Roteiro de um dia em Guimarães|Portugal

23:00


Guimarães é uma cidade que, além de graciosa e super charmosa, é pura história. 
Ela é considerada a cidade berço de Portugal. Os portugueses consideram Guimarães como o local de nascimento de Portugal,  porque foi aqui que nasceu o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques. 
Afonso Henriques foi batizado na antiga Igreja de São Miguel do Castelo, o pequeno santuário situado diante do castelo.
Essa vasta história, reflete-se em inúmeros monumentos nacionais e edifícios icônicos espalhados por toda a cidade e oferecendo-nos um magnífico centro histórico, em que as suas ruas e arquitetura nos recordam os tempos medievais...
Aqui é possível apreciar a evolução de uma cidade de origem medieval, que mantém a sua autenticidade na atualidade, fazendo valer muito a pena visitá-la.

Centro Histórico
O maravilhoso centro histórico é constituído por várias ruelas e praças conservadas, como o Largo da Oliveira, o Largo do Toural e o Largo da República do Brasil. E a maioria dos turistas iniciam suas visitas nesta parte da cidade, já que fica próxima da estação ferroviária e também lugar perfeito para caminhar…fotografar…e o melhor local para almoçar. Não é atoa que é patrimônio da humanidade!

Largo da Igreja e Mosteiro de Nossa Senhora da Oliveira
O belíssimo Largo da Oliveira é a melhor atração turística de Guimarães. Esta praça encantadora preserva algumas das melhores arquiteturas góticas da cidade, incluindo a antiga Prefeitura Municipal, a Igreja da Colegiada e o monumento da Batalha do Salado.
A pequena praça está rodeada de ruas tradicionais com casas pintadas e repleta de cafeterias ao ar livre, com assentos resguardados do sol pela sombra da oliveira que dá nome à praça.

Igreja de Nossa Senhora da Oliveira
Apesar de bem antiga, foi fundada por D. Afonso Henriques e passou por muitas reformas. Em frente ao templo fica o Padrão do Salado, um monumento em estilo gótico de 1340, construído para comemorar a vitória de uma batalha contra os mouros, sendo restaurada no reinado de D. João I para comemorar a sua vitória na Batalha de Aljubarrota, em 1385 e o aspecto gótico que tem hoje é resultado de uma restauração de 1967.
Famosa pela torre em ornamentado estilo Manuelino, a igreja é também conhecida por uma curiosa lenda local, segundo a qual teria sido plantada à sua frente uma oliveira para fornecer azeite às lâmpadas de altar. Contudo, a árvore acabou por secar e morrer. 
Em 1342, a árvore voltou a dar frutos e folhas depois que um comerciante vindo de Lisboa colocou ali uma cruz e a notícia que se espalhou, é que foi um milagre. 
Por isso, a Igreja que foi construída a mando Condessa Mumadona Dias no início da história da cidade, teve seu nome alterado para Igreja da Nossa Senhora da Oliveira. Infelizmente, a oliveira atualmente situada no local não é a original, pois no ano de 1870, contra a vontade da população local, a árvore foi retirada dali e somente em 1985 replantaram uma oliveira em homenagem àquela que seria a árvore sagrada.
Museu de Alberto Sampaio
Dentre os pontos turísticos de Guimarães, destaca-se o grande número de igrejas que tem na cidade,  bem como outros monumentos e edifícios religiosos. 
De tantas igrejas, surgiu a necessidade de criar um lugar para abrigar todos os bens, em específico os da antiga colegiada de Guimarães. Por isso, o Museu de Alberto Sampaio que, data de 1928, está dedicado à conservação dos bens de todas as igrejas da cidade, preservando uma das mais valiosas coleções de arte sacra, azulejos, prataria e escultura do país. 
De particular interesse a túnica em cota de malha supostamente usada pelo Rei D. João I na Batalha de Aljubarrota e um tríptico em prata representando a Visitação, a Anunciação e o Nascimento de Cristo.

Para cruzar para a próxima praça é preciso passar pelas arcadas, onde ficava o Antigo Paço dos Conselhos, local onde era governada a cidade. A construção começou no século XIV, finalizada em meados do século XV. Mas a fachada é de 1877.

Rua de Santa Maria
Ela começa logo acima da Praça de São Tiago, e foi uma das primeiras ruas abertas em Guimarães, pois destinava-se a ser um elo de ligação entre o convento fundado por Mumadona, rodeado pela parte baixa da vila, e o Castelo situado na parte alta da vila. Era habitada pela nobreza e alto clero do burgo. Na época medieval, como todas as ruas em geral, era suja e fedida, mas hoje é lindinha, com varandas fofas e um belo passadiço.
Largo do Toural
Considerado hoje como o coração da cidade, era no século XVII um largo extramuros junto à principal porta da vila, onde se realizava a feira de gado bovino e outras de diversos produtos. Aqui nasceu Portugal
Em 1878 foi transformado em jardim e hoje é uma grande praça bem na entrada do centro histórico.
Guimaraes
O chafariz que você encontra ali é de 1583. Ele havia sido transferido para o Largo Martins Sarmento, no século XIX, mas foi trazido de volta em 2011.Largo da República do Brasil e a Igreja da Consolação e Santos Passos
A Proclamação da República Federativa do Brasil representou o início da Era Republicana e o fim da Monarquia Constitucional Parlamentar no país, instaurando um novo regime político no país de governo presidencialista, que vigora até os dias atuais.
A cidade de Guimarães tem no seu patrimônio urbano uma homenagem a esse importante marco na história brasileira: é precisamente o Largo da República Federativa do Brasil. 
O largo ocupa uma área de aproximadamente 1 hectare. O traçado é desenhado e delimitado com coloridos canteiros que albergam plantas ornamentais anuais, amores perfeitos, petúnias, sálvias, entre outras. 
Sendo um dos vários cartões postais da cidade, o Largo da República do Brasil faz a ligação com o centro histórico de Guimarães.
O cenário do Largo do Brasil em Guimarães fica completo com a Igreja de São Gualter, construída no século XVII, também conhecida como Igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos
Obra da arquitetura barroca da autoria de André Soares, é uma das principais igrejas e mais belas de Portugal.

As origens desta igreja remontam a uma pequena ermida, dedicada a Nossa Senhora da Consolação, mandada construir em março de 1576. 
Em outubro de 1785 é concluída a nova igreja, exemplar de espacialidade barroca em Guimarães, onde se acrescentaram duas torres na frontaria um século depois, bem como a escadaria e a balaustrada. No decurso do século XIX foi construída a Casa do Despacho e a Capela do Senhor dos Passos, anexa à igreja.
O horário de visita é de segunda a sábado das 7 h 30 min às 12 h e das 15 h às 17 h e aos domingos das 7 h 30 min às 12 h. A entrada é gratuita.
Paço Ducal
paço ducal
Construído no século XV pelo primeiro Duque de Bragança, um dos filhos bastardos do rei, que foi um dos homens mais ricos de Portugal.
Este impressionante edifício acabou por ser abandonado e cair em ruína, tendo sido restaurado durante a ditadura de Salazar.

Hoje, o paço está completamente reformado e abriga um museu e as salas principais abrigam belas peças de mobiliário renascentistas, soberbas tapeçarias flamengas e tapetes persas, artes decorativas dos séculos XVII e XVIII. 
O Palácio está classificado como monumento nacional e é hoje usado como residência oficial do Presidente da República. 

Castelo de Guimarães
Este Castelo de Guimarães, em forma de escudo, foi construído originalmente no século X pela Condessa Mumadona Dias que, após a criação do mosteiro, queria proteger a comunidade cristã dos ataques dos mouros, passando a ser usado como arsenal e palácio. 
Mas foram os pais de D. Afonso Henriques que dois séculos mais tarde ampliaram o castelo, dando-lhe uma cara mais parecida com a que vemos hoje, perdendo a sua função defensiva. E é daí que surge a idéia de que no interior de suas muralhas nasceu o primeiro rei de Portugal.
Depois de muitos anos de abandono, apenas a parte externa e as torres estão de pé. 
No ano de 1836, um político defendeu que o Castelo de Guimarães deveria ser demolido e suas pedras deveriam ser utilizadas para ladrilhar as ruas da cidade, mas a proposta foi votada e perdeu. 
Em 1910, o castelo foi classificado como monumento nacional.

A versão visitada hoje foi recuperada recentemente. Os visitantes podem caminhar ao longo das muralhas do castelo, pois há algumas passarelas para facilitar a locomoção e uma exposição simples, mas interessante, sobre a história de Portugal no tempo de D. Afonso Henriques. E também visitar a pequena capela românica de São Miguel.
A entrada custa 2 euros, com redução pela metade para estudantes, jovens de até 25 anos e idosos. Quando estivemos lá, devido ao horário não foi possível entrar e por isso não pudemos subir nas torres.
Um dia é suficiente para ver todas as atrações da cidade, e por isso é visitada na maioria das vezes apenas como passeio de um dia, proporcionando uma ótima viagem a partir do Porto. Sendo, Guimarães uma cidade pequena e compacta, você conseguirá caminhar entre todas as atrações turísticas mais relevantes, não havendo necessidade de utilizar os transportes públicos, sendo a única exceção o bondinho ou teleférico até à Montanha da Penha
Então, se você desejar passar algumas noites na cidade, de maneira a explorar num ritmo mais descontraído, no segundo dia de visita terá tempo suficiente para conhecer o Parque da Penha, onde há uma estrutura excelente para piqueniques ou simplesmente para um passeio curtindo o verde… a vista.


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