Dicas de viagem ao Nepal

12:31

O Nepal cuja capital é Katmandu, é um país pequeno, que nasceu da fusão de diferentes reinos, revoluções culturais e abusos políticos dos países vizinhos. Com uma população dividida em diversas etnias e majoritariamente hindu, ainda é um país com um povo pobre financeiramente(um dos 23 países mais pobres do mundo). E a situação política instável não ajuda o acesso a alguns lugares com grande beleza cênica e importância histórica, por isso, tem infraestrutura e serviços turísticos precários.
Para um país que já passou por tantas dificuldades e que ainda ajusta contas com catástrofes da natureza, como um terremoto em 2015, o turismo é uma bênção. Na capital, é possível ver rachaduras e resquícios de prédios que foram abaixo. No interior, famílias inteiras ainda moram em casas improvisadas. Cada viajante que chega ao Nepal contribui diretamente para a sua economia e posses econômicas.
Talvez pelo seu passado conturbado, a personalidade do seu povo começou a ser polvilhada com pitadas de humildade. O índice de felicidade é inversamente proporcional ao seu poder econômico, pois a sua abundância de riqueza surge sobre a forma da alegria de viver, alegria de partilhar, alegria de nos conhecer, alegria de nos poder ajudar, de celebrar cada dia, algo já perdido em muitas sociedades contemporâneas.
Como chegar
O principal aeroporto do país é o Tribhuvan International Airport que fica em Kathmandu. Não há voos diretos entre o Brasil e o Nepal, então a melhor forma de chegar até Katmandu, a capital do país, é através de voos com conexões vindas da Índia, Dubai ou Qatar. 
Chegamos a Katmandu vindos de Varanasi, com uma escala de 4 horas em Délhi, num voo de 2 horas e chegada prevista para 23h00min. Estava apavorada porque li que é bom viajar durante o dia, pois aviões caem com uma frequência assustadora por lá. 
As estradas do Nepal são ruins, o transporte público é fraco, o melhor é usar carros ou ônibus exclusivos para turistas. Mas, calma, nem tudo está perdido, o Nepal é muito mais organizado e limpo. Enfim, um descanso depois de um mergulho em tudo que o país vizinho nos representou.
Quando ir
É possível viajar o Nepal em qualquer época do ano, dependendo da área visitada. Para fazer caminhadas nas montanhas se recomenda ida entre outubro e março, evitando a chuva e aproveitando o sol. Entre os meses de dezembro e janeiro pode ser muito frio acima de 3.000 metros. Deve-se evitar Katmandu de maio a junho, quando o calor se torna insuportável e as estradas e ruas se tornam lamacentas. Para quem vai fazer trekkings, a época ideal é a primavera (março e abril) e o outono (outubro e novembro), épocas em que a visibilidade das montanhas é ideal e a temperatura não muito fria.
Línguas
Nepali e diversos outros idiomas regionais. O inglês é falado por parte da população que trabalha com turismo.
Bandeira
É o  único país que não tem uma bandeira em forma de retângulo. 
Moeda 
É a Rúpia nepalesa.  Em  2018 a cotação da Rúpia Nepalesa era de 1,00 USD = 110,00 NPR.

Visto
 O visto de turista para brasileiros é necessário, obtido na chegada.  Custam 25 dólares para 15 dias. É preciso pagar o valor em dólares – cartões de crédito e outras moedas não são aceitos. 

Onde comer
Os restaurantes abaixo todos  ficam no Thamel:
-Or2k
-Rosemary Kitchen & Coffee Shop
-Blueberry Kitchen & Coffee Shop
Comidas típicas
Os hindus não comem carne, os seus menus são 100 % vegetarianos.
O Dhal é uma sopa de lentilhas e picante, que não pode faltar, tal como a típica refeição Dal-Bhat-Tarkari, vegetais cortados com pickles, assim como também, Momos, Chowmein e Tupka. 
Onde ficar
O Nepal é um país muito barato para se viajar, então já adianto que hospedagem é algo barato, mesmo. Alguns quartos em hotéis básicos podem custar US$ 5 apenas. Mas tenha em mente que estrangeiros pagam para entrar em quase todas as praças históricas do Nepal. Não é para entrar num local fechado, mas para cruzar uma praça. Fiscais abordam estrangeiros que precisam mostrar um passe válido. As principais regiões para você se hospedar em Katmandu e arredores são:
Thamel— gueto dos mochileiros e a única que você pode circular livremente e de graça.
Boudhanath — um dos lugares mais legais de Katmandu. A praça onde fica a estupa de Buda mais famosa da cidade é bonita, tem alguns restaurantes e recebe vários turistas todos os dias. 
Katmandu Durbar Square— principal atração do país foi severamente destruída pelo terremoto de 2015. 
Patan— fica num dos centros históricos mais importantes do país. 
Bhaktapur— o único problema de ficar nessa área é a distância até o centro de Katmandu, onde estão os outros pontos turísticos. 
Escolhemos ficar no Hotel Fairfield by Marriot. Um novo e ótimo hotel três estrelasEstá localizado no Thamel, mas afastado da muvuca. Fica a 1,5 km da Durbar Square de Katmandu.
Poluição – use uma máscara para andar pela cidade, principalmente onde tem muito trânsito. Muitas ruas são de terra, muitas construções ainda estão destruídas por causa do terremoto e a poeira que paira no ar é constante.
Eletricidade – o país sofre com cortes de luz diários, diversas vezes ao dia. Ora parte da luz é cortada, ora o wifi, ora tudo é cortado, não necessariamente acontecendo nessa ordem. O bairro de Thamel não possui luz urbana, portanto, apenas a luz dos hotéis e comércio é que iluminam as ruas.
O que ver
O que atrai centenas de turistas ao Nepal são os picos gelados do Himalaia e poucos são os países tão imediatamente ligados a uma de suas atrações como o Nepal. Realmente, nenhuma atração tem a força e a majestade do Monte Everest, a maior montanha do planeta! 
Embora a grande maioria passe um ou dois dias na capital e de lá siga para campos-base como o do Everest, digo que, a terra natal de Buda, tem muitas outras atrações do que os picos gelados do Himalaia. São elas: O Vale de Katmandu, que inclui a charmosa capital que dá nome ao vale e também cidades três históricas e antigas capitais reais, como Patan, Bhaktapur e Boudhanath. 
Elas são um ótimo passeio pela cultura nepalesa, com praças, templos e monumentos históricos – além de inúmeras feiras, lojas de equipamento de aventura, bares e restaurantes para todos os gostos. 
Muitos de seus monumentos foram destruídos no terremoto e só ficaremos sabendo como eram através de fotografias, outros estão tentando reconstruir, no entanto, o mais importante é que no Nepal aprendemos o que é ser humilde na sua origem, aprendemos mais sobre como viver uma vida plena e feliz, independente das responsabilidades e ambições econômicasassim como, se desapego é um ensino, o Nepal é a nossa escola. 
Principalmente depois do terremoto, aprendemos o valor de uma comunidade, onde 
viajantes e voluntários se uniram, independentemente da língua, origem, etnia ou credo e juntos estão ajudando a reerguer o Nepal. Essas comunidades foram essenciais para hoje continuarmos a viajar pelo Nepal, com o comodismo de sempre. E agradecemos por isso.
Enfim, o Nepal não é só um ótimo lugar para se conhecer, é um destino magnético, que nos transforma, que nos acolhe e nos vê partir, sempre com a promessa de que, um dia, iremos voltar. E eu volto...

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