Dicas e roteiros de viagem a Buenos Aires

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Normalmente Buenos Aires é escolhido como primeiro destino de viagem internacional dos brasileiros. É uma cidade grande com os mesmos atrativos de uma metropole brasileira, mas há um ar europeu misturado a receptividade latina que fazem de Buenos Aires uma cidade fascinante e amigável com os turistas.
E também com o peso argentino (moeda local) sempre mais desvalorizado em relação ao real, fomenta o turismo, não só na Argentina, mas em quase todos os países vizinhos. Seja por este ou qualquer outro motivo, Buenos Aires, será sempre uma boa escolha e sem dúvida um excelente roteiro gastronômico e cultural, pois além de comer carnes tenras, os melhores doces de leite do mundo (para quem não é vegano, é claro) e tomar um vinho delicioso, a cidade está recheada de atividades culturais, museus, teatros, livrarias, passeios, compras, restaurantes, vida noturna e muito mais…
São tantas coisas para falar e ver neste lugar… mas não se preocupe, há quem já estive em Buenos Aires por três…quatro vezes, sendo um lugar de fácil visitação até mesmo num final de semana, pois é quando se observa uma quantidade maior de turistas brasileiros chegando na cidade numa sexta à noite e voltando no domingo à tarde.
A população de Buenos Aires é de cerca de 3 milhões de pessoas. A população total da cidade e área metropolitana, é de 14 milhões de pessoas. Buenos Aires sempre foi uma cidade de portas abertas. Os seus habitantes são chamados “portenhos”, gentilício que faz referência à condição portuária da cidade. O habitante da província de Buenos Aires é chamado “bonaerense”. Os argentinos são extremamente acolhedores, recebem os brasileiros com hospitalidade e possuem uma admiração enorme por nós. É claro que você pode se deparar com alguém estressado ou espertalhão, mas isso não é regra.
DOCUMENTOS
Para ir a Argentina não há obrigatoriedade de tomar vacinas, mas sempre ando com a minha Carteira de Vacinação Internacional. Assim como também, não é necessário passaporte ou visto, apenas com o RG você consegue embarcar. Entretanto, certifique-se de que seu RG está em perfeito estado, possui foto atual (deve ser emitido há no máximo 10 anos), não pode ser replasticado e isto vale para outros países da América do Sul também. Na dúvida leve seu passaporte. Vai por mim, por experiência própria!
Resolvi renovar o meu passaporte com uns dois meses de antecedência ao vencimento, no entanto, a “infeliz” da agente na Polícia Federal aqui do Rio, perfurou o meu passaporte antigo. Eu tinha uma viagem marcada para Montevidéu e o passaporte novo não chegou a tempo, entao, muito a contra-gosto, fui só com a minha identidade. Ao passar pela imigração em Montevidéu a agente criou caso com a minha identidade, dizendo que era muito antiga, e ainda, colocou terror dizendo que ela ia deixar passar, mas que se fosse na Argentina eu não entraria.
Pois bem, de Montevidéu faríamos a travessia de barco para Buenos Aires, onde ficaríamos mais dois dias e voltaríamos de lá para o Brasil. Moral da história, com medo de ficar barrada ao entrar em solo portenho, cancelei a nossa reserva no hotel em Buenos Aires, perdi a passagem do barco da Buquebus que havia comprado pela internet e tive que remarcar a passagem aérea com volta a partir de Montevidéu, só por causa da identidade.
SEGURANÇA
De uma maneira geral, a Argentina é um país tranquilo para os turistas, assim sendo, Buenos Aires é bem mais tranquila do que qualquer grande cidade brasileira, mas vale a pena tomar algumas precauções para evitar problemas:
1- Cuidado com os taxistas pois costumam repassar notas de pesos falsas. Procurem sempre pagar com notas "baixas"... tipo 10, 20 pesos, evitem pagar com notas de 100 e 50, pois muitos passam notas falsas no troco.
2- Não deixar sacolas e carteiras pendurados em cadeiras em lugares públicos.
3- Assaltos e crimes violentos são raros, mas muito cuidado em lugares movimentados (lugares preferidos dos batedores e trombadinhas), como Calle Florida, mercados, restaurantes, etc. Seja bem atento com bolsas, carteiras e celulares.
4- Evite ficar andando com câmeras enormes e com “cara de turista”, o que é sempre visado pelos maus elementos de plantão.
5- Evite andar à noite nas pequenas ruas escuras do Centro, prefira as ruas principais. Se quiser mais tranquilidade à noite, procure um hotel em Palermo ou na Recoleta, que são zonas mais residenciais do que o Centro que “morre” a partir das 22 horas. Dica: A zona de La Boca, onde fica o Caminito é uma área folclórica, mas pobre. Perto do Caminito é bem policiada, mas fora desta região, convém não se arriscar, e é melhor visitá-la de dia.
6- Evite trocar dinheiro na rua.
5- Evite strip tease show oferecido na Rua Florida e do centro. Sempre roubam os turistas.
6- Cuidado com a bagagem no aeroporto e terminais de ônibus.
MOEDA
Moedas
Evite trocar dinheiro na rua e não faça câmbio no aeroporto. As taxas são muito baixas e voce perderá muito dinheiro com isso! Porém, se optar por efetuar o câmbio no aeroporto, troque somente uns reais ou dólares até que você consiga chegar a uma casa de câmbio no centro da cidade.
Em minha opinião, a melhor relação perrengue x benefício está nesta combinação:
-Ao chegar, no desembarque, trocar no Banco Nación do aeroporto (não na casa de câmbio), somente o suficiente para passar bem até a ida a uma cueva (casa de câmbio); Os Bancos abrem às 10 h e fecham às 15 h.Os dois aeroportos contam com agências do Banco Nación que fazem câmbio 24 horas por dia à cotação oficial.
-No centro, fora do horário bancário, você pode usar casas de câmbio convencionais. A mais bem-localizada é a do subsolo da Galerías Pacífico (Florida esquina Córdoba), que abre todos os dias das 10h às 21h. Mas, lembre-se: para trocar dinheiro em bancos e casas de câmbio devem apresentar um passaporte.
-Há também caixas automáticos que funcionam 24 horas, sendo possível fazer saques e outras transações com o cartão do seu banco, desde que esteja habilitado para saques internacionais e desbloqueado para a viagem. Você deve ligar na sua agência antes de sua viagem e comunicar o período em que pretende realizar saques no exterior. O que pode ser uma grande vantagem para quem não está a fim de levar dinheiro vivo (reais ou dólares). Mas, o saque só passa a valer a pena, se seu banco oferecer isenção de tarifa para saque no exterior em suas próprias máquinas ou agências, como é o caso do Citibank e do Santander Select. O Itaú não cobra tarifa dos seus clientes Personnalité, em qualquer terminal.
-Cartão de crédito para últimos gastos caso não tenha trocado ou levado moeda suficiente. Mesmo tendo que pagar os 6,38% de IOF valem o conforto e a praticidade de usar, nós usamos e muito.
Dica: Muitas lojas e restaurantes estão aceitando dólares por uma cotação superior à praticada pelas casas de câmbio. Reais têm melhor aceitação (e melhor cotação) em estabelecimentos que dependam do público brasileiro, como casas de tango e restaurantes do Puerto Madero. Então, pergunte sempre antes se a casa aceita dólares ou reais e por qual cotação. Assim você evita surpresas e ainda tem uma pequena chance de negociar uma taxa melhor.
AEROPORTOS
Buenos Aires tem dois aeroportos: Ezeiza (EZE) que é maior. A vantagem dele para quem gosta de gastar dinheiro é que ele tem um free shop grande, rsrs…e a desvantagem é que ele fica longe,  a uma boa distância do centro, em torno de 50 minutos de táxi do centro; o outro é o Aeroparque (AEP) que é o aeroporto central. A vantagem do Aeroparque é que ele fica próximo do centro, a 10 minutinhos de táxi do centro ou de Palermo, tipo o nosso Santos Dumont(SDU) no Rio e a desvantagem é que o free shop é pequeno. Estou dizendo isso, porque os free-shops dos dois aeroportos aceitam pesos. Uma boa oportunidade de torrar todos os pesos que sobrarem, que são convertidos pela cotação oficial, ou seja, uma cotação mais camaradas do que se você pagasse em dólar.
TRANSPORTE URBANO
O transporte público de Buenos Aires é bem barato e menos arriscado do que levar golpe de taxista ou de até mesmo transfer que tenta aumentar o valor combinado na hora que se chega ao hotel.
Táxis
O taxi é uma boa opção, porque são baratos quando comparados com os valores praticados no Brasil, porém lembre-se : ande sempre com dinehiro trocado, porque, infelizmente, corremos o risco de sermos enganados pelos taxistas com notas falsas!
Táxi no Ezeiza
O Táxi Ezeiza é perfeitamente confiável e tem um balcão em frente ao portão de desembarque. Você pode tomar também um Remis ( Transfer Express e a WorldCar). Remisses são carros com motorista sem placa de táxi, muito comuns e legalizados na Argentina. Os guichês dos remisses em Ezeiza também ficam no saguão do desembarque. Quando você chega tem uma porção de espertinhos que vem lhe oferecer táxi, mas fomos direto ao balcão da WoldCar. Chegamos na cidade no dia 31 de julho de 2017, a corrida até Recoleta custou 720 pesos (na nota sai os dados do veículo, como marca, modelo, placa). Não é necessário reservar, basta chegar e procurar o guichê. Mas, a atendente ofereceu a reserva da volta, por 620 pesos. Só não reservamos porque estávamos pagando em reais para ter um troco de volta em pesos e não queríamos gastar todo o dinheiro ali.
Táxi no Aeroparque
Já os táxis no Aeroparque operam pelo taxímetro. O problema é que alguns têm taxímetro adulterado. Dica: Se em Roma faça como os romanos, em Buenos Aires faça como os portenhos, pesquise seu destino no Google Maps e ao dar o endereço diga: nome da rua e suas transversais, por exemplo, não diga que quer ir ao Hard Rock Café, diga: “ Av. Pueyrredón entre Dr. Ricardo Levene y Av. del Libertador, por favor”. Além disso, sempre tomei táxi oficiais. Parece bobeira, mas ao escolher o táxi, somente peguei aqueles que têm a marca de “radio taxi”, uma marca na porta traseira, ou no letreiro de táxi. O preço do radio táxi é o mesmo do táxi comum.
Ônibus
Os ônibus de Buenos Aires são um meio de transporte econômico, embora possa ser menos eficiente nos dias de engarrafamento no centro, podem ser uma boa alternativa, fora dos horários de pico, pois quase sempre são vazios e a tarifa é barata. A malha de ônibus é extensa, serve a toda a cidade, muitos foram modernizados e têm ar condicionado. A cidade não é tão grande assim e é plana, o que facilita na hora de pegar um colectivo (como eles chamam os ônibus) e caminhar até um determinado local. Os ônibus circulam durante todo o dia, diminuindo de frequencia depois da meia-noite. No entanto, o problema é que, os ônibus que antes não aceitam dinheiro em notas, só moedas, agora só funcionam com a tarjeta SUBE“ (www.sube.gob.ar), que se compra em qualquer loja da Loteria Nacional, sem a necessidade do cadastro pela internet que chegou a ser necessário. Mas infelizmente é frequente que o sistema esteja fora do ar ou que não haja cartões novos para compra. Ele é como nosso bilhete único, serve em ônibus e metrô.
Metrô

Vale a viagem, pois o metrô ou Subte de Buenos Aires é eficiente, barato e histórico, um dos mais antigos do mundo. Mas, cuidado com seus pertences, há mãos-leves em ação nas estações. Pode-se comprar o bilhete em dinheiro na estação, assim você pode usar mesmo que não queira fazer o cartão do bilhete único.
Como tenho dito em várias outras postagens, sou fã em usar os meios de transporte nas cidades pelas quais visito, no entanto, não cheguei a usar o “colectivo” em Bue, e nem o metrô, pois achei este último, sem muita utilidade para o turista, pois a linhas sempre passam bem fora das principais atrações turísticas. Achei mais útil fazer uso da linha turística hop-on hop-off. O Buenos Aires Bus permite descer em 24 pontos (indo da Boca ao Barrio Chino). Os ônibus passam de vinte em vinte minutos das 9 h às 20 h. O bilhete 24 horas custa 90 pesos (adulto); o bilhete 48 horas sai 110 pesos (adulto). A passagem pode ser comprada a bordo.

ONDE FICAR
Buenos Aires como todas as grandes capitais, tem uma infinidade de opções em termos de hospedagem, desde hostel, apart-hotel, apartamentos para alugar, hotéis de luxo até os mais modestos, mas se tem um item, cuja variação de valor é estrondosa, eis aqui! Embora, sejam muitos os bons hotéis da cidade, existe a cobrança do IVA dos hóspedes estrangeiros, atualmente, somente 20% dão isenção, mas o pagamento precisa ser feito em cartão de crédito ou débito internacional. Além disso, o café-da-manhã ou desayuno é bem pobre, não tem aquela fartura da qual estamos acostumados aqui no Brasil, como várias frutas, sucos, iogurtes, etc.
Uma opção mais econômica que os hotéis, são os flats ou apart-hotéis. Os apartamentos cumprem fielmente o que está escrito no site, bem como as fotos. Todos são mobiliados e a maioria dispõe de cozinha equipada, ar condicionado e internet. O legal é que você pode escolher desde um estúdio para uma ou duas pessoas até um apartamento para 6 ou 8 pessoas.
Agora, quanto a localização, você pode ficar no Centro, pela facilidade de locomoção, no entanto, centro é centro em qualquer lugar do mundo: uma área útil durante o dia, mas erma e sem vida à noite. E os hótéis normalmente são velhos e antiquados; em Palermo Soho ou Hollywood pelo charme do lugar e onde tudo acontece. Os hotéis-boutique vão sempre estar a poucas quadras de algum ótimo lugar para comer ou beber. Mas, fica longe dos lugares turísticos e você vai depender muito de meios de transporte. Assim, a minha sugestão é para que escolham hospedagem na Recoleta, onde só a arquitetura já é a maior atração (até o cemitério já virou atração turística), é onde estão as embaixadas, os hotéis mais clássicos... Além disso, a Recoleta fica no meio do caminho entre as atrações turísticas do Centro e os restaurantes badalados de Palermo. Os transportes públicos estarão sempre perto, assim como as corridas de Uber ou táxi não sairão caras para ir e voltar dos bairros vizinhos. Se você é o tipo de pessoa como eu que, gosta de ter muita coisa a fazer nas redondezas;  que suas caminhadas pelo bairro contem como um passeio, pois a Recoleta é um dos bairros urbanos mais bonitos do mundo, você vai gostar de se hospedar aqui e quando voltar à cidade, com certeza vai querer ficar aqui novamente.
Para lhe ajudar nesta difícil tarefa, conte com os vários site de busca, como o Booking, por exemplo, ele inclusive informa se no valor das diárias está incluso o IVA. Foi com a ajuda do Booking que escolhemos o Art Suites & Gallery, um apart-hotel que fica numa ruazinha simpática, perto do Recoleta Mall e da estação Las Heras de metrô. Os apartamentos são bem decorados e amplos, separados em quarto e sala.
E para quem viaja em família há apartamentos de dois quartos. A cozinha é bem equipada, mas o hotel oferece serviço de café da manhã, entregue no apartamento (inclusive no Booking você tem a opção de reservar com ou sem café-da-manhã). Optamos sem e todos os dias saímos para tomar o café numa cafeteria e panadería na esquina, mas vale a pena também passar no supermercado, pois como disse, a cozinha é bem equipada, dá perfeitamente para preparar um bom café, enfim, uma ótima relação custo x benefício.
O QUE VER EM BUENOS AIRES
Vou contar um pouco sobre o que vimos nestes três dias em que estivemos lá…mas primeiramente quero dizer que, Buenos Aires é uma delícia para passear à pé, portanto, caminhar é a melhor maneira para conhecer a cidade. Com os seus edifícios antigos, os parques, o rio da Plata e seus prédios super modernos... Os passeadores de cachorros levando pelas coleiras uns dez ao mesmo tempo, as pessoas nos cafés sem pressa...uma cidade bem arborizada, parece que estamos na Europa! Enfim, descubra comigo os seus encantos:
1º dia - Centro Histórico
O bairro é conhecido como Montserrat e nasceu com a cidade. O fundador da cidade de Buenos Aires, Juan de Garay, escolheu esta área para instalar a Praça Mayor, o Forte, a Catedral e o Cabildo. A partir daí começou a expansão da cidade para o sul. Garay também deu a terra para as várias ordens religiosas, incluindo a dos franciscanos, dominicanos e jesuítas. Eles construíram seus templos, casas e hortos. Este bairro foi fundado o primeiro jornal, a Biblioteca Nacional e a Universidade de Buenos Aires.
Plaza de Mayo

É a praça mais importante da cidade de Buenos Aires. Foi criada em 1580, quando Juan de Garay fundou a cidade. No início era chamado de Plaza Mayor ou Plaza Grande. A praça era o lugar onde os comerciantes se reuniam para vender seus produtos. A praça foi palco de importantes acontecimentos históricos como as Invasões Inglesas e da Revolução de Maio (primeiro governo independente). A praça foi ajardinada no final do século XIX e foi reformada várias vezes.

A Praça de Maio foi bombardeada pelos militares que tentaram derrubar o governo em 1955. Muitas manifestações foram reprimidas pelas forças de segurança como, por exemplo, 20 de dezembro de 2001, durante a queda do governo de Fernando de La Rua. Portanto, a Plaza de Mayo é o centro histórico e político da cidade e uma testemunha dos eventos históricos do país desde a época da fundação de Buenos Aires, onde o povo faz suas celebrações, bem como os seus protestos e reclamações.
Casa de Governo ou Casa Rosada
A Casa de Governo está no mesmo lote onde foi o Forte Espanhol de Juan de Garay em 1580. Em 1873, o Presidente Sarmiento mandada construir no local dos correios. Em 1882, ele construiu outro edifício ao lado com características semelhantes. Em 1910, esses dois prédios foram unidos e dedicados inteiramente à sede do governo.

Sobre Rivadavia está a entrada presidencial; na parte de trás pode-se ver restos da antiga aduana (alfândega); sobre Yrigoyen está a entrada do museu da Casa Rosada.
Se você gosta de museus, pode visitar o Museu do Bicentenário da Independência. Ele fica exatamente atrás da Casa Rosada. Abre de quarta  a domingo das 11:00 h às 19:00 h e a entrada é gratuita.

Igreja Catedral Metropolitana
Seu nome real é Igreja da Santíssima Trindade. O primeiro templo foi construído na época da fundação da cidade. A primeira catedral de Buenos Aires foi levantada em 1622 neste mesmo terreno. O edifício atual, depois de um século e meio de obras, foi terminado em 1822.

No interior há quadros e esculturas, principalmente de artistas italianos. O estilo arquitetônico neoclássico e é a fachada é composta de uma série de doze colunas coríntias e acima deles assenta um frontão triangular decorado com uma representação bíblica. Em um mausoléu descansam os restos do General José de San Martín, um dos heróis da independência.
Cabildo
Nos tempos da colônia, era a instituição que representava os interesses locais. A construção atual teve início no princípio do século XVIII, mas sofreu muitas modificações até a presente data.
Em 1810, foi o centro dos acontecimentos que deram lugar à Primeira Junta de Governo e a posterior declaração da independência. Há um pequeno museu dentro do palácio, com entrada pela Bolívar, 65.

Pirâmide de Maio
Foi o primeiro monumento da cidade. Criada em 1811 para celebrar o primeiro aniversário da Revolução de Maio. No início, era de barro e madeira e foi localizado a poucos metros de sua posição atual. Em 1856, foi remodelado estrutura original permanecem no monumento actual.
Em torno da pirâmide, na calçada, você pode ver muitos lenços brancos pintados. Esses são os símbolos das Mães da Plaza de Mayo. Eles se reúnem toda quinta-feira às 15.00 horas. Mães e famílias de 30.000 desaparecidos da última ditadura militar. Imagine-se no lugar de uma das Mães da Plaza de Mayo chorando seu filho desaparecido — ou um fã de Evita ouvindo um de seus discursos na sacada.
Se quiser explorar um pouco mais o centro histórico, siga pela Calle Bolívar…
Percorra as Calles Bolívar/Perú/Av. Belgrano sentido San Telmo, por ali estão:

Monumento a Julio Argentino Roca

“Mazana de la Luces” - Igreja “San Ignacio” - “Colégio Nacional Buenos Aires”
Café La Puerto Rico

Museu da Cidade - Farmácia “La Estrella”

Igreja e Convento de “San Francisco” - “Capilla San Roque”

Volte à Avenida de Mayo, entre as Calles Suipacha e Esmeralda, está o Café Tortoni, o equivalente portenho da carioca Confeitaria Colombo. Os preços são bem salgados! Mas, vale a pena tomar um café só para sentir o clima do lugar que conserva toda imponência e aristocracia do início do século passado…Aliás, no inverno pede-se chocolate quente e churros; no verão escolha uma das copas de sorvete.
A Avenida de Mayo, onde está o Tortoni, é a Champs-Elysées de Buenos Aires. Ela vai do Congresso à Casa Rosada, passando pelo Obelisco.
O Obelisco está a duas quadras para a direita de quem sai pela porta do Tortoni. Localizado no cruzamento da Avenida 9 de Julho com a Calle Corrientes, no bairro de San Nicolás, o Obelisco fica no meio da Praça da República. Ele foi construído em 1936 para comemorar os quatrocentos anos da primeira fundação da cidade.

Já a Avenida 9 de Julho é uma das mais largas do mundo, com 140 metros de largura, em algumas partes de seu percurso, chegam a ter 7 pistas de cada lado, isso sem contar com as vias laterais paralelas, a Cerrito e a Carlos Pellegrini. Além disso, ali existem pistas exclusivas para ônibus e a linha C azul do metrô.
A sua construção começou em 1912 e a inauguração ocorreu em 1930. O nome da avenida foi inspirado na data de independência da Argentina, que aconteceu dia 9 de julho de 1816.
Se tiver pernas, desça pela Av. Corientes até Florida, siga por até as Galerías Pacífico. Um lugar ideal para visitar, admirar e comprar.

A Galerías Pacífico é um dos Shopping Centers mais bem sucedidos da Argentina. Foi declarado Monumento Histórico Nacional por sua arquitetura de inegável valor artístico e seus impressionantes murais.

Localizada na Flórida e Córdoba, um dos cantos mais tradicionais da Cidade de Buenos Aires, a Galerías Pacífico recebe mensalmente mais de 900.000 pessoas de alto nível socioeconômico e cultural.

À noite você pode se aventurar pelo Bairro Recoleta, onde se concentram alguns bons bares e restaurantes, além do famoso Hard Rock Café, onde fomos jantar para terminar muito bem este nosso primeiro dia na capital portenha.

2º dia- Recoleta e Palermo

Na área onde hoje está o bairro, estava localizado o mosteiro dos monges recoletos e também era uma área de pomares e fazendas. O bairro da Recoleta começou em 1871 com a chegada de famílias ricas na zona sul da cidade. As famílias vieram para escapar da epidemia de febre amarela atingiu a bairro de San Telmo. As famílias construíram suas casas com estilos arquitetônicos franceses.

Quando andar pelo bairro, preste atenção no entorno. Você está no coração do bairro mais bonito de Buenos Aires!
É neste mesmo bairro que está a Biblioteca Nacional, muitas praças como a Mitre, a Francia e a República Federativa do Brasil, a Floralis Generica e o famoso cemitério em que Evita Perón está enterrada. É um cemitério muito suntuoso, os túmulos são verdadeiros mausoléus!
Cemitério da Recoleta


O cemitério foi inaugurado em 1822. Cemitério da Recoleta é considerado um museu por dois motivos. Um deles é o grande número de obras de arte encontradas lá. A outra razão é porque, no cemitério estão os restos mortais de personalidades famosas da política, cultura, arte e ciência. Em seus quase seis hectares estão sepultados heróis da Independência, presidentes da República, militares, cientistas e artistas. Entre eles, Eva Perón, Adolfo Bioy Casares e Facundo Quiroga.

As abóbadas são na maior parte das famílias aristocráticas do país. As sepulturas são de propriedade de cada família e cada proprietário deve pagar uma taxa mensal de administração. O metro quadrado mais caro da cidade está localizado dentro do Cemitério da Recoleta. Endereço: Junín 1760. Horário: todos os dias das 8 às 18hs. Entrada: Gratuita.

Túmulo de Eva Perón (Evita)
Eva Duarte de Perón (Evita): (1919-1952), foi a esposa do general Juan Domingo Peron, considerada a Defensora dos trabalhadores e com muitos trabalhos na área social.

Ao lado do cemitério há a Igreja, que comumente é chamada de Igreja Recoleta, porém trata-se da Igreja de Nossa Senhora de Pilar, Santa Padroeira da Argentina. A igreja foi construída em 1732. Este edifício é um dos melhores exemplos do barroco colonial da cidade.

O altar é coberto por placas de prata do Peru. Os altares laterais são barroca germânica. Dentro, está uma velha imagem de San Pedro Alcântara. A torre foi, durante algum tempo, um dos pontos mais altos da cidade. Em 1936, foi declarada uma basílica e em 1942 o patrimônio nacional.

Centro Cultural Recoleta

O Centro Cultural foi inaugurado em 1980 no edifício que ocuparam o Mosteiro da Recoletos. As suas instalações incluem salas de exposições, um auditório, um cinema, um laboratório de som e imagem. O Centro oferece cursos e também possui um hotel para acolher os artistas que vêm à cidade para expor suas obras.
Ao outro lado da Universidade de Direito está a Floralis Genérica.
Inaugurada em 2002, a Floralis Genérica é uma escultura metálica de uma flor com seis pétalas, totalmente construída em aço inoxidável e alumínio, pesa dezoito toneladas e atinge 23 metros de altura. Dependendo a hora do dia pode ver a Flroralis Genérica aberta, fechada ou dar a sorte de acompanhar o processo de abertura/fechamento. A visita vale a pena, pois o local é muito bonito.

Todo o parque onde ela está também é fascinante, muito bem cuidado e seguro. Na cidade há ônibus turísticos integrados que passam por todos os pontos principais e um deles pára bem em frente à Praça das Nações Unidas,  onde está a flor.

Daqui seguimos para o Bairro Palermo. Um bairro tradicional de Buenos Aires e também o maior bairro da cidade.
O bairro de Palermo é dividido em Palermo Chico, Bosques de Palermo, Palermo Soho, Palermo Hollywood. O destino do Palermo começou a tomar forma com a chegada dos espanhóis, porque em 1590 toda a terra nesta área foram compradas por um siciliano chamado Juan Domingo Palermo, que montou uma fazenda para agricultura.

Aqui você também poderá ver muitas praça como: Plaza República Oriental del Uruguay e Plaza República de Chile; muitos museus como: Museo Nacional, Museo Metropolitano, o Malba e o Museo Evita. Um museu bem interessante para quem quer conhecer a vida e a obra desta mulher, considerada a mais importante da história argentina. Pena que não deixam fotografar lá dentro. Os ingressos custam 90 pesos. Para maiores informações consulte o site:http://web.museoevita.org.ar/

Além das grandiosíssimas e arborizadas Av. Presidente Figueroa Alcorta, Av. Libertador e Av. Sarmiento; o setor de Embaixadas e o Shopping Alcorta.
Como as distâncias aqui são muito grandes para andar a pé, a menos que você vá ficar vários dias na cidade para conhecer cada lugar com calma, sugiro tomar o ônibus turístico para ter uma pequena visão de tudo, ou ir saltando nos pontos que mais lhe interessam.
Bosques de Palermo
Os Bosques de Palermo é a mais importante área verde da cidade de Buenos Aires. A área de lazer mais populares entre os habitantes locais. É um parque com mais de 80 hectares de bosques centenários. Tem dois lagos artificiais rodeados de vegetação, com aves e plantas aquáticas. Neles existem vários parques públicos, lagos, Zoológico, Jardim botânico, o Planetário Galileu Galilei, Hipódromo de Palermo e o Jardim Japonês. Além do Parque Tres de Febrero que possui numerosos subespaços, como o Jardín de los Poetas, o Pátio Andaluz,e o Jardín das Rosas, conhecido como El Rosedal, com 15.000 roseiras de 1189 espécies diferentes. De todos nós conseguimos ver o Jardim Japonês.

O Jardim está localizado no bairro de Palermo. O Jardim Japonês foi construído em 1967 pela comunidade japonesa de Buenos Aires, por ocasião da visita à Argentina do Príncipe Akihito, o atual Imperador do Japão.

O Jardim Japonês representa um parque típico do Japão, com seus lagos e cachoeiras. O jardim tem muitas espécies de plantas. Na primavera e no verão é um prazer ver o colorido das flores. Os lagos do Jardim Japonês são habitados por centenas de peixes coloridos e os visitantes podem alimentar os peixes.

No Jardim Japonês opera um restaurante e casa de chá em um pagode típico. Também opera uma biblioteca de assuntos japoneses. Muitas performances teatrais e recitais de música são realizadas no jardim. Cursos de culinária japonesa e bonsai cultivo, também são dadas. E um espaço concebido para meditação.

O Jardim Japonês é administrado por Fundação Cultural Argentino-Japonês. Por esta razão, muitas festas no Japão também são realizados aqui. Horário: Diariamente 10 às 18 h. Ingresso: 95 pesos (adulto)

E para terminar este belo e maravilhoso passeio, sugiro tomar um delicioso café no La Panera Rosa, uma cafeteria na Recoleta, cuja decoração é uma graça (toda rosa, é claro, bem ao estilo pantera mesmo) ambiente agradável e aconchegante. Os doces são bons e com ótimo atendimento. Se estiver na região não deixe de dar uma passada, vale a pena!
3º dia – Bairro de La Boca e Puerto Madero

O Bairro La Boca é um bairro da periferia de Buenos Aires, um dos mais tradicionais, mas também um dos mais pobres da cidade de Buenos Aires. Ele nasceu com o porto, com muita atividade. Desde 1870, o bairro começou a receber um grande número de imigrantes, em sua maioria de italianos. Os imigrantes construíram suas casas com ferro corrugado e deu identidade ao bairro.

As moradias são casas com muitos quartos, um pátio central e um banheiro compartilhado. Os quartos são alugados a diferentes famílias. As casas são conhecidas como "conventillos". As casas são pintadas com muitas cores, porque os imigrantes italianos usaram a tinta sobrando nas oficinas do porto. Por inundações frequentes e incêndios sofridos por condições precárias de habitação, um grupo de bairro em 1884 formaram o Corpo de Bombeiros Voluntários, o primeiro na América do Sul. Hoje, alguns conventillos foram transformados em lojas de souvenir e você pode visitar.
É no Bairro La Boca que estão: o La Bombonera, estádio do tradicional time Boca Juniors de Maradona e o Caminito, um bairro recheado de música, cor, artistas…
ATENÇÃO! É bem provável que você ouça muita recomendação a respeito desta visita, pois é um lugar onde furtos e roubos acontecem com frequência, especialmente com turistas. Portanto, é recomendável não levar objetos de valor, ou ficar andando pelas ruas dentro do bairro. Também não é recomendável visitar o bairro à noite. Confesso que a atmosfera não é das melhores…no dia que lá estivemos estava muito calmo, mas dizem que, logo que você chega é bombardeado e quase arrastado por pessoas lhe entregando folhetos, oferecendo locais para almoçar, homens e mulheres trajados como dançarinos de tango lhe abordam quase que agressivamente para tirar fotos e cobram para isso, mesmo que você nem tenha pedido! Aliás, este é um ponto importante: TUDO lá é cobrado, portanto, cuidado, qualquer clique pode lhe custar alguns pesos se tiver a “participação especial” das celebridades do local, porque certamente você vai encontrar um sósia do Maradona, que por alguns segundos, pode lhe despertar certa dúvida… Nós brasileiros já estamos acostumado com este tipo de abordagem quando vamos à Bahia, não é mesmo?


Caminito
Caminito é a rua mais famosa e também a mais colorida da Cidade Buenos Aires. Está localizada no coração do bairro de La Boca. Na área onde hoje está Caminito, em 1898 passou a linha do trem. Em 1928, a ferrovia fechou e o terreno foi abandonado. Em 1950 um grupo de moradores, entre os quais estava o famoso pintor Boca Quinquela, decidiu restaurar o terreno. O pintor batizou a rua como “Caminito” pelo título do popular tango de 1926, de Peñalosa e Filiberto.

Ao passeio foram somando-se as doações de diferentes artistas. Em 1959, Caminito foi transformado em um museu a céu aberto e sem portas. Portanto, o Caminito é visitado por muitos turistas todos os dias. Ali as pessoas têm um forte senso de pertencimento ao bairro e participam de várias atividades comunitárias.

Atrações na área de Caminito:
Circular pela área conhecida como Vuelta de Rocha, em frente ao Riachuelo. Uma rua pitoresca com enorme valor histórico, embora a turistagem excessiva por ali tenha apagado esse lado importante do bairro. Circule também pela Calle Magallanes, uma quadra megaturística cheinha de lojas de recuerdos portenhos.
Sentar para tomar una cerveza e comer umas empanadas, no restaurante La Barrica ou Bar La Perla, não mais do que isso. Não exatamente pela qualidade do serviço ou dos comes, mas pelo showzinho de tango free que é possível assistir ao ar livre com música ao vivo.

Um passeio pelas ruas para apreciação de esculturas e pinturas expostas pelos artistas. Ou uma visita à Fundación Proa, que além das exposições,  vale apreciar o Café Proa, com ótima vista para o Rio Riachuelo;

Uma visita ao Museu de Cera ou ao  Museo Quinquela Martín, que abriga a casa-ateliê do artista que ajudou a renovar o bairro La Boca, além de obras de importantes pintores argentinos.

Benito Quinquela Martín é um dos mais populares pintores argentinos. O artista, que viveu até os seis anos em um orfanato e morreu na década de 70, adotou o bairro La Boca quando adulto. Sem imaginar que ali criaria o principal – pelo menos o mais visitado – cartão-postal da cidade, Quinquela Martín e alguns amigos saíram pintando uma pequena rua de várias cores, transformando em arco-íris o cinza dos antigos cortiços.
A Rua Caminito fica a 400 metros de La Bombonera, o estádio do Club Atlético Boca Juniors.
Museu e visita ao Estádio de BocaLa Bombonera é o estádio do Boca Júniors, um dos clubes mais famosos e populares da República Argentina (o outro é o River Plate, do bairro de Nuñez). O estádio foi inaugurado oficialmente em 25 de maio de 1940, com uma partida entre Boca Juniors e San Lorenzo de Almagro.
O arquiteto de projeto de construção foi o esloveno-argentino Viktor Sulcic que comparou a forma do estádio com uma caixa de chocolates (bombones), é carinhosamente chamado de "La Bombonera". Tem uma capacidade de cerca de 60.000 pessoas e tem nas cores das camisetas usadas, às mesmas cores da bandeira sueca. No exterior, pode-se ver um mural realizado pelo artista Pérez Celis e o estádio pode ser visitado todos os dias.

O Club Atlético Boca Juniors tem um museu chamado: Museo de la Pasión Boquense, com mais de 100 anos de história sobre o clube que revelou Maradona. O museu está localizado ao lado do estádio e ao vistá-lo você pode conhecer a história desportiva do clube por meio de fotografias, troféus, camisas, estátuas e objetos. O museu também é encarregado de organizar uma excursão do estádio, visitando os estandes, arquibancadas, caixas, vestiários, cabines de imprensa. Um guia conduz o passeio com grupos de visitantes e relata histórias e anedotas do campo, os torcedores e os jogadores. O Museu está aberto diariamente das 10 às 18 horas. O horário é modificado em dias de jogo, então, sugiro telefonar para verificar. Tel (54 11) 4362-1100.
Puerto Madero
É o mais novo bairro da cidade. Um bairro nobre, sofisticado e muito visitado pelos turistas em Buenos Aires.

Puerto Madero foi construído pelo engenheiro Eduardo Madero em 1887. Ele parou de funcionar em meados do século XIX e foi abandonado até 1990, quando começou a reciclagem de velhos celeiros, molinhos e galpões para utilização como residências, escritórios e lojas.

Puerto Madero é um bairro onde funcionam escritórios de grandes empresas, bares e restaurantes famosos, uma universidade, hotéis de luxo, museus e um cassino flutuante.

E um bairro que presta homenagem às mulheres, pois as suas ruas têm nomes de mulheres famosas em ciências, artes e política. Assim como também, onde estão os melhores e mais caros restaurantes da cidade.
Nós costumamos ser bem econômicos em nossas viagens, mas não somos mão de vaca. Em Buenos Aires, permitimo-nos ir a um show de tango e desfrutar de um jantar maravilhoso no bairro.

E assim terminou o nosso passeio por Buenos Aires, onde certamente há muitos outros atrativos e lugares que não conseguimos conhecer, mas como disse acima, Buenos Aires é perfeita num fim-de-semana, então, com certeza, voltaremos muitas vezes!

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