Os Cânions de Cambará do Sul

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Cambará do Sul é conhecida também como a “Terra dos Cânions”. E devido aos cânions, a região também é chamada de Aparados da Serra.  Cambará do Sul está localizada na Serra Gaúcha, na região conhecida como Campos de Cima da Serra e a pequena Cambará é campeã no ranking de baixas temperaturas, sendo que o seu inverno está sempre entre os lugares mais frios do Brasil.

Cambará do Sul é uma cidade pacata, serve de porta de entrada para quem deseja visitar os cânyons Fortaleza que fica a 24 km e de Itaimbézinho, que fica a 18 km. 

A palavra Cambará é de origem tupi-guarani e significa “folha de casca rugosa”. É o nome de uma árvore típica da região. Na praça central de Cambará do Sul é possível conhecer a árvore. Suas folhas verde-claro são conhecidas pelo poder medicinal. São ótimas no combate a gripes e tosses fortes. 

Parque Nacional dos Aparados da Serra

Em 1959 foi criado o Parque Nacional dos Aparados da Serra com uma área de 10.250 ha. O nome do Parque é o mesmo nome do Complexo de Canyons “Aparados da Serra” que se estende de Cambará do Sul, no Rio Grande do Sul até parte da Serra Catarinense, em Urubici. Mesmo o Parque carregando o nome da cadeia de Canyons não representa 3% de toda a extensão real dos Aparados da Serra Geral. Dentro dos limites do Parque está o Canyon Itaimbézinho, um dos mais famosos Canyons do Brasil.
De Cambará do Sul ao Cânion Itaimbezinho são 18 quilômetros até a entrada do Parque onde são vendido os ingressos a R$ 5,00 por pessoa, mais R$ 7,00 por veiculo estacionado. Depois anda-se mais 4 quilômetros de estrada asfaltado até a sede turística, onde um funcionário distribui panfletos informativos e orienta sobre os horário dos passeios e os tipos de trilhas a serem feitas. As trilhas por cima dos cânions pelo que entendi, não tem a necessidade de guias, são fáceis de fazer e a todo o momento circula um veículo com três funcionários da fiscalização ambiental.
 
Não há estrutura com lanchonete, apenas uma sede do ICMbio com banheiros e recepção para maiores esclarecimentos de trilhas e acessos. Nas segundas feiras o Parque costuma estar com os portões fechado, diferente dos outros dois Parques que ficam aberto ao publico de segunda a segunda. Em feriados prolongados o Parque abre seus portões normalmente.
Nos limites do Parque é proibido acampar, caçar, coletar material vegetal, fazer cavalgadas, entrar de veículo dentro do Parque (fora do estacionamento), deixar algum tipo de material, dar alimento a animais e avançar fora das trilhas. As atividades permitidas são Bikes e Trekkings (Caminhadas Ecológicas nas trilhas já existentes)

Cânion do Itaimbezinho é o mais famoso do parque e também um dos maiores do Brasil. Sua extensão chega à 5.800 metros e sua largura máxima alcança os 2000 metros. As paredes rochosas têm uma altura máxima de 720 metros e são cobertas por uma vegetação tipica baixa e pinheiros nativos. Para quem nunca esteve à beira de um cânion, a sensação é realmente indescritível. São formações rochosas de pelo menos 130 milhões de anos, que parecem terem sido cortadas ou aparadas de maneira minuciosa com uma grande lâmina afiada. Por sinal o nome do cânion vem do Tupi-Guarani que significa: Ita (pedra) Aí'be (afiada). Como é uma região que escurece rapidamente ou surge neblina dentro do abismo, dificultando a visibilidade, o melhor é chegar cedo porque assim se tem tempo para escolher quais trilhas fazer, pois acredito que não dá para fazer todas no mesmo dia.
Existem 3 trilhas dentro dos limites do parque:
A trilhas do Vértice que oferece (30% de visibilidade do cânion)
A Trilha do Vértice de onde se visualiza a Cascata das Andorinhas, que caindo de uma altura de 700 metros em direção ao fundo do cânion, produz uma névoa antes de atingi-lo. A trilha permite uma ótima vista das cascatas das Andorinhas e Véu da Noiva. Tão impressionante quanto as cascatas é a sensação de caminhar na borda do cânion. A trilha começa no Centro de Visitantes, e em menos de 1 hora pode-se percorrer 1,4 km pelas bordas do cânion.

Vista da cachoeira do cânion de Itaimbezinho. O fundo da queda tem 730 metros. de altura…
Nós e a queda…

Outra vista da queda…

O esbranquiçado da foto é o que se chama no lugar de “viração”…neblina repentina que ocorre no meio da tarde.

Vista do cânion...

A trilha do Cotovelo com (70% de visibilidade) 
É uma caminhada fácil por estrada de chão, num percurso de mais ou menos 6 quilômetros, que leva em torno de  2 h e 30 min.(ida e volta), até um mirante com uma visão geral do Cânion. A vista dos paredões e o abismo, são imperdíveis. O tempo todo encontra-se pessoas na trilha, fazendo o caminho de volta, espantados com tamanha beleza do lugar. As paredes rochosas tem uma coloração branca misturada com o verde da vegetação e rapidamente o fundo do abismo começa escurecer como se as próprias paredes fizessem sombra no seu interior.
 
A trilha do Rio do Boi (no interior do abismo).
Toda esta região dos Aparados da Serra possui uma farta riqueza de lugares a serem visitados, que  apenas num dia  se torna impossível ver tudo; são rios, cachoeiras, montanhas, campos, abismos, pequenos vilarejos que parecem ilustrações. 

Almoçamos na Galeteria O Casarão
"A Galeteria O Casarão se especializou em servir refeições com a alma italiana, buscando manter as receitas tradicionais dos imigrantes italianos que se estabeleceram na serra gaúcha. Decoração e música ambiente lembrando a cultura e os costumes dos antepassados, serve um delicioso buffet de massas caseiras, saladas orgânicas com horta própria, galeto ao primo canto, grelhado, costelinha de porco, sopa de capeletti, a tradicional polenta com queijo servidos na pedra. O prato especial da galeteria é a SEQUÊNCIA de filé de trutas, apreciado por muitos clientes, é uma delícia.
Sinta-se um pouco italiano e venha nos visitar. Temos muito vinho e muita grappa para beber. Bem vindos"

Rua João Francisco Ritter, 969 - Centro - Cambará do Sul (54) 3251 1711
Email: restaurante.casarao@bol.com.br
Site: http://www.galeteriaocasarao.com.br
Apesar de pequena, a cidade oferece várias opções e pousadas. Sendo que muitas não possuem site e o contato para reservas são feitos por telefone ou email. Mas nem isso nós fizemos, fomos na cara dura. Chegamos na cidade, ficamos procurando para cima e para baixo, até que vimos uma placa numa casa, tipo pensão, onde a senhora alugava quartos para uma noite ou mais. Como estávamos em quatro pessoas, pedimos dois quartos e pagamos R$ 60,00.

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