Marseille | França

02:58


Hoje vou escrever sobre o roteiro que fizemos na cidade de Marseille. Visitamos esta cidade numa escala do navio de cruzeiros da MSC, vindos de Gênova.

Marseille é a segunda maior cidade de França e capital de Provença, na região da Côte d'Azur. Esta cidade surge como o porto mais importante de França, tendo ligações com África, Itália e Espanha. Por isso, esta é uma das principais cidades escolhidas pelos magrebinos - pessoas que nasceram na Argélia, Tunísia e Marrocos - para morar, provavelmente por estar geograficamente mais próxima de seus países de origem. Encontra-se também muitos árabes pela rua. São muitos os italianos que também foram morar na cidade, então, a pizza também é considerada muito boa.

Esta cidade tem uma característica absolutamente fantástica, os fortes ventos mistrais que sopram na cidade, afastam todo e qualquer vestígio de poluição e deixam o ar puro, o que levou a que muitos artistas famosos fossem atraídos para a cidade: Cézanne, Braque, Derain, Dufy e Marquet.
Na idade média, a cidade alargou as suas muralhas e foi dotada de construções religiosas importantes. E no primeiro terço do séc. XIX fizeram-se obras monumentais, como a escavação do canal de Marseille, e a estação para acolher a linha ferroviária Paris-Lyon-Mediterrâneo. Dizem que por isso, é muito fácil chegar à cidade. Com um grande aeroporto e uma estação de trem enorme, chamada Saint-Charles, de qualquer um desses lugares, é possível pegar o metrô até o centro da cidade.

Mas para nós que chegamos através do porto, foi um stress só, pois por um erro de cálculo, pensamos que o porto também estaria acessível ao metro, mas ao chegarmos naquele porto enorme, deu para perceber que estávamos longe pra caramba para ir a pé até a estação mais próxima. Concluímos que só seria possível ir até o centro tomando um táxi ou usando o serviço de shuttle da MSC ao custo de 15,90 euros por pessoa, assim, decidimos testar o humor dos taxistas franceses, rsrs…ficamos no Vieux Port. 

Vieux Port

A região portuária da cidade, onde fica o Vieux Port, é um ótimo lugar para se ambientar com a cidade. Existe até uma estação de metrô, e desde a saída dela já é possível perceber como a cidade está integrando os antigos prédios com as novas intervenções. O teto-espelho no centro do porto é um exemplo disso: todos querem tirar uma foto de si mesmo embaixo dele.

 

O Vieux-Port é um lugar excepcional no centro da cidade. A enseada do Lacydon, descoberta há 2600 anos, 
hoje oferece 3500 lugares para barcos de recreio.


O Vieux-Port está rodeado de monumentos ilustres, como o Forte de Saint Nicolas, o Forte de Saint Jean, o Palais du Pharo.

E ainda a Igreja Saint-Laurent, a Câmara Municipal, o Hotel Dieu e o famoso campanário Accoules.
 
E também, o Hotel de Ville ou Prefeitura. O movimentado Vieux Port é por onde várias pessoas embarcam para aproveitar um domingo ensolarado nas Ilhas do Frioul ou para ver as Calanques.           
No Porto Velho tomamos o pequeno trem turístico (https://www.petit-train-marseille.com/) que faz viagens de ida e volta a Notre Dame de La Garde.
O bilhete custa 8€ por pessoa. Existe também um outro percurso que vai para a parte antiga da cidade. O ideal é fazer os dois que demora mais ou menos 1 h cada, mas tivemos que optar, então, ficamos com o percurso da Notre Dame que era melhor.
Como bônus ainda dão um passeio à beira mar pela Corniche Kennedy e de onde se vê a ilha com o Chateau D'if que inspirou o famoso romance "O Conde de Monte Cristo".
Corniche

Muitas pessoas utilizam a Corniche para correr. Li até num blog que a pessoa conheceu Marseille participando de uma corrida de rua…nada é mais gratificante que a vista para o mar. 

Lembrei da época que morava em Vila Velha, no Espírito Santo, e que eu levantava bem cedinho nos finais de semana para caminhar à beira-mar, e de vez em quando eu precisava me lembrar de olhar para frente para não trombar em ninguém no caminho.
 
E que vista! Definitivamente, as pessoas que vivem em cidades litorâneas são altamente felizes, na minha opinião. Para mim nada recarrega tanto as energias quanto olhar para água, a imensidão do mar!!
Vallon des Auffes

Em frente ao Vallon des Auffes fica o monumento aos soldados que combateram no Oriente durante as várias campanhas realizadas pelas tropas francesas.
 
     
O pequeno e charmoso porto situado quase aos pés da 
Cathédrale Notre Dame de La Guarde tem seu nome relacionado à vocação marítima da cidade: auffe ou alfa, é uma planta utilizada na fabricação de cordas e redes de pesca para barcos e navios.


A vocação de pesca do pequeno porto fez dele um endereço mais que propício para instalação de restaurantes especializados em frutos do mar, como o renomado Chez Fonfon, recomendadíssimo para degustar a bouillabaisse, o prato típico de Marselha, endereço que pretendíamos visitar mas que não foi possível testar!

Algumas coisas são características de Marselha e que eu fiquei sabendo nas minhas pesquisas antes de ir à cidade, uma delas é o prato mais famoso da cidade, o Bouillabaisse. Quem já comeu, diz que ela é uma sopa de peixe bastante deliciosa e diferente de tudo que já experimentou.

Como não sabíamos se dentro da nossa programação, teríamos tempo de ir a um dos restaurantes (não são muitos o que servem a verdadeira bouillabaisse…não se engane: o verdadeiro Bouillabaisse é um prato caro, custa cerca de 50 euros por pessoa...se você encontrar por preço inferior, não é a verdadeira!)
Então, meu marido não quis fazer a reserva e ficou confiando que constando do cardápio, o restaurante faria o prato na hora. E não é assim que funciona, geralmente, precisa ser requisitado no restaurante com antecedência, pois o preparo tende a demorar um dia inteiro! Final da história, acabamos indo a Marseille e não comemos a Bouillabaisse…e almoçando no Restaurant Chez Oscar, que acho fomos os últimos a comer nele, pois pouco tempo depois procurei no tripadvisor para fazer avaliação e foi fechado, definitivamente.

Bom, mas voltando ao nosso passeio…
Notre Dame de la Garde

Então neste circuito que o Petit-Train  faz pela cidade, ele pára 20 minutos na Catedral de Notre Dame de la Garde.



A Cathédrale Notre Dame de La Guarde é o símbolo da cidade, situada sobre uma colina de 154 metros acima do nível do mar.





Quem quiser subir a pé pode, mas a subida é bem cansativa, mas vale todo o esforço.

De lá de cima dá para ter uma vista linda da cidade, do Chateau d’If e de alguns pontos turísticos da região.



A basílica atual, de estilo romano bizantino, foi construída segundo os planos do arquiteto Espérandieu, sob o reinado de Napoleão III e ficou concluída em 1864. Uma virgem dourada de 9,7 metros coroa o edifício.
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Terminamos o dia passeando pela La Canebière, a Avenida Paulista deles, antes de voltarmos ao porto onde o nosso navio estava atracado.
Canebière

O nome da principal avenida do centro de Marselha vem do provençal "canebe", que significa cannabis, em referência ao material usado na fabricação das cordas utilizadas nos barcos.

Foi a partir do século XVIII que avenida começou seu tempo próspero, sendo prolongada até o porto e ganhando novos edifícios. Lojas de roupas, como H&M, grandes magazines como Galeries Lafayette, onde aproveitamos para gastar mais alguns euros com roupinhas.
  
Já no início do séc. XX, a vida de Marselha concentrou-se mais ainda na Canebière, tornando-se uma famosa avenida onde reina uma intensa animação fruto da quantidade de cafés da época, negociantes e armadores.
Embora Marselha surja como a capital econômica e industrial de França, ela consegue manter-se fiel às suas tradições e cultura, que se refletem nos seus numerosos museus, teatros e óperas.
 
Na página deste blog sobre mapas, disponibilizo os folders deste trenzinho, o mapa do metro de Marseille e o mapa do percurso que o ônibus número 83 faz, se você quiser percorrer a Corniche de ônibus e voltar de metro até Vieux Port. E isso foi tudo que pudemos aproveitar de Marseille.
Au revoir!

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