Santa Teresa de Portas Abertas

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SANTA TERESA 
O bairro de Santa Teresa surgiu a partir do convento de mesmo nome, no século XVIII. Foi inicialmente habitado pela classe alta da época, numa das primeiras expansões da cidade para fora do núcleo inicial de povoamento, no Centro da cidade. Surgiram, então, vários casarões e mansões inspirados na arquitetura francesa da época, muitos dos quais estão em pé até hoje. O bairro de Santa Teresa recebeu ao longo de toda sua existência muitos imigrantes europeus.

A cidade toda é cheia de pontos privilegiados com vistas estonteantes e Santa Teresa é um dos melhores.
Além da beleza cênica do próprio bairro, de suas ladeiras tortuosas, com seus casarões seculares e muito verde, dali é possível ver várias comunidades (o que é curioso pra muitos), entre elas a dos Prazeres (com vista a partir da altura do nº 3056 da rua Almirante Alexandrino) onde há um belo casarão construído no início do século XX que hoje abriga um centro de exposições e atividades educativas e comunitárias mantido pela prefeitura.
O casarão de onde também se tem bela vista, pertenceu a familiares do Duque de Caxias e já foi cenário de filmes como Macunaíma e Caçador de Fantasmas.
A cerca de 2,8 Km do Mirante Dona Marta (totalizando desde o Largo dos Guimarães, pouco mais de 9 Km) está o Corcovado, morro onde está o Cristo Redentor (monumento ícone de Brasil, conhecido internacionalmente, uma das 7 ‘novas’ maravilhas do mundo).
O bairro, carinhosamente chamado pelos cariocas de "Santa", é composto de várias escadarias, ladeiras e vielas tortuosas, que ligam-no aos bairros vizinhos do Centro, Glória, Laranjeiras, Bairro de Fátima,Cosme Velho, Catumbi, Catete e Rio Comprido.

O BONDE
Em 1872, surgiria o bonde que se tornou o símbolo do bairro, subindo as Ruas Joaquim Murtinho e Almirante Alexandrino. Inicialmente, o bonde era tracionado por muares, depois foi dotado de motores e rede elétrica. Conforme as fotos antigas as cores variaram, eram verde, prata e azul, mas passou a ser pintado de amarelo após reclamações de moradores que diziam que o bonde "sumia" em meio à vegetação do bairro. O bonde vai do bairro ao Centro da cidade em travessia sobre os Aqueduto da Carioca desde 1896, quando fez sua primeira viagem.
Tradicionalmente vivem em Santa Teresa, muitos intelectuais, acadêmicos, artistas, militares e políticos, atraídos pelas características históricas, culturais e pela qualidade de vida que o bairro proporciona.

LARGO DAS NEVES
Talvez o ponto mais “ares de Rio antigo” seja o Largo das Neves. Uma praça rodeada de casarões de mais de 160 anos (três deles transformados em bares) e em frente à igreja de Nossa Senhora das Neves (1860) é a “casa” dos moradores nas noites quentes dos finais de semana. É nela onde a vizinhança (incluindo muitas crianças) se reúne para botar a conversa em dia, tomar uma cerveja geladinha ou comer uma pizza servida no pratinho de papelão, montada e assada na hora ali mesmo na praça (imperdível e, por incrível que pareça, dá de 10 em muita pizzaria da região).

LARGO DOS GUIMARÃES
O Morro do Desterro, que mudou seu nome para Santa Teresa após a construção do Convento das Carmelitas em 1750 no morro, era formado de chácaras que foram loteadas, a partir de 1828, com o propósito de urbanizar o local.
Nele, foi formado o Largo do Guimarães, em 1857, onde ficava a chácara pertencente a João Joaquim Marques de Castro, vendida em 1856, para Joaquim Fonseca Guimarães & Cia. Um dos acessos ao bairro era feito pela ladeira do Castro, que ligava a Rua Mata-Cavalos (atual Riachuelo) ao Largo do Guimarães. O Largo recebeu esse nome em honra a Joaquim Fonseca Guimarães, um carioca cuja casa se tornou o Hotel Santa Teresa. Hoje, o Largo é a área nobre do bairro Santa Teresa. Nos arredores do Largo, há inúmeros bares e restaurantes, além de brechós e lojas de artesanato, o que o tornou o point do bairro.

CENTRO CULTURAL LAURINDA SANTOS LOBO
O Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo foi criado em 1979 por sugestão de um grupo de moradores ilustres de Santa Teresa, liderados pelo teatrólogo Paschoal Carlos Magno.
Apesar de o centro cultural receber o nome da principal mecenas do bairro, Laurinda nunca morou no casarão rosado. A homenagem aconteceu em um período em que sua antiga residência, atualmente Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas, estava abandonada.
“O Laurinda”, como é conhecido, é o centro cultural do bairro mais ligado à memória de Santa Teresa. No espaço acontecem  exposições e projeções fotográficas, oficinas de dança e de música, apresentações teatrais, atividades infantis, recitais de piano e eventos diversos ao ar livre.

Dar uma pausa na Rua Áurea entre os bares do Gomez e da Fatinha
Seguramente o trecho é um dos mais animados do bairro e não raro os visitantes curtem um e outro bar quase que ao mesmo tempo. Sim, muitos pegam suas cervejas ou chopp (Gomez) e “vagueiam” pela rua hora pra interagir com mais pessoas, encontrar os amigos espalhados ou ouvir a música ao vivo que rola no bar da Fatinha todas às quartas e sextas a partir das 21h.
O Bar do Gomez, oficialmente Armazém São Thiago existe desde 1919 e além do prédio, conserva objetos e decoração da época; mantendo os ares de um velho botequim carioca dos anos 20.
O local, onde funcionava uma mercearia cujo dono era um português foi adquirido pelo espanhol Jesus Pose Garcia (1887-1971), nascido na cidade de San Cristóbal de Corneira, próxima a Santiago de Compostela, Espanha. Daí o nome do armazém.
Visitar um dos ateliês instalados no bairro
As riquezas arquitetônicas e culturais de Santa Teresa sempre atraíram artistas para o bairro. São músicos, escultores, pintores e escritores que vivem e ou trabalham ali e uma visita a um dos ateliês é boa pedida para quem está passeando pelo local.
Além de adquirir um trabalho original nos próprios ateliês, Santa conta também com pelo menos duas lojas de artesanato. Não deixe de visitar à La Vereda, na rua Almirante Alexandrino pra levar algum bonito e autêntico objeto para casa ou pra presentear alguém.


Onde comer em Santa Teresa
Todos os bares citados têm bons petiscos e os bares Portella e Mineiro também servem refeições. Neste último, o destaque é a feijoada.
O Largo dos Guimarães conta com boa variedade culinária dadas suas dimensões (Santa é um razoavelmente grande, mas pequeno no quesito serviços) com destaque para os pratos do Bar Portella (caldos e carnes), para culinária nordestina do Bar do Arnaudo e frutos do mar no Sobrenatural. Os dois últimos ficam na Rua Almirante Alexandrino e o Portella na Pascoal Carlos Magno (uma esquina bem fotogênica).
O melhor custo benefício, com comida caseira, farta, a preços justos é a Cantina do Gaúcho, que fica na Almirante Alexandrino, 3056. Além da comida boa, o restaurante simples oferece boas vistas para comunidades cariocas, entre elas a dos Prazeres e do Escondidinho.
Os loucos por pizza e com orçamento folgado (sim a pizza – de variados tamanhos e sabores – é cara) não devem sair de Santa sem experimentar alguma pizza da Pizzaria do Chico. A massa fina assada na pedra mineral fica crocante e os ingredientes de qualidade, bem como a receita original do norte da Itália fazem desta uma das melhores pizzas do Rio de Janeiro. Fica na Rua Santa Cristina, 21. Telefone: 21 2508-7180.
Se você gosta de Acarajé, o quitute é vendido na frente do Bar do Gomez, por uma baiana pra lá de simpática, moradora de Santa Teresa a mais de 40 anos.
MERCADO DAS PULGAS
O Mercado das Pulgas é uma tradicional feira de artesanato que acontece todo 1º domingo do mês, reúne artistas plásticos e artesãos de diversos segmentos. A feira tem entrada franca e acontece em um antigo casarão do Largo dos Guimarães, onde é a sede do Centro Social João Fernandes, em Santa Teresa, no Rio de Janeiro - RJ. No local são montadas barracas onde os autores exibem suas obras, e os visitantes ainda dispõem de praça de alimentação com doces e salgados artesanais.
O bichano também está querendo vender as pulgas dele.

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