Já ouviu falar em Olivença ou Olivenza, a cidade portuguesa que é
espanhola ou seria a cidade espanhola que é portuguesa?
Em ambos os lados de La Raya, ou A Raia, a fronteira de 1.200 km entre Espanha e Portugal, existem lugares unidos pela história e pela cultura. Entre estas cidades fronteiriças da Extremadura está Olivença, sem dúvida que, por mérito próprio, é uma das cidades mais bonitas da Espanha.
Onde fica
Olivença (Olivenza em castelhano), capital da região homônima, é uma cidade e município,
situada no Alto Alentejo, na zona de fronteira natural, na margem esquerda do Rio Guadiana,
entre Espanha e Portugal quase em frente da cidade de Elvas,
cerca de 24 km a sul de Badajoz.
A
sua configuração é triangular, com dois vértices no Guadiana e o terceiro em Espanha,
a sudeste.
Olivença tem uma área de 750 km², pouco mais
de 10.000 habitantes e sete povoações: São Francisco, São Rafael,
Vila Real, São Domingos de Gusmão, São Bento da Contenda, São Jorge de Alor e
Táliga.
Como ir
Desde Portugal chega-se a Olivenza, através de Elvas (A6) até à fronteira da Ponte da Ajuda, já em Espanha, opta pela EX-105. De uma forma geral, de Elvas a Olivenza são, sensivelmente, 25 minutos para percorrer uma média de 30 quilômetros em estradas regionais luso-espanholas. Se quiser ir a Badajoz, poderá optar pela EX-107 e de seguida ir a Olivenza.
História
Vestígios pré-históricos e vilas romanas nos indicam que as terras de Olivença foram habitadas desde a antiguidade. No entanto, parece que os árabes foram os primeiros a estabelecer um assentamento urbano, embora existam poucas informações sobre isso.
Fundação e Domínio Português
Os Templários receberam estas terras como recompensa pela sua ajuda ao Rei de Leão na Reconquista de Badajoz e, no século XIII, fundaram o comando de Olivença. Poucos anos depois, em 1297, o Tratado de Alcanizes definiu Olivença como parte de Portugal.
Ao longo de cinco séculos, os portugueses transformaram a modesta Olivença em vila. Primeiro, foi-lhe concedido um foral, elevando-a à categoria de vila, e foram construídas as suas muralhas. Pouco depois, foi construída a sua Torre de Menagem, a mais alta do Reino de Portugal. Uma vez asseguradas as defesas da cidade, foi também construída a Ponte da Ajuda sobre o Rio Guadiana, para ligar Elvas a Olivença. Durante todo esse tempo, a cidade só retornou brevemente às mãos dos espanhóis, durante uma década no século XVII.
Origem da Questão de Olivença
No século XVIII, a defesa de Olivença era um problema para Portugal. Além de exigir um grande contingente de tropas, a Ponte da Ajuda havia sido destruída na Guerra da Sucessão Espanhola.
Assim, no início do século XIX, em 1801, através do Tratado de Badajoz, assinado por Portugal sob coação na sequência da Guerra das Laranjas, o território de Olivença foi anexado a Espanha.
O tratado foi denunciado por Portugal em 1808. Em 1817 a Espanha reconhece a soberania portuguesa subscrevendo o Congresso de Viena de 1815, comprometendo-se a devolver a administração de Olivença a Portugal o mais prontamente possível.
Como Portugal nunca quis negociar a devolução do Uruguai à Espanha, Olivença passou a ser conhecida como Olivenza, e assim permanece até hoje. Além disso, a criação do Estado Oriental do Uruguai e seu subsequente reconhecimento pela Espanha relegaram essa questão a segundo plano.
Alguns anos depois, o Tratado de Viena reconheceu a "justiça das reivindicações de Portugal"
sobre Olivença. Este tratado estipulava que ambos os países deveriam negociar a sua devolução a Portugal. No entanto até hoje tal ainda não aconteceu e atualmente, é de fato administrada por
Espanha como parte integrante da região autônoma da Extremadura.
O que ver em Olivença
A “guerra” sobre Olivença continua a despertar paixões e trocas de argumentos nos dois lados da fronteira, mas para lá da questão histórica, há muito que vivenciar na cidade.
Olivença é um misto das duas culturas, como fruto desta longa história de ocupação portuguesa e espanhola. Ao percorrermos as ruas encontramos vários edifícios com arquitetura manuelina e placas toponímicas com os nomes em português e castelhano.Então, junte-se a nós para descobrir esta cidade que foi espanhola por dois séculos e portuguesa por cinco, cujo o único lugar em La Raya onde a fronteira entre Espanha e Portugal não é demarcada.
Uma maneira interessante de descobrir Olivença é através de
um city tour gratuito, que você pode reservar no link a seguir. Para ajudar você a se
orientar, disponibilizamos abaixo um mapa
de Olivença. Nele, você pode ver os nove baluartes de
sua muralha do século XVII, um testemunho de sua importância. Para se
ter uma ideia, Badajoz tinha apenas oito naquela época.
Plaza de España e Avenida de Portugal
Os centros nevrálgicos da cidade são a Plaza de
España e a Avenida de Portugal. Embora ambas sejam
tipicamente portuguesas, é nesta última que os paralelepípedos característicos
de Portugal mais se destacam. É impressionante que as duas praças estejam
conectadas, como uma miniatura da Península Ibérica.
A Plaza de España é um local onde podemos encontrar e usufruir de um belo espaço de lazer e convívio, onde existe calçada típica portuguesa a dar forma e cor. Quem disse que só existe calçada portuguesa no Rio de Janeiro?
A Plaza de España é conhecida como Paseo Grande, e em uma extremidade há uma fonte, em homenagem às Vítimas do Terrorismo e um monumento dedicado à Paz e à Liberdade.
Espiritu Santo Chapel/Capela do Espírito Santo
Irmandade da Misericórdia no século
XVI. Acima de tudo, estão representadas obras de misericórdia, relacionadas aos objetivos da irmandade que era ajudar doentes, idosos, criminosos e falecidos, etc.
O exterior é, como de costume, simples, destacando-se com a porta de entrada em mármore. No entanto, esta capela da Santa Casa de Misericórdia surpreende o visitante no interior que, é espetacular, especialmente os maravilhosos azulejos históricos do século XVIII (1723) que
cobrem suas paredes.
Deambulando pelas ruas, o viajante depara-se com um portal invulgar. Trata-se do singular portal em estilo manuelino do Palácio dos Duques do Cadaval, localizado no atual edifício do Ayuntamiento.

Em meados do século XV acorda-se instalar o edifício das Casas da Câmara, à direita da Porta da Graça, apoiado sobre a muralha medieval.
No chão, pouco antes da bela entrada manuelina
da Câmara Municipal, encontra-se um mosaico representando um
mapa da cidade do século XIX.
A Câmara Municipal está localizada no Palácio dos Duques de Cadaval, do século XV. Esta
designação que tem chegado até aos nossos dias é um equívoco. Com efeito, este edifício nunca foi o Palácio dos Duques de Cadaval, devendo o seu nome ao fato deste ter sido em tempo alcaides-mores de Olivença.
Ainda hoje, este portal é o símbolo identificativo desta vila extremenha. Num olhar mais atento, o viajante pode identificar a Esfera Armilar e Cruz de Cristo, ambas símbolos das aventuras ultramarinas dos portugueses durante os séc. XV e XVI.
Da Prefeitura, seguimos pela Calle de Santiago até a Calle
de Vasco de Gama para seguir até o antigo Convento de la Concepción.
Torre do Relógio da Câmara Municipal
O primeiro, construiu-se em 1460, sobre a torre da esquina oeste da cidadela medieval, como consequência de pedido apresentado pelo procurador de Olivença, em 1459 perante o rei D. Afonso V, com o objetivo de colocar um relógio.
O último, de maquinaria mecânica, encontra-se atualmente no piso térreo do Museu Etnográfico Municipal, depois se ter deteriorado e substituído por um eletrônico em 1986.
É de planta hexagonal, com ausência de materiais nobres. Na sua parte superior abrem-se oito vãos. A torre é rematada por um grande pináculo hexagonal coroado por um cata-vento.
Está dividido em dois volumes, comunicados por vãos. No superior está o alojamento da maquinaria do relógio e os sinos. No inferior, oco, fica o espaço para a trajetória dos pesos.
Convento de San Juan de Dios
A construção do Convento de Nossa Senhora da Conceição começou no início do século XVII e durou três décadas.
O Convento de Nossa Senhora da Conceição foi fundado originalmente como convento de Clarissas, por iniciativa de Leonor Velha, quem fez a sua primeira e importante doação.
No entanto, a situação de guerra e a necessidade de proteger melhor Olivença fizeram que parte das terras do convento fosse ocupadas pela muralha, ficando o próprio edifício entalado por um dos baluartes e foi abandonado pelas clarissas. Foi ocupado a seguir sob a direção dos Monges Hospitaleiros de São João de Deus, para cuidado dos soldados feridos, tornando-se um Real Hospital Militar/Hospital Militar de Olivença, sendo por isso conhecido na atualidade por Convento de São João de Deus.
Durante seus dois séculos como Hospital Militar, os soldados falecidos eram enterrados dentro do próprio convento. Mais tarde, durante a Guerra Civil Espanhola, suas paredes testemunharam inúmeras execuções, cujos corpos foram enterrados em trincheiras improvisadas. Trabalhos de restauração no final do século XX trouxeram à luz numerosos restos mortais.
Serviu depois como quartel de carabineiros e da Guardia Civil, passando mais tarde a uma situação de debilitação e ruína, até ser recuperado pela Escuela Taller.
As suas remodeladas instalações albergaram a Escuela de Teatro y Danza de Extremadura, recuperado-se a capela, convertida em auditório.
No ano passado, o portão de entrada pegou fogo, destruindo a porta, que felizmente não era histórica. A causa deste incêndio não foi causada por nenhum ser espectral, mas sim por um dos muitos atos de vandalismo perpetrados contra este monumento por razões desconhecidas.
Exterior do convento
Com uma ampla fachada caiada, o exterior divide-se em duas áreas distintas. De um lado, encontra-se a capela, com uma entrada neoclássica com frontão bipartido e os brasões de Portugal e Olivença ao centro. Do outro lado, encontram-se os aposentos que circundam o claustro quadrado. As janelas superiores são antigas celas.
Interior do convento
A capela tem nave única com abóbada de berço. Afrescos da época em que o Convento de San Juan de Dios era um hospital militar podem ser vistos nas laterais do altar-mor.
Atualmente, o convento abriga o Posto de Turismo, o Centro de Recepção de Visitantes do Lago Alqueva, o Museu Espaço Olivença e o Museo Papercraft.
Centro de Recepção de Visitantes do Grande Lago Alqueva
Situado, junto da Oficina de Turismo, no antigo Convento de São João de Deus, é um espaço onde se pode informa sobre os cinco municípios espanhóis que integram o chamado “Parque Temático Natural Alqueva”: Alconchel, Cheles, Olivença, Táliga e Villanueva del Fresno.
A Barragem do Alqueva é o maior lago de água doce da Europa. Tudo se faz através de telas interativos e experiências táteis, olfativas e sonoras para adultos e pequenos, onde se pode ter um vislumbre dos cheiros e sons do montado e cursos de água da zona e das atividades que se podem realizar: desportos ou passeios aquáticos, observação de aves e do céu estrelado.
O Centro de Interpretação é voltado para
crianças. Ao redor do claustro também podemos encontrar uma loja, uma
biblioteca e uma cafeteria com terraço ao ar livre de onde podemos admirar
o Baluarte de San Juan de Dios.
Museo Papercraft/Museu do Papel de Olivença
O “papercraft” é uma técnica que consiste na construção de esculturas tridimensionais, em papel (folhas DIN A4 e A3), a partir de um modelo, que se recortam à mão e se colam para construir a figura.
Existem apenas dois Museus de Papercraft na Europa, um deles fica em Olivença!
O Museu do Papel Artesanal em Olivença é o menor dos dois museus da Europa. No entanto, as exposições compensam seu tamanho.
Este museu de Olivença tem mais de 700 figuras, enquadradas em temas diferentes: personagens de cinema, desporto, monumentos, animais…Podemos encontrar de tudo, desde monumentos a personagens queridos da infância... tudo feito de papel.
Baluartes de Olivença
No século XVIII dá-se em Portugal uma reorganização do seu exército. Nesta, foram destacados três regimentos a Olivença: um de cavalaria e dois de infantaria. Para o regimento de cavalaria, os Dragões de Olivença, construiu-se um quartel na gola do Baluarte do Príncipe, conservado na atualidade, localizado ao lado da estação rodoviária, abriga um auditório.
E como complemento ao quartel de cavalaria, para servir de armazém de palha especialmente, construiu-se o Quartel de São Carlos nas imediações.
As grandes torres fazem parte da fortificação abaluartada, construída no século XVII para as Guerras da Restauração, mas não têm janelas nem ameias e eram defendidas por matacães.
Esta muralha abaluartada de Olivença tem três portas: a Puerta del Calvario, orientada para Portugal, entre o Bastião de São João de Deus e o Bastião da Rainha Governadora;
A Porta de Alconchel que é a mais bem preservada e;
A Porta de São Sebastião demolida em meados do século XIX, mas foi recontruída.
Em seguida, seguimos para a bela Paróquia de Maria Madalena, do século XVI. A Igreja de Santa Maria Madalena é um dos testemunhos vivos de um dos períodos mais fascinantes e ricos da História de Portugal: os descobrimentos.
Segundo o Turismo de Olivença, a Igreja de Santa Maria Madalena é considerada o ex-libris da vila de Olivenza, pelo exterior, apercebemos-nos desta atribuição. Trata-se de uma das mais belas obras arquitetônicas e estéticas da arte manuelina, tipicamente portuguesa, logo a seguir ao Mosteiro dos Jerônimos.
Situada dentro do Castelo de Olivença, a primeira foi construída como residência dos bispos de Ceuta, que viviam em Olivença. Pertenceu á ordem de Avis no seculo XIV. Depois, tendo posteriormente sido reconstruída no século XIII, por Filipe I de Portugal, XVI.
A atual igreja foi construída entre os séculos XVI e XVII (1584 e 1627), obra de André de Arenas, como consta numa inscrição da sua torre.
O exterior é renascentista português, com inúmeros motivos náuticos. Particularmente notável é a porta principal, atribuída ao francês Nicolau de Chanterenne, autor da porta do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
A Torre Sineira de
três seções destaca-se no exterior. Observe atentamente os cantos
superiores da torre, decorados com cerâmica de Olivença.
Seu belo interior, dividido em três naves, é revestido de azulejos historiados tipicamente portugueses. Destacam-se também as enormes colunas salomônicas, que conferem ao edifício um ar dinâmico e vibrante.
Destacam-se também, no interior os diversos retábulos de arquitetura renascentista adornada particularmente por seus notáveis retábulos barrocos de talha magnífica, tanto em talha dourada quanto em mármore.
Especialmente a Árvore de Jessé, que representa a genealogia
de Jesus. Com mais de dez metros de altura, é uma das maiores do mundo. No
entanto, sua época e autor são desconhecidos.
O que seria de uma cidade fronteiriça sem a sua fortaleza, mas aqui, a fortaleza templária que outrora existiu, nada mais resta!
O que existe hoje, é o Castelo de Olivença, um magnífico exemplar da arquitetura militar da época, situado a noroeste, da época de D. Afonso IV, filho de D. Dinis de
Portugal que, iniciou a construção de um recinto amuralhado dentro
das muralhas criadas pelo seu pai.
No século XV, apesar dos pactos de não
agressão entre Espanha e Portugal, a fortaleza foi reforçada com duas torres circulares
e um fosso perimetral inundável ao redor da fortaleza.
Entre os séculos XIX e XX, o local foi usado como prisão.
Posteriormente, foram realizadas diversas restaurações e reformas, algumas
delas controversas. As mais significativas foram a demolição do antigo Armazém
de San Luis e da barbacã. No entanto, elas tiveram um lado
positivo, pois parte do antigo fosso foi exposta.
Torre de Menagem/Torre del Homenaje

Esta magnífica obra militar foi considerada a mais bela
de todo o Alentejo no século XVIII. Dizia-se que as
rampas permitiam chegar ao telhado a cavalo.
Panadería del Rey/Quartel do Asiento
O aumento da importância militar de Olivença teve como consequência a construção de infraestruturas complementares.Vários edifícios foram construídos ao redor da Torre de Menagem, incluindo áreas residenciais para o guarda e sua guarnição. Assim, criou-se o Paiol de Santa Bárbara, os corpos de guarda para vigilância das portas e os quartéis para alojamento da milícia. Uma dessas adições, o Quartel de Infantaria de Pozo que serve como Biblioteca e o Quartel do Asiento ou Quartel de Assento também conhecido por outros nomes como Panadería del Rey/Padaria do Rei, em relação com outras das suas funções.

Museu Etnográfico de Olivença ou Museu Etnográfico Gonzalez Santana
Está albergado em três importantes edifícios históricos – a Torre del Homenaje (mandada construir por D. João II), a Panadería del Rey (exemplo do neoclássico de gosto português) e a Câmara Agrária. Este é um dos museus locais mais importantes, não sendo à toa que é o quarto museu mais visitado da Extremadura.
O Museu Etnográfico Extremenho González Santana, um verdadeiro túnel do tempo para um passado não tão distante. Abriga diversos objetos e mobiliário do final do século XIX a meados do século XX. Uma característica peculiar é que estão organizados em salas que recriam lugares daquela época.
Destacando-se no piso térreo quatro dependências que albergam uma alfaiataria, uma mercearia, uma ferraria, uma adega, um lagar de azeiteo e a forja.
Este acervo é, sem dúvida, uma viagem no tempo para os adultos e uma descoberta incrível para as crianças. Evidenciam-se também duas salas sobrepostas, sustentadas por colunas octogonais revestidas a mármore rosa.
A sala inferior contém vestígios arqueológicos da região de Olivença e a superior, obras de arte sacra. Aqui pode encontrar coleções doadas, como a de Gonzales Santana e a de arqueologia de Margarita Navarrete, onde é possível observar vários objetos etnográficos.
Na sala de arte sacra, pode contatar com objetos religiosos provenientes dos franciscanos que viveram no convento da Igreja de Santa Maria Madalena, assim como pinturas originárias da mesma igreja.
A sala mais recente designa-se “Do meteorito” e apresenta informação sobre o meteorito que caiu em Olivença em 1924.
Casa Modernista
Na Rua José Moreno Nieto, popularmente denominada “de los baldosines” e, mais antigamente: “rua do Buraco do Juiz”, encontra-se a única casa modernista que existe em Olivença. Trata-se de uma das casas construídas após a mudança de nacionalidade de Olivença, nos finais do século XIX e princípios do XX pela burguesia que foi substituindo os nobres portugueses proprietários das terras do termo.
Na sua fachada, embora a rua seja estreita por pertencer ao antigo bairro judaico, não facilitando muito a perspectiva, podem-se contemplar os elementos próprios deste estilo elegante, alegre e moderno: força, assimetria, irregularidade, natureza, mascarões, claraboias e materiais como o ferro forjado e o vidro, que podemos apreciar nas suas varandas.
Um passeio sem rumo por Olivença
transporta-nos instantaneamente para o Alentejo.

A sua última destruição aconteceu em 1709, durante a Guerra de Sucessão pelo trono de Espanha. O Marquês de Bay, general das tropas espanholas, mandou destruir os seus arcos centrais para cortar os socorros à praça de Olivença.

Após diversas tentativas de reconstrução ao longo da sua história, em 2003 foi parcialmente restaurada, ficando por recuperar os seus arcos centrais.
Uns duzentos metros a jusante construiu-se uma nova ponte para recuperar a antiga ligação entre os municípios de Elvas e Olivença.
Uns duzentos metros a jusante construiu-se uma nova ponte para recuperar a antiga ligação entre os municípios de Elvas e Olivença.
Onde comer
Na Extremadura, é muito fácil encontrar comida boa e barata. A gastronomia oliventina é a própria da zona extremenho-alentejana. Uma culinária própria da vida dos pastores e trabalhadores do campo, onde tudo era aproveitado. Se estamos falando de uma região com influência da culinária portuguesa, é
quase impossível errar. Para completar, não poderia faltar um doce com nome complicado: " Técula Mécula ". Dizem que era a sobremesa favorita do Imperador Carlos V durante seu retiro na Extremadura, por isso que, também é chamada de Torta Imperial de Amêndoas, vendem esta deliciosa sobremesa na Pastelaria Casa Fuentes. Experimentamos a culinária local no restaurante
Casa Maila.
Pode parecer surpreendente, numa cidade de 12.000 habitantes
que recebe 150.000 visitantes por ano, mas Olivença não oferece uma grande
variedade de acomodações. O albergue municipal alguns apartamentos turísticos,
um hostel e casas rurais compõem as opções para passar uma noite
na cidade.
Se procura uma oferta mais alargada de alojamento, pode
ficar em Badajoz, a menos de meia hora de distância. Outra
opção interessante é ficar em Portugal, por exemplo, na vizinha Elvas.
Seja qual for a sua decisão, pode utilizar o booking como motor de busca para reservar o
seu alojamento em Olivença.
Agora você pode planejar sua escapada para esta joia portuguesa na Extremadura,
Olivença, uma das cidades mais bonitas da Espanha.
Até breve!
- 15:49
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