Hospitalidade africana e árabe na exótica Túnis, na costa norte da África.
Nosso próximo passeio foi um cruzeiro pelo Mediterrâneo, saindo de Barcelona, passando pela Tunísia, Sicília, Roma, Gênova, Marseille, chegando em Barcelona novamente, onde ficamos três dias, depois voamos para Lisboa e lá permanecemos uma semana, veja o mapa deste roteiro abaixo:
Brasileiros não necessitam de visto para turismo na Tunísia, podendo permanecer até 90 dias, mas como estas coisas estão sempre mudando, melhor consultar sempre antes de viajar.
Bem, embora não precise de visto, ao desembarcar tivemos que preencher um formulário de turismo marítimo, como postei abaixo, que é carimbado ao passar pela imigração e deverá ser apresentado na volta, então, cuidado para não perder! Não sei se é assim também para quem vai por outros meios de transporte, nem por conta própria, ok?
Em nosso desembarque fomos recepcionados com um grupo local fazendo uma festa para os passageiros. Teve quem viu até camelo e tirou foto. Ah-ra, Euzinha viu! ainda estávamos dentro do navio, esperando o nosso guia ficar pronto para nos levar a uma aventura em Túnis, capital da Tunísia – considerada Patrimônio Mundial da Unesco.
Tunísia é o país mais setentrional na África, sua história remonta cerca de mais de 3.000 anos. O país foi ocupado pelos fenícios, romanos, bizantinos, turcos, espanhóis e franceses. Durante os séculos XII ao XVI, Túnis foi considerada uma das cidades mais importantes e mais ricas do mundo árabe.
Ela finalmente ganhou a independência da França em 1956. Os presidentes da Tunísia são eleitos, embora o mesmo líder governou de 1957 a 1987 e seu sucessor, o presidente Zine El Abidine Ben Ali, governou 1987-2010, quando manifestações de âmbito nacional sobre o desemprego, a corrupção e a más condições de vida, forçou-o a renunciar ao mandato.
“A Primavera Árabe não se trata de um evento, de algo breve ou de uma estação do ano, trata-se de um período de transformações históricas nos rumos da política mundial. Entende-se por Primavera Árabe a onda de protestos e revoluções ocorridas no Oriente Médio e norte do continente africano em que a população foi às ruas para derrubar ditadores ou reivindicar melhores condições sociais de vida.
Tudo começou em dezembro de 2010 na Tunísia, com a derrubada do ditador Zine El Abidini Ben Ali. Em seguida, a onda de protestos se arrastou para outros países. No total, entre países que passaram e que ainda estão passando por suas revoluções, somam-se à Tunísia: Líbia, Egito, Argélia, Iêmen, Marrocos, Bahrein, Síria, Jordânia e Omã.”
(Texto extraído do site Brasil Escola)
Três anos após a primeira revolução da chamada "primavera árabe", no dia em que lá estávamos, havia uma manifestação para pressionar os membros da Assembleia Constituinte aprovarem a adoção de uma nova Constituição, elogiada por dirigentes estrangeiros como um modelo. O nosso guia disse: "Nós temos eleições, mas sabemos que o resultado dessas eleições antes de elas ocorrerem”. Referindo-se que o atual sistema ainda não representa uma total democracia. Disse ainda:"Quando vocês tiverem retornado para suas casas, este será o primeiro país a ter a constituição mais progressista do mundo islã."
A Tunísia é um país pobre, com uma taxa de desemprego de 15%. Um dos maiores produtores mundiais de azeite e outros produtos como frutas cítricas, vinho, flores e essências. O turismo é um negócio importante, mais de cinco milhões de turistas a visitam cada ano, principalmente franceses e alemães, embora as excursões de cruzeiros a considerem um roteiro exótico, ficando limitada aos navios europeus, como Costa e MSC e linhas norte-americanas que oferecem mais itinerários exóticos no Mediterrâneo como a Oceania.
Embora possa ser considerado um país de terceiro mundo, vimos algumas pessoas realmente pobres, e os carros simplesmente imundos. Das duas uma, ou as estradas não tem calçamento, ou lá não se tem o hábito de lavar carros.
Mas apesar de tudo, uma cidade muito liberal para os padrões islâmicos, e muito mais ocidental do que se esperaria encontrar, aliás, a cidade não se sente nem árabe, nem africano. É um lugar onde o antigo e o novo se misturam sem qualquer conflito, tanto na arquitetura moura com influências francesas e modo de vida.
Vi vários grupos de meninas em jeans apertados, usando celulares, cabelos coloridos e até piercing, possivelmente indo em direção a um dos centros comerciais modernos. Em outros, senhoras com a cabeça tradicionalmente cobertas com seu Hijab.
Sendo que lá, as mulheres não tiveram mais que cobrir a cabeça desde meados da década de 1980. E até meninos jogando uma pelada (partida) de futebol em frente ao Palácio do Governo.
A área que envolve os edifícios governamentais, conhecida como Place du Gouvernement, está sempre impecavelmente limpa.
Esta enorme praça contrasta com as ruas envolventes e está localizada a apenas alguns minutos da mesquita Zitouna e da Rue de Kasbah. A residência oficial do primeiro-ministro está localizada em Dar el Bey, num dos lados da praça, num edifício de uma antiga hospedaria.
Medina
Nossa primeira parada foi na Medina – que significa cidade. No centro da Medina encontramos o modo tradicional de vida desse interessante povo. As ruas são bem estreitas e todas as construções são branquinhas. As cores são destacadas nas portas e janelas. Cada cor de porta tem um significado diferente. Por exemplo, as amarelas significam que as pessoas daquela casa são ricas. Já as azuis pertencem ao bairro de Andaluz, e cada bairro tem uma cor de referência dentro da Medina; e assim por diante. Nas portas há também outros significados, como os desenhos que identificam a profissão e até a religião das pessoas.
Chegamos até a visitar a casa de um morador, cuja porta da casa era amarela, sinal de sua prosperidade.
Visitamos ainda uma perfumaria. A Tunísia é uma grande produtora de flores e por isso, suas essências são muito comercializadas. Cerca de 80% da produção é vendida para França para produção de vários perfumes famosos.
A Maison de Parfumeur é uma das muitas lojas que estão no souk de Medina. Quando você entra na loja um homem primeiro dá uma recepção calorosa, encontra lugar para todos se sentarem para fazer uma sua demonstração.
Primeiro explica como se destilada as essências: Para remover um tubo de 20 ml puros, são necessários 30 kg de flores, introduzindo a parte inferior de uma calha de alumínio e por um processo de destilação (semelhante ao licores), extrair o extrato.
Então, alguém vai colocando no pulso e braço de cada um ali, um pouco dessas essências para cheirar: limão, jasmim, e ainda se atrevem a imitação de Hugo Boss e Chanel No. 5. Finalmente, vem o processo de venda (acho que foi 10 €) um vidrinho de 20 ml de essência pode obter um litro de perfume no qual você só tem que misturá-lo com álcool puro quando chegar casa (exceto o limão, que é misturado com água).
O souk na Medina é um dos locais mais fascinantes da cidade. É mais um lugar onde as tradições árabes governam - por isso muitas casas de café são apenas para homens.
Por todo o lado existem minúsculas lojas a abarrotar de coisas; pode-se ver gente a vender, a comprar e andar por todo o souk; gatos escondidos nas esquinas; os cheiros dos óleos, especiarias, dos fritos e do lixo a apodrecer; os sons do muezim, raï, do futebol na rádio, da gente a falar arábico e francês...
As principais ruas da Medina são muito turísticas, mas mesmo nessas ruas, bem como nas menos visitadas, continua a ser um mercado autêntico e vivo.
Por trás das fachadas desgastadas podem estar antigos palácios, mesquitas, matracais (escolas islâmicas). Bab El Bahr é um bom ponto para começar a visita ao souk e os ourives estão perto de Bab Bnet.
Na Medina, há alguns mercados que são de visita obrigatória, como o Souk de la Laine, por exemplo, onde estão situados os tecelões. Apesar de já não possuir sua fama inicial, ainda pode apreciar todo o processo de produção e comprar algumas peças tradicionais.
Qualquer cidade árabe tem o seu mercado do ouro. Em Túnis, é o Souk des Orfevres, localizado perto da mesquita principal. Aqui vende-se, sobretudo, artigos em ouro de grande qualidade e, embora o design não seja de renome internacional, se regatear bem pode conseguir um bom negócio.
Mas, lembre-se, se você começar uma negociação é considerado rude não completar o negócio quando um preço justo é oferecido. Também deve estar ciente de os vendedores em sua maioria homens, agarram-lhe pelo braço somente para chamar sua atenção. Uma vez que você pára para olhar alguma coisa, a negociação começará.
Museu Bardo
Museu Bardo de Túnis, que é não apenas o mais importante museu da Tunísia, mas também um dos mais antigos do mundo árabe; você pode admirar artefatos antigos, estátuas, e a mais rica coleção de mosaicos romanos do mundo.
Um antigo palácio do século XII famoso por sua notável coleção de mosaicos e grandes descobertas de Cartago. O Bardo é semelhante ao do Louvre, em sua extensa e impressionante coleção de exposições.
Você irá desfrutar de uma visita guiada de alguns dos quartos para admirar as exposições mais significativas , incluindo a requintada Sala Virgil, que abriga um espetacular mosaico Sousse do século III. Há também coleções de estátuas de mármore e joias do mundo antigo.
Tempo para uma pausa para saborear um delicioso almoço antes de continuar a sítio arqueológico de Cartago. Você terá a oportunidade de visitar os banhos de Antonius , antes de continuar para a pequena aldeia piscatória de Sidi Bou Said, que foi fundada por árabes da Andaluzia e é conhecido principalmente pelo esquema de cores azul -e- branco existente nas casas por toda a cidade.
Banhos Antonin - um elaborado centro balneário e entretenimento que fica em um local pitoresco. Pode-se descer para os porões e admirar hieróglifos e jardins exuberantes.
Mas mesmo visitando através de um cruzeiro, tem-se que pagar uma taxa (em nossa viagem, um euro) que permite que os turistas fotografem as ruínas.
Carthage Amphitheatre
Parque El Abidine de Carthage
Sidi Bou Said
Descrito como a Santorini Tunísia, esta vila se agarra à encosta acima do mar azul e o que mais encanta são as casas caiadas de branco e azul. A aldeia, que já foi um grande resort de verão, possui uma rua principal/souk que está repleto de pequenas lojas, venda de lembranças típicas como ímãs, assim como bonitas cerâmicas, artigos de couro e gaiolas de pássaros.
“A Primavera Árabe não se trata de um evento, de algo breve ou de uma estação do ano, trata-se de um período de transformações históricas nos rumos da política mundial. Entende-se por Primavera Árabe a onda de protestos e revoluções ocorridas no Oriente Médio e norte do continente africano em que a população foi às ruas para derrubar ditadores ou reivindicar melhores condições sociais de vida.
Tudo começou em dezembro de 2010 na Tunísia, com a derrubada do ditador Zine El Abidini Ben Ali. Em seguida, a onda de protestos se arrastou para outros países. No total, entre países que passaram e que ainda estão passando por suas revoluções, somam-se à Tunísia: Líbia, Egito, Argélia, Iêmen, Marrocos, Bahrein, Síria, Jordânia e Omã.”
(Texto extraído do site Brasil Escola)
A Tunísia é um país pobre, com uma taxa de desemprego de 15%. Um dos maiores produtores mundiais de azeite e outros produtos como frutas cítricas, vinho, flores e essências. O turismo é um negócio importante, mais de cinco milhões de turistas a visitam cada ano, principalmente franceses e alemães, embora as excursões de cruzeiros a considerem um roteiro exótico, ficando limitada aos navios europeus, como Costa e MSC e linhas norte-americanas que oferecem mais itinerários exóticos no Mediterrâneo como a Oceania.
Durante o dia, o local está permanentemente lotado, tanto de turistas como de nativos, mas à noite o cenário é desértico. Claro que toda esta área está sempre sob um forte dispositivo de segurança, mas os guardas permitem que se fotografem alguns edifícios.
Nossa primeira parada foi na Medina – que significa cidade. No centro da Medina encontramos o modo tradicional de vida desse interessante povo. As ruas são bem estreitas e todas as construções são branquinhas. As cores são destacadas nas portas e janelas. Cada cor de porta tem um significado diferente. Por exemplo, as amarelas significam que as pessoas daquela casa são ricas. Já as azuis pertencem ao bairro de Andaluz, e cada bairro tem uma cor de referência dentro da Medina; e assim por diante. Nas portas há também outros significados, como os desenhos que identificam a profissão e até a religião das pessoas.
A Maison de Parfumeur é uma das muitas lojas que estão no souk de Medina. Quando você entra na loja um homem primeiro dá uma recepção calorosa, encontra lugar para todos se sentarem para fazer uma sua demonstração.
O souk na Medina é um dos locais mais fascinantes da cidade. É mais um lugar onde as tradições árabes governam - por isso muitas casas de café são apenas para homens.
Sempre que quiser comprar alguma coisa, regateie! Aliás, nada tem preço e parece que é possível comprar algo por muito pouco. Você entra na loja, escolhe o que vai levar, é dado o valor da mercadoria e só então, começa a negociação. Você nunca deve pagar o primeiro preço que lhe é dado. Nós, por exemplo, ficamos apaixonadas por alguns souvenirs, o vendedor deu o preço inicial de US 350, chegamos ao preço final de US 180, depois de muita negociação, meu marido disse que não tinha mais dinheiro e se caminhou para fora da loja, ameaçando ir embora duas vezes. É interessante a pechincha, faz você se sentir parte de uma cultura antiga, a sensação é boa, mas sabe que na verdade são eles que saem ganhando. Saímos felizes com os objetos debaixo do braço por apenas 180 euros achando que fizemos um bom negócio, mas o vendedor estava com sorriso tão grande quanto o nosso, ainda mais, que estamos negociando em uma moeda diferente da que estamos acostumado, tendo que fazer conversões.
Museu Bardo
Você irá desfrutar de uma visita guiada de alguns dos quartos para admirar as exposições mais significativas , incluindo a requintada Sala Virgil, que abriga um espetacular mosaico Sousse do século III. Há também coleções de estátuas de mármore e joias do mundo antigo.Mas mesmo visitando através de um cruzeiro, tem-se que pagar uma taxa (em nossa viagem, um euro) que permite que os turistas fotografem as ruínas.
Ruínas de Cartago
A antiga cidade fenício-romana fica a 18 km da cidade. Uma cidade do século VI aC que já foi a base de um poderoso império comercial. Seu cidadão mais famoso foi Aníbal, o general que atravessou os Alpes para fazer a batalha com os romanos. Cartago foi destruída pelos romanos depois de três guerras e depois reconstruída para se tornar um dos mais intrigantes capitais provinciais de Roma. As ruínas estão espalhadas, e um bairro residencial moderno foi construído sobre a maior parte da área. É um lugar agradável com jardins exuberantes e, obviamente, casas caras - um dos mais bonitos lugares para se viver na Tunísia.Descrito como a Santorini Tunísia, esta vila se agarra à encosta acima do mar azul e o que mais encanta são as casas caiadas de branco e azul. A aldeia, que já foi um grande resort de verão, possui uma rua principal/souk que está repleto de pequenas lojas, venda de lembranças típicas como ímãs, assim como bonitas cerâmicas, artigos de couro e gaiolas de pássaros.
- 23:24
- 0 Comments
