Depois de três dias a bordo de um navio de cruzeiro da Iberostar, desembarcarmos no Porto de Manaus às 08:00 h (hora local – 2 h). Dali, saímos arrastando nossas bagagens até saírmos de Porto, pois os táxis não tem permissão para entrar. Às 08:45 h já estávamos devidamente instalados em nosso apartamento no Hotel Mercure, onde ficaríamos nesta segunda fase da viagem.
O hotel nos deu um andar alto, onde pudemos apreciar um pouco da vista da cidade de Manaus.
Mas a demora foi pouca, logo descemos, tomamos outro táxi ali mesmo na porta do hotel, onde sempre tem um estacionado.Neste dia vamos dar continuidade em ver os monumentos históricos que são cartão postal de Manaus, como Palácio da Justiça, o Mercado Municipal Adolpho Lisboa, a Alfândega.
Descemos na Avenida 7 de setembro, onde fica o Parque Jefferson Péres, onde começaríamos o nosso city tour do dia:
O Parque Senador Jefferson Péres é um dos ambientes mais relaxantes e agradáveis do Centro de Manaus. A área é extensa. São 53,4 mil metros quadrados e mais de 1.200 árvores plantadas. Há segurança permanente, embora o recomendável é ir ao local apenas durante o dia porque o centro de Manaus, como quase todas as cidades brasileiras, fica muito abandonado, com o comércio fechando as portas.
Construído em cima de igarapés (cursos d´água) que foram aterrados pelo governo do Amazonas, o parque leva este nome em homenagem a um dos mais proeminentes políticos do Amazonas, Jefferson Péres, já falecido. Uma estátua de bronze com suporte de mármore, em tamanho natural, foi confeccionada pelo artista paulistano Murilo Sá Toledo em homenagem ao senador e está localizada próximo ao pórtico.
No centro do parque em ponto mais imponente, está instalada uma fonte de ferro fundido, originária de Glasgow, Escócia, trazida para Manaus no Período Áureo da Borracha e inaugurada no centro antigo em 1913 pelo Governador Jonathas Pedrosa e prefeito Jorge de Mores. Completando a simetria do desenho os dois espelhos d’água, que visualizados do alto tem formato de uma borboleta.
O orquidário, uma estrutura de ferro com o formato do Mercado Adolfo Lisboa, está fincada na área central do Parque. Reúne mais de 40 espécies de orquídeas colhidas na região Amazônica. As visitas acontecem de quarta-feira a domingo, de 17h às 21h.
Caminhar e passear no Parque Senador Jefferson Peres é reconfortante e seguro. O único problema é o cheiro que exala de um dos igarapés ao redor, próximo à avenida Sete de Setembro. Para quem não quer se sentir incomodado, basta pedir informações dos seguranças que eles orientam sobre este detalhe.
Palácio Rio Negro
Ele foi sede do governo e residência oficial do governador. Seu nome original era Palacete Scholz, construído pelo alemão Waldemar Scholz, considerado o "Barão da Borracha". Teve o nome alterado para Palácio Rio Negro em 1918 após autorizada a compra pelo governador do Amazonas, Pedro de Alcântara Bacellar.O Palacete Scholz foi construído em estilo eclético em 1903 para ser residência particular deste abastado comerciante. O Amazonas era a época um dos estados mais prósperos da União por ocasião do Ciclo da Borracha.
Tombado como patrimônio histórico estadual em 1980, o prédio, antes e depois, foi reformado, restaurado ou adaptado em alguns governos, sendo que a partir de 1997, em virtude de sua beleza arquitetônica e relevância histórica, o Governo do Amazonas, através da Secretaria de Cultura, o transformou em Centro Cultural.
Instalado na mais alta torre do prédio, encontra-se o mirante, que proporciona uma privilegiada vista de Manaus com suas árvores frondosas, ainda preservadas quando da construção das avenidas e prédios advindos do inexorável progresso. O visitante também poderá observar o tráfego das embarcações regionais nas águas escuras do Rio Negro: imagens que tanto retratam o cotidiano do caboclo amazônico.
Os visitantes, devidamente acompanhados por monitores bilíngües, usufruem gratuitamente do conforto de salas climatizadas, que homenageiam cada uma delas um Governador do Amazonas ao longo da história da República. Infelizmente numa segunda-feira de Carnaval, não estava aberto à visitação.
Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição
A Igreja Católica no município de Manaus, remonta à viagem do capitão de Infantaria Pedro da Costa Favela, em 1668. Nesta oportunidade foi estabelecido o primeiro núcleo urbano na foz do rio Tarumã, em cujo local foi erguida uma cruz. Era o início de um entreposto para a escravização de índios.
Já em 1695, no entorno da Fortaleza de São José da Barra do Rio Negro, era a vez dos padres carmelitas construírem a Matriz de Manaus, naturalmente dedicada ao louvor a Nossa Senhora da Conceição. Foi construída no Largo da Trincheira, hoje Praça 15 de Novembro.
Essa construção foi demolida em 1781, tendo sido reerguida outra no mesmo local, embora nunca concluída. Novamente foi demolida por ordem do governador Manuel da Gama Lobo de Almada, que reedificou outra maior no mesmo lugar. Um incêndio reduziu a igreja à cinzas.
O surgimento de uma nova Igreja foi iniciado em 10 de julho de 1858. Infelizmente também não pudemos visitar por dentro, pois estava fechada. O local onde se encontra esta Igreja fica numa Praça muito arborizada. Poderia ser um lugar bem aprazível, se não fosse pelas muitas pessoas desocupadas e mendigos nas escadarias. E tumultuado, por causa das várias barraquinhas no entorno.
Relógio Municipal
Instalado no início da Avenida Eduardo Ribeiro, o Relógio Municipal foi importado da Suíça e montado em base de pedra pela firma local Pelosi & Roberti, antigos ourives de Manaus.
A construção de seu pedestal foi concluída no final de 1927, junto com o obelisco erguido em comemoração ao centenário da elevação de Manaus à categoria de cidade.
O Relógio Municipal compõe a paisagem arquitetônica do Largo da Matriz na região central de Manaus. (ao lado da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição)
A área mais popular do centro de Manaus é formada pelo porto (Manaus Harbour), pela Alfândega (ambos construídos pelos ingleses) e a Praça Nossa Senhora dos Remédios
e seus arredores (Rua dos Barés, Barão de São Domingos, Miranda Leão), bem como o Mercado Municipal Adolpho Lisboa
Inspirado no Mercado de Les Halles de Paris, foi o segundo mercado construído no Brasil, inaugurado em 1882.
O Mercado Municipal "Adolpho Lisboa", construído de frente para o Rio Negro, no período áureo da borracha, em estilo art noveau, foi oficialmente inaugurado em 1882. A sua estrutura é em ferro fundido e vidros coloridos.
Popularmente conhecido como mercadão, é a principal porta de entrada da produção pesqueira e rural do Estado.
O Mercado Municipal é um dos mais importantes centros de comercialização de produtos regionais
.
Alfândega
Inaugurado em 1906 e utilizando matéria-prima da Inglaterra, foi um dos primeiros prédios a ser construído no Brasil com blocos em pedra.
No fim da Praça dos Remédios situa-se o Porto da Escadaria, de onde partem os barcos (motores) para o interior do Amazonas.
Daqui tomamos um táxi e fomos almoçar no:
Banzeiro
O restaurante é super famoso, premiado e costuma ter fila na porta. Fica em N. Srª das Graças. Tem todos os pratos típicos, com peixes, frutos do mar e carnes.Não tive coragem de provar as Formigas Saúvas com creme de mandioquinha como entrada. Para quem gosta de colecionar, o restaurante do Prato da Boa Lembrança, uma associação de restaurantes que fornecem anualmente uma receita especial que vem junto com um prato de cerâmica colecionável. No site há o cardápio. Apesar de caro, o risoto com pato no tucupi serviu bem duas pessoas e estava muito bom!
O atendimento foi muito bem enquanto estava com poucos clientes, depois que encheu, a segunda taça de suco que havíamos pedido, até o momento de fecharmos a conta, não havia chegado. Rua Libertador, 102 - Nossa Senhora das Graças, Manaus – AM
Abaixo o mapa deste percurso que tem cerca de 3 km:
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