Ampla, espaçosa e colorida, Palermo situa-se na planície de Conca d'Oro (Concha de Ouro) entre duas magníficas penínsulas. Ao longo dos séculos, a Sicília sempre esteve debaixo do domínio de inúmeras civilizações, entre elas:  Romanos, Cartagineses, Bizantinos, Árabes, Normandos, Suábios e Espanhóis, e com a história de independência como a dos Gregos, que deu origem ao que mais tarde foi conhecido por Reino da Sicília.
Por conta desta constante mutação e mudando constantemente de alianças políticas e comerciais, já foi considerada a “cidade mais conquistada do Mundo”.
Então, graças ao seu passado eclético, Palermo proporciona uma mistura intrigante de culturas. Está repleta de destinos apetecíveis e no centro histórico com vários monumentos antigos fazendo com que à cidade apresente um aspecto único.
Desembarque no lindíssimo porto de Palermo e sonhe nesta viagem de volta ao passado.
Esta é uma das razões por que todos os operadores aconselham uma estada de, no mínimo, três dias...mas infelizmente, o nosso cruzeiro só nos dava praticamente 6 h na cidade, então, tínhamos que correr se quiséssemos ver alguma coisa.
A saída foi fazer um sightseeing que oferecia dois roteiros, sendo o A, o que mais nos atendeu, pois a nossa chegada ao Porto seria às 08:00 h e a primeira corrida seria às 09:30 h. Sendo que, o Terminal Marítimo de Palermo é muito fácil de chegar e sair da cidade, ficando a apenas 750 metros.

Saindo do Porto é só seguir em linha reta pela Avenida Emerico Amari, 10 min andando à pé até o ponto de partida do Sightseeing, que é na Capolinea, onde fica o Teatro Politeama. Em frente à loja Hugo Boss/ Polostore tem um quiosque da Empresa, então foi só comprar os tickets e embarcar.

Teatro Politeama
Um bom exemplo da arquitetura neoclássica, este belo e imponente teatro é o trabalho de Giuseppe Damiani.
Foi inaugurado inacabado e sem teto, em 7º de junho de 1874, com a ópera de Vincenzo Bellini "I Capuletti and I Montecchi", um detalhe emocionante para os amantes da Ópera.
O Teatro fica no centro da cidade de Palermo, o prédio é muito bonito por fora, não pude visitá-lo por dentro para dar mais informações, mas dizem que também é muito bonito por dentro.
Teatro Massimo
Uma casa de ópera inaugurada em 1897, a maior da Itália e terceira maior da Europa, atrás apenas da Opera Garnier de Paris e da Staatsoper de Viena. Em seus primeiros dias, o teatro foi um dos maiores da Europa, com uma capacidade para 3.200 espectadores e palco para decolar a carreira do grande tenor Enrico Caruso.
A estrutura atual, no entanto, permite apenas cerca de 1.350 na platéia, mas nem por isso, o Massimo é menos amado. Na Europa, Teatro Massimo representa o ponto alto do típico teatro de estilo italiano. A atmosfera do teatro, com seu esquema de cores do sumptuoso dourado e vermelho, é superado apenas pelas suas linhas de visão e acústica, até hoje considerado um dos melhores de toda a Europa.
Apesar de sua história está cheia de escândalos políticos e corrupção - principalmente em torno da construção original no final de 1800 e sua reconstrução na década de 1970 e 80 - Teatro Massimo testemunha a reabilitação artística progressiva de Palermo.
Quattro Canti
Os maravilhosos Quattro Canti são fachadas monumentais que formam um octógono e demarcam uma antiga praça, a Piazza Vigliena, construída no Século XVII para expressar o poderio do Império Espanhol sobre a Ilha da Sicília. Fica na confluência entre as vias Maqueda e Vittorio Emanuele. Dizem que ela é séria candidata ao título de esquina mais bonita do mundo. O que vocês acham?
Os espanhóis que legaram Quattro Canti à cidade foram apenas um dos muitos povos que dominaram Palermo, desde sua fundação pelos fenícios. Mesmo em um Mediterrâneo onde as invasões e conquistas eram lugar comum, a capital da Sicília desponta como campeã disparada na troca de poderosos, como já foi citado acima.
Quattro Canti representa as quatro estações do ano, mas também os quatro reis espanhóis da Casa de Habsburgo ou os Áustrias que haviam reinado até sua construção: Carlos V e os Felipes II, III e IV.
Palazzo Steri
Também conhecido como Palazzo Chiaramonte, olhando por cima da Piazza Marina, no lado norte, Palazzo Steri é um exemplo típico de palácios fortificado que eram bastante comuns entre poderosas famílias nobres medievais.
Foi construído em 1307 e teve uma história fascinante. Além de ser o palco de muitas lutas de poder entre as famílias nobres locais e governantes soberanos, em especial, o espanhol. O Palazzo Steri tornou-se a residência oficial do vice-rei espanhol. Na verdade, a Piazza Marina tem sido testemunha das muitas execuções, quando a inquisição se enraizou em Palermo. Hoje é o lar de escritórios do Reitor da Universidade de Palermo e, de igual importância, a mundialmente famosa pintura do mercado Vucciria de Renato Guttuso.
O Sightseeing não passa em frente ao Palazzo. Teríamos que descer para ver melhor, o que vimos são alguns edifícios que compõem a Pizza Marina, palco das execuções citadas acima.
Santa Maria della Catena
O recurso de fechar o porto com uma corrente, aprisionando a frota dos inimigos do lado de fora era uma armadilha comum na Idade Média. Um exemplo é a igreja de Santa Maria da Corrente, de cujas paredes pendia uma das pontas da corrente que vedava o acesso de estranhos à Calla, o antigo porto de Palermo, hoje convertido em uma marina lotada de iates e escunas.
Porta Felice
É a porta de entrada do mar para o Cassaro, um dos principais eixos da cidade de Palermo. Seu nome é em homenagem a esposa do vice-rei espanhol Marcantonio Colonna, a Donna Felice Orsini, que em 1582 decidiu dar uma entrada monumental para o Cassaro, agora Corso Vittorio Emanuele, estendido até o mar em 1581.
A porta que consiste em duas torres enormes, foi desenhada por Mariano Smiriglio e o trabalho continuou até 1637.
O intervalo de tempo permitiu a diferenciação das fachadas dos pilares: por isso temos na primeira porta, a única com vista para o mar, em mármore cinza e personagens típicos do Renascimento, enquanto a segunda, terminada pelos arquitetos Novelli e Smiriglio com mais recursos que tende a barroco.
Após o bombardeio da Segunda Guerra Mundial, o pilar direito foi quase completamente destruída, mas uma cuidadosa renovação restaurou a porta à sua antiga glória.
Foro Itálico
Oficialmente, Foro Umberto I, calçadão à beira mar que margeia as antigas muralhas da cidade, hoje convertidas em moradias, restaurantes e pousadas. Achei linda demais a forma como as muralhas foram ocupadas e preservadas. Do outro lado da pista, há uma concorrida área de lazer, com espaços para diversos esportes, diante do porto turístico da cidade.
Do Foro Itálico ao coração do Centro Histórico é uma caminhada curta. É só dobrar no Corso Vittorio Emanuele, transversal do Foro Umberto I. O Corso Vittorio, antigo Cassaro(do árabe al Qasr, “fortificação”) foi traçada ainda na época dos fenícios e é o mapa da mina para as principais atrações da cidade, que ou estão às suas margens ou a poucos metros de distância.
Orto Botanico
A origem do Jardim Botânico de Palermo remonta às últimas décadas do século XVIII, uma época em que começava o reino de Nápoles e Sicília. Um período histórico com inúmeras reformas e grandes aberturas em nome do Iluminismo, que marca a cultura européia.
Stacione Centrale de Palermo
É um exemplo clássico de uma estação principal no centro da cidade, com 52.000 trânsitos por dia, num total de 19 milhões de usuários por ano, e 250 comboios por dia.
A entrada da estação está na Piazza Giulio Cesare.
A paternidade da estação ainda é incerta, mas o layout arquitetônico tem "influência de Ernesto Basile”. A estrutura original, que foi destruída durante a última guerra, foi reconstruída com uma grande copa, linhas elegantes em ferro e vidro, apoiados por treliças e correio de foice para cobrir as faixas.
Embora preservando a unidade arquitetônica, a elegância e a proporcionalidade das formas, o complexo está comprometido em sua qualidade original e funcionalidade devido à eliminação do telhado e uma série de reformas feita entre 1950 e 1960.
O roteiro do sightseeing não termina aqui, ainda vou falar um bocado sobre Palermo no Sonhos de Viagem a 2, mas vou parar este post por aqui, porque as próximas paradas foram: no Palazzo Reale, Capela Palatina e Cattedrale, que considero os pontos mais emblemáticos de Palermo. Continue sonhando comigo por essa cidade apaixonante. Até o próximo post :)