Passeio no Cânion do Xingó

22:56


Nesta nossa viagem pelo nordeste, reservamos um dia em Aracaju para fazer o passeio pelo Cânion do Xingó. Uma das paisagens mais impressionantes do Brasil. A expectativa era alta, estava prestes a conhecer algo totalmente inusitado em pleno sertão nordestino.
O Cânion do Xingó surgiu após o represamento das águas do Rio São Francisco para a construção da Usina Hidrelétrica do Xingó que, foi inaugurada em 1994 e fica na divisa entre Alagoas e Sergipe.

Pois é, esta região que, hoje está alagada, há menos de 20 anos era coberta pela caatinga e o rio que circundava Canindé era praticamente seco, mas com a construção da barragem, deu-se origem a um cânion, que se tornou o quinto maior do mundo e o maior em extensão navegável, pois possui águas verdes e transparentes, formando um vale profundo, com 65 quilômetros de extensão, 170 metros de profundidade e largura que varia de 50 a 300 metros. O visual do local é realmente muito bonito, com rochas de granito avermelhado e cinza na encosta.
Hoje, o Rio São Francisco e o Cânion de Xingó são os cartões de visitas da região que projetou estes municípios no mapa turístico do estado e do Brasil. A localidade se tornou conhecida internacionalmente ao servir de cenário de novelas e minisséries, por exemplo, cenas de “Cordel Encantado” foram gravadas aqui. Aliás, por conta disso, tenho a impressão de que os europeus tomaram conhecimento desta viagem antes mesmo do que nós.

COMO CHEGAR
De Aracaju, a capital de Sergipe até Canindé, seja de carro ou de ônibus, são cerca de três horas de viagem só de ida. Chegando lá, são três horas de passeio: uma hora navegando pelo Rio São Francisco, mais uma hora de parada para banho e uma hora para retornar. Depois, mais três horas de viagem de Canindé até Aracaju. Totalizando assim, nove horas de passeio, por isso, muita gente prefere pernoitar em Piranhas, do que fazer o esquema de bate-volta.
CARRO
São 215 km pela chamada Rota do Sertão: saia de Aracaju em direção a Itabaiana pela BR 235; saia pela SE 175 em direção a Ribeirópolis e Nossa Senhora da Glória, onde você segue pela SE 230 até Canindé de São Francisco. Caso vá se hospedar em Piranhas, é só atravessar a ponte e seguir as placas.
Se sua opção for pernoitar na cidade, no dia seguinte, pode conhecer o município de Piranhas, onde Lampião e sua turma de cangaceiros costumavam montar acampamento.

De qualquer forma, o trajeto até Canindé é bem interessante. Passei por lugares e paisagens que antes só tinha visto em livros, quando nas aulas de Geografia, estudava as diferentes espécies de aves, répteis e vegetação da caatinga: a vegetação local.

EXCURSÃO
Caso você não queira ir por conta, como nós que optamos pelo esquema de excursão, existem várias agências que fazem o passeio tipo bate e volta saindo de Aracaju. A agência que utilizamos os serviços foi a Nozes Tur. Para saber os valores atualizados, clique no link.
PASSEIO PELOS CÂNIONS
As embarcações (catamarãs ou escunas) quase sempre lotadas saem do porto que fica em frente ao Restaurante Karrancas. O almoço será aqui na volta do passeio, ao custo de R$ 39,90 por pessoa, buffet livre, com bebidas e sobremesa à parte.

O barco é bem equipado, tem banheiro e uma lanchonete, onde são servidas as bebidas.

O catamarã zarpa, mas nem tudo é perfeito... tudo aqui no Brasil tem que ser brega ou estilo farofada, então começa a música alta, guia metido, maridos que não tiram o olho do rabo de fora da mulher do outro...
Depois de meia hora de navegação, começam a aparecer os primeiros cânions como a Pedra do Gavião, o Morro dos Macacos e a Pedra do Japonês, mas o impacto vem mesmo é com a aproximação do catamarã ao Paraíso do Talhado, onde está o Porto de Brogodó, um cercadinho onde acontece a parada para banho, com direito a mergulho nas águas mornas, cristalinas e verdes do Rio São Francisco, mais conhecido pelos nordestinos como “Velho Chico”. Realmente, as águas do cânion são verdíssimas!
Não sem antes pegar o meu macarrão flutuante, pois a água do rio pode chegar a 200 metros de profundidade, dá medo só de pensar! Mas quem não quiser entrar na água, pode conhecer a Gruta do Talhado.

A gruta recebeu este nome por suas paredes que, parecem ter sido talhadas à mão. Os paredões enormes com rochas areníticas têm diversas formas e um visual muito bonito.

Mas, o passeio tem que ser em barquinhos a remo, ao custo de R$ 5,00 por pessoa, pois eles te levam ao miolo dos cânions, onde as embarcações de maior porte não conseguem entrar.

É bem rápido, entre ida e volta não leva nem 10 minutos. O local é próprio para banho e mergulho, além de ter um santuário para São Francisco.
Um dos pontos mais interessantes do passeio, onde você consegue as mais belas fotos da viagem…

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