Roussillon | França
A seguir vem uma das cidades mais interessantes e fotogênicas do Luberon.
A primeira sensação é a surpresa, principalmente se você acabou de visitar os campos floridos de lavanda que ficam a poucos quilômetros de Roussillon, porque no vilarejo, os tons pastéis típicos da Provence foram substituídos pelas cores da terra, vermelho-ocre e alaranjado.
Descubra também um magnífico relógio de sol semicilíndrico de Jean Raffegeau. As linhas horizontais (para as mudanças de mês) e a curva de equação do tempo (curva em 8) estão representadas ali. O lema: "Sine sole sileo" "Sem o Sol, fico em silêncio".
Ande pelas ladeiras sem pressa, tome um sorvete, siga em frente e visite o parque, o Sentier des Ocres ou Caminho do Ocre.
Rousillon é uma bonita vila, situada em uma floresta de pinheiros verde-escura em colinas, rochas, edifícios de pedra e telhados, todos vermelhos e com mais turistas do que gostariam os franceses. Mas, combina perfeitamente com a Rota da Lavanda e com um roteiro em Avignon e Aix-en-Provence.
Roussillon fica distante de Marseille 98 km, a apenas 10 km a leste de Gordes, 65 km de Aix-en-Provence, e há uma variedade de pequenas estradas entre as duas cidades. A leste e a sudeste de Roussillon, você entra na rodovia N100 e continua na direção leste até Apt, com apenas 11 km no total. Este pequeno vilarejo pode ser admirado ao longe, no topo de uma colina de 343 metros.
A aldeia de Roussillon é um destino turístico no extremo sul do Plateau de Vaucluse, na Provence, no sul da França, faz parte do Parque Natural do Luberon, classificado como reserva da biosfera pela Unesco, cujos vilarejos se propõem a preservar a vocação rural e seu patrimônio cultural.
Roussillon conhecida por suas vistas maravilhosas, é bastante popular entre os turistas que visitam a região. Chamada de a cidade das "falésias de sangue e ouro", pois está localizada no coração da maior e mais importante mina ocre do mundo. Um lugar mágico pela infinita variedade de cores ocre que fornecem as combinações de óxidos, que podem ser vistos nas fachadas das casas pintadas em variados tons, do alaranjado ao mais avermelhado, em contraste com o verde das árvores e o azul profundo do céu da Provence, dando um charme especial a Roussillon, que está entre os vilarejos mais belos da França. Com a luz do sol, essas cores variam ao longo do dia. Imagine o pôr do sol em Roussillon, um verdadeiro show. Não fui ainda, mas dizem que as cores marcantes e inusitadas lembram as paisagens de certos parques americanos do Arizona e do Colorado.
Seus olhos percorrem este pequeno mundo e entendem a fascinação de tantos artistas por esse lugar.
O que é o Ocre?
Primeiro devemos saber de onde vem a palavra – do latim ochra que procede de uma palavra grega que significa amarelo. O ocre é um pigmento natural utilizado nas primeiras pinturas rupestres. Foi utilizado na pré-história para pintar as cavernas e depois como colorante natural. Ele é composto de argilas, areia e óxido de ferro que colore as fachadas das casas, que datam principalmente dos séculos XVII e XVIII.Sua propriedade colorante inalterável deu origem a sua exploração industrial no século XIX.
Ocre é a cor da Provence e nem sempre é vermelha; o ocre pode variar de amarelo pálido a um vermelho bastante escuro, e é a base para a mesma gama de cores nas casas da Provence.
Roussillon que fica nos arredores de antigas jazidas de minerais terrosos, abriga o maior depósito de ocre do mundo, principalmente hematita e limonita, que é explorado desde a época romana e foi a principal fonte de trabalho do povoado até meados do século XX.Várias minas foram abertas e o ocre do Luberon foi exportado para o mundo todo.
História
Roussillon surge a
partir de um castelo construído no século X, mas seus depósitos de ocre já haviam
sido explorados desde a Pré-história. Apesar de
muito antigo e fundado durante a dominação gálica-romana, Roussillon, até os romanos
que marcaram uma forte presença na Provence,
usaram o ocre da região.
Roussillon se desenvolveu muito mais tarde, com a extração de ocre nos enormes
depósitos ao lado da cidade. Apesar
desta exploração primária, o ocre de Roussillon
só se converteu num produto industrial importante para a cidade no final do século XVIII.
Foi quando Jean-Etienne Astier teve a
ideia de lavar as areias carregadas de ocre para extrair o pigmento puro.
A cidade ganhou fama e dinheiro.
Após a Segunda Guerra Mundial, a cidade que havia sido a maior produtora de
ocre da Europa, viu seu produto
sendo pouco a pouco substituído pelos colorantes sintéticos. A atividade foi encerrada em
meados do século XX.Hoje, a utilização do pigmento ocre
retirado da natureza é muito pequena, o que não diminui o charme e o apelo
turístico da pequena aldeia, já que Roussillon
faz parte da Associação Les Plus Beaux Villages de France e
vive praticamente de turismo.
O que visitar em Rousillon
Uma visita
de um dia em Roussillon para descobrir que nem só de lavanda e
cores bucólicas vive a Provence.
A cidade acompanha os tons do Parque Ocre du Luberon que fica a
alguns passos da cidade e cuja exploração lhe deu fama e riqueza.
Roussillon é uma cidade
pequena, com aprox. 1300 habitantes, e pode ser visitada com calma em algumas
horas, sendo ainda mais espetacular no interior da vila, com os
coloridos edifícios antigos e estreitas ruas medievais.
O
centro da vila é bastante pequeno, por isso, percorrer as ruas para descobrir
os muitos locais encantadores não demora muito. Em poucas horas é possível conhecer todo vilarejo. Apesar
de muito turístico, o centro é bem pitoresco, repleto de bistrôs e lojinhas de
cerâmicas e produtos típicos. Por suas ruas estreitas se espalham muitas lojas
de produtos regionais e galerias de arte. Ao redor das pequenas praças, a
disputa é por uma das mesas dos vários restaurantes.
A melhor hora do dia para visitar esta cidade
encantadora é pouco antes do por do sol, quando a cor das casas em contraste
com o céu azul da Provence, ficam
ainda mais evidenciados.
Alguns
de nossos favoritos são a praça com o par de prédios antigos e o relógio do
século XIX e a torre do sino com seu Campanile,
sinos e relógios de sol antigos.
Um passeio
descompromissado começa pelo Beffroi, a antiga porta romana, e
passa pelas pracinhas Place de l’Abbé Avon, Place de la Mairie, até a Place de la Forge onde
ficam a Église de Saint-Michel e o Belvédère da cidade.
Mas, calma, os atrativos
não acabaram, porque a visita ao topo de Roussillon
é imperdível. Quando você encontrar a Mairie,
suba a rampa onde tem o Restaurante La
Treille e vire a primeira à direita, que é a Place du Four.
Percorra
as ruas, observe as vigas de ferro nas fachadas que suportam as paredes
antigas. O exterior das casas de cal exige manutenção a cada 10 anos, quando as
fachadas voltam a ser pintadas pela cor decidida pelos cidadãos.
Termine o passeio na boulangerie “Au temps passé”,
aberta desde 1932. No interior há mesas e também vários produtos artesanais,
como o xarope de lavanda para saborizar água.
Roussillon tem muitas galerias
de arte para visitar, para ser
exato, tem oito galerias espalhadas pela
cidade. Recomendo que você
visite a Galeria OKHRA e Valenti.
Você deve saber que o dia em que eles realizam o
mercado nesta pitoresca cidade é quinta-feira. Abre às 8 da manhã e conta com mais de
30 ambulantes. Entre os produtos estrela estão frutas e legumes frescos,
sabonetes de Marseile, vinhos, corantes de pedreiras.
Suba a Montée du Beffroi e vá até a Rue de l’Église se perca por todas as outras ruazinhas da região. É o melhor de Roussillon, sem comércio cheio de toldos plásticos, bem residencial e com uma vista linda para o Lubéron.
Desfrute de uma vista magnífica sobre a aldeia, Mont Ventoux e Mont de Vaucluse, este espaço foi remodelado em 2015 em colaboração com o Luberon Park.
Descubra também um magnífico relógio de sol semicilíndrico de Jean Raffegeau. As linhas horizontais (para as mudanças de mês) e a curva de equação do tempo (curva em 8) estão representadas ali. O lema: "Sine sole sileo" "Sem o Sol, fico em silêncio".
Sentier
des Ocres
A atração mais
importante da cidade é o Sentier des Ocres, um parque natural de falésias recortadas de ocre ao lado da aldeia de Roussillon.
O itinerário que
atravessa o antigo local da antiga pedreira, onde se extraía o pigmento ocre.
A extração criou uma paisagem bem parecida a um quadro
surrealista, com grandes sulcos e cortes profundos na terra, que permitem ver
muitos tons do mineral.
É um caminho por entre colinas com diversos
tons de ocre, esculpidas pela água, vento e mão do homem, que se misturam com o
verde da vegetação. A entrada é na pequena colina de frente para a aldeia, ao lado do cemitério e de um dos estacionamentos. 
Dica: Quando chegar, não pare do primeiro estacionamento que vir, porque senão você vai ter de subir o morro a pé; suba pelas ruas minúsculas, vai dar medo, porque as ruas sao sinuosas e muito estreitas, procure pelo estacionamento ao lado do cemitério, com suas lápides antigas e avermelhadas; sujas da areia vermelha, que já fica perto da entrada do Sentier.
Trilhas para caminhadas através do Ocre de Roussillon
Recomendamos o trajeto ou a trilha ocre perto da cidade,
bem condicionada e marcada, com paisagens surpreendentes formadas pela erosão
que o levarão ao “Chaussée
des Geants” ou Passeio dos Gigantes que vai deixar você sem palavras.
Este é um tour que você realmente deve fazer. Ainda não fui, mas dizem que as falésias avermelhadas lembram as paisagens selvagens da Austrália e dos cânions americanos. Parece que aquelas montanhas de terra vão desabar a qualquer momento, mas o contraste dos 18 tons de ocre com o verde vivo das vegetação é lindo.
Há dois caminhos para explorar o atrativo, ambos bem sinalizados:
– curto | 30 minutos
– completo | 60 minutos
A trilha começa com uma área ajardinada de 50 metros (acesso panorâmico) depois a caminhada continua com 350 degraus, portanto, é fortemente desencorajado para pessoas com mobilidade reduzida e carrinhos de bebê.
Os caminhos passam por áreas abertas e se enveredam por bosques, que acentuam ainda mais (se é possível) a beleza do lugar. O trajeto é relativamente simples e pode ser feito por crianças. Você pode caminhar por dentro de um bosque — com chão de areia (há 200 milhões de anos a Provence era mar) — em total contato com a natureza.
Seu passeio a pé começa e termina no mesmo lugar, com um loop para baixo em uma floresta sombria no meio, todos em trilhas de terra com uma camada de areia fina.
Um passeio a pé pelo parque deve levar menos de uma hora, mas pode contemplá-lo pelo tempo que desejar.
Há
outras trilhas interessantes, como: a "Tour des Bois de Saint Jean",
que começa nos Ocres Conservatory
(2 h); o " Boucle des Madons ", que sai de Sablons (1h); o "Tour de
Pied Conil ", que também deixa Sablons (2h) e o "Tour des Huguets ", que sai
de Saint-Joseph (2 h).
Dicas:
evite sapatos de cores claras, porque o
terreno é avermelhado e suja muito, por isso desaconselho não levar roupas
brancas nem aquela que você considera de estimação; também não é passeio
para um dia de chuva, se não quiser ficar com a roupa e os sapatos tingidos de
ocre.
Horário de
Funcionamento:
Os horários de abertura durante o
ano variam bastante, por isso consulte este site para assegurar-se antes da
visita: https://www.luberon-apt.fr/ocres-en-luberon-0/le-sentier-des-ocres
A trilha pode estar fechada excepcionalmente por ordem da prefeitura por: risco de incêndio / mistral forte
/ chuva forte.
Preço |
3,50 € / pessoa.
Estacionamentos:Todos os estacionamentos
são pagos ao custo de 3€/dia,
com máquinas automáticas para obter os bilhetes:
– Parking Ocher, situa-se a poucos metros
da entrada, a 100 metros da trilha;
– Parking de la Fontaine a 600 metros da trilha;
– Parking Saint Michel a 700 metros da trilha;
– Parking des Sablons, localizado ao lado do Hotel La Maison des Ocres a 850 metros da trilha;
– Parking Saint-Joseph, situado à entrada
da aldeia a partir do Apt -
autorizado para autocaravanas e autocarros, a 800 m da trilha;
– Parking do estádio, situado à entrada
da aldeia a partir do Apt - gratuito a 1km da trilha;
– Parking Grimaud, localizado fora da
aldeia - gratuito a 1,7km da trilha.
Não perca nenhum dos percursos pedestres das falésias ocres de Rousillon, nem uma visita ao Ókhra, Écomuseé de l’Ocre, antigamente chamado Conservatório de Odores e Pigmentos de Roussillon, outrora uma mina ocre, para compreender o procedimento de tratamento ocre. Os prédios da antiga Fábrica de Mathieu foram restaurados e o visitante pode reviver as diferentes etapas do tratamento da matéria-prima.
Se tiver interesse, também visite as Minas de Bruox, em Gargas, pertinho de Roussilion,
onde longos túneis subterrâneos foram escavados para a extração do ocre.
Onde comer
Roussillon tem uma grande variedade
de charmosos cafés e restaurantes que servem uma deliciosa culinária local e
internacional. Aqui estão algumas recomendações:
La Grappe de Raisin: um
dos restaurantes mais gostosos da vila com várias opções de pratos
franceses/europeus a preços muito bons. -Se o tempo estiver bom, aproveite para
comer na esplanad,a pois tem vistas lindíssimas.
Chez Nino: É um pedacinho da Itália na Provence. As bruschettas, bolonhesa e lasanha são absolutamente
deliciosas! Recomendo que faça reserva, principalmente se quiser apreciar a
vista do terraço.
David Restaurant: É um
restaurante de alta cozinha que oferece café da manhã, almoço e jantar com
vista para os Sentiers Ocres.
Café de La Poste: Se
você procura algo um pouco mais casual e um pouco mais barato para o almoço,
uma boa opção é este café. Localizado na rua principal ao lado da praça, é uma
típica cafeteria francesa.
Onde ficar
Aqui
está uma pequena seleção de hotéis em Roussillon,
os mais recomendados considerando diferentes preços:
Le Clos de la Glycine
Este
lindo hotel boutique está localizado no coração de Roussillon. Tem belas vistas da cidade, das falésias e do vale. Os
quartos têm ar condicionado, Wi-Fi e uma encantadora decoração provençal.
Bastide des Demoiselles
Este
alojamento de acomodação e pequeno-almoço em Roussillon disponibiliza uma piscina exterior, um terraço para
banhos de sol e estacionamento privado gratuito. Tem uma localização excelente.
La Maison des Ocres
É um
hotel localizado a 150 metros do centro de Roussillon.
Este hotel disponibiliza uma piscina, estacionamento privado gratuito e acesso
Wi-Fi gratuito.
Hotel Les Ambres
Situado
num ambiente natural, este hotel está localizado a 1,5 km de Roussillon e possui uma piscina
exterior, campo de tênis e 17 quartos decorados em estilo provençal.
