Roadtrip Estrada Nacional 2 | Roteiro Portugal de Norte a Sul
Quem gosta de uma boa roadtrip tem mesmo de percorrer a mítica Estrada Nacional 2, a maior estrada nacional de Portugal. Esta é a Rota da Estrada Nacional 2 (EN2) que trilha Portugal de norte a sul, bem pelo meio do país. Ela conta com 739 km de extensão desde a cidade de Chaves, bem no norte de Portugal, onde formalmente é o Quilômetro Zero e termina em Faro, no
Algarve.
A Estrada Nacional 2 atravessa 11
distritos e 35 concelhos, mais de uma dezena de rios e quatro imponentes serras
que comprovam a enorme diversidade do interior de Portugal.
Por ser a terceira estrada nacional mais extensa do mundo, e por cruzar o país de uma ponta à outra, é usualmente comparada à norte-americana Route 66, que liga Chicago a Los Angeles (2900 km) e à Ruta 40 que atravessa a Argentina de norte a sul, desde a fronteira com a Bolívia até Ushuaia na ponta mais austral do continente americano (5200 km).
Por ser a terceira estrada nacional mais extensa do mundo, e por cruzar o país de uma ponta à outra, é usualmente comparada à norte-americana Route 66, que liga Chicago a Los Angeles (2900 km) e à Ruta 40 que atravessa a Argentina de norte a sul, desde a fronteira com a Bolívia até Ushuaia na ponta mais austral do continente americano (5200 km).
A Estrada Nacional 2 foi a materialização
de um dos sonhos de Salazar de criar uma estrada que ligasse Portugal de norte
ao sul pelo centro do país, tornando-se num dos projetos-bandeira do Estado
Novo.
Mas a EN2 não foi toda feita do zero pelo Estado Novo. Muitos dos segmentos do que é hoje a Estrada Nacional 2 já eram as principais vias romanas que atravessavam a Lusitânia de norte a sul. Vias essas que mais tarde foram melhoradas e se tornaram na Estrada Real que cruzava o interior de Portugal nos tempos da monarquia.
O que Salazar fez foi renomear várias estradas já existentes, asfaltar as estradas, caminhos de pedra, de terra batida, construir pontes e ligações entre os diferentes trechos. Uma obra fantástica que levou em 1945 nascesse a mítica Estrada Nacional 2, a estrada rainha de Portugal.
Mas a EN2 não foi toda feita do zero pelo Estado Novo. Muitos dos segmentos do que é hoje a Estrada Nacional 2 já eram as principais vias romanas que atravessavam a Lusitânia de norte a sul. Vias essas que mais tarde foram melhoradas e se tornaram na Estrada Real que cruzava o interior de Portugal nos tempos da monarquia.
O que Salazar fez foi renomear várias estradas já existentes, asfaltar as estradas, caminhos de pedra, de terra batida, construir pontes e ligações entre os diferentes trechos. Uma obra fantástica que levou em 1945 nascesse a mítica Estrada Nacional 2, a estrada rainha de Portugal.
Perante os seus olhos irão desfilar algumas das paisagens mais arrebatadoras de Portugal.Você vai adorar as mudanças na paisagem da EN2 ao longo do território português: passando pelos indescritíveis socalcos do douro vinhateiro e as ondulantes montanhas do norte transmontano, as aldeias de xisto ao centro, as retas e as apaixonantes montados e planícies do Alentejo, e depois as idílicas praias da costa algarvia. Mas um roteiro pela Estrada Nacional 2 é muito mais do que uma viagem composta por belas paisagens panorâmicas. É igualmente uma viagem pelo imenso patrimônio histórico de Portugal, pelas suas seculares tradições, pela sua riquíssima e deliciosa gastronomia.
Quando
ir
Claro que é possível percorrer a EN2 durante todo o ano, mas as melhores estações são a primavera e o outono. Os dias são relativamente compridos, o clima é ameno e atravessar Portugal de norte a sul com o colorido primaveril e outonal como pano de fundo é simplesmente delicioso. Um Alentejo diferente, verde e florido, e estará um tempo mais ameno para efetuar caminhadas e andar a conhecer cada sede de município.
O inverno é claramente a pior estação. Os dias são curtos e o clima está longe de ser muito convidativo, sobretudo nas seções acima do Rio Tejo. Desnecessário dizer que frio e chuva e, por vezes até a neve, tornam as estradas nacionais mais perigosas. Se só tiver possibilidade de ir no inverno, não facilite com a segurança.
Se optar por ir no verão, terá de lidar com os usualmente tórridos verões do interior de Portugal. Pelo lado positivo, terá dias super longos e poderá desfrutar de algumas das praias fluviais mais bonitas de Portugal, que por si só mais do que justifica a viagem.
Claro que é possível percorrer a EN2 durante todo o ano, mas as melhores estações são a primavera e o outono. Os dias são relativamente compridos, o clima é ameno e atravessar Portugal de norte a sul com o colorido primaveril e outonal como pano de fundo é simplesmente delicioso. Um Alentejo
O inverno é claramente a pior estação. Os dias são curtos e o clima está longe de ser muito convidativo, sobretudo nas seções acima do Rio Tejo. Desnecessário dizer que frio e chuva e, por vezes até a neve, tornam as estradas nacionais mais perigosas. Se só tiver possibilidade de ir no inverno, não facilite com a segurança.
Se optar por ir no verão, terá de lidar com os usualmente tórridos verões do interior de Portugal. Pelo lado positivo, terá dias super longos e poderá desfrutar de algumas das praias fluviais mais bonitas de Portugal, que por si só mais do que justifica a viagem.
Como
ir
Há quem adore percorrê-la de moto, há quem prefira a bicicleta ou autocaravana, e há até mesmo quem opte por fazê-la a pé. Nós fizemos de carro alugado e quando fizemos a estrada, passamos por todo o tipo de viajantes, portanto é um percurso que se adapta à forma como gosta de viajar.
Há quem adore percorrê-la de moto, há quem prefira a bicicleta ou autocaravana, e há até mesmo quem opte por fazê-la a pé. Nós fizemos de carro alugado e quando fizemos a estrada, passamos por todo o tipo de viajantes, portanto é um percurso que se adapta à forma como gosta de viajar.
Independentemente do meio de transporte escolhido uma coisa é certa: percorrer a Estrada Nacional 2 é uma experiência
sensorial extraordinária, capaz de criar doces memórias que tempo algum ousa
apagar.
Quantos dias
Esta é a pergunta que não quer calar! Os 739 km podem ser facilmente percorridos em um dia, mas, este não é o objetivo desta roadtrip, certo? Então, a resposta melhor que podemos lhe dar é a seguinte: Há quem demore 4 ou 5 dias. Se só tiver mesmo os 4 dias, é virtualmente impossível visitar a maioria das terras por onde passa a Estrada Nacional 2. Dá sempre para parar nos pontos mais emblemáticos e ninguém lhe tira o maravilhoso desfile das paisagens ao longo do percurso e será desnecessário dizer que convém madrugar para espremer o dia ao máximo.
Esta é a pergunta que não quer calar! Os 739 km podem ser facilmente percorridos em um dia, mas, este não é o objetivo desta roadtrip, certo? Então, a resposta melhor que podemos lhe dar é a seguinte: Há quem demore 4 ou 5 dias. Se só tiver mesmo os 4 dias, é virtualmente impossível visitar a maioria das terras por onde passa a Estrada Nacional 2. Dá sempre para parar nos pontos mais emblemáticos e ninguém lhe tira o maravilhoso desfile das paisagens ao longo do percurso e será desnecessário dizer que convém madrugar para espremer o dia ao máximo.
Caso tenha mais um par de dias, ou seja, cerca de uma semana de férias para poder percorrer Portugal de norte a sul, ainda melhor! Já consegue ter uma
experiência mais completa e relaxante, pois não só lhe permite
conhecer relativamente bem a maioria dos locais de interesse por onde passa a
EN2, como ainda possibilita fazer vários desdobramentos que o vão levar a
locais verdadeiramente mágicos de Portugal.
Há quem demore um par de semanas e há até mesmo, quem por lá ande um mês ou mais. O que recomendo é que não queira fazer tudo, e ir a todo o lado, a não ser que tenha de 3 semanas a 1 mês de viagem pela frente.
Se como a maioria das pessoas tiver apenas 1 ou 2 semanas, terá de ser seletivo, que sinceramente é o tempo ideal para desfrutar ao máximo do roteiro da EN2.
Se como a maioria das pessoas tiver apenas 1 ou 2 semanas, terá de ser seletivo, que sinceramente é o tempo ideal para desfrutar ao máximo do roteiro da EN2.
É nisso que quero
ajudar na preparação da sua roadtrip épica pela EN2: escolher as melhores e obrigatórias paragens, através do meu próprio
guia e roteiro, que consideramos perfeito para quem quer fazê-la por completo sem nada a perder, pois a EN2 não atravessa a sede de município de todos os concelhos, e por
vezes nem tem muitos pontos turísticos nesses municípios para visitar junto a
ela. Alguns dos concelhos do roteiro em
que passamos não paramos, porque os principais destaques ainda ficavam a quase
20 km de distância.
Passaporte da Estrada Nacional 2
Existe um passaporte emitido pela Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional
2. Cada passaporte custa 1€ e se você é assim como eu, vai querer o passaporte oficial
da EN2 em formato papel. O passaporte é muito simples, na página inicial você pode colocar o nome, endereço e email. Depois uma página para cada um dos 35 municípios por onde passa a EN2, você vai colecionando os carimbos que comprovam a sua passagem por eles. Além de conter pequeno mapa, tem informação das cidades, vilas, linhas de trem, rios e serras por onde vais
passar, e sobre os locais que carimbam ao longo da estrada.
Usualmente pode carimbar nos postos de turismo e nos principais monumentos. Algo que aprendemos ao longo da viagem é que, um lugar que sempre carimba o passaporte da EN2 são os bombeiros voluntários, mas descobrimos que há muito mais locais a carimbar do que aqueles que encontramos no passaporte. Vimos o símbolo da EN2 em alguns cafés e outros lugares onde passamos. A maioria sabe e conhece o passaporte, pois a rota da EN2 é importante para o turismo nestes concelhos.
Dica: Estará mais limitado se quiser os carimbos oficiais. Todos os municípios têm, mas o carimbo é na maioria das vezes, não oficial. Convém questionar qual é o carimbo que vão usar, se isso for importante para você. Há ainda lugares que não
colocam carimbo, mas sim adesivo.
App da EN2 no celular
Na realidade é um passaporte digital: em vez de recolher carimbos, recolhe marcações na aplicação, lendo os códigos QR ao longo do percurso. Isto vai poupar-lhe muito tempo, pois não precisa de andar à procura de lugar para carimbar ao longo da EN2, caso os mais comuns estejam fechados.
A desvantagem é que pode tornar a experiência uma forma de menor contato com as povoações ao longo da EN2. O fato de ir com um passaporte em papel obriga-lhe a sair do teu casulo e a interagir: se for em um café, vai acabar por consumir algo, vão perguntar de onde é você, ficar um pouco, contar a sua história, quantos dias vais fazer, e por vezes até tirar fotografias com essas pessoas. Em São Brás do Alportel, por exemplo, onde fomos visitar e carimbar o passaporte tiravam uma fotografia com todos os viajantes que ali paravam para publicação na sua página do facebook.
É uma opção fazer das duas formas. Mas, por favor, aproveita os lugares, e não se prenda demasiado aos carimbos. Ficamos com alguns municípios da EN2 por carimbar, porque achamos que apesar de legal, não valia a pena o desvio ou o tempo perdido atrás deles.
Sinalização e Mapa Interativo da Rota da Estrada Nacional 2
A sinalização da EN2 está longe de ser a melhor. É certo que ao longo do percurso vai encontrar os emblemáticos marcos da estrada, mas existem seções em que a estrada nacional desaparece literalmente. Provavelmente o mais gritante é o trecho entre Santa Comba Dão e Penacova. Primeiro, a construção da Barragem da Aguieira levou uma parte da EN2 que tenha ficado submersa. Segundo, grande parte do antigo traçado da EN2 é hoje a IP3.
Outra seção que divide os fãs da EN2 é a que liga a Sertã a Abrantes. O que é hoje considerada a EN2, sendo inclusivamente a marcação oficial, é no fundo uma variante do traçado original. Se quiser percorrer uma estrada mais cênica e sinuosa, aposte no traçado original da EN2.
Posto isto, é normal que neste trecho perca momentaneamente a EN2 de vista. Mas não se preocupe que acaba sempre por dar com ela, mesmo que seja alguns quilômetros depois. E uns pequenos detours até acabam por dar mais colorido à sua roadtrip pela EN2.
A sinalização da EN2 está longe de ser a melhor. É certo que ao longo do percurso vai encontrar os emblemáticos marcos da estrada, mas existem seções em que a estrada nacional desaparece literalmente. Provavelmente o mais gritante é o trecho entre Santa Comba Dão e Penacova. Primeiro, a construção da Barragem da Aguieira levou uma parte da EN2 que tenha ficado submersa. Segundo, grande parte do antigo traçado da EN2 é hoje a IP3.
Outra seção que divide os fãs da EN2 é a que liga a Sertã a Abrantes. O que é hoje considerada a EN2, sendo inclusivamente a marcação oficial, é no fundo uma variante do traçado original. Se quiser percorrer uma estrada mais cênica e sinuosa, aposte no traçado original da EN2.
Posto isto, é normal que neste trecho perca momentaneamente a EN2 de vista. Mas não se preocupe que acaba sempre por dar com ela, mesmo que seja alguns quilômetros depois. E uns pequenos detours até acabam por dar mais colorido à sua roadtrip pela EN2.
Gastronomia
Bucho Recheado - Taberna do Ferrador - Pedrógão Grande |
Até ao Douro terá a cozinha
transmontana com a tradicional feijoada, o cabrito ou o bacalhau. Não
deixe de provar o Pastel de Chaves e as Cristas de Galo de Vila Real,
principalmente a segunda que é uma das 7 Maravilhas da doçaria portuguesa.
Tudo acompanhado por um bom vinho do Porto.
No centro destaco a Chanfana, o
Bucho e o Maranho, acompanhados por bons vinhos do Dão.
No Alentejo tem a fabulosa açorda,
os produtos da caça como é o caso do porco preto, o Gaspacho ou o Ensopado
de Borrego. Não deixe de provar as fabulosas migas e de acompanhar as
tuas refeições com bons vinhos alentejanos.
No Algarve vem o marisco da nossa
costa, e bom peixe no geral. Em Faro não deixe de provar a famosa Cataplana.
O que indiquei em cima não passam de exemplos, só para ter uma noção de que tem mesmo muitas opções de escolha ao longo deste roteiro pela EN2. E no que diz respeito a bons restaurantes para comer ao longo do percurso, deixo-lhe todas as dicas quando falar de cada um dos municípios. Existem inúmeras possibilidades de alojamento ao longo do percurso da EN2. Vou dando algumas sugestões que julgo serem boas opções para dormidas durante o seu roteiro.😉 São, também, apenas sugestões!
O que indiquei em cima não passam de exemplos, só para ter uma noção de que tem mesmo muitas opções de escolha ao longo deste roteiro pela EN2. E no que diz respeito a bons restaurantes para comer ao longo do percurso, deixo-lhe todas as dicas quando falar de cada um dos municípios. Existem inúmeras possibilidades de alojamento ao longo do percurso da EN2. Vou dando algumas sugestões que julgo serem boas opções para dormidas durante o seu roteiro.😉 São, também, apenas sugestões!
O quê visitar?
Resumidamente, agora vou falar um pouco sobre os locais de nossa passagem pela rota da EN2, e o que pode visitar neste roteiro. Falo dos 35 municípios, menciono diversas serras, rios, albufeiras e barragens, aldeias históricas e de xisto, trilhas, etc. No fim, apresento três roteiros: de 15 dias (que foi o que fizemos; 7 e 5 dias para quem tem menos tempo.
Dos 35 municípios, apenas 11 são cidades. Vamos começar por Chaves, que é o ponto de partida da EN2, e seguir sempre em direção a sul até chegar em Faro. Ao longo do texto vou indicando e deixando em negrito todos os principais pontos turísticos que julgo que não pode perder.
Alguns municípios não visitamos nem incluímos no roteiro, porque têm o seu centro afastado da estrada propriamente dita, como: São Pedro do Sul; Mortágua; Avis; Coruche; Alcácer do Sal.
Resumidamente, agora vou falar um pouco sobre os locais de nossa passagem pela rota da EN2, e o que pode visitar neste roteiro. Falo dos 35 municípios, menciono diversas serras, rios, albufeiras e barragens, aldeias históricas e de xisto, trilhas, etc. No fim, apresento três roteiros: de 15 dias (que foi o que fizemos; 7 e 5 dias para quem tem menos tempo.
Dos 35 municípios, apenas 11 são cidades. Vamos começar por Chaves, que é o ponto de partida da EN2, e seguir sempre em direção a sul até chegar em Faro. Ao longo do texto vou indicando e deixando em negrito todos os principais pontos turísticos que julgo que não pode perder.
Alguns municípios não visitamos nem incluímos no roteiro, porque têm o seu centro afastado da estrada propriamente dita, como: São Pedro do Sul; Mortágua; Avis; Coruche; Alcácer do Sal.
Como dissemos acima, tem muita coisa para ver na EN2, a estrada é enorme, tivemos de ser seletivo, como por
exemplo, a Serra da Lousã ficou de fora, pois creio que deve ser feita num roteiro à parte, porque realmente a considero um lugar
especial e outros como Alcácer do Sal que havíamos visitado um ano antes, que consideramos fora de rota e, várias outras cidades do Alentejo que também já havíamos visitado, mas achamos que a rota não ficaria completa, se não visitássemos de novo.
Mapa com locais
a visitar
Chaves
O km zero da Estrada Nacional 2 fica em Chaves, e claro, a cidade tinha de fazer jus ao título de cidade onde começa a mítica estrada, apelidam-na de “a cidade mais linda de Portugal”. Há mais de dois mil anos, as suas águas termais com poderes curativos atraíram os romanos e o imperador Flávio Vespusiano decidiu fundar Chaves ou Aquae Flaviae como era conhecida por eles. Por isso, quem é de Chaves chama-se flaviense, e com orgulho.
O km zero da Estrada Nacional 2 fica em Chaves, e claro, a cidade tinha de fazer jus ao título de cidade onde começa a mítica estrada, apelidam-na de “a cidade mais linda de Portugal”. Há mais de dois mil anos, as suas águas termais com poderes curativos atraíram os romanos e o imperador Flávio Vespusiano decidiu fundar Chaves ou Aquae Flaviae como era conhecida por eles. Por isso, quem é de Chaves chama-se flaviense, e com orgulho.
Esta pérola de Trás-os-Montes, bem lá no norte de Portugal, a escassos quilômetros da Espanha, num vale fértil e gracioso em redor do Rio Tâmega, a antiga cidade de Chaves, ainda preserva muito do seu passado, uma prova disso é a Ponte Romana de Trajano e as Termas Romanas Aquae Flaviae são também das principais atrações.
A cidade foi ocupada pelos mouros até que foi conquistada pelo reino de Leão. Mais tarde passou a ser posse de Portugal, e o Castelo de Chaves foi mandado reconstruir por D. Afonso III ou D. Dinis. A Torre de Menagem data dessa época e tem 28 metros de altura. A cidade foi um dos palcos da guerra da independência, tendo sido cercada durante meses. Dessa época, o centro da cidade, com os monumentos e pontos principais,
seria junto ao lugar onde se encontra hoje a Igreja Matriz de Santa Maria
Maior, a Praça de Camões, a Igreja da Misericórdia, e claro,
a Rua Direita, onde foram encontrados diversos vestígios de um
acampamento romano.
Um dos rios inseridos na rota da EN2 é o Rio Tâmega. Esse rio passa por Chaves, na zona ribeirinha, não deixe de o atravessar pedra por pedra pelo Caminho Fluvial.
Um dos rios inseridos na rota da EN2 é o Rio Tâmega. Esse rio passa por Chaves, na zona ribeirinha, não deixe de o atravessar pedra por pedra pelo Caminho Fluvial.
Não pode deixar de visitar além dos
locais indicados acima, o Forte de São Francisco, transformado em hotel e os museus da cidade, não sem antes provar os pastéis de chaves. Há quem diga que os melhores são da Pastelaria Maria. Agora para provar as demais iguarias flavenses como: o folar de carne, o presunto, as alheiras, a feijoada, recomendo comer nos restaurantes: Pensão
Flávia, Restaurante Carvalho, Taberna Benito.
Nos arredores, visitar Vidago, aquela que foi
a estância termal mais importante do país. Destaque para o Palácio de Vidago, que é hotel, e para o Santuário do Alto
do Côto.
As águas termais impulsionaram a qualidade do alojamento em Chaves, e um dos melhores está no Forte de São Francisco Hotel Chaves. O novo conceito Ibis Styles com terraço, vista para cidade e pequeno-almoço opcional. O Hotel Petrus tem instalações mais antigas, mas ainda com algum conforto e preços razoáveis, assim como o Hotel Termas. Para um tratamento especial de luxo, não tem igual ao Vidago Palace.
As águas termais impulsionaram a qualidade do alojamento em Chaves, e um dos melhores está no Forte de São Francisco Hotel Chaves. O novo conceito Ibis Styles com terraço, vista para cidade e pequeno-almoço opcional. O Hotel Petrus tem instalações mais antigas, mas ainda com algum conforto e preços razoáveis, assim como o Hotel Termas. Para um tratamento especial de luxo, não tem igual ao Vidago Palace.
Vila Pouca de Aguiar
Apresenta uma ocupação humana desde a época megalítica, muito antes da ocupação romana nos finais do século III a.C., testemunhada por várias antas, mamoas, sepulturas e o espólio arqueológico encontrado em vários locais, principalmente na Serra do Alvão. A região foi sucessivamente ocupada por suevos, visigodos e muçulmanos. O primeiro foral à Terra de Aguiar de Pena foi atribuído pelo Rei D. Sancho I em 1206, em meados do século XIX, as reformas administrativas definiram os limites atuais do município.
Apresenta uma ocupação humana desde a época megalítica, muito antes da ocupação romana nos finais do século III a.C., testemunhada por várias antas, mamoas, sepulturas e o espólio arqueológico encontrado em vários locais, principalmente na Serra do Alvão. A região foi sucessivamente ocupada por suevos, visigodos e muçulmanos. O primeiro foral à Terra de Aguiar de Pena foi atribuído pelo Rei D. Sancho I em 1206, em meados do século XIX, as reformas administrativas definiram os limites atuais do município.
Vila Pouca de Aguiar é uma terra que tem três tesouros geológicos,
saídos do Vale de Aguiar: o ouro e a água mineral e o granito, que é a maior força de economia. Vila Pouca de Aguiar é conhecida como
Capital do Granito, por isso, vemos em sua praça principal e arredores, curiosas esculturas em granito, chamadas de Casulos Embrionários.
Em Vila Pouca de Aguiar recomendo caminhar pelas ruas do pequeno centro, onde podemos ver o Paços do Concelho, Câmara Municipal de Vila Pouca de
Aguiar, Museu Municipal Padre José Rafael Rodrigues e claramente o bonito Parque de Pedras Salgadas, com cerca de 20 hectares, cuja origem remonta ao séc. XIX. Entre os locais mais emblemáticos do parque destacamos o Balneário Termal, o antigo Casino, a icônica Fonte de Pedras Salgadas (hora de provar a famosa água). Se vir que tem tempo, parta à descoberta das outras fontes do parque, como sejam as fontes de D. Fernando, D. Maria Pia, Preciosa, Penedo e Grande Alcalina.
Se quiser ver restos de ocupação romana vá até a Cidadela, uma pequena aldeia situada no caminho destes entre Chaves e Lamego, que tem vestígios romanos. A porta é uma das entradas para a cidadela que sobreviveu aos tempos. A ponte e o poço romanos estão situados perto desta entrada, e supostamente estariam na parte exterior da cidadela.
Os Restaurante Costa do Sol, Casa de Chá e Refúgio, sendo estes últimos em Pedras Salgadas são boas pedidas se já estiver na hora do almoço. Mas, não recomendo dormir na cidade, mesmo porque de Chaves até Vila Pouca de Aguiar são apenas 35 km e ainda tem muito chão para este primeiro dia de viagem.
Vila Real
A 64 km de Vila Pouca de Aguiar, Vila Real é a capital de distrito. Diz-se que Vila Real é a princesa do Rio Corgo, um dos afluentes do Rio Douro, que tem como pano de fundo as imponentes Serras do Marão, Parque Natural da Serra do Alvão e da Falperra, com o fabuloso Trilho da Cascata das Fisgas do Ermelo. Não fizemos esta trilha durante o roteiro na EN2, pois necessita de um dia inteiro por lá.
A 64 km de Vila Pouca de Aguiar, Vila Real é a capital de distrito. Diz-se que Vila Real é a princesa do Rio Corgo, um dos afluentes do Rio Douro, que tem como pano de fundo as imponentes Serras do Marão, Parque Natural da Serra do Alvão e da Falperra, com o fabuloso Trilho da Cascata das Fisgas do Ermelo. Não fizemos esta trilha durante o roteiro na EN2, pois necessita de um dia inteiro por lá.
Vila Real é
particularmente rica em edifícios de grande interesse histórico e
arquitetônico, onde se podem destacar a Catedral Sé de Vila Real na avenida principal, a Igreja de São Pedro, a Capela Nova, a Casa de Diogo Cão, a Câmara
Municipal. Nas
ruas da sua zona histórica poderá ainda apreciar um conjunto de monumentos,
salientando-se as várias casas armoriadas, como a Casa de Carvalho Araújo e a Casa
dos Brocas. Obrigatório caminhar pelas ruas do Centro Histórico e ir até ao Miradouro da Vila Velha, parando opcionalmente nos Museu de Vila Real e Museu
de Arqueologia e Numismática.
A nível arqueológico, o
monumento mais importante é o Santuário
Rupestre de Panoias, herdado e reutilizado pelos romanos para venerar
Sérapis, deus da medicina.
Nas proximidades de Vila Real, é ainda obrigatório parar na Fundação
do Palácio de Mateus, que fica situado a cerca de 3 km de Vila Real.
O Palácio de Mateus é um solar construído no século XVIII, um dos mais belos representantes do período barroco em Portugal. A sua construção tem a assinatura de Nicolau Nasoni, conhecido pela construção da Torre dos Clérigos no Porto. O Palácio é constituído pela Casa principal, pelos jardins
O Palácio de Mateus é um solar construído no século XVIII, um dos mais belos representantes do período barroco em Portugal. A sua construção tem a assinatura de Nicolau Nasoni, conhecido pela construção da Torre dos Clérigos no Porto. O Palácio é constituído pela Casa principal, pelos jardins
bonitos, a Adega, famosa pelo vinho rosé e uma
Capela.
No interior da Casa podemos encontrar uma biblioteca, onde se destaca entre os inúmeros livros a célebre edição ilustrada dos Lusíadas de Luís de Camões, editada em 1816. Várias peças de mobiliário, tapetes, louças e vestes podem ser encontrados nas várias divisões.
No interior da Casa podemos encontrar uma biblioteca, onde se destaca entre os inúmeros livros a célebre edição ilustrada dos Lusíadas de Luís de Camões, editada em 1816. Várias peças de mobiliário, tapetes, louças e vestes podem ser encontrados nas várias divisões.
A gastronomia é um dos pontos fortes de Vila Real. Alguns dos pratos mais apreciados são as tripas-aos-molhos, a vitela assada com arroz de forno, o arroz de couve com moura e a famosa feijoada à transmontana. No campo da pastelaria, o destaque vai para os pastéis de toucinho ou "cristas de galo" e os conventuais pastéis de Santa Clara. Nascidos no Convento de Santa Clara de Vila Real, os doces conventuais saltaram os muros do convento nos finais do séc. XIX e entraram nas casas de algumas famílias Vilarealenses.
Os produtos típicos da região passam também pelo artesanato: o linho, a tamancaria, as miniaturas em madeira, a cestaria, a latoaria e os famosos barros pretos de Bisalhães, que poderá adquirir no Mercado Municipal.
Para comer sugerimos Casa de Pasto Chaxoila, que fica um pouco antes de chegar em Vila Real. Pelo avançar das horas tentamos almoçar lá, mas foi impossível, a casa estava completamente cheia. Então, recomendamos que façam reserva com certa antecedência.
A outra carta na manga era A Mesa Lá de Casa, que tem boas avaliações no Tripadvisor. A casa não decepcionou: Tartine de espargos verdes salteados em manteiga de amendoim e ovos escalfados estava deliciosa e a salada de presunto e melão com lascas de parmesão estava divina, nunca havia comido uma salada com um molho tão gostoso. Um dos segredos do chef é claro!
Para dormir em Vila Real, Casa Agrícola da Levada, fica a 2,2 km do centro, o Hotel Miracorgo com quatro estrelas, está localizado a 300 metros do centro histórico de Vila Real e dispõe de um restaurante panorâmico com vista do Rio Corgo. Douro Village Hostel localizado 250 metros do centro de Vila Real, disponibiliza um bar, um salão partilhado, um jardim e acesso Wi-Fi gratuito.
Santa Marta de Penaguião
Situada em pleno centro da região Duriense, escoltado pela Serra do Marão e fazendo fronteira com os concelhos de Vila Real, Amarante e Peso da Régua, por sobre o qual se avistam as águas do Douro, o concelho de Santa Marta de Penaguião (Km 81 EN2) conta com a quase totalidade da sua área integrada na Região Demarcada do Douro. Por isso, as paisagens do Alto Douro Vinhateiro
começam a tornar-se evidentes. Qualquer roteiro na EN2 vai dar inevitavelmente com elas.
Apesar de haver vários vestígios de ocupação humana desde os tempos primórdios, foi apenas no reinado de D. José I, a partir de 1756, com a criação da Região Demarcada do Douro, que o concelho sofreu um desenvolvimento marcante, com a chegada de gentes ricas e nobres. Desta época chegam-nos os solares e casa senhoriais espalhadas um pouco por toda a região.As Caves Santa Marta, ex-líbris da região são visita obrigatória, bem como o seu Museu, onde poderá degustar alguns dos premiados vinhos desta próspera empresa.
O Miradouro de St.ª Bárbara na Cumieira, localiza-se num dos pontos de maior altitude do concelho, a cerca de 470 m acima do nível do mar, com a cidade de Vila Real ao pé e com a Serra do Marão no horizonte, podemos apreciar as luxuriantes encostas do Corgo, do Alto Douro Vinhateiro, que a UNESCO, classificou como Patrimônio Mundial da Humanidade. Além deste tem o Miradouro São Pedro e o Miradouro do Fial em São João de Lobrigos. Apaixonei-me pelas paisagens junto à Cumeeira e todas até Peso da Régua.
De Santa Marta de Penaguião pelo centro não tem muito o quer ver, então, foram essas imagens que mais me ficaram na
memória, aquela imensidão de vinhas...
Peso da Régua
Peso da Régua é conhecida como a capital da região vinícola demarcada mais antiga do mundo, criada em 1756 pelo Marquês de Pombal. É nas encostas dos montes do deslumbrante vale do Alto Douro Vinhateiro que se produz o célebre Vinho do Porto, uma das maiores bandeiras de Portugal em todo o mundo.
Peso da Régua é conhecida como a capital da região vinícola demarcada mais antiga do mundo, criada em 1756 pelo Marquês de Pombal. É nas encostas dos montes do deslumbrante vale do Alto Douro Vinhateiro que se produz o célebre Vinho do Porto, uma das maiores bandeiras de Portugal em todo o mundo.
Nesta cidade do km 88 na EN2, você não pode deixar de visitar o Museu do Douro e de caminhar pela Ecopista Ribeirinha,
passando pelo Cais da Régua. Na cidade dou destaque às Ponte Velha e a Peadonal de Régua, e claro, ao Rio Douro, sobre as margens do qual se ergue ela. Nas proximidades tem um dos mais apreciados miradouros do rio Douro, o Miradouro de São Leonardo de Galafura, que vale pena o desvio no roteiro oficial na EN2. Outro miradouro que deve procurar é o Miradouro de Santo Antônio.
Para os prazeres de uma boa mesa acompanhada do excelente Vinho do Porto temos a Tasca da Quinta, Restaurante Tio Manel,Garrafeira Gato Preto e o Restaurante São Leonardo, que pode ser uma boa pedida se na hora do almoço estiver no alto do Miradouro de São Leonardo de Galafura.
Se tiver tempo, o Peso da Régua é uma boa pausa de 1 ou 2 dias ao longo deste roteiro na EN2, para isso temos como estadia o Six Senses Douro Valley, Casa do Salgueiral Douro ou o InDouro Hostel. Assim poderá fazer uma excursão visitando uma das muitas quintas de renome que disponibiliza tours às caves/adegas e provas de vinho. Já que, como sinônimo de Vinho do Porto, Peso da Régua é o destino perfeito para quem deseja aprender mais sobre a arte e engenho por trás da produção do afamado vinho.
Ou que tal ficar mais tempo e fazer um passeio de barco pelo rio, pois também é o lugar preferido de muitos visitantes para fazer o muito apreciado Cruzeiro no Douro. E na Estação Ferroviária pode em certas épocas do ano visitar os vinhedos através Comboio Histórico do Douro que liga a Peso da Régua ao Vale do Tua, passando por Pinhão. Este é um passeio que ainda não fiz, mas que quero muito fazer num futuro próximo.
Crédito da Foto: Wikipédia |
Dica: Junto de Peso da Régua,
a Estrada Nacional 2 cruza a Estrada Nacional 222, um excelente roteiro a fazer no Douro.
Lamego
Desde que aqui cheguei, sempre que escutava o nome desta cidade, muitas vezes prometi a mim mesma: “Um dia, vou visitar Lamego!” E não é que este dia chegou ao fazer a EN2 e só confirmou o que eu imaginava, a cidade é mesmo muito encantadora! Assim, Lamego se tornou uma das minhas cidades favoritas neste roteiro, por isso posteriormente, farei uma postagem completa para que não possa perder nada sobre ela e seus principais pontos turísticos.
O que salta à vista e merece uma visita mais cuidada é o fabuloso Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, no topo do Monte de Santo Estevão que me faz lembrar o Santuário do Bom Jesus de Braga.
Lamego fica no quilômetro 104 da EN2 que passa mesmo junto à base da escadaria do santuário e se tiver coragem e vontade, um passeio escada acima até o santuário é muito recomendado. Das duas uma, ou o faz a pé, ou faz de carro, não há elevador nem funicular. No entanto, a grande maioria dos visitantes de Lamego
são atraídos por ele e se limita apenas a visitá-lo. É verdade, Lamego tem grande peso no panorama religioso
nacional por ser uma das dioceses mais antigas do país. Lamego é a única diocese portuguesa que não é capital de distrito.
A Barragem do Rio Varosa, que passa por Lamego, nós não vimos, preferimos ir até a Eclusa da Barragem em Peso da Régua. E fique atento quando passar por Bigorne, também concelho de Lamego, pois ali fica o ponto mais alto desta roadtrip, a 987 metros.
Para comer em Lamego recomendo a Casa Filipe, onde comemos divinamente; ou para petiscar uma tábua de
degustação de Presunto de Lamego vá A
Presunteca de Lamego, acompanhado de um espumante. O
prestígio dos vinhos da região de Lamego remonta ao século XVI e foi
definitivamente consagrado com a produção dos espumantes Raposeira, onde você poderá adquirir indo até a Cave da Raposeira, uma empresa
fundada há mais de 120 anos. Mais caro, mas de grande qualidade é o Restaurante Douro Excellence.
Para dormir em Lamego: O Cantinho do Colégio, o Delfim Douro Hotel ou o Six Senses, para
carteiras bem mais recheadas.
Castro Daire
O concelho de Castro Daire localiza-se no km 136 na EN2, no distrito de Viseu, mais precisamente no limite da região Centro com a região Norte. Esta terra milenar é marcada sobretudo pelo bloco montanhoso da Serra de Montemuro, Gralheira e Caramulo, onde cresceram inúmeros povoados fortificados e pelo percurso do Paiva, um dos mais belos e selvagens rios de Portugal.
O concelho de Castro Daire localiza-se no km 136 na EN2, no distrito de Viseu, mais precisamente no limite da região Centro com a região Norte. Esta terra milenar é marcada sobretudo pelo bloco montanhoso da Serra de Montemuro, Gralheira e Caramulo, onde cresceram inúmeros povoados fortificados e pelo percurso do Paiva, um dos mais belos e selvagens rios de Portugal.
Além dos dotes naturais, Castro Daire tem um belíssimo Centro Histórico. Na parte mais antiga, sugere que o povoado ter-se-á desenvolvido sobre ruínas de um castro e, numa
zona mais afastada, mudamos de época e estilo. Quem for
apreciador do patrimônio edificado,
vai entender porquê: Como bem sabemos, durante o séc. XIX, houve uma enorme onda de emigração para o Brasil e Castro Daire foi um dos concelhos do distrito que mais contribuiu para a diáspora. Aqui sobressaem
os edifícios mais nobres, alguns
ligados às famílias fidalgas, a chamada “Arquitetura de Brasileiros”. Irá ficar surpreendido com os detalhes dos palacetes construídos nos inícios do séc. XX por emigrantes ricos regressados do Brasil.
Como vê, não faltam argumentos para o convencer
a explorar este destino, penso eu não muito divulgado. Mas como sabem, o meu blog gosta de prestar este
“serviço público”, partilhando estas regiões menos conhecidas, mas não menos
interessantes.
Além do centro, não esquecer de visitar o Jardim da Vila, a Igreja Matriz, a Capela e Fonte das Carrancas e a dos Peixes. Se aprecia museus, tem aqui o Museu Municipal e o Centro de Interpretação e Informação de
Montemuro, já que a serra fica nas proximidades. Se tiver tempo, pode fazer um passeio pela serra.
Há que comprar e provar o bolo podre, o ex-libris da doçaria castrense e que de podre não tem nada!
Antes de chegar a Viseu, há que parar na Praia Fluvial da Folgosa que fica no Rio Paiva, e nas Termas do Carvalhal.
Viseu
Viseu é cidade capital de distrito, e o quilômetro 172 da rota da EN2 passa-lhe bem ao
centro. Viseu é uma cidade histórica e uma das cidades portuguesas mais antigas.
Viseu foi importante em guerras do passado, e ocupada por diversos povos antes dos próprios muçulmanos.
Já conhecíamos Viseu, assim como Vila Real, quando estávamos planejando a nossa vinda para Portugal, portanto, não foi uma visita turística. Então, desta vez reservamos dois dias inteiros, para ver tudo que a cidade do famoso guerreiro Viriato, tem para oferecer. Diz-se que, ele era natural de Viseu e defendeu a região contra os invasores, tornando-se uma figura lendária, por isso considerado herói da resistência lusitana e um dos primeiros heróis nacionais.
Não deixe, então, de visitar um dos principais locais em Viseu, que está precisamente associado à figura e lenda deste chefe dos lusitanos, que é a Estátua e Cava de Viriato. Um vasto acampamento fortificado que funcionou como ponto de vigia e defesa para os romanos.
Não deixe, então, de visitar um dos principais locais em Viseu, que está precisamente associado à figura e lenda deste chefe dos lusitanos, que é a Estátua e Cava de Viriato. Um vasto acampamento fortificado que funcionou como ponto de vigia e defesa para os romanos.
Viseu tem um funicular, então, a fim de poupar as pernas, pode subir de funicular que vai cair direto no Largo da Sé, onde vai perder mais tempo ao visitar a Igreja da Misericórdia de um lado e a Sé Catedral de Viseu
do outro. Sendo que, os principais museus também se encontram ali, como o Museu Grão Vasco e
Museu da Arte Sacra.
Mas, se preferir subir a pé, indo eventualmente pela Porta dos Cavaleiros, subindo pela Rua Direita, ou outras ruas mais antigas, também se chegar ao Largo da Sé. Ao lado tem outra praça imponente, a Praça de Dom
Duarte, com a sua estátua, e muito perto, a Porta do Soar. Ainda no centro da cidade, recomendo atravessar a Praça 2 de Maio, percorrer a Rua Formosa, dali ir até à Praça da República ou Rossio, com o magnífico painel de azulejos que
retrata a vida quotidiana da região, o escadatório da Igreja
dos Terceiros de São Francisco numa das extremidades e o Parque Aquilino
Ribeiro que fica por trás.
Onde comer em Viseu, temos Restaurante O Cortiço, Restaurante O Hilário, Restaurante Viriato, Muralha da Sé e o que comer temos o Rancho à moda de Viseu, o famigerado arroz de carqueja que é de comer babando. Pratos que você deve provar sem falta, acompanhado pelo Vinho do Dão.
Viriato também é o doce típico de Viseu, não saia de uma confeitaria sem uma caixinha com
pelo menos dois. A última prova são para as rotundinhas, o nome do soberbo doce deve ser em homenagem à cidade das rotundas, já que Viseu tem cerca de 200!
Onde dormir: Casa da Torre, Pousada de Viseu ou Montebello Viseu Congress Hotel, Nossa Casa na Aldeia, uma opção mais em conta, mas fora da cidade (7,5 km).
Tondela
Tondela é uma bonita cidade, sede de concelho, localizada na fantástica região de Dão-Lafões, envolvida pelas belas paisagens da Serra do Caramulo e no coração da fantástica Região Demarcada do Vinho do Dão.
A cidade apresenta um diversificado patrimônio histórico e arquitetônico, onde primam as várias casas senhoriais e solares que denotam a importância agrícola na economia da região, bonitos monumentos como a bela Igreja Matriz do século XIX, a Igreja do Carmo, com origens no século XVII.
A cidade apresenta um diversificado patrimônio histórico e arquitetônico, onde primam as várias casas senhoriais e solares que denotam a importância agrícola na economia da região, bonitos monumentos como a bela Igreja Matriz do século XIX, a Igreja do Carmo, com origens no século XVII.
Se caminhar um pouco pela cidade vai descobrir o Largo da República, onde fica o mítico Pelourinho de Tondela, situado frente ao edifício dos Paços do Concelho, que prima pelos belos painéis de azulejos, ou mesmo a emblemática Fonte da Sereia, do século XVIII, que simboliza a Lenda de Tondela.
O vale o desvio para uma subida ao Caramulinho, o ponto mais alto da Serra do Caramulo, com panorâmicas 360° sobre as serranias em redor, entre elas a Serra da Lousã, a Serra do Açor e a Serra da Estrela. Um caminho com 130 degraus conduz ao ponto culminante, o Caramulinho (1.075 m).
O trunfo do município é o Museu do Caramulo, com uma frota de carros de luxo, arte preciosa e um monte de miniaturas e brinquedos antigos. Os
amantes de carros serão atraídos pela frota de automóveis que conta com algumas
peças raras como o Cadillac pessoal e a Mercedes blindada do líder autoritário
António de Oliveira Salazar.
Mas, se seu forte não é subir morro nem ver museu, pode-se visitar algumas vinícolas. Tondela
é um ponto de partida útil para os enófilos, pois tem uma profusão de
propriedades vitivinícolas, produzindo principalmente tintos sob o Dão DOC.
Existem apenas três adegas neste município: a Quinta da Sernada, a Quinta das
Camelias e a Quinta da Reguenga. Também pode alugar uma bicicleta e fazer um techo da Ecopista.
Conhecida pela boa cozinha, com fartas delícias gastronômicas, mas também pelo seu artesanato, com artigos em tanoaria, linho, cestaria e o famoso barro negro. Se aprecia trabalhos em barro, por que não adicionar ao roteiro na EN2 uma visita a Cerâmica Molelos e à Olaria de Barro Negro? Em Tondela, comer no Restaurante Três Pipos.
Cumpridos pouco mais de um quarto desta roadtrip, sabemos que o quilômetro 200 fica em alguma parte entre Tondela e
Santa Comba Dão, mas o local exato não se encontra assinalado. Ninguém sabe.
Ele desapareceu. Você pode tentar decifrar
um mistério: afinal, onde fica o marco que assinala o Km 200 da EN2?
Santa Comba Dão
Não conhecia Santa Comba Dão e gostei muito, achei a cidade uma gracinha, um encanto mesmo. O nome se deve a uma Abadessa Beneditina chamada Columba, que teria sido martirizada numa das incursões árabes sobre a Península Ibérica. Estava-se no ano de 982 da Era Cristã e o tempo era de guerra entre Mouros e Cristãos. Columba foi santificada e a povoação a homenageou chamando-se Santa Columba que, com o passar dos anos, passou a Santa Comba. O Rio Dão tomou responsabilidade pela parte restante do topônimo.
Na cidade tem para visitar o Largo do Município, a Câmara Municipal, o Pelourinho, o Chafariz, o passadiço de madeira da Ribeira das Hortas, o Largo Doutor Alves Mateus, a Igreja Matriz, o
Miradouro do Outeirinho, cheio de azulejos. Há
solares antigos, mas a Casa dos Arcos é ancestral. Já recebeu reis, rainhas e infantes. E por fim, vale dar uma passada na casa onde nasceu António de Oliveira Salazar, o “Pai” da N2.
Na porta está escrito"Senhor que governou e nada roubou" |
No quesito culinária, não deixe também de provar o
sarrabulho à moda da Beira Alta, a caldeirada de peixe do rio Dão e Criz e o arroz de lampreia à moda do Dão, um dos pratos mais afamados. A acompanhar, o
delicioso Vinho do Dão. O granito pérfido, vulgarmente denominado “Dente de Cavalo”,
constitui parte dos solos onde nasce o Vinho do Dão. A exposição solar, a umidade e a variedade de castas fazem do vinho Dão, branco ou tinto, um dos
produtos mais genuínos da região. Onde experimentar os sabores de Santa Comba Dão: Restaurante Cova Funda e Restaurante A Lampreia.
A maior surpresa
foi a Albufeira e Barragem da Aguieira, um dos principais destaques
desta rota pela EN2, onde o Rio Dão se une ao Mondego enquanto afluente. Na Albufeira da Barragem da Aguieira, além da barragem propriamente
dita, tem de fazer um pequeno desvio e parar obrigatoriamente na Praia Fluvial da Senhora da Ribeira. Na estação de
serviço da Cepsa é onde a EN2 se funde com o IP3.
Eu queria muito ter pernoitado em Santa Comba Dão (Km 213 EN2), principalmente para dormir na Casas com Estória que tem uma ótima nota no Booking e fica a 150 metros do centro, mas não tinha vaga para o dia que estaríamos na cidade; além dela tem a Casa Branca.
Logo vem à mente que o nome da cidade, deriva-se da junção de três palavras: pé+na+cova, um modo pejorativo de dizer que uma pessoa está perto de morrer. Mas, o topônimo do concelho deriva da junção do termo “pen” e “cova”, sendo que o primeiro deu origem à palavra portuguesa penha (monte ou rochedo) e cova deriva das características geomorfológicas da vila. Montes altos e pedregosos que lhe conferem grande beleza natural. Estas formações rochosas foram apelidadas de “Livraria do Mondego“, constituindo um dos pontos de interesse em Penacova. Um monumento natural que o tempo esculpiu ao longo de milhões de anos e que faz lembrar livros dispostos verticalmente numa estante.
Na cidade recomendo que visite no centro a Igreja Matriz e o Relógio de Sol, a Câmara Municipal e o Miradouro Emydgio da Silva de Penacova. Se tiver um pouco mais de tempo em Penacova, dê um mergulho na Praia Fluvial do Reconquinho,e para belas vista da cidade de cima nada como o Miradouro
do Penedo do Castro e os Moinhos da Serra da Atalhada
Claro que se tiver muito mais tempo, vale o desvio para visitar os Moinhos de Gavinhos, a Praia Fluvial do Vimieiro e o Mosteiro de
Lorvão com os seus incríveis doces conventuais. Para comer em Penacova vá ao Restaurante Côta ou O Cantinho. Para dormir escolhemos a Charrua do Mondego que não decepcionou, bom atendimento e conforto.
Vila Nova de Poiares
Vila Nova de Poiares é um Concelho do Distrito de Coimbra, sendo que no centro da vila tem um mural de promoção ao km 248 da EN2, um motivo de atração e de paragem obrigatória para um registro fotográfico, contribuindo para levar ainda mais longe o nome do concelho.
Vila Nova de Poiares é um Concelho do Distrito de Coimbra, sendo que no centro da vila tem um mural de promoção ao km 248 da EN2, um motivo de atração e de paragem obrigatória para um registro fotográfico, contribuindo para levar ainda mais longe o nome do concelho.
Visto pois que, Vila Nova de Poiares é a terra da Chanfana, você pode e deve programar aqui uma paragem para almoço ou jantar para comer a deliciosa iguaria, que vai à mesa ainda a fumegar. Ela é a preservação das mais genuínas receitas, como que um segredo bem guardado.
Fora isso, não há muito
para visitar tirando a Igreja Matriz de Poiares e o Largo da República, onde está o Jardim Municipal e Paços do Concelho.
Com a Lousã e Góis pela frente, este pode ser um excelente local de
paragem ao fim do dia, onde recomendo tanto para comer, quanto para dormir o Alojamento e Restaurante Dom Dinis.
Eu sei que é impossível falar da Lousã, e não falar de Góis, ou falar de Góis e não
falar da Lousã, pois para visitar as diversas aldeias de xisto, miradouros, para conhecer bem toda a serra, as montanhas e mais praias fluviais da região de Lousã, o ideal seria um fim de semana prolongado de 3 ou 4 dias. Um tempo que não tínhamos, então infelizmente tivemos que optar por só visitar Góis, e é dela que vamos falar.
Góis é uma vila portuguesa no Distrito de Coimbra,
região central, localizada no km 271 da EN 2, caracterizada pela sua natureza rural.
As praias fluviais, servidas pela bela paisagem circundante e pelas
límpidas águas do Ceira são frequentadas, na época de verão, por milhares de
turistas e de residentes.
Durante o nosso percurso pela rota da EN2 basicamente só passamos pela Praia Fluvial das Canaveias, pela Praia Fluvial da Peneda, que convida a banhos nos dias quentes de verão, e
pelo bonito Centro de Góis, cujo o monumento mais simbólico é a imponente Ponte Real, mas são igualmente dignos
de destaque a Igreja Matriz, onde se encontra o imponente túmulo renascentista de D. Luís da Silveira, os Paços do Concelho, o Parque do Cerejal, a Capela do Mártir S. Sebastião, a Fonte e Cisterna do Pombal, Jardim do Castelo e Miradouro de Góis.
Se gosta de caminhadas, faça como fizemos, acrescentamos mais um dia ao nosso roteiro pelas Aldeias de Xisto, para percorrer o PR1 GOI – Caminho do Xisto das Aldeias de Góis, nomeadamente a Comareira, Aigra Nova, Aigra Velha e Pena. Este percurso circular tem sensivelmente 9 km de extensão e passa por todas as aldeias de xisto do concelho de Góis. Ao longo do percurso será brindado com soberbas paisagens de montanha (com destaque para os esmagadores Penedos de Góis), idílicos bosques e, com um bocadinho de sorte, até um ou outro veado.
Por ser uma zona bem rural, achei meio complicado comer e dormir em Góis. A maioria das acomodações ficam a mais de 1 km, assim sendo, recomendamos que utilize os buscadores da internet, para escolher tanto um, quanto o outro.
Pedrógão GrandePedrógão Grande foi outra paixão minha na rota da EN2! O Rio Zêzere, afluente do Rio Tejo, é para mim um dos rios mais bonitos e extraordinários de Portugal.
A vila de Pedrógão Grande caracteriza-se pelas suas ruelas estreitas e pela beleza das construções do século XV situadas na interessante Rua Dourada, e também pela beleza das casas de xisto e granito tão típicas da localidade. Vale a pena conhecer a bela Igreja Matriz de origens do século XII, reconstruída no século XVI, com a sua imponente torre de 25 metros de altura; o Pelourinho de granito; a Igreja da Misericórdia, também em granito, remontando ao ano de 1470, onde está situado o Museu de Arte Sacra de Pedrógão Grande. Há ainda a Estação Arqueológica da Devesa, a Capela
e Jardim do Calvário.
Pedrógão Grande se encontra rodeada por uma natureza generosa, que propicia as mais variadas atividades de lazer e turismo, como a fantástica Barragem do Cabril, o ponto turístico de maior interesse na região, acompanhado pela Praia Fluvial (plataformas flutuantes).
A vista do Miradouro do Monte de Nossa Senhora da Confiança para a barragem e albufeira é deslumbrante. Ali está o Hotel da Montanha, uma boa opção de alojamento em Pedrógão Grande.
Se não visitou as Aldeias de Xisto de Góis, não pode deixar de visitar a Aldeia de Xisto de Pedrógão Pequeno, ali bem próximo na Rua do Cabril está o ponto onde poderá começar uma trilha até a bonita e histórica Ponte Filipina situada estrategicamente num dos muitos vales do Rio Zêzere. Tem que ter um bom preparo físico, pois é uma trilha de 3 km ida e volta, com uma altura em torno de 200 a 300 m. Não se arrisquei ir de carro estrada abaixo, pois a estrada apesar da aparência de calçadinha, em alguns trechos está em estado lastimável e será uma sorte conseguir subir tudo de novo.
No que diz respeito à gastronomia os pratos mais típicos são a sopa de peixe, cabrito, maranhos e bucho de porco recheado. No Restaurante Taberna do Ferrador é onde poderá degustar este prato típico de Pedrógão Grande.
Sertã
O
concelho da Sertã (Km 345 EN2) integra o distrito de Castelo Branco e fica situado na margem
esquerda do Rio Zêzere, sendo composto por 14 freguesias. O que temos para conhecer no centro de Sertã são: os Paços do Concelho, com seu prédio em Arte Dèco de 1934, a Igreja Matriz da Sertã (re)construída nos inícios do século XV (1404), junto está o Coreto, o Lagar de Vara e o Jardim da Ribeira de Sertã, na Alameda da Carvalha, com a Praia Fluvial da Ribeira Grande, o pequeno Castelo da Sertã, e a Ponte Filipina.
Em Sertã, pode-se comer o Bucho Recheado e Maranhos, dois pratos
típicos da região. O Maranhos é a principal iguaria da gastronomia sertaginense, apresentando um sabor absolutamente inconfundível. Preparado à base de carne de caprino ou ovino, com muito arroz e hortelã, confeccionados nesta região há mais de 200 anos. Pode adquirir/saborear esta iguaria nos restaurantes: Restaurante Ponte Romana, Sabores do Pinhal e Ponte Velha, acompanhado de um bom vinho. O concelho da Sertã possui uma gama de vinhos de excelente qualidade. Entre as marcas mais apreciadas contam-se o Terras de D. Nuno, o Serradas do Nesperal, o Terras de S. Simão, o Quinta Vale do Cabo e o Albergue Bonjardim, além da Aguardente de Medronho. O medronheiro é muito abundante nas serranias do concelho da Sertã. A partir do seu fruto, é produzida uma aguardente de medronho muito apreciada localmente. O fabrico é tradicional e a qualidade excecional. Já a tradicional doçaria conventual encontra nos Cartuchos de Amêndoa de Cernache do Bonjardim um dos seus mais fiéis depositários.
Para dormir mais longe, Quina Quatro Ventos ou Quinta Casal Maio, mais perto Vila Maior ou Casa da Praça, mais em conta o Hostel Square.
Vila de Rei
Vila de Rei (Km 366 EN2) é uma bonita e pequena vila, sede de concelho, pertencente ao distrito de Castelo Branco e é composta por apenas três freguesias. Em Vila de Rei fica o Centro Geodésico de Portugal e o ponto
central da EN2, junto à Serra da Melriça.
No agradável Centro Histórico da vila vale a pena conhecer a Igreja Paroquial, do século XVIII, e as Capelas da Misericórdia, da Senhora da Guia e de Nossa Senhora do Pranto e a Casa do Capitão Mor, construção nobre do século XVII, utilizada como quartel general durante a época das invasões francesas, e hoje adaptada a uma unidade de turismo rural. O Museu Municipal de Vila de Rei, instalado na antiga Casa do Patronato, um edifício tradicional da vila, com uma rica coleção etnográfica.
A uma curta distância fica ainda a Aldeia de Xisto de Água Formosa,
e a linda Praia Fluvial do Penedo Furado, um bonito
local arborizado dotado de um conjunto de pequenas quedas de água (cascatas) e dois
miradouros, munido de variadas infra-estruturas como os passadiços.
Para comer em Vila Rei, citamos dois restaurantes: Tasquinha da Vila e o Restaurante O Cobra.
Sardoal
O que dizer do Sardoal? Diz-se que Sardoal é o lugar onde abundam sardões, que são uma espécie de lagarto, geralmente de coloração verde.
O que dizer do Sardoal? Diz-se que Sardoal é o lugar onde abundam sardões, que são uma espécie de lagarto, geralmente de coloração verde.
Sardoal é um excelente e rápido ponto de paragem a caminho de Abrantes, e do Rio Tejo, neste roteiro pela EN2, km 384.
Sardoal é uma vila pacata, tranquila, onde o amarelo reina nos contornos das casas, muito como em outras regiões do país, como é o caso do Alentejo.
A Vila de Sardoal é muito antiga. Documentos existentes no arquivo municipal, dá-se conta que em 1313 a Rainha Santa Isabel foi a primeira donatária. Desde então, Sardoal começou ter a atenção de quase todos os Monarcas de Portugal, que ali permaneciam variadas vezes, como foram o casos de D. Pedro I, D. Fernando, D. João I, D. Duarte, D. Afonso e D. Manuel I. Ali também nasceu e morreu a filha, a Infanta D. Maria, e a mulher D. Leonor do rei D. Duarte.
No Sardoal desta-se a Igreja Paroquial, a central Praça da República, a Igreja de Santa Maria
da Caridade a uma curta distância a pé pela Avenida Luís de Camões e Rua 5
de Outubro, e as floridas ruas do centro histórico, onde se situa também
a Igreja de Misericórdia, Casa dos Arcos, Casa Grande ou dos Almeidas, Capela do Espírito Santo e o Pelourinho.
Abrantes
Em Abrantes completamos dois quartos de nossa roadtrip, ou seja, Km 402 da EN2 e chegamos ao Rio Tejo, após o qual entramos no Alentejo. Mas
antes de o atravessar, desfrute desses dois dos maiores recursos hídricos do País:
o Rio Tejo, onde fazer o passeio pedonal ribeirinho junto à ponte sobre o Rio Tejo, no Parque Aquapolis é absolutamente obrigatório e a Albufeira de Castelo do Bode, nascida no leito
do Rio Zêzere.
Além disso, há muito mais para visitar em Abrantes, pois a cidade de Abrantes respira história. Por isso, aconselhamos dividir o roteiro em pelo menos dois dias. No Centro Histórico temos: O
Castelo e Fortaleza de Abrantes, com o Jardim do Castelo e Estátua D. Francisco de Almeida, um dos elementos importantes de arquitetura militar, pode-se observar a rara panorâmica de 360º sobre a charneca, o Outeiro S. Pedro (Fortim Militar) e visitar o Museu D. Lopo de Almeida, instalado na Igreja de Sta. Maria do Castelo, Panteão dos Almeidas, desde o séc. XVI. Ainda no Centro Histórico conheça o núcleo religioso, através das Igrejas de São João Baptista (séc. XIV), Igreja da Misericórdia e de São Vicente (séc. XVI).
Abrantes sentirá a cultura no Quartel de Arte Contemporânea de Abrantes, bem como no Parque do Alto de Stº António, no jardim de esculturas em ferro ao ar livre.Não esquecer a Praça Raimundo José Soares Mendes, frente à Câmara Municipal, e os vários largos ao sul, como: o Largo João de Deus, o Largo Dr. Ramiro Guedes até ao Jardim da República e a Praça Barão da Batalha.
Este percurso pedonal possibilita conhecer tanto um pouco da parte histórica de Abrantes, assim como o patrimônio edificado, nomeadamente alguns monumentos e imóveis que fazem parte do legado histórico e religioso da cidade; quanto a parte artística conhecendo espaços âncora, como as ruas, largos e jardins, sendo um excelente percurso para os amantes das artes; e a parte panorâmica que são vários os locais de onde se pode desfrutar de panorâmicas e
paisagens únicas. Também, um excelente percurso pedonal para os amantes da fotografia. Você poderá conhecer Abrantes mais detalhadamente nesta postagem aqui.
Um dos produtos mais relevantes de Abrantes é o Azeite, indústria secular neste concelho, inclusivamente
com várias marcas de referência, múltiplas vezes premiadas. Na freguesia de
Mouriscas poderá ver a monumental Oliveira do Mouchão, com os seus 3350 anos de existência. Esta árvore certificada como
a mais
antiga de Portugal é testemunha silenciosa de Fenícios
aventureiros,
de Celtiberos e
de Romanos que
se deliciavam com o seu azeite.
Aproveite para saborear a famosa, tradicional e conventual “Palha de Abrantes” e também as tigeladas, numa das pastelarias existentes. Restaurantes para comer em Abrantes são o Restaurante Santa Isabel e Sabores da Cascata com vista panorâmica. Excelentes escolhas para alojamentos em Abrantes são Casa do Centro, Luna Hotel Turismo ou Casa da Barca.
Ponte de Sor
A partir daqui (Km 435 EN2), as curvas omnipresentes desde o Vale do Douro, dão lugar às famosas retas do Alentejo. É uma mudança brutal de paisagem, prova da enorme diversidade paisagística de Portugal. A cidade de Ponte de Sor está situada no
centro de tudo. Encontra-se na transição entre o norte e o sul de Portugal, bem
como na metade do caminho entre o litoral e o interior. Por isso, o destino
está próximo a outras cidades importantes do Alentejo como Évora e Portalegre,
e também da capital Lisboa.
Ao nível do patrimônio arquitetônico e monumental, destaca-se a Ponte de Sor, originariamente romana, do reinado de D. João VI. Foi esta ponte que deu o nome à cidade, cujo propósito era dar seguimento à estrada que ligava
Lisboa a Mérida.
Destacam-se ainda a Igreja Matriz, do século XVII, reedificada após um incêndio e que apresenta um belo altar de ferro forjado na janela da sacristia; a Igreja da Misericórdia, anterior a 1731; as Capelas de S. Pedro e de Santo Antônio, datadas do século XVII, a Igreja de Nossa Senhora da Orada, os edifícios do Paços do Concelho.
Destacam-se ainda a Igreja Matriz, do século XVII, reedificada após um incêndio e que apresenta um belo altar de ferro forjado na janela da sacristia; a Igreja da Misericórdia, anterior a 1731; as Capelas de S. Pedro e de Santo Antônio, datadas do século XVII, a Igreja de Nossa Senhora da Orada, os edifícios do Paços do Concelho.
Esta cidade alentejana é cheia de locais agradáveis ao ar livre. A Ribeira
de Sor passa junto à cidade, e a Zona Ribeirinha acompanha-a cheia
de espaços verdes. Adorei caminhar à beira rio, e de ir até à curiosa e
contemporânea Ponte Pedonal ao fundo.
Ponte de Sor é ainda uma cidade cheia de arte urbana! Vários são os murais com pinturas extraordinárias na cidade, destaco dois: Nossa Senhora da Cortiça e “A Cura”, próximo à Igreja Matriz de São Francisco de Assis, além do Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor, onde está o maior mosaico em cortiça do mundo.
Ponte de Sor é ainda uma cidade cheia de arte urbana! Vários são os murais com pinturas extraordinárias na cidade, destaco dois: Nossa Senhora da Cortiça e “A Cura”, próximo à Igreja Matriz de São Francisco de Assis, além do Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor, onde está o maior mosaico em cortiça do mundo.
É depois de Ponte de Sor, que começam as grandes retas do Alentejo. A
primeira reta leva-nos à Barragem de Montargil, onde a rota da EN2 acompanha
a albufeira durante quilômetros. Após cruzar a barragem, a Praia Fluvial de
Montargil fica logo ali à esquerda. Da própria aldeia de Montargil, junto
ao pequeno parque de piquenique, temos vistas muito bonitas para a Albufeira de Montagil, pelo
que merece uma paragem rápida.
Para comer muito bem em Ponte de Sor recomendamos o Restaurante Quadrifonia ou o
Restaurante Olivença, que já recebeu visita até do Presidente Marcelo Rebello de Souza, sendo o carro chef servido é a comida típica da região: porco preto com migas de coentros e aspargos.
Não pernoitamos em Ponte de Sor, mas bem no centro tem o Hotel Ponte de Sor ou bem avaliada Liberty Guest House.
Não pernoitamos em Ponte de Sor, mas bem no centro tem o Hotel Ponte de Sor ou bem avaliada Liberty Guest House.
Crédito da Foto.Portugalnorteesul |
Além disso tudo, Ponte de Sor está na minha lista de roteiros de viagem, por causa do Festival Internacional de Balões de ar quente, que ocorre em vários dias, todos os anos, normalmente em novembro, por várias localizações, sendo uma delas é esta cidade, nesta região, no imenso Jardim do Campo da Restauração, frente à Câmara Municipal.
Mora
Antes de chegar a Mora, a poucos quilômetros da estrada, estão os Passadiços
do Gameiro, junto ao Fluviário de Mora, a Praia Fluvial de Mora e a Barragem do Gameiro. Achei os passadiços geniais, e
adorei caminhar por cima deles, com a madeira a crepitar por baixo dos meus
pés. Mas, apesar de ter algumas sombras ao longo do percurso proporcionadas por árvores ocasionais, se visitar no verão o calor é insuportável. O percurso estende-se para lá dos passadiços, mas voltamos quando estes terminaram, e foi o suficiente para considerar o lugar como um dos mais
memoráveis deste roteiro km 476 na EN2.
Não sou adepta a visitar locais em animais em cativeiro, mas quem não se importa, o Fluviário de Mora é um aquário visitável e permite observar espécies provenientes de ecosistemas de água doce. Mais, vale visitar a Praia Fluvial de Mora que tem bar de apoio, floresta atrás com espaço para piquenique. Pela manhã ainda tinha muita sombra, pareceu-me que de tarde é a melhor altura para vir para
a praia. Que tal fazer os passadiços de manhã e guardar os mergulhos para a
tarde? Muitos jovens saltavam e mergulhavam dos muros da barragem para o rio.
Em Mora, no que se refere ao patrimônio histórico e monumental, destaca-se a Anta-Capela de Pavia, dedicada a S. Dinis, do século XVII, sendo um dos monumentos megalíticos portugueses transformados em local de culto cristão.
Tem a Igreja Matriz da Graça e o Museu Interativo do Megalitismo de Mora. Um pouco a sul de Mora, destaca-se ainda a Igreja Matriz de Pavia, do século XVI, de estilo manuelino e tem a aldeia de Brotas, com o belo Santuário de Nossa Senhora das Brotas existindo no Brasil também uma diocese com o mesmo nome.
A partir daqui passamos por muitos caminhões a transportar cortiça, o que nos deu a certeza que de fato esse comércio tem muita importância para a
economia da região.
Onde comer em Mora: Restaurante Afonso e Tasca do Gigante e onde dormir na cidade ou arredores: Lago Montargil & Villas, Herdade da Granja Nova, Hotel Solar dos Lilases, e Casas de Romaria.
Montemor-o-Novo
Havíamos nos surpreendido com as retas do Alentejo após Ponte de Sor, mas com a aproximação de Montemor-o-Novo (Km 520 EN2) deparámo-nos com os campos mais
amarelos, mais secos, e com um aumento de gado pelas pastagens, ou à sombra dos
sobreiros. Em alguns dos extensos campos era possível avistar pequenos lagos e
reservatórios de água, quase oásis no deserto, onde os bois se juntavam para
beber água, pois a produção de carne é uma das atividades mais importante, sendo o concelho que mais carne produz no país.
Montemor-o-Novo ficou aquém das minhas expectativas, porque
tinha imaginado o Castelo de Montemor-o-Novo como algo monstruoso,
imenso e até tem alguma dimensão, mas está completamente em ruínas. Depois, porque achei a cidade muito mal administrada, os edifícios e casas com pinturas antigas, algumas em ruínas. A minha experiência não foi das melhores, fiquei realmente na dúvida
sobre se é ou não uma cidade que deveria estar incluída neste roteiro.
O que visitamos foi o Castelo de Montemor-o-Novo, a Torre do Relógio, a Torre da Má Hora ou de Menagem, Porta de Santiago e o Centro Interpretativo do
Castelo de Montemor-o-Novo. Depois descemos à cidade para
visitar os arredores do Jardim Público, a Igreja Matriz, a Igreja
do Calvário, o Largo dos Paços do Concelho, e o Largo Bento Jesus
Caraça frente ao Mercado Municipal.
Não visitamos a Gruta do Escoural porque era domingo quando passamos por Montemor-o-Novo, e a gruta só está aberta para visita de terça a sábado,
com obrigação de marcação prévia junto do Centro Interpretativo do Escoural.
Foi uma pena, acredito que tinha tudo para figurar na minha lista de melhores
locais neste roteiro pela EN2. Em vez disso, visitamos a pequena e bonita Anta
de São Brissos, a poucos quilômetros da estrada.
Onde
Comer
-Restaurante O Cortiço – 6km na N2 antes de chegar a Montemor;
-Dona Queijada - Rua do Poço do Passo 16,
-Pátio dos Petiscos - Rua Curvo Semedo 39,
-Restaurante A Ribeira - Rua Curvo Semedo 39,
-Restaurante O Cortiço – 6km na N2 antes de chegar a Montemor;
-Dona Queijada - Rua do Poço do Passo 16,
-Pátio dos Petiscos - Rua Curvo Semedo 39,
-Restaurante A Ribeira - Rua Curvo Semedo 39,
Onde dormir
-Palacete da Real Companhia (800 m)
-Hotel Rural da Ameira ***(2,6 km)
-L'And Vineyards ***** (3,3 km)
-Palacete da Real Companhia (800 m)
-Hotel Rural da Ameira ***(2,6 km)
-L'And Vineyards ***** (3,3 km)
Viana do Alentejo
No km 551 EN2 tem duas opções: ou faz um pequeno desvio cerca de 20 km e visita Viana do Alentejo, ou visita apenas Alcáçovas que é atravessada pela estrada. Não fizemos este desvio porque já conhecíamos a cidade de outra ocasião em visita ao Alentejo, mas deixo aqui o link do que visitamos na cidade na época.
No km 551 EN2 tem duas opções: ou faz um pequeno desvio cerca de 20 km e visita Viana do Alentejo, ou visita apenas Alcáçovas que é atravessada pela estrada. Não fizemos este desvio porque já conhecíamos a cidade de outra ocasião em visita ao Alentejo, mas deixo aqui o link do que visitamos na cidade na época.
Em Alcáçovas, por sua vez, tem de visitar a Igreja Matriz do
Salvador, o Museu dos Chocalhos de Alcáçovas, e junto ao Paço dos
Henriques, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição com capela forrada
a conchas do mar.
Alcácer do Sal –
Torrão
Torrão serve para marcar o passaporte no que diz respeito a Alcácer do Sal. Novamente aqui tem que fazer um desvio. Não fizemos um desvio pelo mesmo motivo acima, visitamos Alcácer do Sal em outra ocasião. A cidade não tem muito que visitar, e sinceramente acredito que não vale o desvio, dada a distância de quase 40 km. Se não tiver muito tempo, segue em frente, e deixa Alcácer do Sal para uma futura ocasião. Alcácer do Sal é um concelho com acesso à costa portuguesa, creio que o ideal será visitar quando estiver de férias naquele pedaço de mar.
Nós conhecíamos muito bem o Alentejo, então daqui até o Algarve, nada era novo para nós! A maioria das cidades foi mesmo somente para carimbar passaporte.
Torrão serve para marcar o passaporte no que diz respeito a Alcácer do Sal. Novamente aqui tem que fazer um desvio. Não fizemos um desvio pelo mesmo motivo acima, visitamos Alcácer do Sal em outra ocasião. A cidade não tem muito que visitar, e sinceramente acredito que não vale o desvio, dada a distância de quase 40 km. Se não tiver muito tempo, segue em frente, e deixa Alcácer do Sal para uma futura ocasião. Alcácer do Sal é um concelho com acesso à costa portuguesa, creio que o ideal será visitar quando estiver de férias naquele pedaço de mar.
Nós conhecíamos muito bem o Alentejo, então daqui até o Algarve, nada era novo para nós! A maioria das cidades foi mesmo somente para carimbar passaporte.
Ferreira do Alentejo
Foi a partir de Torrão que começamos a ser surpreendido com túneis formados pelas copas das árvores. Estes túneis foram aparecendo de forma intermitente, quase até ao Algarve. Para nós outro dos principais destaques do Km 594 na rota da EN2 foi uma plantação de girassóis a perder de vista que nesta época estavam maravilhosamente floridos.
Antes de chegar a Ferreira do Alentejo, como atração principal, saia novamente do percurso oficial para ver as vistas sobre a Barragem e Albufeira de Odivelas. A barragem tem praia fluvial para quem quer
dar um mergulho e refrescar-se naquelas águas e fazer uma breve pausa.
Em Ferreira do Alentejo com a bonita e circular Capela de Santa Maria Madalena ou Capela do Calvário, vale a pena também dar um pulinho ao Jardim
Municipal onde as pessoas da terra se aglomeram ao fim da tarde. Existe
também um Museu Municipal, para apreciadores, assim como para os de uma boa mesa em Ferreira do Alentejo tem o Restaurante O Portão e Sabores
Com Memória. E para dormir em Ferreira do Alentejo tem o Monte da Floresta B&B, Pátio das Andorinhas, ou Casa Verde.
Aljustrel
Começamos o último dia da sua roadtrip pela Estrada Nacional 2 rumando até Aljustrel. O concelho de Aljustrel é caracterizado pelas longas planícies e o solo desta região é rico em minerais, como o cobre, arsênio e enxofre, pelo que a exploração mineira desempenhou um papel importantíssimo no seu desenvolvimento econômico, a par da atividade agrícola. Pelo caminho, tempo para uma breve paragem na aldeia de Ervidel para visitar a sua bela Igreja Matriz e ter um primeiro vislumbre da Albufeira da
Barragem do Roxo. A Rota da EN2 passa-lhe mesmo ao lado, mas tem de fazer
um pequeno desvio para ir em cima da barragem.
Em Aljustrel encontramos outro dos destaques do Km 619 da EN2: a linda Ermida
de Nossa Senhora do Castelo, o local mais emblemático da cidade, ligada a vários milagres e lendas. Localizada no topo de uma encosta com vista para a vila
mineira. Lá de cima tem-se uma vista 360º para as planícies alentejanas, e
existem uns passadiços de madeira a toda a volta.
Do outro lado da vila, outro miradouro brutal, desta vez a partir do Moinho do Maralhas: uma vista oposta, a melhor para a vila de Aljustrel, onde se consegue ver a encosta para a ermida. Os dois locais complementam-se.No centro, a melhor forma de conhecer as sete vidas de Aljustrel é visitando o Museu Municipal, situado na zona antiga da vila, a dois passos da Igreja Matriz, além do bonito Jardim 25 de Abril é o lugar para conhecer, mas o mais importante a fazer em Aljustrel é pegar o carro e explorar o Parque Mineiro de Aljustrel para conhecer a história mineira do município.
Do outro lado da vila, outro miradouro brutal, desta vez a partir do Moinho do Maralhas: uma vista oposta, a melhor para a vila de Aljustrel, onde se consegue ver a encosta para a ermida. Os dois locais complementam-se.No centro, a melhor forma de conhecer as sete vidas de Aljustrel é visitando o Museu Municipal, situado na zona antiga da vila, a dois passos da Igreja Matriz, além do bonito Jardim 25 de Abril é o lugar para conhecer, mas o mais importante a fazer em Aljustrel é pegar o carro e explorar o Parque Mineiro de Aljustrel para conhecer a história mineira do município.
À saída de Aljustrel deparamo-nos com uma réplica de um comboio usado
nas minas.
Onde comer em Aljustrel é no Restaurante Fio d’Azeite ou Restaurante Cervejaria Marisqueira O Cabecinha. Mas, para dormir no centro só mesmo o Hotel Villa Aljustrel.
Castro Verde
O nome de Castro Verde (Km 640 EN2) se deve ao fato desta ter sido edificada em cima de um castro lusitano, numa zona verdejante, a que os romanos chamaram de Castrum Veteris.
Castro Verde está situado
no coração do baixo Alentejo, por
entre as planícies do Alentejo que encostam à Serra do Caldeirão.
Em Castro Verde temos de interessante é o Museu da Lucerna (candeias de azeite
usadas pelos romanos), a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, a Praça do Município, o Obelisco da Batalha de Ourique e a Basílica
Real de Nossa Senhora da Conceição com altar revestido em talha dourada e
azulejos com imagens da batalha de Ourique. Esta batalha ocorreu em 25 de Julho de 1139 e consistiu na vitória das
tropas de D. Afonso Henriques perante o exército muçulmano. Foi uma batalha
fulcral para a independência de Portugal. Além disso, tem o Moinho de Vento, a Casa Dona Maria e o Museu da Ruralidade.
Para provar da gastronomia regional em Castro Verde temos a Casa do Alentejo e o Restaurante Castro com preços moderados. Para dormir você vai encontrar no centro da cidade o três estrelas, Hotel A Esteva, e o com uma avaliação um pouco menor mas com igual estrelato, o Hotel Vila Verde.
Almodôvar
Em Almodôvar chegamos ao fim do território alentejano e à fronteira com a Serra do Caldeirão, através da qual a rota Km 662 da EN2 prossegue pelo Algarve. Dogueno é a última povoação do Alentejo, após a qual são apenas mais 60 km para chegar a Faro e ao fim da nacional.
O que visitar em Almodôvar? Entre
os vários locais merecedores de visita em Almodôvar destacamos o belo Convento
de Nossa Senhora da Conceição, a imponente Igreja Matriz, a secular Ponte
Medieval sobre a Ribeira de Cobres.
A cultura e a sua perpetuação são importantes em Almodôvar pelo que foi criado o Museu da Escrita do Sudoeste de Almodôvar (MESA), e todos os anos, desde 1996, se realiza a FACAL - Feira de Artes e Cultura de Almodôvar.
O que mais me ficou na memória foram as rotundas na vila com esculturas artísticas feitas por Aureliano Aguiar: Escultura ao Sapateiro, Rotunda do Mineiro e Escultura do Bombeiro. Procura por elas, vale mesmo a pena vê-las de perto.
A cultura e a sua perpetuação são importantes em Almodôvar pelo que foi criado o Museu da Escrita do Sudoeste de Almodôvar (MESA), e todos os anos, desde 1996, se realiza a FACAL - Feira de Artes e Cultura de Almodôvar.
O que mais me ficou na memória foram as rotundas na vila com esculturas artísticas feitas por Aureliano Aguiar: Escultura ao Sapateiro, Rotunda do Mineiro e Escultura do Bombeiro. Procura por elas, vale mesmo a pena vê-las de perto.
- Onde comer? 1860 Gourmet Taste, Tasquinha O Medronho.
- Onde dormir em Almodôvar? Casa da Igrejja e A Casa da Vila, ficam bem no centro e terá dificuldades para encontrar lugar para estacionar, mas ambas estão com nota 9 no Booking, Corvos e Cadavais fica a 1,3km.
Loulé
Não visitamos Loulé durante o percurso no Km 707 da rota na EN2, pois já havíamos visitado na quando fizemos a Rota Omíada pelo Algarve. Já tenho um artigo detalhado com o que visitar em Loulé aqui no blog. Nos últimos quilômetros de estrada, porém, ainda existem alguns outros locais a ver antes de chegar em Faro, como por exemplo, as Ruínas Romanas do Milreu, e o Palácio de Estói, convertido em pousada.
São Brás de Alportel
Igualmente em São Brás de Alportel (Km 722 EN2), também tenho um artigo detalhado aqui no blog, mas paramos para subir ao Miradouro da Arroteia
para ver ao longe a costa algarvia, o prêmio merecido depois de toda a
aventura, assim como também o Parque da Fonte Férrea pode ser um local interessante
de paragem.
Faro
Finalmente Faro, o marco final na rota da EN2.Confesso que esperava um fim mais grandioso, sei lá, um monumento para marcar esta rota vão afamada! Na realidade
só existe uma rotunda, muito movimentada, e um pequeno marco com o km 739.
E que tal, agora que você chegou ao fim do percurso e ao Algarve, para aproveitar as maravilhosas ilhas da Ria Formosa, algumas das quais acessíveis a partir de Faro? E estender os seus dias de viagem para um roteiro pelo Algarve? Se quiser saber o que visitar em Faro e muitas outras cidades,
E que tal, agora que você chegou ao fim do percurso e ao Algarve, para aproveitar as maravilhosas ilhas da Ria Formosa, algumas das quais acessíveis a partir de Faro? E estender os seus dias de viagem para um roteiro pelo Algarve?
não hesite em ver procurar neste blog artigos sobre várias cidade desta região.
EN2 Roteiro – Sugestões de Itinerário na Estrada Nacional 2
Vou agora apresentar-te algumas sugestões para roteiro na EN2: em 5 dias, em 7 dias, e em 2 semanas. Tudo o que tem de ver, encontra em cima, município a município, pelo que aqui vou ser sucinta. O que visitar em roteiros de menos ou mais tempo, deixo à sua escolha: é o que achar mais relevante e que se aproxima mais dos seus gostos.
EN2 Roteiro em 5 dias
- Dia 1 – Conhecer o Douro Vinhateiro, percorrendo a estrada de Chaves a Lamego. Entardecer em Peso da Régua. Total: 104 km
- Dia 2 – Começar o dia com subida ao Santuário de Lamego, e depois percorrer toda a estrada até Santa Comba Dão, e à barragem da Aguieira. Total: 109 km
- Dia 3 – De Santa Comba Dão a Pedrogão Grande, aproveitando para conhecer um pouco da serra da Lousã. Total: 111 km
- Dia 4 – Pedrogão Grande a Montemor-o-Novo, apreciando as paisagens do Zêzere, a barragem de Montargil e as primeiras retas do Alentejo. Total: 196 km
- Dia 5 – De Montemor-o-Novo a Faro. Total: 219 km
- Dia 1 – Conhecer o Douro Vinhateiro, percorrendo a estrada de Chaves a Lamego. Entardecer em Peso da Régua. Total: 104 km
- Dia 2 – Começar o dia com subida ao Santuário de Lamego, e depois percorrer toda a estrada até Santa Comba Dão, e à barragem da Aguieira. Total: 109 km
- Dia 3 – De Santa Comba Dão a Pedrogão Grande, aproveitando para conhecer um pouco da serra da Lousã. Total: 111 km
- Dia 4 – Explorar o Zêzere, com destaque para a Sertã e Vila do Rei. Começar em Pedrogão Grande e terminar o dia em Abrantes. Total: 78 km
- Dia 5 – Abrantes a Montemor-o-Novo, para aproveitar os passadiços do Gameiro, e Montargil. Total: 118 km
- Dia 6 – Montemor-o-Novo a Castro Verde. Total: 120 km
- Dia 7 – Castro Verde a Faro. Total: 99 km
- Dia 1 – Dia inteiro em Chaves
- Dia 2 – Percurso entre Chaves e Peso da Régua
- Dia 3 – Peso da Régua e Lamego
- Dia 4 – Seguir para Viseu, e visitar Viseu
- Dia 5 – Chegar a Santa Comba Dão e aproveitar a Barragem da Aguieira
- Dias 6 e 7 – Penacova, Serra da Lousã e Góis
- Dias 8 e 9 – Explorar o Zêzere pelos concelhos de Pedrógão Grande, Sertã e Vila de Rei
- Dia 10 – Sardoal, Abrantes e Ponte de Sor
- Dia 11 – Aproveitar a barragem de Montargil e fazer os passadiços do Gameiro em Mora
- Dia 12 – Conhecer Montemor-o-Novo e Viana do Alentejo, terminando o dia em Ferreira do Alentejo
- Dia 13 – Aljustrel, Castro Verde, Almodôvar e Serra do Caldeirão
- Dia 14 – Loulé, São Brás de Alportel e Faro
- 14:24
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