Arcos de la Frontera é a porta de entrada para a Ruta de los Pueblos Blancos e um dos mais lindos vilarejos na província de Cádiz, na Andaluzia. 
O encanto em outros Pueblos Blancos e em Arcos de la Frontera é que são muitos os monumentos ou lugares imperdíveis que você deve visitar de qualquer maneira. São destinos para serem vividos, percorrendo suas ruas e se deliciando com os pequenos detalhes, com os cantinhos charmosos, com as surpresas que vão aparecendo ao longo da visita.

Em Arcos de la Frontera, andar sem rumo pelas estreitas e labirínticas ruelas do seu centro histórico, onde se esconde um riquíssimo patrimônio histórico de origem árabe e cristã, e desfrutar das esmagadoras vistas dos seus miradouros é o início perfeito para a sua roadtrip pelos Pueblos Blancos da Andaluzia. 

Arcos de la Frontera tem aproximadamente 31.000 habitantes, que vivem principalmente do turismo, da indústria, da agricultura e da pecuária. O vilarejo está localizado no topo de uma colina sobranceira a uma garganta do Rio Guadalete, em uma posição privilegiada que domina toda a região ao redor. O seu maior charme são as suas casas pintadas de branco, uma tradição muito antiga que tem como finalidade combater o calor e muitas delas ficam na beira de um abismo. 

História
Arcos de La Frontera foi povoada desde os tempos da pré-história e a sua história começa na Idade do Bronze, o que é comprovado pelos achados arqueológicos acompanhados por uma interessante coleção de vestígios visigodos, romanos e árabes. 

A cidade foi fundada pelo Rei Brigo, recebendo o nome de Arcobrigan. Recebeu civilizações como as dos Tartessians, Fenícios e Cartagineses. No período romano foi um assentamento chamado Coloniae Arcensium, uma fortaleza romana conhecida como “Arx-Arcis”.Séculos mais tarde foi dominada pelos muçulmanos e os árabes a batizaram com o nome de Medina Ar-kosch. Durante este período tornou-se um pequeno reino taifa após o desmembramento do Califado de Córdoba. 

A cidade foi retomada e passou para as mãos pelos cristãos eme 1255. Fernando III conquistou-a, embora voltasse ao domínio dos árabes. Em 1264 Alfonso X expulsou definitivamente os muçulmanos que ali permaneceram e repovoou-o com cristãos. 

A partir daí foi acrescentado o sufixo “de la Frontera” por se tratar de uma das zonas de fronteira com o Reino Nasrid de Granada (outros dizem que o nome da cidade deve-se aos arcos que consagram a fascinante arquitetura urbana).

O pico arquitetônico máximo da cidade surgiu entre os séculos XV e XVIII. No século XV o concelho foi concedido a Pedro Ponce de León, passando posteriormente à casa de Osuna. Durante este período, inúmeras igrejas, conventos e palácios foram construídos ao longo da cidade velha.

Em 1962, a cidade foi tombada pelas autoridades espanholas, sendo declarada Conjunto 
Histórico-Artístico.
 
Quando ir 
A cidade pode ser visitada em qualquer época do ano. No entanto, se puder, evite os meses de Junho a Setembro. Além do calor extremo, os pontos de interesse ficam lotados, sobretudo aos fins de semana. De Dezembro a Fevereiro as chuvas e as temperaturas baixas podem atrapalhar os passeios ao ar livre. Por isso, recomendamos conhecer a localidade entre Março e Maio ou entre Setembro e Novembro. 

Onde estacionar 
É aconselhável deixar o carro fora da cidade velha e iniciar o passeio a pé. As ruas do centro histórico de Arcos de La Frontera são muito estreitas e sem quase nenhum lugar para estacionar. Não se arrisque com seu carro por elas, principalmente se estiver com um carro alugado em locadora.
Além disso, em Arcos de la Frontera, o estacionamento é permitido dependendo do tipo de veículo, portanto, certifique-se de que não seja restrito.
Dependendo do tipo de estacionamento que escolher, você pode ter que pagar, porque geralmente, em grande parte da cidade você encontrará diferentes tipos de estacionamento, incluindo pagos e gratuitos.
Os parques de estacionamento públicos ou gratuitos são uma opção mais segura. Estas áreas são designadas pela Câmara Municipal, para que os visitantes ou cidadãos da mesma comunidade possam ter um local seguro para estacionar o seu veículo. 

Um deles é o parque de estacionamento Plaza España, um dos mais próximos da zona turística e muito bem comunicado com as principais vias de entrada e saída de Arcos de la Frontera.
Outra alternativa é o Paseo de Andalucia na Calle Muños Vasquez. É bastante central e pode visitar a cidade sem ter de estacionar nas ruas estreitas do centro histórico.
Uma terceira alternativa é a Plaza del Cabildo, mas é bem concorrida, além de ter poucas vagas permitidas.
Note-se que estes parques de estacionamento são perfeitos para uma visita sem passar a noite, porque se pretende passar a noite em Arcos de la Frontera, dependerá de onde tem o seu hotel e alguns tem estacionamento.

Abaixo os locais que consideramos de visita obrigatória e as experiências a não perder em Arcos de la Frontera. Então comece estacionando seu carro no estacionamento público (pago) que fica na Plaza de España. Suba pela Calle Debajo del Corral, que depois passa a chamar Calle Corredera e então passa a ser Calle Cuesta de Belén até chegar na Plaza del Cabildo.

 A Cuesta de Belén constitui a principal via de acesso ao Centro histórico de Arcos de la Frontera.  
Um pouco mais acima nos espera a Igreja de San Juan de Dios. Muitos deixam de lado a visita a esta igreja cujo maior reclamo na fachada é um azulejo que representa o Cristo da Verdadeira Cruz. No entanto, aqui está o hospital mais antigo de Arcos de la Frontera, que data do final do século XV. 

No seu interior alberga um belo retábulo onde se destaca a figura do Cristo da Vera Cruz do século XVI.

Deixamos o hospital e entramos totalmente no Centro Histórico continuando a subida pela  Cuesta de Belén. Anteriormente, aqui estava um dos portões que davam acesso à cidade muçulmana. Nesta mesma rua fazemos uma paragem no  Posto de Turismo.

O Posto de Turismo de Arcos de la Frontera fica na Calle Cuesta de Belén. Você vai passar pela sua frente, aproveite para entrar, há uma maquete muito interessante de Arcos de la Frontera no seu interior.

Um pouco mais adiante, não podemos deixar de visitar o  Palácio do Conde del Aguila,  residência do século XV com uma elegante fachada gótico-mudéjar.

A ladeira de Calle Cuesta de Belén nos levar diretamente a percorrer a estreita Callejón de las Monjas, a rua mais icônica de Arcos de la Frontera, com as traseiras da Basílica de Santa María de la Asunción dum lado e a fachada do Convento da Encarnação e vários palácios nobres do outro.

Além do sublime portal gótico do convento, o grande destaque vai para os fotogênicos três arcos de pedra que ligam o convento à mais bela igreja de Arcos de la Frontera: a Basílica Menor de Santa María de la Asunción. As origens deste templo remontam ao século XIII, quando uma igreja foi construída sobre as ruínas da antiga mesquita árabe. 

A sua magnífica fachada gótica plateresca e com a torre sineira neoclássica que substituiu a antiga torre sineira demolida pelo terremoto de Lisboa. No interior existe um retábulo renascentista ornamentado, talhado no final do século XVI.

O Plaza del Cabildo é um dos pontos mais importantes de Arcos de la Frontera, pois está localizada no coração da cidade velha e na parte mais alta da cidade. Está rodeado pelos principais edifícios da cidade, como o Ayuntamiento ou Câmara Municipal, a Basílica de Santa María de la Asunción, o Parador de Turismo (antiga casa do Corregedor) ou o Parador de Arcos de la Frontera, famoso pelo seu terraço à beira da falésia, o Castelo Ducal e o Balcón de la Peña Nueva, um vertiginoso miradouro empoleirado a quase 100 metros de altura e vistas de cortar a respiração!

A Plaza del Cabildo era originalmente uma praça com um pórtico, mas foi destruída em 1812 pelo exército francês. Embora seja um local muito visitado, a praça também é utilizada como estacionamento.

O Castelo de Arcos foi originalmente uma fortaleza árabe construída no século XI. Nesse contexto de desintegração do Califado de Córdoba, Arcos de la Frontera tornou-se um pequeno reino taifa. Após a reconquista, a fortaleza passou para o Duque de Arcos. A forma atual do castelo deve-se à sua remodelação nos séculos XIV e XV. Hoje, o castelo é propriedade privada e as visitas são organizadas apenas quatro vezes por ano. O acesso ao castelo faz-se através de um arco localizado junto à Câmara Municipal na Plaza del Cabildo.

Da Plaza del Cabildo através de um arco, acessamos ao Balcón la Peña Nueva ou Mirante da Peña Nueva. O miradouro mais conhecido de Arcos de la Frontera, de onde se obtém vistas espectaculares sobre o Rio Guadalete e os campos que se estendem ao redor. Daqui se tem uma ideia da localização única de Arcos de la Frontera na falésia.

Desde a Plaza Cabildo continuamos nossa caminhada pela Calle Escribanos até chegarmos à Plaza Boticas. Esta pequena praça abre junto a um convento de clausura da Comunidade das Mercedarias Descalzas do século XVII, onde ainda é possível comprar doces conventuais feitos pelas freiras. Embora não seja tão impressionante como a vizinha Plaza del Cabildo, é muito mais intimista e com um ambiente ideal para se sentar e tomar uma bebida em um de seus terraços.

7. Calle Cuna 

Depois de um momento de tranquilidade na Plaza Boticas, é uma boa ideia dar um passeio pelas ruas próximas à praça. Não há melhor maneira de descobrir Arcos de la Frontera do que deixar-se levar pelas estreitas e íngremes ruas que o atravessam. Afinal, esta cidade é um pequeno museu a céu aberto e percorrer as Calle Boticas e Calle Cuna, que faziam parte da antiga judiaria e visitar o Palácio Mayorazgo, que presentemente alberga a Galeria Municipal de Arte de Arcos de la Frontera são escolhas seguras.

Outro local de interesse para ver em Arcos de la Frontera é o Palacio del Mayorazgo. Se o encontrar aberto, poderá descobrir no seu interior um bonito pátio e um jardim de estilo andaluz. Além disso, o prédio abriga várias salas de exposição e a Galeria de Arte Municipal.

A entrada é gratuita. O horário de visita é de terça a sexta-feira, das 10h30 às 13h30 e das 16h às 19h (das 17h às 20h no verão). Sábados, domingos e feriados das 11:00 às 14:00.

9. Iglesia de San Pedro

Muito perto do Palacio del Mayorazgo, outro edifício interessante se destaca, a Iglesia de San Pedro, com uma majestosa fachada de estilo barroco. Esta igreja do século XVI está situada em uma falésia que ocupa o lugar de uma antiga fortaleza. 

No interior encontra-se um retábulo dourado que detalha a vida de São Pedro e as pinturas atribuídas a Francisco de Zurbarán.

A partir da Iglesia de San Pedro, atravessaremos o antigo Bairro Judeu de Arcos de la Fontera, reconhecível pelas estrelas de David que se encontram em algumas das portas, até chegarmos ao fotogênico arco Besame en este Arco, o chamado “arco do beijo” que conduz ao o Mirador de Abades, uma autêntica varanda adornada de vasos de flores, com vistas fantásticas sobre a parte baixa da cidade, o Rio Guadalete. 

10. Miradouro Peña Vieja e Mirador Los Cabezuelos
Não muito longe do Mirador de Abades, atravessando a Puerta de Matrera, uma das principais entradas no burgo amuralhado, encontramos outro local privilegiado para desfrutar de uma vista panorâmica do Mirador Peña Vieja e do Mirador de San Agustín. No Miradouro Peña Vieja teremos as melhores vistas do Bairro Bajo de Arcos, onde se destaca a Iglesia de San Agustín e do Rio Guadalete, bem como da albufeira de Arcos de La Frontera.

Já o Mirador Los Cabezuelos, onde poderá desfrutar da melhor vista panorâmica sobre a cidade Arcos de la Frontera, como fica fora da cidade o ideal é guardar a visita a este miradouro para quando arrancar rumo a Grazalema. As visitas mais do que compensam o pequeno desvio.