primer plato, segundo plato y postre). Mesmo em restaurantes convencionais é possível compor uma refeição apenas com tapas, os petiscos que talvez sejam a melhor (e mais divertida) expressão da cozinha espanhola.
Muita gente também se dedica ao esporte de almoçar ou jantar aos pouquinhos, de bar em bar. Para isso foi cunhada a palavra ''tapeo' -- e as expressões 'ir de tapas' ou 'salir de tapas'.
Curiosidade: Como surgiram as Tapas?Há muitas versões para o surgimento das tapas– isso mesmo, em espanhol, tapa é substantivo feminino. Então peça: ¡unas tapas, por favor¡ do contrario está arriscado levares uns tapas mesmo.
A mais crível, e que situa o nascimento do costume em Sevilha, aponta que muito antigamente os copos de bebida eram tapados com um pires para evitar que moscas caíssem na bebida. Faz sentido: tapa significa tampa. Com o tempo, os pires ganharam porções de azeitonas e outros petiscos. Nasciam as tapas para aperitivar.
As tapas evoluíram para uma especialidade culinária e um estilo de comer e beber. Ainda hoje, se você pedir apenas uma bebida, é provável que o bar sirva um amendoinzinho ou um chips de graça. Mas as tapas que você escolhe no balcão ou do menu e que são as que valem a pena, são cobradas. Quando servida em porção maior, para dividir, a tapa se torna uma ración.
Então, agora que você já sabe onde comer, onde dormir e como se locomover... Em poucas palavras posso dizer que: Sevilha é a Espanha solar, a terra do barbeiro Fígaro, do conquistador Don Juan, da cigana Carmen –a de Bizet. Ultimamente, Sevilha andou dando pinta até em Game of Thrones, no papel de Dorne. Mas, a Sevilha não ficção é igualmente fantástica.
Sevilha foi Hispalis para os romanos e Isbilya para os mouros. Seus ciganos, ou melhor, gitanos vieram da Índia, e também contribuíram para moldar a cultura andaluz. Durante as Grandes Navegações, seu porto fluvial foi um dos mais importantes do mundo, uma espécie de alfândega entre a Espanha e o Novo Mundo.
Na próxima postagem vou mostrar o que fazer em Sevilha e os locais mais interessantes para visitar, como: A soberba Plaza de España que é de visita obrigatória, e também a mais fotogênica pérola de Sevilha, coisa que o Parque de Maria Luisa tem inveja. O antigo bairro judeu de Santa Cruz é um labirinto sinuoso onde apetece perder-se por entre laranjeiras a decorar ruas. Nesta tranquila cidade velha tem a altiva Giralda, o minarete muçulmano transformado em torre sineira da catedral gótica onde está o túmulo de Cristovão Colombo. O belíssimo Alcázar sobrevive desde que os mouros Almóadas tiveram o controle na região. No El Arenal pode visitar El Greco e Velásquez no Museu de Belas Artes. Para bom flamenco o ano inteiro, perca-se no bairro de Triana. Tudo isso para que você explore ao máximo Sevilha, porque agora o conquistador é você!
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