Circuito Café, Cachaça e Chorinho no Vale do Café

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Dando continuidade ao nosso circuito neste feriado de Tiradentes, depois de ter vindo de Paty de Alferes e Vassouras-para saber como foi clique aqui- agora vou mostrar um pouco da cidade de Valença.
Valença possui uma área de 1308,1 km² (a segunda maior do estado do Rio de Janeiro), estando situada no Vale do Paraíba Fluminense.
A cidade possui 6 distritos: Valença (sede), Barão de Juparanã, a “Cidade dos Barões” (2º distrito), Santa Isabel do Rio Preto (3º distrito), Pentagna (4º distrito) , Parapeúna (5º distrito) e Conservatória, a “Cidade das Serestas” (6º distrito).
Atualmente a sua economia está voltada especialmente para a agropecuária e para o pólo universitário existente na sede municipal.
A região do vale do Paraíba do Sul no Rio de Janeiro era totalmente coberta por florestas virgens no final do século XVIII.
Praça XV de Novembro (Jardim de Baixo)

Parque ajardinado, verdadeiro recanto de paz em meio a agitação do centro da cidade, com lago, chafariz e vegetação exuberante. Sua construção foi determinada pelo presidente da Câmara João Rufino F. de Mendonça, sendo inaugurada em 1884. A transformação do grande descampado é atribuída a Auguste François Marie Glaziou, que veio para o Brasil em 1858, a convite de D. Pedro II. 
Passear por suas alamedas é um convite à comunhão com a natureza. Suas linhas são do estilo inglês. Árvores frondosas, centenárias, de várias espécies, como jameleiras, figueiras, acácias e palmeiras se misturam com sabiás, bem-te-vis e o bicho preguiça (Bradypus Variegatus), que completam o quadro bucólico. 
Espalhados pelo parque há vários monumentos, entre eles o Busto do Comendador Antônio Jannuzzi, construído em 1915; o Divã de Cantaria, de 1831; o Chafariz, onde os escravos encontravam-se para encher os tonéis d’água e lavar roupa, todo em cantaria de granito, o chafariz foi construído em 1850, e se constituía como ponto principal de abastecimento de água da cidade.
Ao redor da Praça podemos apreciar alguns prédios que merecem destaque, tais como a Câmara Municipal, um do mais expressivos exemplares da arquitetura neoclássica da cidade foi construído entre 1854 e 1856, sob o plano de engenharia do Capitão Antônio Pinto de Figueiredo Mendes Antas, todo em pedra e cal e com ricos trabalhos em cantaria de granito nos vãos das janelas e sacadas. Concebido para ser o centro do poder, decidia-se neste recinto a vida de Valença, através dos memoráveis discursos e debates nas sessões da câmara ou nas audiências do júri (que durante anos ocupou parte deste prédio). Junto funcionou desde de 1874 a Biblioteca Municipal D.Pedro II.
Em seu interior encontra-se uma belíssima tela de D. Pedro II, pintada em 1850 por Claude Barandier. No canto da praça, à esquina da rua Cel. Leite Pinto, está o casarão neoclássico, construído em meados do século XIX, que foi residência do arquiteto D. Joaquim Soto Garcia de La Veja, destaca-se na construção os imponentes portões  encimados por estátuas de louça. Nesta mesma esquina, subindo no sentido da ladeira, existem vários casarões construídos ao longo do século XIX e início do XX. Do outro lado do jardim, próximo à rua Visconde de Ipiabas está a Escola Normal, fundada em Valença em 1928. Construído por volta de 1939, o prédio em estilo eclético é simples. Ao lado da construção está uma outra construção que nos anos 40, quando adquirida pela escola, foi transformada em Capela. Esta construção neoclássica é da segunda metade do século XIX e serviu de residência para a  ilustre família Moreno de Alagão (família do republicano Quintino Bocayuva).
Em 1923, começa a construção do jardim, que ocupa a área do morro fronteiro à Catedral, então destinado à queima de fogos de artifício, por ocasião das festividades que ali se celebravam. É de estilo francês sob plano de Octacílio Rocha, sendo modificado pelo engenheiro italiano Dr. Mário Beti. Cercado de oitis, o jardim tem ao centro um chafariz todo em pedra, projetado pelo arquiteto Luís Jannuzzi que aproveitou as pedras retiradas do antigo calçamento da cidade. Ao seu redor, concentra algumas construções históricas de interesse, como por exemplo, na mesma ladeira de acesso à Catedral, está o prédio do Colégio Estadual Benjamin Guimarães, construído em 1921, sobre as ruínas de um casarão que ali se situava, incendiado em 1901.
CATEDRAL DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA
A catedral de N. S. da Glória impõe-se à cidade no alto de uma ladeira, sendo alcançada por uma escadaria em cimento na fachada e de cantaria na lateral. Sua planta segue o esquema das igrejas do século XVIII, com nave central e dois corredores laterais. Atualmente sua fachada apresenta linhas ecléticas mescladas com o colonial e neoclássico. Internamente mantém suas características originais do neoclássico. As manifestações artísticas de maior interesse que se destacam são: A imagem de N. S. da Glória em madeira policromada feita na Europa em 1866, obras de talha da capela - mor e diversas outras imagens em madeira como a de São Miguel Arcanjo. Em substituição à capela dos índios Coroados, em 1820, deu-se início à construção, em pedra e cal, do corpo principal da igreja em estilo colonial. Anos mais tarde, através de concessões de loterias, o consistório e obras em talha da capela são concluídos em 1857. Até 1871, o templo era despido de torre existindo apenas um campanário em ponto pequeno ao lado da igreja, desde então deu-se início a construção de duas torres que recebeu uma delas, um relógio francês. Em 1917, além de reconstruídas as torres do templo que haviam sido demolidas por motivo de desabamento, a matriz de N. S. da Glória têm sua fachada remodelada adquirindo então elementos da arquitetura eclética, aspecto que ostenta atualmente.
Localização: Praça Pe. Gomes Leal, nº 365, Centro.
Horário: De segunda à segunda-feira, das 6:30h às 18:00h
Data da construção: 1820 / 1917
Tel.: (24) 2453-42480
Pavilhão Leoni
Destinava-se a leilão e auditório da paróquia.

SOLAR DOS NOGUEIRA
Este Casarão, antigo Solar dos Nogueira, construído em 1855, na época do café , foi um importante prédio histórico de Valença. Localizado no Centro da cidade, no primeiro andar, funcionavam estabelecimentos comerciais e, no segundo andar, onde havia um acervo de livros raros da Biblioteca Municipal de Valença, também eram realizadas exposições de arte. Destruído por um incêndio no final de 2001, aguarda uma reforma. Hoje, só os versos na sua fachada retratam o que foi no passado.
Há doze anos um terrível incêndio destruiu o Casarão da cidade de Valença. Esse lamentável incidente causou uma profunda comoção em todos os valencianos, que se viram perplexos diante da enorme perda de um belíssimo prédio histórico.


À época comentou-se, entre outras causas, que a origem do fogo teria sido um curto-circuito em uma das lojas do pavimento térreo, na madrugada de 28/11/2001.

O prédio era uma referência para a cidade de Valença, não só em razão da beleza de suas linhas arquitetônicas, mas de sua localização central, pois funcionava como um polo de convergência da sociedade, especialmente de pessoas jovens.
Daquele casarão na esquina da Rua Padre Luna com a Rua dos Mineiros, sobraram apenas as grossas paredes de tijolos do pavimento térreo.
Em suas fachadas de esquina, as paredes ainda guardam alguns ornatos da arquitetura neoclássica de um prédio construído em meados do século XIX. De resto tudo foi destruído.


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