Passeio de Maria Fumaça
21:52Uma ótima diversão para a família toda, desde as crianças até os mais velhos para recordarem os tempos dos trens movidos à vapor.
Este percurso hoje é mantido pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (A.B.P.F.). Uma entidade sem fins lucrativos, de caráter cultural e recreativo, representa a Viação Férrea Campinas - Jaguariúna (V.F.C.J.), onde locomotivas de quase um século, telefones centenários e carros de madeira dão vida a esta ferrovia de 128 anos.
A Maria Fumaça de Campinas já serviu inúmeras vezes de cenário para novelas e filmes de época, tanto nacionais como internacionais. Na entrada da estação além de uma enorme maquete, também é possível ver fotos dos artistas que participaram das filmagens.
Originalmente tinha 1.992 quilômetros entre Campinas e a mineira Araguari, por onde passaram passageiros e cargas dois estados.
Logo que saímos de Anhumas, chegamos na antiga Estação Pedro Américo.
Atualmente o trecho é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (Condepacc).
Com locomotivas bem conservadas e dedicado ao turismo, o trem trafega a uma velocidade média de 40 km por hora, onde os trilhos passam por fazendas centenárias de café e recebe passageiros de várias partes do país e exterior; e monitores treinados que explicam seu funcionamento.
E depois que deixamos a Estação de Taquinho, passamos pelo lindo Hotel Fazenda Solar das Andorinhas.
Até chegarmos a outra Estação completamente desativada e em péssimo estado de conservação, a Estação Desembargador Furtado.
E antes de chegarmos a Jaguariúna tem a Estação Carlos Gomes.
A nova Estação Carlos Gomes foi aberta em 18 de novembro de 1929 pela então Cia. Mogiana de Estradas de Ferro, substituindo a antiga inaugurada em 01/01/1888 na linha original com o nome Matto Dentro e renomeada como Carlos Gomes em 1896, quando a retificação do trecho foi concluída, estando a nova a cerca de 3 km da estação antiga que ainda existe.
O nome da estação foi dado em homenagem ao compositor campineiro Antônio Carlos Gomes, considerado o mais importante do gênero ópera do Brasil. A estação possuía um grande pátio com cinco linhas onde ocorria embarque de pedras, gado e café.
Achamos melhor comer na Fenart, que é uma feirinha de artesanato que fica ao lado da Estação Ferroviária de Jaguariúna, tem barraquinhas de comida. Comemos estas empadinhas do Cantinho Mineiro, um pouco carinhas, mas estava muito gostosa e fresquinha.
Com o passar do tempo e a redução do transporte, sobretudo do café, o pátio foi reduzindo-se até que a linha foi fechada em 1977, ficando juntamente com a estação abandonadas até a chegada da ABPF.
Em 1981, graças a atuação da ABPF – Regional Campinas, a estação foi totalmente restaurada e voltou a ter vida com o Viação Férrea Campinas Jaguariúna. Hoje, esta estação turística, também funciona como oficina de manutenção e restauração de trens antigos.
Saímos de Anhumas às 10:30 h e chegamos em Jaguariúna às 11:50 h.
O tempo de espera para voltar é pequeno. Visitamos o Museu Ferroviário que fica na estação, ouvimos o maquinista falar sobre a máquina da Maria Fumaça, depois foi só procurar alguma coisa para comer e pronto.
Na Estação tem um bom Restaurante o "Botequim da Estação". Fica lotado de moradores das redondezas que aos domingos vão almoçar com a família. Achamos que não valeria a pena esperar um lugar para almoçar e às pressas, pois o trem partiria de volta em uma hora. Já estivemos lá de outras vezes e compensa para quem vai fazer o trajeto inverso. Assim almoça com calma enquanto o trem chega e depois vai para Campinas.
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