Bom, vocês devem estar se perguntando: o que eu fui fazer na Macedônia! Como vocês poderão ver, os dias foram intensos, foram algumas centenas de fotos, a cabeça a mil com tantos monastérios, museus, centro antigo, centro novo, mesquitas, praças, vista panorâmica, tanta informação, tanta coisa nova e muito aprendizado.
No final das contas, foi tudo muito bom! Tive uma impressão muito positiva da Macedônia e de sua capital, Skopje. Apesar do trânsito bem maluco (os macedônios buzinam por tudo e qualquer coisa) mas nada de caos, nada alarmante. As pessoas, o comércio, as ruas… é apenas um país tentando se reerguer do seu passado turbulento e andar com suas próprias pernas.
Sente-se um esforço em tratar bem o turista, embora turismo ainda não seja o forte da Macedônia, mesmo sem todos falarem inglês, por exemplo, a viagem foi muito agradável em todos os sentidos. Por isso, esta postagem vai ser uma introdução do que vi por lá. Continue lendo para obter informações práticas de como ir, como chegar, onde ficar, onde comer e o que ver neste pequeno país do Bálcãs, chamado Macedônia ou FYROM!
Macedônia: um país em construção
A capital da Macedônia é Skopje ou Escópia, tem cerca de 500.000 habitantes. A Macedônia é um país pequeno e pouco populoso, mais ou menos do tamanho do Estado de Sergipe, com cerca de 2 milhões de habitantes. É também um país pobre, um dos mais pobres dos 47 países europeus. É um país abatido pela guerra do fim dos anos 90 naquela região.
A região dos Bálcãs nunca teve longos períodos de tranquilidade. Os povos da Península Balcânica ficaram sendo jogados pra lá e pra cá nas mãos dos dominadores de cada época, ora otomanos, ora gregos, búlgaros ou sérvios, o que fez com que as fronteiras fossem sempre bem voláteis por ali. O país parece representar uma gradual transição entre os Bálcãs e a mediterrânea Grécia: a influência de ambas as regiões é perceptível.
Nome
Não, eu não escrevi errado aí em cima, quando disse FYROM, não se assuste, estamos falando da mesma Macedônia. É que, até 1991 a Macedônia fazia parte da Iugoslávia e ela foi um dos primeiros países a declarar sua independência. Embora o tenha feito de forma pacífica, foi aí que começou o problema do nome. A Grécia não aceitou que a Macedônia adotasse esse nome, pois ele é também o nome de uma região do seu território e ela dizia que isso abriria precedentes para uma invasão da Macedônia grega.
Em 1993 a Grécia exigiu que a Macedônia mudasse seu nome para ser admitida na ONU e ela então passou a adotar um nome provisório perante os órgãos internacionais: FYROM – Former Yugoslav Republic of Macedonia ou ARJM - Antiga República Iugoslava da Macedônia.
Moeda
Por causa dessa controvérsia a Grécia já conseguiu que a Macedônia não fosse aceita na OTAN e atualmente ameaça barrar sua entrada na União Europeia. Então, enquanto não é aceita, a Macedônia adota o Dinar Macedônio (MKD) como moeda oficial: 1U$=62 MKD/ 1€=61,40MKD/ 1R$ = 0,07 MKD.
Idioma
A Macedônia tem 2 línguas oficiais: o Macedônio e o Albanês.
Com a Bulgária a Macedônia mantém relações amigáveis, mas não totalmente, já que há uma corrente que defende que parte dos macedônios teriam etnia búlgara e que a língua do país, o macedônio, seria na verdade uma variação do búlgaro. Enquanto isso, muitos macedônios conseguem passaporte búlgaro para poderem transitar com mais tranquilidade na União Europeia, da qual a Bulgária faz parte desde 2007.
Para completar, na Macedônia vive um grande número de albaneses, uma população que aumentou bastante com a chegada de refugiados da Guerra do Kosovo na década de 90. Estima-se que hoje mais de 25% da população macedônia seja de etnia albanesa. O albanês usa o alfabeto latino, enquanto o macedônio é escrito no alfabeto cirílico.
Por aí a gente já imagina que essa integração possa ser complicada. E é mesmo. A minoria albanesa reclama de discriminações e exige mais direitos. A situação já ficou tensa por causa da atuação de grupos extremistas e em 2001 foi assinado o Acordo de Ohrid, que dentre outras coisas instituiu quotas para albaneses no serviço público e reconheceu o albanês como uma das línguas oficiais do país. O momento parece estável, mas onde essa história irá parar ainda não se sabe.
Religião
Os macedônios são cristãos ortodoxos, os albaneses muçulmanos, ou seja, 57% da população é Cristã Ortodoxa e 30% é Muçulmana.
Em meio a tanta mistura étnica e conflitos territoriais, é até difícil falar em identidade nacional, mas essa não parece ser a opinião do primeiro-ministro Nikola Gruevski. Foi ele quem criou o Skopje 2014, um projeto que visa dar uma identidade visual clássica à capital do país, resgatando sua história e reforçando o nacionalismo dos macedônios.
Quando ir
O clima da Macedônia é continental, representado por invernos rigorosos, os quais podem registar a mínima de -15º C, no entanto, os verões são bastante quentes, chegando a atingir os 40º C.
Nas partes altas do país é comum ocorrer neve e os verões são curtos. A melhor época para visitar a Macedônia então, é durante a Primavera, o Verão e inicio do Outono.
Como chegar
Aeroportos
A Macedônia está ligada ao resto da Europa através de dois aeroportos internacionais: O aeroporto da capital do país, o Aeroporto Internacional Alexandre o Grande, de Skopje e o aeroporto menor, o Ohrid Airport. O aeroporto da capital, o mais importante do país, tem várias ligações aéreas com os principais países europeus e alguns países do Oriente Médio. O aeroporto da cidade de Ohrid tem poucos voos sazonais e voos charter, principalmente dos Países Baixos e da Áustria.
Não há voos, que ligam diretamente Brasil com a Macedônia. O país está diretamente ligado com aeroportos na Alemanha, na Áustria, na Itália, na Croácia, nos Países Baixos, na Eslovênia, na Suíça, na Turquia e na Sérvia. Uma alternativa aos voos diretos é voar para os aeroportos de Viena, Roma, Zurique, Ljubljana, Zagreb e Belgrado e em seguida tomar um voo de ligação para o aeroporto de Skopje.
Trens
A Macedônia está localizada e atravessada pela grande linha férrea Trans-Balcânica, que vai desde Atenas, Skopje, Belgrado, Zagreb até Ljubljana. Esta é a linha principal do país e de Skopje, a capital da Macedônia. Um caminho de ferro de leste a oeste para conectar a Bulgária com a Macedônia está em construção. Já o transporte nacional tem uma pequena rede ferroviária de 900 km, que serve algumas cidades. Há frequentes viagens de Skopje para Ohrid, Bitola, Tetovo e as principais cidades regionais.
Ônibus
Há várias linhas de ônibus. A partir da estação internacional em Skopje partem ônibus para a Albânia, a Bulgária, a Turquia, a Sérvia e a Alemanha. Os ônibus circulam frequentemente e têm tarifas baratas e serviços profissionais. A Macedônia tem uma boa rede interna de linhas, conectando os principais centros populacionais do país e até mesmo algumas das aldeias mais pequenas. Já o transporte público não tem passe diário, mas bilhete individual ao custo de 25MKD (€0,40).
Carro
Talvez por conta destes problemas com a imigração, muitas locadoras não permitem que seus carros cruzem fronteiras naquela região, por isso, ao sairmos da Bulgária, contratamos um transfer privativo que nos levou até a Macedônia. E como vocês já devem ter lido na postagem que fiz sobre os Bálcãs de carro, e por a Macedônia não ter problemas de fronteira com a Albânia, só aqui conseguimos alugar um carro para ir da Macedônia até a Croácia, passando pela Albânia e Montenegro.
As estradas não são excelentes, mas também não são das piores, tem muitas estradas em obras, por isso, sem pedágio por enquanto. Agora meu amigo, dirigir dentro de Skopje é uma verdadeira aventura. Pense num Brasil de uns 40 anos atrás: cruzamentos sem semáforos, trânsito caótico, frota de carros velhos, ruas cheias de obras, empoeiradas, uns motoristas malucos, mal educados, que buzinam por tudo e qualquer coisa. Assim é Skopje. Uma verdadeira loucura!!
Já a estrada de Skopje até Bitola estava muito boa e com pouco movimento, mas em todo o percurso praticamente não havia acostamento. E poucos postos de combustíveis. Como rodamos somente 400km, não chegamos a abastecer na Macedônia. No trecho de Bitola para Ohid ficamos alguns minutos parados por conta de uma obra, mais túneis e tudo tranquilo.
A estrada de Ohrid para o Monastério de Saint Naum passa por alguns vilarejos com asfalto em estado de conservação razoável.
Tem uns trechos com lindas vistas, embora bem sinuoso e sem acostamento, nenhum ponto de observação. E mirante só no Museu da Guerra. Uma pena!
Onde ficar
Nesta viagem pelos Bálcãs todos os hotéis foram reservados pelo Booking. Na Macedônia foram dois hotéis:
Skopje: Hotel Super 8
O hotel fica do lado antigo da cidade, próximo ao Old Bazaar, mas de frente para a Gotse Deltchev Blvd, onde estão as construções novas da cidade.
O estacionamento não é coberto, mas fica em frente ao hotel e com cadeado. A recepção é boa, mas estranhei a recepcionista dizer que ia ficar com nossos passaportes para agilizar no preenchimento das fichas e nos devolveria no quarto. Só que passada mais de hora ainda não havia nos devolvido. Então, fui lá e pedi de volta...
Ruim é que você tem que subir um andar de escadas até ter acesso ao elevador e este tem um degrau até a porta. Não vi aviso para tomar cuidado. Um perigo para quem sai distraído.
Ficamos num quarto de frente para a Boulevard que é muito movimentada, como os motoristas macedônios buzinam por tudo e qualquer coisa, não era silencioso. O banheiro era amplo e razoável.
E também ficava bem embaixo do salão do café da manhã. Já cedo, ouvia-se o arrastar de cadeiras. O café da manhã até que era bem farto, com algumas opções de iogurte, frutas, pães, tipo americano.
Ao lado do hotel tem três restaurantes, com a opção de incluir a conta nas despesas do hotel. As duas diárias custaram 120,00 € para duas pessoas+ taxa de turismo de 0,65€.
Ohrid:Vila Dea
Gostei muito deste hotel, pois fica de frente para o lago Ohrid, com uma vista linda!
Tem uma varanda privativa, onde você pode sentar e apreciar a vista, o por do sol, as pessoas caminhando na orla do lago.
O quarto é amplo, camas confortáveis e bom wi-fi. O banheiro é razoável, o box vazava molhando o tapete.
Em nossa diária não tinha café da manhã, mas tem a opção de incluir ao custo de 5€ por pessoa, como no quarto tinha uma cafeteira e frigobar, então fomos ao supermercado, compramos algumas coisas e fazíamos nosso mini café dentro quarto. Tem algumas opções de restaurantes próximos.
Tem um elevador bem moderno.
O estacionamento não é coberto, fica do outro lado da rua, mas com cadeado, e como são poucas vagas, é sempre bom fazer reserva.
Pedimos uma lavagem de roupa e foram bem rápidos. A recepção não é 24 h, então é bom avisar com antecedência o que necessita, para que alguém possa vir atendê-lo. As três diárias de um quarto superior com vista para o lago, custaram 141€ para duas pessoas.
É claro que existem opções mais baratas. Segundo o Lonely Planet, é possível encontrar um Quarto privado para 2 pessoas em hotel básico por: (€25 a €30).
Onde comer
Para encerrar, só falta falar sobre comida! Como passamos pouco tempo lá, acabamos não conhecendo muitos restaurantes. Čaršija é um bom lugar para comer kebabs ou bureks, mas na beira do Rio Vardar há vários restaurantes e, ao contrário do que se imagina, os preços não são abusivos, muito pelo contrário, nem se compara com Brasil. Um almoço em restaurante simples fica em torno de 500-700 MKD, cerca de 8€ a 11,40€. Dizem que em Kosovo e na Albânia é ainda mais barato. Em todos o atendimento e a comida foram bons.
Em Skopje na noite em que chegamos, jantamos no Restaurante Shkupi, que fica ao lado do hotel e a nossa conta com uma cerveja, água mineral e dois pratos de massas: spaguetti e penne ao forno ficou em 690 MKD=11,20€=R$48,00, ou seja, muito, muito barato!
No dia seguinte em nosso city tour pela cidade, almoçamos no Restaurant Merkez. Sabe aquele conselho de que se deve comer onde os locais comem, pois é, siga!
Este agradável restaurante no coração da cidade velha de Skopje, à sombra de uma grande árvore estava cheio na hora do almoço, tanto de locais quanto de estrangeiro que pareciam já conhecer o lugar.
O serviço foi rápido, atendente simpático, o preço é compatível com o tipo de comida. Foi o único lugar em que a cerveja estava realmente gelada.
Escolhemos um prato de carne(linguiça) e algumas saladas. Um bom lugar para uma refeição e descanso durante o seu passeio.
Já no dia seguinte em Ohrid, jantamos no Restaurante Fish & Lounge Bar Lihnidos.Este restaurante em Ohrid tem uma localização excelente, de frente para a praça e da rua comercial, com uma excelente vista da varanda.
A comida, no entanto, não é tão boa quanto a vista. Especialista em frutos do mar, mas tem um cardápio de massas, pizzas, carnes.
A princípio pensamos que estávamos sendo muito bem atendidos pelo garçom, oferencendo isso, aquilo, deu a entender que a sobremesa seria por conta da casa, mas…
depois percebi que aquilo não passava de uma forma de nos deixar distraídos, pois no final das contas, não só cobrou a sobremesa, como nos cobrou mais do que consumimos. Depois lendo os comentários no tripadvisor, vi que haviam reclamações dos garçons deste restaurante neste sentido .
Em nossa visita ao St. Naum, almoçamos no Cubra Libre Restaurant & Beach Bar.
O lugar é lindo! Em frente para o lago, com uma vista magnífica.
Os preços são mais elevados em comparação com outros lugares por ser bem turístico, mas mesmo assim saiu mais em conta do que o restaurante do hotel em Skopje(520,00 MKD).
O serviço é um pouco lento, mas o garçom foi bem simpático e falava inglês.
É o lugar para estar se você quer descansar e fazer uma boa refeição depois do passeio pelo St. Naum.
Em nosso último dia em Ohrid, depois de muito andar resolvemos entrar na Di Angollo Pizzeria, que aliás, os italianos devem se sentir em casa, pois na cidade tem pizzaria para todo lado.
Aqui foi uma das melhores experiências. Tevemos a nossa comida muito rapidamente e estava deliciosa. O pessoal se preocupa com seus clientes, tem um serviço muito educado e atencioso, com uma decoração de bom gosto, ao estilo africanês, talvez por conta do nome: Angollo…Angola?
Parece uma empresa familiar, pois em anexo tem um Hostel de mesmo nome.
Macedônia atrações turísticas:
A República da Macedônia tem uma rica herança cultural. O patrimônio cultural e natural da região de Ohrid faz parte dos lugares inscritos no Patrimônio Mundial da UNESCO.
As atrações da Macedônia são principalmente compostas de belas igrejas e mesquitas e coleções de ícones ortodoxos em igrejas no país inteiro. Ela contêm muitos exemplos da arte e da arquitetura dos períodos bizantinos e otomanos.
Outro ponto forte, talvez não tão turístico para todo mundo mas ainda sim de interesse de quem vai a Macedônia, são os monastérios. O melhor exemplo são os maravilhosos afrescos bizantinas do séculos XI e XVI do mosteiro de São Pantaleão em Ohrid. Trata-se de uma das mais importantes coleções de ícones do mundo.
Mais de 60% da Macedônia hoje é cristã ortodoxa, então os monastérios que existem são de grande importância para o país, considerando que nos 500 anos que o país passou sob influência do império otomano, a prática de outra religião se não a muçulmana não era incentivada e havia várias regras que desfavoreciam outras religiões, como igrejas tinham que ser menores que as mesquitas, por exemplo.
Alguns monastérios como o Sveti Spas datam do século XIV e tiveram que ser reformados nos séculos XVIII e XIX.
Alguns têm partes secretas subterrâneas e alguns têm pinturas que refletem não só a religião como a típica pintura fresco de igrejas ortodoxas, mas que refletiam as tradições e folclores macedônios.
Skopje une construções antigas com novas edificações modernas. Na capital há muito para ver, ela tem um quê de monumental: em meio a pontes antigas, mesquitas pitorescas e ruínas dos impérios bizantino e turco, abriga dezenas de estátuas modernas, construídas nos últimos cinco anos como parte de um projeto de revitalização da cidade, que também restaurou diversos prédios públicos.
Além disso existe aqui a Fortaleza Kale antiga do século X e uma magnífica ponte pedonal, que atravessa o Rio Vardar.
A Cidade Velha é a parte mais atraente da cidade.
Nela se encontram a Kursumli An do século XVI, o caravançará Suli An do século XV, o Daut Pasha Aman, que é um banho público do século XV com as suas duas grandes cúpulas e 11 pequenas e finalmente a torre de relógio do século XVI.
Ali também se encontra a Igreja do São Salvador com a sua iconostasis esculpida. Há um número de mesquitas, que datam do período otomano como a mesquita de Mustafa-Pasha do século XV.
Entre os sítios arqueológicos mais importantes a visitar há Stobi em Gradsko e Lychnidos. Em Bitola, segundo maior município do país, encontra-se o sítio arqueológico de Heraklea Lyncestis, importante cidade helenística fundada por Filipe 2º, pai de Alexandre, o Grande. Em Ohrid existem artefatos históricos como um anfiteatro romano e a Via Egnatia e a Igreja da Santa Sofia e Scupi em Skopje.
A Macedônia é também conhecida pelo seu turismo de inverno. A natureza é outro bom motivo para visitar o país: Montanhas, lagos, rios e cachoeiras caracterizam o aspecto natural da Macedônia.
Dentre os muitos lagos, destaca-se o de Ohrid, que margeia a cidade homônima, uma boa mostra do charme macedônico.
Além disso no país há três Parques Nacionais: Pelister, Mavrovo e Monte Galichica e além disso a Reserva Florestal Jasen e a curiosa cidade, chamada Cidade de Rocha em Kuklica, composta de pináculos rochosos de formas bizarras, formados graças aos efeitos da erosão hídrica e eólica. Lugares não chegamos a conhecer. E aí, vocês acham que vale a pena conhecer a Macedônia? Se você acha que sim, nas próximas postagens vou falar de cada uma em separado: Skopje, Bitola e Ohrid.
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