Gordes | França
Gordes fica distante de Marseille 91 km, de Avignon 38 km e de Roussillon apenas 3,5 km.
Esta pequena cidade situada no extremo sul do alto Plateau de Vaucluse, está em um lugar privilegiado, no topo de uma colina, a 373 metros, com deslumbrantes vistas panorâmicas do vale, de florestas e da Montagne du Luberon, com campos de lavanda, oliveiras e amendoeiras.
Gordes é uma vila antiga muito bonita, considerada uma das mais belas aldeias da França, é famosa por suas ruazinhas de pedra chamadas de calades.
Os
prédios de pedra construídos de forma apertada contra a base dos penhascos e os
edifícios empoleirados nas rochas acima, incluindo o castelo do século X-XII, são
feitos de uma pedra bege que brilha em laranja ao sol da manhã. Se você for final de fevereiro, também verá o vale Apt cheio de flores brancas de amendoeiras, um espetáculo! Sem mencionar a temporada de verão, em que a cor que domina é lavanda violeta. Quando os olhos batem pela primeira
vez na silhueta bruta da cidadela é suspiro na certa. Gordes se equilibra com perfeição no topo de um morro de calcário e
por isso é uma das cidades mais visitadas da Provence. O astral de Gordes
é misterioso.
Comece sua visita estacionando por alguns minutos no mirante que encontrará à direita na estrada, alguns metros após a entrada do Hotel Le Mas de Gordes.
Ali você terá um panorama especial do vilarejo e poderá fazer boas fotos. Foi a partir deste mirante que fizemos a foto que você vê acima. É uma visita rápida, de lá você pode ir para o Chateau de Gordes que é da época do Renascimento.
O que ver em Gordes
A melhor visita é do Chateau de Gordes, no topo da montanha, mais tarde restaurado no Renascimento, e da Igreja Saint Firmin (1704) que dominam a paisagem e estão entrelaçados por pequenas ruelas de pedra. Se tiver que escolher entre visitar o castelo e as caves do Palácio de St. Firmin recomendo a segunda.
Antes de entrar na cidade subterrânea através do Palácio de St. Firmin, caminhe pela cidade que já foi cenário do filme estrelado por Russell Crowe e Marion Cottilard – “Um Bom Ano”. Foi na rotonda na frente do castelo que Russell ficou dando voltas com seu carro. E o Restaurante de Cottilard é na verdade o Restaurante Renaissance, que tem umas críticas péssimas.
Além da famosa "aldeia des bories"
classificada monumento histórico. Por outro
lado, há a Abadia de Sénanque
(1148), o Museu do Mill des Bouillons,
um lagar utilizado dos séculos I ao XVI.
Gordes que foi habitada desde o período romano, atraiu vários artistas famosos para suas casas, entre eles Marc Chagall.
Entre os
festivais celebrados em Gordes estão:
a Festa do Vinho “Côtes du Ventoux ” ,
no 1º domingo de agosto; o Festival
de Teatro e Música, na primeira quinzena de agosto; o Festival das amendoeiras em março), entre
outros… além da iluminação do castelo e da abadia e a celebração de concertos
entre maio e setembro.Vários
museus, galerias de arte, lojas, restaurantes e cafés, e campos de lavanda nas
proximidades são algumas das coisas que atraem os visitantes para Gordes.
Château
De Gordes
Chegando
à vila de Gordes, inicie seu passeio
pelo Château de Gordes, onde poderá
ver mais detalhes da típica arquitetura da vila bem como visitar excelentes
exposições de arte.
O
Château de Gordes data originalmente
do ano de 1031, mas foi reconstruído no século XVI. Atualmente, é classificado
como Monumento Histórico da França.
Os ingressos custam 7 € e crianças menores
de 10 anos têm entrada gratuita.
Igreja de São Firmin/Eglise Saint Firmin
Após
visitar o castelo, vale adentrar outra construção imponente da cidade: a Eglise Saint Firmin.
Construída
por volta do século XI, a igreja era originalmente devotada à Nossa Senhora,
mas quando foi reconstruída, em meados do século XVIII passou a ter São Firmino
como seu padroeiro.
Ao
visita-la, esteja atento a cada um de seus detalhes e perceba que, embora
restaurada, a igreja ainda mantém algumas rachaduras. Diz-se que elas foram
ocasionadas por um terremoto ocorrido no início do século XX.
É aterrorizante pensar em um
terremoto estando em meio a uma cidade de pedras à quase 400 metros de
altitude. Parece que, naquela época, quase tudo o que havia no sopé de Gordes foi destruído.
Caves
Du Palais St. Firmin
Olhei a portinha das caves e pensei
que era armadilha turística. Maior errada impossível, aquela portinha
despretensiosa é a entrada para uma cidade subterrânea. É quase impossível
imaginar, mas abaixo das construções da vila de Gordes existe uma espécie de cidade subterrânea.
Construída séculos atrás, a falta de
espaço no vilarejo levou seus habitantes a serem criativos, surgindo uma rede
de espaços e ruelas subterrânea, para abrigar principalmente produtores de
grãos, de azeite e artesãos e artesãos em seus ofícios.
Durante muitos anos esteve “escondida”
dos olhos dos visitantes. Hoje em dia, após passar por restauração, o local
está aberto à visitação possibilitando que os turistas que visitam Gordes tenham acesso a esta verdadeira
obra da engenharia.
Durante o passeio, além de poder
adentrar o mundo subterrâneo de Gordes,
os visitantes são convidados a assistir um documentário sobre a restauração das
caves e, com ajuda de áudio-guia, descobrir detalhes sobre as produções locais,
como a fabricação dos azeites.
É uma visita imprescindível para ir
além das casinhas de pedra, das flores das janelas e entender a história de Gordes.
Horário de Funcionamento: Abre todos os dias de 31 de março a 3
de novembro, das 10:00 às 13:00 e das 14:00 às 18:00 horas. Julho e agosto fica
aberta até às 18:30 horas.
De Abril a Junho e de Setembro a
Outubro os horários são os mesmos, mas as visitas não acontecem às
Terças-feiras.
Preço: A entrada custa 6 €.
Dica: Estas datas de abertura correspondem a
2019, por isso recomendo visitar o site oficial: https://caves-saint-firmin.com. No resto do ano é necessário reservar:
caves.saint.firmin@gmail.com
Chegamos em Gordes num dia de mercado, o que foi muito prazeiroso andar por entre as bancas, embora com a desvantagem de qualquer local bonito: as multidões de verão são densas e com um número muito grande de turistas.
Então, após conhecer seus principais monumentos e atrações, gastamos mais alguns minutos percorrendo as ruelas da vila. Passeamos sem pressa, ainda mais que, meu marido estava com um problema no joelho, tendo que andar por aquelas ruelas de pedra, num sobe e desce de canadiana. Descobrimos detalhes, segredos e cantinhos que, quase sempre, são as pérolas da viagem, como:
Ao lado do castelo, na Place Genty Pantaly, pode-se ver uma fonte quadrada, nada notável por si só, mas até 1956 era a única fonte de água potável da vila! Esta praça está bastante aberta hoje em dia, mas na época medieval era cercada por muralhas e pelo centro histórico da vila.
Nesta praça, encontra-se também a Chapelle des Pénitents Blancs.
Chapelle des Pénitents Blancs
A rue des Tracapelles, ou seja, a rua entre as duas capelas, é hoje representada apenas pela Capela dos Penitentes Brancos e pela Capela da Porte de Savoie.
As primeiras menções à capela foram registradas no arquivo municipal de 1667. Ela teria ficado sob o controle de uma irmandade por vários anos.
O arco ao lado da capelania é chamado de Porte de Savoie e era uma das entradas originais para Gordes através das muralhas defensivas.
Mairie de Gordes
Calades
Na Provence, uma rua de paralelepípedos com pedras de calcário dispostas verticalmente na borda é chamada de "calade". O comprimento é calculado de tal forma que o próximo degrau é acessado com o outro pé. Essas escadas facilitavam a movimentação dos numerosos burros e mulas de Gordes, pois eram a única maneira de transportar cargas pesadas pelas ruas íngremes.
Dica: Aqui vai mais uma dica, agora para as mulheres: abram mão dos saltos ou sandálias desconfortáveis. Com ruas de pedras e algumas ladeiras íngremes, tênis e sapatilhas são as melhores opções para desbravar Gordes.
Gordes também é uma residência de verão popular para artistas e mídia e pessoas de cinema de Paris:
Antes de Hollywood chegou a Segunda Guerra Mundial e com ela o Luberon se converteu num importante centro de resistência.
Em
agosto de 1944, os alemães chegaram à Gordes
e começaram a matar seus cidadãos. No dia 22 de agosto, morreram 13 gordiens,
este número somente não foi maior porque um monge da Abadia de Sénanque interviu na história.
Mas antes
desta invasão, o pintor Marc Chagall
teve que abandonar Paris, refugiou-se
em maio de 1940 em Gordes, onde já
residia outro pintor e amigo dele, André
Lhote. O pintor André Lhote também morou em Gordes, de 1939 a 1948.
Ele não
queria abandonar a cidade, mas as notícias da aproximação alemã e de envios de
judeus franceses a campos de concentração, fez com que o artista fugisse para
os Estados Unidos.
Após a guerra, a cidade começou a perder moradores, em 1960 estava em ruínas. Então, os olhos do cinema começaram a ser atraídos ao Luberon.
Em 1970 chegou o pintor húngaro, Victor Vassarely, que criou um Museu Didático em Gordes. Esse museu funcionou até a inauguração da Fundação Vasarely em 1976 em Aix-en-Provence.
Depois, foi a vez de um escritor britânico que dedicou três livros à região. O primeiro “Um ano na provence” de Peter Mayle foi lançado em 1989,
convertendo-se em best-seller. Esse Livro inspirou o filme “Um Bom Ano”. O
escritor faleceu em 2018 em outra cidade do Luberon, Ménerbes.
Ao lado de Gordes está a Village de Bories,
uma antiga aldeia com edifícios de pedra, onde
cabanas primitivas eram construídas nas pedras sobrepostas, como os trulli de Alberobelo, na Puglia. Uma incrível coleção de casas,
paredes, celeiros e uma variedade de outros recintos, incluindo uma loja de
seda.
É uma
autêntica obra-prima da
arquitetura provençal, uma espécie de “cabanas” abobadadas chamadas
de “bories”, da idade do bronze, feitas com pedras planas sem
argamassa.
Um borie é uma estrutura de pedra seca, geralmente uma cabine de um cômodo. O menor pode ser uma única baixa sala, onde um pastor poderia resistir a uma tempestade ou uma noite fria. Mais tipicamente, o quarto individual borie é grande o suficiente para ficar de pé, com espaço para um fogo e, frequentemente, uma ou duas prateleiras embutidas nas espessas paredes de pedra.
Eles costumavam guardar as ferramentas dos camponeses e até do
gado. Em Gordes, a "aldeia dos bories" consiste em sete grupos de "cabanas" com funções precisas: habitação e usos pastorais ou agrícolas.
Existem vários na zona rural nas imediações da aldeia, incluindo os famosos trois soldats. Podemos encontrar os "bories" em muitos outros lugares da Provence.
Horário de Funcionamento: das 09: 00 h às 17: 30 h.
Preço: 5 € por adulto.
Abbaye de Sénanque
Ao norte atrás
da aldeia, pequenas estradas conduzem às rochas, vales e florestas do Plateau de Vaucluse, com a pitoresca Abbaye de Sénanque a apenas 5 km de
distância.
Dirija ou caminhe para o norte da fabulosa vila de pedra de Gordes, pela pequena estrada D177, que segue a pista de caminhada GR6, passando por uma cordilheira alta e rochosa. Parte da bela vista é para baixo, no profundo vale de Senancole, onde fica a abadia.
Abbaye de Sénanque, ainda isoladas em seu pequeno vale, que data do século XII, é um dos lugares mais retratados em calendários que mostram campos de lavanda nos meses de junho e julho. No entanto, é bom esclarecer que, na época das lavandas, você pode ficar trancado no engarrafamento que se forma, pois a estrada para a abadia é estreita e de mão única. São cerca de 5 km do centro de Gordes até à abadia, depois, para voltar ao centro, são mais 5 km de estradinha de martírio, sem contar que, se você for de carro, vai ser outro martírio conseguir um lugar para estacionar.
Meu marido ficou decepcionado, pois apesar de toda a fama da abadia, ela não é assim uma atração imperdível para tanto perrengue, sem falar que, para entrar na propriedade, só pagando. Mas, esta é apenas uma opinião pessoal, vamos às informações e fotos que tiramos nesta atração:
Senanque é uma bela abadia do século
XII, localizada em um vale isolado ao norte de Gordes em Vaucluse.
Três abadias
cistercienses chamadas as Três Irmãs da Provence foram
fundadas no século XII: Abadia de
Senanque, Abadia de Thoronet e Abadia de Silvacane. Fundada
em 1148, Senanque foi a primeira
das Três Irmãs Provençais.
Estendendo-se
para fora dos edifícios da abadia é um vale
de campos de lavanda, que estão em plena flor e fragrância
durante o verão e colhidos julho-agosto.
A ordem
cisterciense na abadia floresceu até o século XVI, ficando cada vez mais
rica, em contradição com o regime beneditino de pobreza. Em 1544, os
hereges valdenses se revoltaram e seu primeiro alvo foi Sénanque. Os monges foram enforcados e muitos dos edifícios
foram destruídos.
A abadia
lutou para se recuperar pelos próximos três séculos, mudando de mãos várias
vezes durante os levantes históricos do período, como a Revolução
Francesa. Em 1989, a abadia foi novamente um mosteiro ativo.
A igreja
está alinhada ao norte, em vez do leste, por causa da largura limitada do vale
em que se senta. Como sua irmã Abadia
em Thoronet, a igreja da Abadia de
Senanque não tem porta de entrada principal; a igreja era apenas para
os monges e irmãos leigos, não para o público.
O dormitório
do monge da Abadia de Senanque fica
no nível superior do lado norte, entre a entrada e a igreja. Foi
construído como uma continuação do transepto na igreja.
O dormitório
poderia abrigar cerca de 30 monges. O espaço para cada monge é marcado por
pedras de pavimentação coloridas no piso do dormitório.
O claustro
forma um pátio fechado no centro da abadia, cercado pelos corredores do
claustro em todos os quatro lados. Os corredores do claustro são as
passagens entre a igreja, o dormitório e outras partes da abadia.
A Abadia do
século XII foi construída com uma fonte no canto noroeste do claustro. Foi
destruído durante as Guerras Religiosas, mas as cicatrizes continuam e a
pequena bacia de pedra marca o local.
Casa do Capítulo
A casa da
capela da Abadia de Senanque abre-se
no corredor do claustro norte. Este é o lugar onde os monges se reuniam
todas as manhãs para estudar a Regra Beneditina, e é o único lugar na Abadia de Senanque onde lhes era permitido falar. Questões relativas à vida no mosteiro
também foram discutidas aqui.
Bancos de
pedra estão integrados na sala do capítulo para os monges, enquanto o Abade
fica no centro para ler o capítulo do dia a partir das regras de São Bento.
No corredor
do claustro, de frente para a porta, há um "tarasque", um demônio
esculpido, olhando para a sala.
Visita da Abadia
A visita de
uma hora é liderada por um guia turístico em francês. Para não falantes de
francês, um tablet digital HistoPad é
fornecido sem custo adicional. O HistoPad
está disponível em 10 idiomas (inglês, alemão, italiano, espanhol, holandês,
chinês, japonês, polonês e português).
Os lugares
são limitados na visita, pelo que recomendamos uma reserva online.
Horários de visita:
Segunda a
sábado: 10h, 10h30, 13h, 13h30, 14h, 14h30, 15h, 15h30, 16h, 16h30, 17h
Domingo:
13h30, 14h, 14h30, 15h, 15h30, 16h, 16h30, 17h
Preços de
visita: Adulto: 8,50 €
Web: www.senanque.fr