Lecce | Itália
Lecce está localizada no “salto da bota”, é considerada uma das cidades mais bonitas da Itália. As suas ruas estreitas e praças guardam surpresas na forma de palácios, igrejas e edifícios de grande beleza considerados a expressão máxima do estilo barroco, e que lhe valeram o apelido de “A Florença do Sul” ou “Capital do Barroco”.
A melhor forma de conhecer o centro histórico de Lecce é caminhar e deixar-se levar pelo seu ambiente descontraído. Embora a cidade tenha inúmeras atrações, você poderá vê-las perfeitamente em um dia.
É uma cidade para quem gosta de arquitetura ornamentada, igrejas barrocas, e calçadões ensolarados onde passear ao meio-dia e parar depois numa trattoria.

Segundo consta, foi fundada ainda antes da Guerra de Troia. Os romanos a conquistaram no século III a.C., daí ela passaria da esfera grega à latina — mas a história deste sul da Itália é repleto de idas e vindas culturais. Os gregos bizantinos a tomaram de volta com a queda do Império Romano do Ocidente e sua tomada por bárbaros. Os árabes conquistariam a região antes de serem expulsos pelos normandos.
Segundo consta, foi fundada ainda antes da Guerra de Troia. Os romanos a conquistaram no século III a.C., daí ela passaria da esfera grega à latina — mas a história deste sul da Itália é repleto de idas e vindas culturais. Os gregos bizantinos a tomaram de volta com a queda do Império Romano do Ocidente e sua tomada por bárbaros. Os árabes conquistariam a região antes de serem expulsos pelos normandos.
Já desde o século XI a cidade fazia parte do Reino da Sicília — que se estendia para além da ilha e por todo o sul da Itália. É quando, nos séculos XVI e XVII, Lecce desponta como das cidades mais importantes do sul italiano.
Como Chegar

Lecce está localizada na região de Puglia, sendo uma das cidades mais visitadas do sudeste da Itália. É possível alcançá-la de diversas maneiras.
Lecce está localizada na região de Puglia, sendo uma das cidades mais visitadas do sudeste da Itália. É possível alcançá-la de diversas maneiras.
Avião
Embora Lecce não tenha aeroporto, é fácil chegar a partir do Aeroporto de Brindisi, localizado a 45 minutos e que conta com serviços de transporte direto para o centro da cidade; ou do Aeroporto de Bari um pouco mais distante, cerca de 150 quilômetros, mas que também tem ligação a Lecce através de comboio ou autocarro. Ambos os aeroportos recebem voos “ low cost ” que os ligam a inúmeras cidades europeias.
Ônibus
Existem várias empresas que ligam Lecce a outras partes do país: MarinoBus e Flixbus são as mais importantes. Um dos percursos mais típicos pelo sul da Itália é chegar a Lecce depois de ter passado alguns dias em Nápoles, o autocarro é a forma mais rápida e cômoda de fazer.
Trem
A cidade de Lecce também possui uma estação ferroviária, o que significa que, embora sejam necessárias transferências, é possível chegar a partir de qualquer cidade do país. Bari a Lecce são cerca de 1h45min. O que significa que você pode visitar Lecce num bate-e-volta. Não é sequer necessário reservar as passagens de trem de antemão. As passagens para os trens regionais podem ser compradas nas máquinas logo antes de embarcar. A viagem é cerca de 15min mais rápida nos Freccia, os trens de alta velocidade italianos que saem mais barato se você reservar antes pelo site da Trenitalia. Sai coisa de €11,50 por trecho no regional (minha recomendação) e o dobro nos Freccia.
O caminho de árvores desde a Gare de Lecce até seu centro histórico.
Carro
Em qualquer caso, para nós a melhor forma de chegar à cidade de Lecce é alugando um carro, com o qual poderá combinar a sua visita com outros locais notáveis nesta parte da Itália, como Polignano a Mare, Alberobello ou Matera.
Tour
Se tiver um pouco mais de tempo ou procurar uma opção mais confortável, o melhor é inscrever-se num Tour que lhe levará a conhecer Lecce desde Bari, bem como outros pontos de interesse da Apúlia.
O que fazer em Lecce

Procura o que visitar em Lecce, Itália? Pois bem, quando estava a montar o meu roteiro na Puglia, no sul do país, uma das coisas que fiz questão de incluir na viagem foi uma passagem por Lecce. Pela monumentalidade barroca da cidade, por me parecer incrivelmente charmosa e imponente, algo me impelia a visitar Lecce. E a verdade é que, é mesmo uma cidade incrível. E não falta o que fazer em Lecce.
Procura o que visitar em Lecce, Itália? Pois bem, quando estava a montar o meu roteiro na Puglia, no sul do país, uma das coisas que fiz questão de incluir na viagem foi uma passagem por Lecce. Pela monumentalidade barroca da cidade, por me parecer incrivelmente charmosa e imponente, algo me impelia a visitar Lecce. E a verdade é que, é mesmo uma cidade incrível. E não falta o que fazer em Lecce.
Para quem gosta de arquitetura e monumentos históricos, incluindo os apaixonados por história e edifícios romanos, Lecce é um parque de diversões incrível.
Assim, partilho um pouco da minha experiência a visitar Lecce, deixando referências às principais atrações turísticas da cidade e arredores e aos melhores restaurantes para aconchegar o estômago. Mas, faça o que fizer, não deixe de incluí-la no seu itinerário pelo sul de Itália. Até porque, Lecce é uma das mais surpreendentes cidades da Puglia e a comida é deliciosa.
Centro Histórico de Lecce

O Centro Histórico de Lecce é maravilhoso, tem dezenas de monumentos históricos de inspiração barroca de 1600 – entre igrejas, conventos, palácios e teatros romanos, muitos dos quais de grande dimensão, com calçadões e vias amplas, então é muito diferente das ruelas de Bari.
O Centro Histórico de Lecce é maravilhoso, tem dezenas de monumentos históricos de inspiração barroca de 1600 – entre igrejas, conventos, palácios e teatros romanos, muitos dos quais de grande dimensão, com calçadões e vias amplas, então é muito diferente das ruelas de Bari.
Com aqueles tipo de edifícios em que há comércio no térreo e moradas vazias nos andares de cima e as breves varandinhas dos andares superiores colecionando alguma ferrugem na grade de proteção, outras visivelmente melhor conservadas.
A tônica de Lecce é uma cidade elegante, com as edificações barrocas, onde o branco dá lugar ao tom de ocre da pedra calcária, cor de areia chamada pietra leccese que lembra também o sul da França. É o tom de quase tudo.
O que mais chama a atenção são as fachadas requintadas, decoradas com janelas e arcos neoclássicos.
O melhor de tudo é que, mesmo para quem não tenha interesse em entrar em museus, castelos ou palácios, o centro histórico de Lecce continua a valer a pena.
Ainda não consegue destronar Nápoles no coração de muitos viajantes por terras italianas, mas é mais uma cidade com alma!
Passear pelo coração de Lecce vai lhe deixar assoberbado pela dimensão e riqueza patrimonial da cidade e pela quantidade de pessoas que se deslocam de bicicleta.
Os monumentos mais emblemáticos, entre outros, são: a Basílica da Santa Cruz, a Catedral de Nossa Senhora da Assunção, o Anfiteatro de Lecce, o pequeno Teatro Romano, o Museo Faggiano e o Castelo Carlo V. Então, vamos ao que ver em Lecce:

Portas da cidade
Portas da cidade
Primeiramente, vamos falar das portas de acesso à cidade de Lecce. Ela possuía vários portões de acesso, vale a pena visitá-los, especialmente a Porta Rudiae, construída em 1703, também a chamada de Porta Sant Oronzo, que em sua parte superior há uma estátua de um dos protetores da cidade. A Porta Rudiae é um dos três portões históricos de Lecce, oferecendo uma entrada pitoresca para a cidade velha. O centro da cidade é um encantador labirinto de becos e pátios, adornados com palácios, lojas de artesãos, igrejas e varandas floridas que exalam o charme histórico do Salento.

Via Giuseppe Libertini

Ao passar pela Porta Rudiae, você entra na Via Giuseppe Libertini, a principal rua pedonal do centro histórico de Lecce. Um bom local para sentir o pulso ao centro histórico, onde se misturam turistas e habitantes locais.

Via Giuseppe Libertini
Ao passar pela Porta Rudiae, você entra na Via Giuseppe Libertini, a principal rua pedonal do centro histórico de Lecce. Um bom local para sentir o pulso ao centro histórico, onde se misturam turistas e habitantes locais.
A Porta Napoli, por sua vez, um monumento emblemático da cidade, é uma das antigas entradas na cidade de Lecce, datada de 1548. Foi construída em homenagem a Carlos V, costuma servir de porta de entrada para visitantes para o atual centro histórico de Lecce.

Fica num dos extremos da Via Príncipe de Saboia, ao lado da curiosa Igreja de Santa Maria “da Porta”.

Outra porta não mesmo importante é a Porta San Biagio, próxima ao Museu Faggiano.

Fica num dos extremos da Via Príncipe de Saboia, ao lado da curiosa Igreja de Santa Maria “da Porta”.
Outra porta não mesmo importante é a Porta San Biagio, próxima ao Museu Faggiano.
A Porta de São Brás, também conhecida como Porta San Biagio, é um portão de estilo barroco localizado no centro de Lecce. É um dos três portões que dão acesso ao centro histórico da cidade. O portão apresenta um arco imponente adornado com colunas majestosas e intrincadas esculturas em pedra, incluindo o brasão de Lecce e uma estátua de São Brás no topo do arco.

Praça Sant Oronzo

A Piazza Sant'Oronzo é considerada o centro nevrálgico de Lecce e um dos pontos mais visitados. Dentro das suas muralhas podemos encontrar edifícios de diferentes épocas e estilos arquitetônicos, sendo ali que acontecem as festas mais importantes da cidade, além de estar rodeada de bares, restaurantes e cafés.
Praça Sant Oronzo
A Piazza Sant'Oronzo é considerada o centro nevrálgico de Lecce e um dos pontos mais visitados. Dentro das suas muralhas podemos encontrar edifícios de diferentes épocas e estilos arquitetônicos, sendo ali que acontecem as festas mais importantes da cidade, além de estar rodeada de bares, restaurantes e cafés.
Em 1953, o "Mosaico della Lupa" foi criado em quatro meses de trabalho pelo mestre mosaicista
Giuseppe Nicolardi na Piazza Sant' Oronzo e logo se tornou um marco da cidade de Lecce. Ele é cercado pela superstição de que pisar no lobo dá azar.

Também ali na esquina da Via Salvatore Trinchese com a Via Templari, encontra-se um lindo relógio numa das paredes do Banco di Napoli.

Encontra-se também o chamado Palazzo del Seggio - Sedile, onde você pode subir ao terraço e as Igrejas de Sant Mario e Santa Maria delle Grazie.
Também ali na esquina da Via Salvatore Trinchese com a Via Templari, encontra-se um lindo relógio numa das paredes do Banco di Napoli.
Encontra-se também o chamado Palazzo del Seggio - Sedile, onde você pode subir ao terraço e as Igrejas de Sant Mario e Santa Maria delle Grazie.
Colonna di Sant’Oronzo

Certamente você já deve ter ouvido falar na Via Ápia. Ela era uma das mais famosas estradas da Roma Antiga que ligava Roma até Brindisi, um porto perto na atual Puglia, mostrando o quanto o Mediterrâneo era o centro do mundo romano e a Europa o seu quintal.
Certamente você já deve ter ouvido falar na Via Ápia. Ela era uma das mais famosas estradas da Roma Antiga que ligava Roma até Brindisi, um porto perto na atual Puglia, mostrando o quanto o Mediterrâneo era o centro do mundo romano e a Europa o seu quintal.
Pois bem, uma das duas colunas romanas que marcava o fim da Via Ápia, encontra-se em Lecce, ao lado desse anfiteatro em ruínas. Ela é conhecida como Coluna de Santo Orôncio.
Foi doada a Lecce por gratidão a Santo Orôncio, discípulo de Paulo que, teria livrado Brindisi de uma epidemia. Paulo que foi martirizado ainda no primeiro século é o padroeiro de Lecce.
Hoje, portanto, conhecida como a Coluna de Santo Orôncio.
Anfiteatro Romano de Lecce

No entanto, o elemento que mais chama a atenção é o imponente Anfiteatro Romano que tinha a capacidade para 25 mil espectadores.

No entanto, o elemento que mais chama a atenção é o imponente Anfiteatro Romano que tinha a capacidade para 25 mil espectadores.
Localizado no coração da cidade, ele remonta ao século II d.C., quando Lecce era um assentamento romano chamado Lupiae.
Permaneceu escondido no subsolo durante séculos, até que, por acaso, durante obras de remodelação, foi descoberto em 1929.
As ruínas romanas e, mais atrás, um chamado “prédio fascista” pela sua arquitetura modernista da década de 1930.
Acredita-se que apenas um terço da sua superfície tenha sido escavado, o resto permanece sob a praça. Hoje em dia, é um marco histórico da ocupação romana na região, apesar de pouco mais restar do que a arena, parte das arquibancadas e alguns restos da parede externa. Ainda assim, conhecer o anfiteatro tem mesmo de estar na sua lista com o que fazer em Lecce.
O acesso ao Anfiteatro Romano de Lecce é público e gratuito.
Castelo Carlo V

A verdade é que pouco se vê dessa Lecce medieval. Quase tudo o que se encontra hoje data de 1500 em diante, incluso o Castelo di Lecce, mais conhecido como o Castelo Carlo V, uma fortaleza edificada a mando desse sacro-imperador espanhol e romano germânico quando o sul da Itália fazia parte da Coroa de Espanha — e os turcos otomanos ameaçavam invadir a Europa.

A verdade é que pouco se vê dessa Lecce medieval. Quase tudo o que se encontra hoje data de 1500 em diante, incluso o Castelo di Lecce, mais conhecido como o Castelo Carlo V, uma fortaleza edificada a mando desse sacro-imperador espanhol e romano germânico quando o sul da Itália fazia parte da Coroa de Espanha — e os turcos otomanos ameaçavam invadir a Europa.
A virada de maré se daria na Batalha de Lepanto (1571), uma das mais importantes do Ocidente, quando estas forças, sobretudo, italianas e espanholas venceram os otomanos no Mar Mediterrâneo e nunca mais eles tentariam seriamente invadir este sudoeste europeu.
Contentaram-se, sem sucesso duas vezes, em se consolidar nos Bálcãs e a tentar invadir Viena por terra. Construído no século XII d.C. pelo imperador Carlos V que, a partir de 1537, ocorreu a reforma do solar, provavelmente já concluída em 1553, ano da morte do vice-rei Pietro de Toledo, cujo brasão se destaca no centro da abóbada da Sala Maria d'Enghien.
Somente com o imperador Carlos V (1519-1556) o Castelo de Lecce foi dotado, juntamente com a cidade, de novas obras defensivas que respondiam às renovadas necessidades da guerra, tornando-se um emblema da grandeza imperial e um local de defesa contra os ataques inimigos, com a instalação de uma imponente parede cortina que ligava a quatro poderosos baluartes: de S. Trinità e de S. Croce do lado voltado para a cidade, de S. Martino e S. Giacomo para o exterior.
Museo Sigismondo Castromediano

É o museu provincial de Lecce e o mais antigo da região da Apúlia (1868). Leva o nome do seu fundador e possui coleções de fósseis, artesanato e obras de arte de diferentes épocas, destacando-se objetos da civilização Mesapiana e da época romana.

É o museu provincial de Lecce e o mais antigo da região da Apúlia (1868). Leva o nome do seu fundador e possui coleções de fósseis, artesanato e obras de arte de diferentes épocas, destacando-se objetos da civilização Mesapiana e da época romana.
Museu Romano

Além do mais famoso Anfiteatro Romano, existe o Teatro Romano de Lecce, um teatro pequeno e escondido, mas nem por isso menos interessante. Um segredo mal guardado, mas verdadeiramente interessante. Foi construído na época de Augusto e descoberto em 1929.
Além do mais famoso Anfiteatro Romano, existe o Teatro Romano de Lecce, um teatro pequeno e escondido, mas nem por isso menos interessante. Um segredo mal guardado, mas verdadeiramente interessante. Foi construído na época de Augusto e descoberto em 1929.
Localizado na Via Arte della Cartapeta, também descoberto no século passado que, acredita-se pudesse acomodar até 5.000 pessoas.
Conhecido simplesmente como Teatro Romano de Lecce e fica nas proximidades da Catedral de Nossa Senhora da Assunção.
Ao lado do teatro, no Palazzo Romano fica o Museu do Teatro Romano, aqui estão expostos os objetos encontrados nas escavações arqueológicas do teatro, bem como nove máscaras teatrais da Vila Adriana em Tivoli.
Apesar de ser possível ver o teatro da rua, sem necessidade de pagar ingresso, aconselho vivamente a que visite o chamado Museu do Teatro Romano, que dá acesso à entrada do teatro romano.

Museu Faggiano

O Museu Faggiano é na verdade um prédio privado, localizado no antigo centro da cidade de Lecce, pertencente à Família Faggiano.
O Museu Faggiano é na verdade um prédio privado, localizado no antigo centro da cidade de Lecce, pertencente à Família Faggiano.
O palácio remonta ao século XII e tem uma história muito interessante: Ao que consta a sua cuja origem se deve a um acaso. Em 2001, o proprietário Luciano Faggiano foi obrigado fazer obras na casa para resolver um problema de umidade. Durante as obras foram descobertos vestígios arqueológicos de grande relevo que testemunhavam a presença de povos antigos naquele local. Foi o início de um processo que haveria de levar à criação do museu.
Anos mais tarde, procedeu-se a um conjunto de escavações que, além de artefatos de cerâmica, “trouxeram à luz os vestígios de um muro, uma bacia circular, outra cisterna quadrilateral muito grande, um poço de 10 metros de profundidade, uma bacia retangular e numerosas fendas esculpidas na rocha”.
O Museu Faggiano é uma antiga casa escavada, onde se vê de perto algo mais sobre o passado remoto de Lecce — inclusive sobre os cavaleiros templários que tinham seu centro nesta casa.
É no albor do segundo milênio que as ordens religiosas de cavaleiros vão se formando os templários em 1119, quase todas no contexto da guerra “sagrada” entre cristãos e muçulmanos.
Desde o século anterior, cavaleiros e mercenários em busca de glória e posses materiais (terras e o que pudessem pilhar) mobilizaram-se rumo ao Mediterrâneo quando este sul europeu estava quase todo sob os árabes.
Assim foi com o sul italiano como com a Península Ibérica. Lecce na região de Salento dentro do que hoje é a Puglia, todo este salto da bota italiano.
Os normandos, oriundos do norte da França, foram pioneiros, mas em seguida vieram outros. Os Cavaleiros Templários, de muitas origens na Europa tiveram um centro onde hoje é o Museu Faggiano até depois de 1200, quando então a morada foi convertida num convento de freiras franciscanas. A ordem dos templários foi dissolvida pelo Papa Clemente V em 1312.
Fragmentos de um mármore de 1570-1570 com o dizer: "Si Deus pro nobis, quis contra nos?" atribuído a Paulo na Epístola aos Romanos (XIII, 31).
Hoje, após a renovação das galerias e espaços que surgiram sob o edifício, pode-se visitar um extraordinário local totalmente subterrâneo. Tudo isso somado, o Museu Faggiano é uma espécie de “sítio arqueológico onde se podem admirar mais de 2.000 anos de história”. Então, se você se interessa por Arqueologia ou História antiga, vale visitar o Museu Faggiano.
O custo do bilhete é de 5€ em favor da Associação Cultural “Idume”, fundada por Luciano Faggiano, responsável pela preservação e manutenção do museu.
Desconto Família: menores de 8 anos gratuito, dos 8 aos 16 anos 3€.
O museu está aberto todos os dias das 9h30 às 20h00.
Igrejas Barrocas de Lecce
Você anda pela cidade até que se depara com as igrejas, onde o barroco de Lecce atinge seu esplendor máximo.
Em Lecce existem cerca de 40 igrejas, entre elas destacam-se:
Abadia de San Mateo ou Chiesa di San Matteo
A Igreja de San Matteo, uma igreja do século XVII, pode ser ofuscada por outros marcos próximos, mas possui uma fachada impressionante e um design único. Construída em 1667 com arquitetura barroca, sua fachada frontal apresenta um design curvo e elegante adornado com esculturas e estátuas intrincadas. No interior, a igreja abriga nove impressionantes altares que retratam figuras e histórias religiosas, como o nascimento e a assunção.


Igreja de Santa Maria "della Porta"

Situada na vibrante cidade de Lecce, a Igreja de Santa Maria "della Porta" é um destino cativante que reflete história e espiritualidade. Originalmente construída como uma humilde capela fora dos muros da cidade, era dedicada a uma imagem da Virgem Maria, que se acreditava realizar milagres para fiéis devotos.

Em 1548, durante um significativo desenvolvimento urbano sob o imperador Carlos V, esta encantadora capela foi reconstruída dentro dos novos limites da cidade.

A Chiesa di Sant Nicolo dei Greci, de estilo neoclássico, construída em 1765, foi dedicada aos mercadores gregos e albaneses que viviam na cidade.

Igreja de Santa Maria da Providência ou Chiesa di Santa Maria della Provvidenza ou Chiesa di San Pietro di Alcantara

A Arquiconfraria é a mais antiga da Arquidiocese de Lecce e uma das mais antigas das Confrarias das Dioceses da Itália.

Igreja de Santa Irene ou Chiesa di Sant'Irene
A Igreja de Santa Irene ou Chiesa di Sant'Irene é um dos mais belos templos do centro da cidade. Esta igreja chama a atenção a sua grande fachada composta por duas estruturas sobrepostas com o brasão da cidade e a escultura de Santa Irene.
Igreja de Santa Maria "della Porta"
Situada na vibrante cidade de Lecce, a Igreja de Santa Maria "della Porta" é um destino cativante que reflete história e espiritualidade. Originalmente construída como uma humilde capela fora dos muros da cidade, era dedicada a uma imagem da Virgem Maria, que se acreditava realizar milagres para fiéis devotos.
Em 1548, durante um significativo desenvolvimento urbano sob o imperador Carlos V, esta encantadora capela foi reconstruída dentro dos novos limites da cidade.
A Chiesa di Sant Nicolo dei Greci, de estilo neoclássico, construída em 1765, foi dedicada aos mercadores gregos e albaneses que viviam na cidade.
Igreja de Santa Maria da Providência ou Chiesa di Santa Maria della Provvidenza ou Chiesa di San Pietro di Alcantara
A Arquiconfraria é a mais antiga da Arquidiocese de Lecce e uma das mais antigas das Confrarias das Dioceses da Itália.
Igreja de Santa Irene ou Chiesa di Sant'Irene

A sua história remonta ao século VII, quando foi inicialmente construída como uma igreja ortodoxa grega e, mais tarde, transformada em um local de culto católico durante o domínio bizantino. A nave neoclássica do interior da Igreja de Santa Irene é de 1539.
Ela tem o nome de “Santa Irene da Lecce”, que já foi padroeira da cidade até em 1656. Mais tarde, o Papa Alexandre VII proclamou Santo Orôncio padroeiro de Lecce.

O vão é relativamente simples, como o altar-mor ali diante. O mais esplendoroso são os altares barrocos laterais.
O vão é relativamente simples, como o altar-mor ali diante. O mais esplendoroso são os altares barrocos laterais.
Completada em 1639, ela é exemplo de uma época de riquezas para o mundo europeu latino — quando os jesuítas eram uma força pujante, a Coroa de Espanha controlava este sul da Itália, o trono português e, portanto, meio mundo.
Riquezas das Índias e das Américas que, se comerciadas ou pilhadas em ações que hoje vemos com crítica, contudo legaram algo de belo na arte barroca dos seus templos. A Chiesa de Santa Irene tem entrada gratuita.
Chiesa di Santa Chiara ou Igreja de Santa Clara
A Chiesa di Santa Chiara ou Igreja de Santa Clara foi construída em estilo barroco mais sóbrio, em 1429, é uma das mais famosas da cidade.
Seu teto, simples, mas portentoso. Você verá que há uma tradição de tetos marrons no barroco de Lecce.
A Catedral de Lecce ou Catedral de Nossa Senhora da Assunção ou Cattedrale dell’Assunzione della Virgine, mais conhecida como Duomo di Lecce, está localizada na chamada Piazza del Duomo, no centro histórico da cidade, local que partilha com a torre sineira, a residência do bispo e um seminário. É dedicada à Assunção da Virgem Maria.

A primeira Catedral de Lecce remonta ao período normando Sg. XII, cuja fachada foi fundada em 1144, mas a atual foi reconstruída e remodelada em estilo barroco entre 1659 e 1689, obra de Giuseppe Zimbalo.
A primeira Catedral de Lecce remonta ao período normando Sg. XII, cuja fachada foi fundada em 1144, mas a atual foi reconstruída e remodelada em estilo barroco entre 1659 e 1689, obra de Giuseppe Zimbalo.
O exterior do Duomo de Lecce engana, pois tem duas fachadas, a lateral, que na verdade é a primeira que se vê ao entrar na praça, e a fachada principal, situada na lateral voltada para o Palazzo Arcivescocile.
Vale a pena visitar o interior da Sé Catedral pelo esplendor da nave central, com a sua cruz latina, onde também se destacam os 12 altares.
As igrejas da Puglia frequentemente têm criptas simples com colunas sob a catedral.
Junto à Sé Catedral, ergue-se a Torre Sineira, do século XVIII, com mais de 70 metros de altura e cinco andares, também obra de Zinarello. Vale a pena subir ao topo para admirar as vistas sobre a cidade e o Mar Adriático, aliás, em dias claros dá para avistar até a costa albanesa.

Sem dúvida, é um dos lugares a visitar em Lecce, principalmente pela sua monumentalidade e exuberância decorativa. Até porque fica a dois passos da Via Giuseppe Libertini, pelo que seguramente passará nas proximidades durante o seu roteiro em Lecce.
Sem dúvida, é um dos lugares a visitar em Lecce, principalmente pela sua monumentalidade e exuberância decorativa. Até porque fica a dois passos da Via Giuseppe Libertini, pelo que seguramente passará nas proximidades durante o seu roteiro em Lecce.
Dica: Se você quiser visitar (fora dos horários de missa) as demais igrejas históricas de Lecce, há um bilhete-combo que você pode adquirir em qualquer uma delas. Ele cobre as principais: a Igreja de São Matheus, de Igreja de Santa Clara, a da Igreja de Santa Cruz (Santa Croce), e a Catedral da Assunção da Virgem (Duomo di Lecce) com sua típica cripta de colunatas simples.
Individualmente, a entrada em cada uma delas custa 6€. O tíquete-combo sai por 9€, e vale a pena se você quiser ver barroco. Se vir mais de uma igreja, ele já compensa.
A Catedral de Lecce e a Basílica da Santa Cruz são as mais belas a meu ver, seguida da Igreja de Santa Clara.
Piazza del Duomo
O destaque de qualquer visita a Lecce é a monumental Piazza del Duomo, sem dúvida a mais bela e marcante da cidade. A praça tem a curiosidade de estar totalmente fechada em três lados, isto porque antigamente funcionava como um pátio que permanecia fechado à noite, ainda sendo possível ver os enormes tocos das portas.
Dentro da Piazza del Duomo também existem outros edifícios de grande beleza, como o Palazzo del Seminario, do século XVII de estilo barroco que, destaca-se pelas inúmeras e decoradas janelas.
Hoje, a sede do Museu Diocesano de Arte Sacra, a Biblioteca e o Arquivo Histórico são outros dos edifícios mais importantes.
Por sua vez, o Palazzo Arcovescovile ou Palácio do Arcebispo destaca-se pela sua colunata e pelo relógio localizado no topo da sua fachada.

Basílica de Santa Cruz
Basílica de Santa Cruz
Outro dos principais templos católicos de Lecce, a Basílica de Santa Cruz é verdadeiramente impressionante. A Basílica de Santa Croce é provavelmente o monumento mais espetacular de Lecce, a maior representação do barroco e emblema da cidade.
O exterior da basílica ricamente ornamentada, destaca-se por possuir quatro níveis diferentes, com meia dúzia colunas decoradas com figuras de animais, plantas, grifos, dragões, atlantes e silhuetas grotescas, além de sua enorme rosácea.
Bela e imponente, é no interior da igreja que estão os principais motivos de interesse: destacam-se o teto em caixotões com dezessete altares, os frescos e o profundo presbitério, com belos capitéis e várias capelas laterais, e uma nave central ladeada por colunas belíssimas. Sem dúvida, uma maravilha barroca.
Para iniciar as obras, foi utilizado o existente Convento dei Celestini que hoje abriga a sede do Palácio do Governo e fica à direita da entrada da basílica.
Por fim, ver o notável é o Teatro Apollo e explorar o Jardim Público Giuseppe Garibaldi – Villa Comunale.
Situado no coração de Lecce, o Giardini Pubblici Giuseppe Garibaldi, também conhecido como Villa Comunale, é um deslumbrante jardim do século XIX que convida os visitantes a relaxar em meio à sua vegetação exuberante. Com um traçado geométrico meticulosamente projetado de trilhas para caminhadas, este parque apresenta uma variedade de esculturas criadas por renomados artistas locais e fontes encantadoras que realçam sua atmosfera serena.

Compras

Compras
O artesanato em cerâmica na Itália é uma tapeçaria vívida do patrimônio artístico do país. Regiões como Úmbria, Toscana e Campânia são famosas por sua cerâmica, cada uma com seu estilo distinto. A cerâmica pintada à mão é uma marca registrada do artesanato italiano, onde cada pincelada conta uma história, tornando cada peça uma obra de arte única.
Tal como em Bari, famosa pelos seus orecchiette, também em Lecce é possível encontrar massa fresca à venda nas ruas do centro histórico.
Deixo, por isso, uma dica: no último dia de viagem a Lecce, compre massas frescas. Será uma forma de recordar Lecce por mais alguns dias após o regresso a casa.
O que Comer
Nem tudo são igrejas e arte em Lecce, um dos grandes atrativos da cidade é a gastronomia, uma cozinha tradicional repleta de ervas aromáticas, com muitas massas (não poderia ser de outra forma), legumes e carnes.
Pratos típicos para comer em Lecce:
• Puccia: Sem dúvida “o rei” da comida de rua de Lecce. A puccia é um sanduíche típico da região de Puglia e de Lecce em particular. O seu formato achatado e textura macia lembram muito o pão sírio grego, já que ambos são feitos com os mesmos tipos de farinha. Puccia pode ser recheado com inúmeros ingredientes, entre os mais típicos estão anchovas, alcaparras, queijo provolone, atum ou salame.
• Leccese: são bolinhos de recheio cremoso em formato de barca com recheios cremosos variados dentro — bastante típicos por toda a Puglia, o outro que não parece coxinha, talvez seja um ancestral da coxinha. Dizem que coxinha é de São Paulo, surgida no século XIX, como muito do que se come lá é adaptação de coisa italiana pelos imigrantes, podem ter se inspirado no arancino siciliano (que tem arroz dentro) e outras frituras destas. Uma leccesa é assim, com recheios cremosos vários dentro. Come-se quentinha, em geral com café, aquele que tão pequeno você toma num gole só.
• Polpo e patate alla pignata: Este prato é uma receita antiga e muito típica da região de Puglia, é um polvo cozido com batata, tomate, pimenta, alho e vinho. Tudo isto é cozinhado muito lentamente na pignata, a típica panela de barro.
• Pezzetti di horse: Este prato é muito típico do Salento, diz-se que lá não há festa ou comemoração que não tenha pezzetti di horse. São pedaços de carne de cavalo cozidos em fogo baixo com cebola, cenoura, aipo, louro, pimentão, gunidillas, vinho... durante 2 ou 3 horas até que os pedaços de carne fiquem bem macios.
Restaurantes em Lecce
• Lerian Ristorante Salentino: É um restaurante que serve comida típica salentina, com pratos muito bem elaborados e tradicionais do mar e da terra. O local é pequeno, tem poucas mesas, mas a princípio, não seria necessário reservar. A única coisa ruim é que fica um pouco longe do centro.
• Osteria Da Angiulino: Local localizado no centro de Lecce oferece pratos típicos do sul da Itália e da culinária de Lecce. São pratos preparados segundo receitas tradicionais e a um preço muito acessível. O local é muito familiar e agradável. Sem dúvida, um bom sucesso.