Circuito Café, Cachaça e Chorinho no Vale do Café
22:55
Meu marido e eu, aproveitamos o feriado de Tiradentes para fazer o Circuito Café, Cachaça e Chorinho no Vale do Café, que é uma atração nas cidades do sul do Estado do Rio de Janeiro.
O festival tem como objetivo levar o público a visitar e conhecer a história do ciclo do café do Brasil Colonial do século XIX e oferece roteiro pelas fazendas, saraus, apresentações musicais e palestras. Como sempre é realizado em data móvel, então para mais informações consulte o site do evento.
Para este pernoite reservamos a Pousada não me deixes, onde tivemos uma ótima experiência de profissionalismo e boa vontade, pois meu marido e eu saímos do Rio às 5 da tarde e pretendíamos chegar em Paty no máximo às 7, mas pegamos em engarrafamento monstro e só chegamos às 11 da noite. Ligamos para a proprietária que prontamente falou que esperaria por nós. Chegamos muito sem graça, pedindo desculpas e ela foi super atenciosa, com toda a boa vontade, deixando-nos a vontade. Quando entrei na suite que nos foi oferecida, fiquei tão encantada que praticamente só tirei foto dela, mas toda a pousada é muito aconchegante, parece uma casa de campo, café da manhã delicioso, perfeito para desestressar e namorar...
Então, partimos do Rio de Janeiro com destino a Paty dos Alferes somente para pernoitar. Embora a pequena Paty mereça muito mais do que um pernoite apenas, como vou descrever abaixo. Mas não dava tempo de ver todas as cidades do circuito, pois a intenção era no dia seguinte ir para Vassouras, Valença até chegar em Conservatória.
PATY DOS ALFERES
A concorrida Festa do Tomate é um dos principais cartões de visita da pequena Paty do Alferes, considerada um dos maiores eventos do estado do Rio, reúne artistas de projeção nacional que se apresentam no Parque de Exposições, no mês de junho.
Boa anfitriã, a cidade é palco também do Festival do Vale do Café, que acontece em julho nas fazendas da região. O evento tem intensa programação musical, com ritmos que vão do clássico ao samba, passando pelo chorinho e bossa-nova. As apresentações movimentam, ainda, as praças e as igrejas das cidades vizinhas, como Barra do Piraí, Valença, Vassouras, Piraí e Mendes.
Nem só de eventos, porém, vive Paty. Visitar as construções históricas e as fazendas de café são bons programas.
Uma das atrações mais concorridas é o Museu da Cachaça, com mais de duas mil garrafas de aguardentes, divididas por tópicos como localidade, marcas com nomes de santos, flores ou profissões, e as exóticas, que trazem rótulos com piadas politicamente incorretas.
A visita inclui ainda degustação da cachaça produzida na região, oferecida nas versões branca, envelhecida ou adocicada.
No quesito fazenda, a São João da Barra é hors-concours. Datada de 1830, foi restaurada recentemente e possui uma das mais completas exposições e gravuras de documentos originais do século 19. Já a Pau Grande é uma das maiores e mais antigas da região.
Na Aldeia Arcozelo, um espaço cultural instalado em uma antiga propriedade rural, os destaques ficam por conta da programação artística - espetáculos de teatro e de música - e da capela, repleta de imagens de santos negros e de objetos utilizados para torturar escravos.
Para este pernoite reservamos a Pousada não me deixes, onde tivemos uma ótima experiência de profissionalismo e boa vontade, pois meu marido e eu saímos do Rio às 5 da tarde e pretendíamos chegar em Paty no máximo às 7, mas pegamos em engarrafamento monstro e só chegamos às 11 da noite. Ligamos para a proprietária que prontamente falou que esperaria por nós. Chegamos muito sem graça, pedindo desculpas e ela foi super atenciosa, com toda a boa vontade, deixando-nos a vontade. Quando entrei na suite que nos foi oferecida, fiquei tão encantada que praticamente só tirei foto dela, mas toda a pousada é muito aconchegante, parece uma casa de campo, café da manhã delicioso, perfeito para desestressar e namorar...
No dia seguinte partimos para Vassouras
A Vila de Vassouras foi criada em 15/01/1833, até então pertencia a Vila de Paty do Alferes que passa a ser integrante da nova vila. Em 29/09/1857, comprovando o seu desenvolvimento e o crescimento da economia do café, é elevada a categoria de cidade. Seu nome é devido à abundância de um arbusto - tupeiçava - muito utilizado na confecção de vassouras.
As lembranças dos tempos áureos do café estão preservadas em Vassouras, conhecida no século 19 como a Cidade dos Barões. No Centro, a pracinha principal é emoldurada por construções coloniais que abrigaram a Casa de Câmara e Cadeia (1849), a residência do Barão de Ribeirão (1860) e a Casa de Cultura (1844).
Também a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, erguida em 1846, faz parte do cenário. Não deixe de visitar a Casa da Hera, uma chácara com objetos de época, como um piano francês de 1856.
A história continua na área rural, através das fazendas onde era produzido o "ouro verde". Muitas estão abertas à visitação - com direito à lanche típico -, mediante agendamento prévio. Merece destaque a Cachoeira Grande, de 1820, repleta de relíquias como o piano alemão de 1803, os quadros peruanos e as vitrolas.
Já a Cachoeira do Mato Dentro (1874) exibe na sala de jantar a mesa original, com capacidade para 40 pessoas. A Secretário faz o estilo neoclássico, com pinturas de 1830 nas paredes.
Em julho, as construções urbanas e rurais tornam-se palco para o Festival do Vale do Café. O evento tem intensa programação musical, com ritmos que vão do clássico ao samba, passando pelo chorinho e bossa-nova.
Há apresentações também nas praças, igrejas e fazendas das cidades vizinhas, como Barra do Piraí, Valença, Piraí e Mendes.
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE VASSOURASAntes de 1914, já existia no centro da cidade a estação da Ferro Carril Vassourense, que ligava a cidade à atual estação de Barão de Vassouras, na linha do Centro da EFCB. Eram dois prédios unidos por uma cobertura central de ferro e muito bonita. A estação foi fechada em 1970, com a supressão desse trecho do ramal. Há informações que o último trem de passageiros deixou a estação em 30/11/1970. Atualmente abriga departamentos administrativos da Fundação Educacional Severino Sombra.Palacete do barão de Itambé - Vassouras RJ
O Palacete foi construído em 1849 por José Joaquim Botelho, e adquirido em 1859 por Francisco José Teixeira, o Barão de Itambé. O Barão nasceu em Conceição da Barra de Minas, no estado de Minas Gerais. Casou em 1802 com Francisca Bernardina do Sacramento Leite Ribeiro (1781-1864), irmã do barão de Aiuruoca. Desse casamento tiveram onze filhos, conhecidos como os irmãos Teixeira Leite, uma das mais conhecidas e influentes famílias do sul fluminense do século XIX, ligadas ao ciclo do café como capitalistas e fazendeiros. Foram pais dentre muitos outros, do barão de Vassouras, avós de Eufrásia Teixeira Leite, da baronesa do Rio Negro e bisavós do historiador Afonso d'Escragnolle Taunay. Mudou-se de Conceição da Barra de Minas e foi morar em Vassouras onde todos seus filhos já residiam. O barão faleceu em 1866, e foi enterrado em Vassouras, no Cemitério da Irmandade de Nossa Senhora da Conceição, na cripta subterrânea de uma das mais monumentais sepulturas construída no século XIX no Brasil. O palacete, tombado pelo IPHAN, está localizado no centro da cidade, no lado direito da Praça Barão do Campo Belo.Praça Barão de Campo Belo
Marco do Centro Histórico da cidade que compõe o conjunto arquitetônico tombado pelo IPHAN, foi construída a pedido do Barão de Campo Belo entre 1835 e 1857 e chamada de Jardim Público, Praça da Matriz e Largo do Chafariz, entre outros até sua denominação atual.
O gramado verde que se estende rodeado por palmeiras imperiais tem em seu centro o Chafariz Monumental e em seu entorno diversos casarões datados do Século XIX. Já no século XX, ganhou o lago, os bustos e outras árvores.
O Chafariz Monumental, datado de 1846 e projetado pelo arquiteto espanhol Joaquim Soto Garcia de La Veja foi um adorno construído também para servir como fonte de água para a Vila de Vassouras.
Praça Sebastião de Lacerda
Situada aos fundos da Igreja Matriz, recebeu o nome em homenagem a um dos primeiros abolicionistas de Vassouras. De um lado, enfileiram-se 16 centenários Fícus Indianos e de outro a Casa das 14 janelas, que pertenceu a João Evangelista Teixeira Leite.Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição
A construção da capela teve seu início em 1828 e em 1829 foi concluída a Capela Mor. Dedicada a N.Sª da Conceição sofreu várias modificações no ano de 1838, por determinação do governo da província foram construídos o corpo da igreja, a duas torres, consistórios e a sacristia. As obras se estenderam até 1853. O gradil de ferro, cercando a Matriz, foi colocado em 1871, em estilo neoclássico. O painel contornando o nicho da padroeira é uma obra de José Hallais de Oliveira e foi colocado nas primeiras décadas do século XX.
PAÇO MUNICIPAL
UNIVERSIDADE DE VASSOURAS
0 comentários