Para quem vai ficar com um pouco mais de tempo em Paris ou já esteve várias vezes nela, há muito mais coisas para ver próximas à capital francesa que, podem ser facilmente conhecidas num passeio de um dia ou no máximo com um pernoite.
Nesta nossa ida à Paris fizemos dois: o Chateau de Vincennes e o Chateau de Malmaison, que vou mostrar aqui para vocês, o passo a passo de como ir, o que ver. Le Defense
Antes de chegar ao Malmaison, você tem que chegar a La Defense, que vale como um belo passeio, já que é o maior centro financeiro da cidade de Paris.
Seu nome vem do monumento La Défense de Paris criado como homenagem aos soldados que defenderam a cidade durante a Guerra franco-prussiana de 1870.Trata-se uma escultura de Louis-Ernest Barrias esculpida em bronze e inaugurada em 1883 sobre o que era a glorieta de Courbevoie e sempre visível sobre Lhe Parvis.
É a parte nova da cidade, é grátis, mas tem muito com o que gastar.
Aqui dentro do Les Quatre Temps, tem um shopping com uma praça de alimentação. As duas vezes que aqui estivemos almoçamos no Café de La Grand' Place e fomos muito bem atendidos, as duas vezes pelo mesmo garçom.
As porções são boas, a comida é boa e os preços razoáveis em se tratando de um lugar bem executivo.
Rueil-Malmaison, Região Ile de France
Rueil-Malmaison, é a memória viva de alguns anos de felicidade vividos por Napoleão Bonaparte e Joséphine. Pertinho de Paris, esse passeio oferece um agradável mergulho na História.
Situada a 10 km a oeste de Paris, no departamento do Hauts-de-Seine, Região Ile de France, esta agradável cidade que seduziu Josephine, tem 1472 hectares que se estendem em um declive suave, que vai do alto do Mont-Valérien até as margens do rio Sena.
É na Igreja Saint-Pierre Saint-Paul, classificada como monumento histórico, que a imperatriz descansa hoje ao lado da sua filha, a rainha Hortense.
É uma linda viagem no tempo que atravessa lugares hoje separados, mas que, na época do Império, faziam parte da mesma propriedade, que se estendia por quase 726 hectares: o domínio Malmaison.
Antiga cidade rural, famosa pela a pureza das suas águas, Rueil-Malmaison é hoje uma cidade moderna, com muitos escritórios e grandes empresas. No entanto, preservou os seus bairros residenciais, os seus espaços floridos e permaneceu, assim, uma cidade verde, harmoniosa e humana.
Você pode fazer ainda um agradável passeio de barco pelo Sena. Existem opções de passeios com duração de 1:30h que mostra o encanto da paisagem imortalizada por grandes artistas como Renoir, Monnet e Manet; passeios de 3 horas que inclui visita ao chateau ou passeios com almoço ou jantar.
O Chateau Malmaison é, sem dúvida, a maior atração. É conhecido como o castelo de Josephine.
Hoje, o castelo pertence ao Estado e nele funciona o Musée du Château de Malmaison, que possui uma das mais importantes coleções de peças de arte, móveis, objetos e quadros do Primeiro Império.
É como voltar no tempo dos primeiros anos de amor entre Joséphine e o general mais potente da França. O tempo em que ela e Napoleão viveram lá foi marcado por uma grande paixão e foram os anos mais felizes do casal. Podemos visitar 12 cômodos.
Entre eles: a varanda na forma de tenda militar, com estátuas e bustos que representam o Imperador;
a sala de bilhar;
a sala dourada, com as suas incrustrações e os seus mosaicos;
a sala de música, com pinturas modernas de da época,
um piano e uma harpa, e um quadro desenhado por Berthault;
a sala de jantar;
a biblioteca, com obras dos maiores escritores modernos ou antigos; o quarto de Bonaparte;
a sala com uma coleção de sabres; a sala dedicada à batalha de Austerlitz...
O último cômodo, de forma oval, vermelho e dourado, é o quarto de Joséphine e também o local onde ela morreu.Napoleão nasceu em Ajácio, Córsega, em 15 de Agosto de 1769, exatamente quando a ilha, situada a oeste da Itália e antes pertencente ao estado genovês, acabara de passar ao domínio francês. “Nasci quando minha pátria estava morrendo”, diria ele mais tarde. Em 1795 o jovem general Napoleão conheceu Joséphine, uma viúva de 32 anos, com 2 filhos e ficou deslumbrado por ela.
Um simples casamento civil uniu-os em 9 de Março de 1796. Como ela era 6 anos mais velha que ele, na certidão, a noiva aproveitou e diminuiu dois anos da própria idade e Napoleão tratou de acrescentar dois à sua.
Napoleão gostava muito dos filhos de Josephine, ao ponto de os adotar oficialmente, não permitindo que os chamassem de adotivos.O Chateau de Malmaison foi adquirido por Josephine em abril de 1799 por 325.000 F.De 1800 a 1802 este pequeno castelo tornou-se, juntamente com o palácio das Tuileries, a sede do governo da França aonde os ministros do Consulado reuniam-se frequentemente.
Em 1804 Josephine tornou-se Imperatriz da França, quando Napoleão se auto coroou na catedral de Notre-Dame. Para mostrar o seu poder, ele retirou a coroa das mãos do Papa Pio VII, e colocou ele mesmo a coroa na cabeça. Em seguida, coroou a esposa. Para se ter idéia do poder de Napoleão, Carlos Magno teve de ir a Roma para ser coroado imperador. Mas Napoleão exigiu ao papa que viesse à Paris. Pio VII suportou a humilhação e obedeceu.
Enquanto Josephine permanecia em Paris, esbanjando fortunas em festas e recepções luxuosas, o marido enviava-lhe, diretamente do front, uma carta apaixonada atrás da outra: “Beijo seus seios e mais embaixo, muito mais embaixo”, ele escrevia, enquanto os canhões trovejavam ali perto.
Josephine compartilhou o trono com ele durante cinco anos, e se tornou a mulher mais influente da França durante o Primeiro Império.Mas, não podendo dar-lhe o filho tão esperado por ele, ambos concordaram com o divórcio para que Napoleão pudesse casar com outra mulher, e ter um herdeiro.Relatos históricos comprovam que Napoleão desconfiava que sua esposa o traia. Ainda que mandasse cartas desesperadas, a perdoou (ele também mantinha vários casos com outras mulheres). Só não perdoou a infertilidade da esposa.
Era um marido ciumento, escrevia à esposa cartas inflamadas: "Não sabes que sem ti, sem o teu coração, sem o teu amor, não existe para o teu marido nem felicidade, nem vida?..."... "Longe de ti as noites são longas, tristes e melancólicas. Junto de ti, desejo que seja sempre noite."
Divorciaram-se em 1809, por consentimento mútuo, na frente do tribunal reunido nas Tuileries. Nesta cerimônia, cada um leu ao outro uma declaração na qual prometiam-se uma devoção eterna, prova da permanência do seu amor.
Josephine conservou o seu título de imperatriz e, após o divórcio, retirou-se para o seu lugar preferido, o castelo de Malmaison.
Vai então compartilhar o seu tempo entre viagens, suas coleções de arte e dedicar-se à sua paixão pela botânica.
Aproximou-se dos netos o os acolheu em Malmaison, estadas dos quais futuro Napoleão III irá recordar com emoção.
Em 1810 Napoleão se casou com a princesa Maria Luísa da Áustria. Um ano depois, nasceu François Charles Joseph Bonaparte.Josephine viveu no Chateau de Malmaison até 29 de Maio de 1814, quando morreu, aos 51 anos, de uma angina infecciosa cercada das suas filhas Eugène e Hortense. Foi sepultada na Igreja de Saint-Pierre-Saint Paul em Rueil-Malmaison.Napoleão, o amor de sua vida, morreria 7 anos depois, aos 52 anos, na ilha de Santa Helena, aprisionado pelas tropas britânicas.
Segundo a opinião do médico que o assistiu, sua morte foi causada por uma úlcera provocada por uma má dieta e, sobretudo, pela ansiedade.Maria Luisa, ao saber da morte do marido, casou-se em segredo com o ajudante-de-ordens Adam Albert Graf von Neipperg, seu amante austríaco.
Como chegar
Pegar o RER A e saltar no Grande Arco de la Défense e depois pegar o ônibus 258 "Le Château". Outros ônibus que vão a Rueil Malmaison:
141 : Lycée de Rueil - la Défense
144 : Rueil RER - La Défense
158 : Rueil RER - Pont de Neuilly
163 : Rueil ville - Porte de Champeret (Paris)
241 : Rueil RER - Porte d’Auteuil (Paris)
244 : Rueil RER - Porte Maillot (Paris)
258 : Saint Germain en Laye RER - La Défense
Itinerário do ônibus 258
Atenção: Acho que existem dois itinerários para este ônibus, pois tomamos o 258 na La Defense e quando chegou no meio do caminho, que acredito ser a divisa de Paris com a Rueil Malmaison, todo mundo desceu do ônibus, ficando claro que ali era seu ponto final. Perguntamos ao motorista, que nos informou que deveríamos tomar o outro 258 que estava vindo atrás, que este sim passaria no Chateau. Ficamos sem entender nada, mas deu tudo certo, já que estava com o mapa abaixo, indicando cada parada e que deveríamos descer na parada "Le Chateau".
Mas atenção! você tem que estar de posse do ticket que lhe dá direito a viajar para fora da zona 1, pois tanto a La Defense que fica na zona 2 quanto o Malmaison que fica na zona 3, tem tarifas diferenciadas. Para mais informação clique aqui: http://www.ratp.fr/itineraires/fr/ratp/recherche-avancee
Ticket de transporte
Compramos o ticket para 5 dias, que nos dava o direito de viajar da zona 1 a zona 5, usado inclusive no ônibus e RER, no dia que chegamos pelo Aeroporto de Orly até o nosso Hotel no Bairro Saint German-de-Près.
Itinerário do ponto de ônibus até o Chateau
O museu está aberto de 1 outubro a 31 março, todos os dias (menos as terças-feiras) de 10 h as 12:30 e de 13:30 as 17:45 (18 h 15 finais de semana)
A última entrada 45 min antes do fechamento
Ingressos do museu: 6 € (8 € em período de exposição)
De 18 a 25 anos: 4,50 € (6,50 € em período de exposição)
Grupos a partir de 10 pessoas: 5€ por pessoa(7 € em período de exposição).
O parque está aberto diariamente continuamente exceto terça-feira 10:00-18:30
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