Minha opinião, passo a passo e dicas sobre um cruzeiro

04:16


Minhas viagens "de sonho", na maior parte das vezes, incluem aventuras por terra podendo ser para algum lugar distante ou não. No entanto, se essa aventura for a bordo de um navio... já começo a pensar duas vezes. Tive algumas experiências "al mare" (no Brasil, Grand Voyage e no Mediterrâneo) e sempre fico em dúvida quanto a possibilidade de fazer um novo cruzeiro, principalmente no Brasil. Parece estranho, não é mesmo? Tanta gente ama navios enormes, animação à beira da piscina, uma noite da gala, o coquetel com o Comandante, comida em abundância, tempo de sobra para relaxar... Então, por que a implicância?
Para começo de conversa, sou extremamente agitada quando viajo. Só a ideia de me sentir confinada em um mini quarto, pouco iluminado, vendo o mundo passar por uma escotilha já me desanima (mesmo que o navio tenha mais de 15 andares e mil atividades ao longo do dia). Acho que nem se eu ficasse acomodada em uma super suíte do Queen Mary II mudaria tudo de figura, pois você não quer pagar uma pequena fortuna para ficar trancado dentro de uma mega-suíte, não é mesmo? Além do mais, poucas são as suítes, os quartos costumam ser minúsculos e ainda têm aqueles internos que nada se vê nem pela escotilha. Quem tem claustrofobia, cuidado na hora da compra de um Cruzeiro. Informe-se muito bem para não levar gato por lebre.
 
Um pequeno grande detalhe é o embarque, se for aqui no Brasil, no Porto do Rio de Janeiro (atropelaram-me com o carrinho de malas e depois do embarque, tive que procurar a enfermaria do navio). Além de ser um local de acesso muito contra-mão e perigoso. Fico com pena dos estrangeiros que aqui chegam…uma loucura! Quem já iniciou lá seu Cruzeiro sabe do que estou falando. É uma verdadeira via sacra até a chegada no navio. O Porto de Santos, então…primeiro é preciso tomar um avião até São Paulo. Depois, percorrer uma estrada de uma hora e pouco de São Paulo a Santos.
 
Bom, depois de tudo isso, é hora de encarar uma enorme fila para o check in. Com exceção dos que já são vips, com cartões do clube, estes não entram em fila e ainda tem uma senhora recepção, às vezes regadas com champagne. Finalmente na escada de embarque ... sorria... hora da foto! (tem uma foto destas que o meu marido saiu com a camisa toda molhada de suor, rsrsrs).
Ufa, depois de algumas boas horas, você pensa que chegou finalmente ao destino. Que nada, tem a maratona de percorrer aqueles corredores enooormeeees para encontrar a sua cabine, parece que não tem fim. Você ainda meio zonzo apesar de toda a sinalização, anda para lá, anda para cá, entra num corredor, sai em outro, parece um labirinto, até que acha a famigerada cabine, ou melhor, “apertamento”.  Olha! Tem que valer muito a pena!
 
Outro ponto importante: a comida. Desculpem-me aqueles que gostam de fartura. Os chamados glutões, não se importam, mas num navio com milhares de pessoas à bordo (muitos comportam mais de 4 mil pessoas), manter o padrão das refeições é humanamente impossível por maior que seja o esforço. Esse quesito sempre deixa a desejar. A menos que você opte por fazer as refeições nos restaurantes a La Carte aí sim dá para comer melhor e evitar aquelas filas indigestas com alguns empurrões ou crianças tirando comida e colocando de volta na bandeja…argr…na hora das refeições.
E a hora do banho? Esse é um momento de aperto, literalmente.Se você é brasileiro e como todo brasileiro adooora um bom banho, daqueles de ficar meia hora debaixo do chuveiro, esquece!!  Primeiro é preciso se "encaixar" num espaço de pouco mais de meio metro quadrado para abrir a torneira e levantar ao máximo o chuveiro para ele não ficar colado na sua cabeça (meu marido que tem 1,80 m quase toma banho agachado, rsrs). A seguir, é hora de tentar se virar para pegar o shampoo. Para essa operação, o item fundamental é habilidade! Pois, a essa altura a cortina já colou no seu corpo e você sem conseguir se mexer direito. Ou seja, um caos.
 
As atividades para entreter a galera são muitas: cassino (para quem gosta de jogar e comer fumaça de cigarro, que não é meu caso), shows, piscina lotada de gente (que não é o meu caso), aulas de dança (que não é o meu caso,até seria se meu marido dançasse…), spa, musculação, bingo, lojas, salão de beleza. É preciso fazer o tempo passar... As pessoas mais calmas e as que se divertem com atividades coletivas adoram!!! Já as mais agitadas(como eu) ficam esperando ansiosas a hora de chega em algum lugar... em terra firme (para poder zarpar).
Além disso, no Brasil, a costa é enorme e o mar muito aberto. Isso faz com que os navios balancem demais (mesmo tendo estabilizador) e andem longas distâncias antes de chegar em terra firme. Quem fica enjoado com o balanço deve estar prevenido e se dopar de Dramin. Em compensação, a paisagem natural é linda. E quando chega em algum lugar onde o navio não consegue atracar? Alguns lugares como Búzios, Ilhabela, é preciso sair de lancha. Claro que nas lanchas cabem poucas pessoas. Então, retire sua senha e espere a vez... Mas, relaxe porque pode demorar um pouquinho.
 
Outro problema é com relação ao tempo de parada em cada porto. Muitas vezes, o roteiro dos navios parece bom à primeira vista, mas quando você vê o tempo de parada, não dá nem tempo de dar uma volta no quarteirão. Aí a parada acaba não valendo muita coisa. As companhias Costa e MSC são consideradas de segunda linha comparadas às outras. Já li num fórum que se deve escolher o Costa apenas se quiser bom entretenimento e um navio animado. De resto, ele fica muito abaixo das outras companhias de cruzeiros. E que tem um roteiro deles para Atenas das 08:00 h da manhã ao meio-dia, por exemplo, então esqueça, pois mal dará tempo de você chegar na porta da Acrópole. Apesar disso, sempre viajei pela MSC e alguns roteiros são muito bons, mas o tempo curto de parada nos portos acaba prejudicando muito a viagem. A parada do navio servirá mais para você ter um panorama geral da cidade ou para se aprofundar em uma das atrações turísticas, pois conhecer tudo será impossível.
Como deu para ver minha visão sobre Cruzeiros não é muito romântica... Mas, não estou dizendo para ninguém fazer uma viagem de navio, que isso é uma roubada nada certa. Muito pelo contrário, já fiz 3 cruzeiros…aprendi a apreciar esse estilo de viagem, porque para quem realmente gosta de cruzeiros, isso é todo um estilo de vida!  Desde a primeira vez realizei um cruzeiro pelo Brasil em 2008 (postagem de abertura deste blog) no navio Sinfonia da MSC foi um sonho realizado e comprovou o que li em um Fórum: "O pior de um cruzeiro é que vicia" e é a mais pura verdade. Quando você esquece dos perrengues que já passou, como relatei acima. Você se pega planejando outra viagem, e quando está nele não quer que a viagem termine –  com certeza absoluta faremos outros em breve! Há uma infinidade de cruzeiros pelo mundo afora e em todas as épocas do ano. Este site da Dreamlines é uma tentação, se você não se segurar, não sai dele sem reservar um cruzeiro:
https://www.dreamlines.com.br/
Como disse acima, sempre viajei pela MSC, então, vou relatar e tentar passar as minhas dicas para os marinheiros de primeira viagem como eu o fui um dia, baseadas em minha experiência nesta companhia marítima:
O PASSO A PASSO DA SUA VIAGEM
– Escolhendo seu cruzeiro:
 
Sempre procure viajar nos navios maiores pois não balançam nada. Eu não gosto de nada que me achocalha de um lado para o outro, morro de medo de brinquedos de parques, montanha-russa, etc. Em nenhuma das viagens, não senti quase nada. Claro se pegar uma tempestade em alto mar deve balançar. Os navios são enormes, levam quase 4.000 passageiros e 2.700 tripulantes, possuem quinze andares.
Cada empresa e marca de cruzeiros tem um perfil específico, cada empresa tem sua marca registrada e estilo, que muitas vezes se reflete no preço final, nas amenidades oferecidas, o perfil de seus hóspedes, o tipo de entretenimento a bordo etc.
 
Então é importante pesquisar e conversar com quem já foi na hora de escolher o navio. Muitos dos roteiros são idênticos, ou seja, passam pelos mesmos portos, mas são esses detalhes que podem fazer toda a diferença. Afinal, por mais que as paradas e destinos sejam os mesmos, um casal aposentado que embarca num cruzeiro de perfil família jovem pode não curtir a programação oferecida, ou a quantidade de crianças correndo de um lugar para o outro pode ser um estorvo. Ou um casal em lua de mel, que procura romance e agitação que embarca no cruzeiro da terceira idade, igualmente.
No nosso caso que já fizemos três roteiros diferentes, todos com perfis diferentes, sendo o último por que iríamos com minha filha adolescente queríamos com um perfil mais “jovem” e para “famílias”. Para que ela não ficasse deslocada com um navio cheio de pessoas mais velhas e também não tivesse atividades para a idade dela, assim optamos pelo Splêndida, num cruzeiro pelo Mediterrâneo.
Outra empresa que tem um perfil muito parecido é a “Royal Caribean”, enquanto que o “Princess Cruises” e “Celebrity Cruises” tem um perfil mais maduro e adulto.
– Roteiros:
Uma das características que levo muito em conta na escolha de um cruzeiro. Estou sempre querendo um roteiro que inclua portos de paradas interessantes e diversificados, mas que principalmente não fique muito tempo em alto mar. Pelo fato de você poder conhecer várias cidades em pouco tempo, e depois que você já fez alguns, o importante são roteiros que não repitam lugares por onde já esteve. Neste do Mediterrâneo, o que pesou foi que não teria coragem de ir à Tunísia sozinha, achei que através de uma excursão seria mais seguro. 
Durante as minhas pesquisas de opções, que são MUITAS, uma coisa que sempre me chama a atenção são o tempo e as paradas, como os cruzeiros no Caribe saídos de portos nos EUA: passam muito tempo em alto mar e oferecem menos paradas ao longo do tempo.

– Cabines:
Uma vez decidido o roteiro, o primeiro passo é escolher o tipo de cabine. E a verdade é que é essa escolha que vai determinar o custo de sua viagem.Quanto mais alto for o deck, mais caro é a cabine. Se possível procure pegar cabines do meio para a popa do navio, balançam sempre menos.Quase todas as empresas oferecem cabines “internas”, que são bem pequenas, sem janelas e geralmente as camas são beliches, e os diferentes tipos de quartos/cabines vão variando até super suítes compostas com vários quartos e varandas conjugados. Mas se puder também prefira as cabines com varanda com vista para o mar, são um sonho. Você pode tomar o café da manhã na varanda vendo aquele marzão azul na sua frente. .
 
Mais uma vez tomando como exemplo, este último, como fomos com minha filha, a intenção era ter uma cabine que pudesse acomodar três pessoas sem aperto, mas isso é humanamente impossível em cruzeiros. As cabines acomodam de duas pessoas para cima, não existe cabine só para uma pessoa. Quando você compra já está pagando por duas. Enquanto, que a terceira pessoa na mesma cabine tem uma redução de 20%, então, acabamos optando por uma com beliche, assim, estaríamos “juntos” o que facilitaria nos momentos de saídas e chegadas nos portos, na hora das refeições também.
 
Então, se você procura um pouco mais de conforto, tem que reservar uma suíte conjugada e pagar mais por isso. Mas não necessariamente luxuosos, apenas modernos, confortáveis e com mais espaços. Em nossa cabine tínhamos uma cama de casal e mais a beliche, um sofá com mesinha, uma penteadeira/escrivaninha, armários, mais TV, frigobar, ar refrigerado, etc. O banheiro como sempre era bem pequeno, com muitas estantes e espaço pra organizar as coisas, dá para o gasto.

E estas escolhas também dependem do tempo da viagem. Você pode suportar uma cabine sem janela por quanto tempo? Quatro noites, cinco noites? Mas numa viagem de 15 a 20 dias num navio sem janela ou numa cabine super apertada com quatro pessoas dentro, uma dando topada na outra, vai ser dose!

 – Restaurantes e alimentação:
Todas as refeições estão incluídas no preço do cruzeiro. Os navios possuem inúmeros restaurantes, sendo que alguns são pagos mas que não há necessidade alguma de se gastar dinheiro com eles. Geralmente os cruzeiros lhe dão algumas opções de horários em que o jantar será servido, e você pode escolher se quer jantar cedo ou tarde. Uma vez feita sua escolha, eles vão lhe colocar numa mesa, que muitas vezes será sempre dividida com outras pessoas (geralmente sempre as mesmas pessoas, que pode ser tudo bem, ou uma grande furada). Neste último roteiro não tivemos que dividir mesa com ninguém!

Mas uma outra opção dada, mas não muito divulgada, é a possibilidade de escolher a hora de comer, entre 18:00 h às 21:15 h (“My Choise Dining”). Nunca experimentei, mas em outros navios, li que é só você chegar na porta, dá seu nome/cabine/numero de pessoas e eles te sentam onde estiver disponível. Algumas vezes pegaram fila para esperar pela mesa, mas os restaurantes são tão grandes, que raramente demorava mais de 10 ou 15 minutos.
O café da manhã, almoço e jantar podem ser tomados nos restaurantes tipo buffet, que funciona praticamente 24 horas ou no restaurante principal e “formais” do navio, com menu a La Carte, sendo que nesse têm horários definidos e mais curtos e lugares marcados. Nos restaurantes de serviço tipo buffet as comidas são as mais variadas possíveis, já no restaurante principal, alguns imensos por sinal, com até dois andares, a comida é mais bem elaborada, menu com entrada, prato principal e sobremesa Assim como também, o café da manhã pode ser servido na cabine. O café é entregue na cabine na hora marcada por você, com os itens que você selecionou e sem custo algum. Basta preencher um formulário e coloca-lo na maçaneta externa da cabine até às 02:00 da manhã.

O buffet do deck funciona o dia todo, com algumas seções servindo comida 24h, para minha surpresa no Splêndida, a comida foi muito boa, ou seja, você que se serve e pode escolher diferentes áreas do buffet, que mais parecia a praça de alimentação de um shopping, alguns com bancada dos sanduiches feitos na hora, a da pizza, a seção de comida Mexicana, a parte dos assados, das saladas, das sobremesas e assim vai.
 
E além disso os navios da MSC oferecem os restaurantes temáticos e pago à parte.

– Embarque e desembarque:
A preparação para o embarque começa bem antes, e é importantíssimo seguir as instruções.Um vez que esse passo esteja completo, temos que imprimir, ainda em casa, os nossos vouchers e as etiquetas das bagagens “despachadas”, que já vem com as informações sobre você, sua cabine e afins. etiqueta
O embarque é demorado apesar de toda a estrutura. Imagine quase quatro mil passageiros embarcando, confusão de malas, documentação etc. Como o embarque abre quatro horas antes da partida do navio e fecha uma hora antes. Nós sempre chegamos bem cedo, mas já li que chegar mais pelo final tem muito menos gente e o embarque é rapidíssimo.

Então, quando chegamos no cais do porto, somos recepcionados por funcionários, que verificam nossas etiquetas de bagagem, o voucher, levam nossas malas direto para os carrinhos de embarque e de lá para o navio, e somos encaminhados para a fila do check-in. O processo de check in é simples, já que quase tudo é feito on line, mas eles verificam toda documentação de cada passageiro, recebemos um cartão de identificação, que é seu tudo durante o cruzeiro: serve para abrir a porta do quarto, faz as vezes de passaporte para entrar e sair de cada porto, documento de identidade para comprar bebidas alcoólicas e o único “dinheiro” aceito abordo.
 
Quando embarcamos, normalmente, o navio está sempre vazio, porque as pessoas estão fazendo as excursões em terra, e ao embarcar você já pode ir para o restaurante, então, aproveitamos para almoçar sossegado, usar as piscinas,a jacuzzi e fazer todo o reconhecimento das atrações do navio. E você também já tem acesso à cabine, então, leve sempre uma mala de mão com suas roupas de banho já que suas malas só chegarão na sua cabine bem mais tarde.
Durante a viagem entramos e saímos de diferentes países todos os dias, assim, as pessoas tem que se submeter uma série de informações legais, pois elas serão enviadas à imigração de cada porto antes de nossa chegada. Já o embarque e desembarque do dia a dia, em cada porto, normalmente é muito tranquilo! Como tínhamos um cartão de identificação do próprio navio, que faz as vezes de passaporte, bastava apresentar seu cartão na entrada e saída, passar por um detector de metais e pronto. Sem filas, sem confusão, nem nada. Só é preciso ficar atento aos horários de embarque no fim do dia, pois eles são super rígidos*, e como tem que fazer o balanço de quem entrou e saiu do navio ao longo do dia, o embarque fecha, pontualmente, 0:30 m antes do horário de zarpar. Quem não estiver a bordo, fica em terra firme e bye bye cruzeiro.
 
*O valor pagos pelas companhias marítimas para os portos, depende do tempo em que o navio fica atracado, e estes valores são fechados previamente com a administração de cada porto. Se o navio não cumpre com o horário, ele paga multa, por isso, eles são rígidos com horário de zarpar.
Na hora do desembarque o processo é mais ou menos parecido. Cada deck do navio é alocado um horário de desembarque, mas que você pode facilmente trocar (basta pedir na área de informação ao cliente), e é isso que vai determinar como e quanto você sai do navio. Então sua última noite a bordo é avisado dos procedimentos de desembarque e o frigobar é trancado!
As malas são novamente identificadas e marcadas com o seu código (ou cor de etiqueta), e basta deixá-las na porta de sua cabine na noite anterior ao desembarque que eles cuidam de tudo (mas não esqueça de separar as roupas e coisas que você precisa para sua última noite no navio e a manhã do desembarque, senão corre o risco de desembarcar de pijamas!).
 
Na hora do desembarque, eles avisam qual cor de etiqueta já pode sair do navio, então, passamos pela imigração/alfândega e recolhemos nossas malas na área de acordo com nosso código.
 
Agora no porto final, depende do que você tem programado depois, por exemplo, em Veneza, usamos o shuttle da MSC para ir direto do navio para o aeroporto, e assim que saímos do porto, já tinha alguém nos esperando, e encaminhando todo mundo (e nossas malas) aos ônibus – foi tudo super rápido e tranquilo e não tivemos que esperar quase nada!  Já em Barcelona, usamos um táxi até o hotel pois ainda ficaríamos mais alguns dias na cidade.
 – Excursões e passeios:
Depois de decidir seu roteiro e sua cabine, e confirmar a reserva de seu cruzeiro, começamos a ser bombardeados com informações sobre as excursões e passeios oferecidos pelo navio.  Aqui vai uma sugestão, depende muito do tipo de lugar, do porto e da excursão que é oferecida. Depois de 3 viagens acredito que já temos muitas experiências pois são mais de 20 portos, cada um com sua característica.

A princípio não gosto muito de nenhuma das opções, a verdade é não sou mesmo muito chegada em excursões amarradas, e sempre fico achando que conseguimos nos virar numa boa por conta própria, mas meu marido gosta de tudo muito bem planejado, nada decidido de última hora, então, às vezes acabo pré-reservando as que sinto serem mais complicadas.
A maioria dos passeios são bem salgados, mas os preços variam bastante dependendo do que você quer fazer e qual a duração do passeio, sem dúvida alguma sai muito mais em conta explorar por conta própria do que as excursões do navio.

O problema é que alguns portos dá para ir a pé até o centrinho da cidade, então realmente nos viramos numa boa; outro dá para tomar metro; outro só com shuttle, e outro com táxi. Sair do navio às vezes é facílimo, mas uma vez no cais do porto, por conta própria, é um mundaréu de taxistas, ônibus, agências, ambulantes, vendedores e afins assediando turistas e tentando lhe convencer a fazer isso ou aquilo...
Mesmo me considerando uma turista experiente, em alguns achei confuso e até mesmo intimidador a dinâmica de desembarcar e tentar “negociar” seu próprio passeio! Portanto, ajuda bastante fazer uma pré pesquisa sobre os portos, nos pontos turísticos o que tem de interessante em cada uma deles, para saber se vale a pena contratar os serviços do cruzeiro – a não ser que seja uma coisa muito simples, pré-planejada, como por exemplo, pegar um metro para ir até o ponto X e ponto final, que fizemos algumas vezes e foi tranquilo.
– Entretenimento a bordo:

A farofada rola dependendo do perfil de cruzeiro que escolher: uma empresa relativamente barata como a MSC, em um navio com roteiro aqui no Brasil com perfil jovem e com muitas famílias, certamente vai rolar a tais aulas de lambaeróbica na beira da piscina, fotógrafos caçando a laço as adolescentes para fotos de estúdios (até que as fotos da minha filha ficaram lindíssima, rsrss), competição de Karaokê e mais uma infinidade de breguices…já na Europa, como o perfil é diferente, não rola tanto, em compensação a turma do cascão é maior, rsrsrs…


Os navios são super equipados de entretenimento, tem um super cassino, um teatro com mais de 2.000 lugares, com peças, musicais, shows fantásticos, cada dia um show diferente (tudo gratuito) todas as noites, tem vários bares, para atender a todos os gostos.

Então, apesar dos pesares, para quem gosta desse estilo de entretenimento, os cruzeiros são um prato cheio. Mas se isso não faz sua praia, é bem fácil evitar tudo isso…

Ou seja, o navio é tão grande, e as opções de coisas a fazer a bordo e em terra são tantas, que é facílimo evitar as muvucas e farofadas.

Neles além do cassino que já falei, tem lojas e mais lojas, boates, baladas,
 
bingo, alguns pista de patinação no gelo,
academia de ginástica com equipamentos moderníssimos e vista integral para o mar,
 
tem ainda campo de mini-golfe, parede de escalada, quadra de vôlei/basquete, boliche, tiro ao alvo, cinema 4 D enfim, lazer, lazer, lazer.

Todos os dias é deixado em cada cabine um jornalzinho com todas as atividades à bordo, por ali, você pode escolher o que mais lhe agrada, é só memorizar o horário e a ponte onde estará acontecendo a atividade.

Então logo no segundo dia a bordo aprende-se rapidinho de como fazer do navio um espaço só seu, evitando certas áreas ou entretenimento que não fazem seu estilo, e tirando proveito de outros que lhe agrada mais.
 
No fundo, fazer cruzeiro é um programa super democrático e eclético – eles conseguem agradar a Gregos e Troianos, ao mesmo tempo que cada um fica na sua.
– Extras (spa, bebidas, compras, internet):
Tem praticamente uma rua dentro do navio com várias lojas, free shop, restaurantes e bares, a pizzaria. Na área da piscina tem durante todo o dia um serviço de bar.
Uma outra grande vantagem de viajar em um cruzeiro é que já vem com tudo incluído, então você não corre grandes riscos de passar susto na viagem, seus principais gastos (transporte, acomodação e refeições) já estão incluídos. Porém, os navios da MSC não é 100% all inclusive, a maioria é cheia de extras, então é preciso estar ciente e preparado para eventuais gastos.
Sobre as bebidas existem pacotes que você compra à parte para água, refrigerantes e bebidas alcoólicas. Na última viagem escolhemos o intermediário que incluía refrigerantes, água mineral e uma bebida alcoólica, como garrafas de vinho. Mas isso, depende de cada pessoa.

Mas uma vez a bordo, existem outros “pacotes” disponíveis que passam a incluir alguns extras, como por exemplo, um pacotão para refrigerantes e sucos, um outro pacote que inclui vinhos nas refeições (que nós fizemos e adoramos) ou até mesmo para cocktails e cervejas. Quando você coloca o pé a bordo, o pessoal já lhe aborda para lhe empurrar um pacote. Além disso ainda rolam algumas promoções de happy hour, bebida “do dia” e tal.
A internet é um capítulo a parte, pois além de bem cara, é uma porcaria! Tem Internet no "Business Center" e Wifi em todo o navio. Mas quem consegue sobreviver sem Internet hoje em dia?
O Spa também é pago a parte, mas os hospedes tem total acesso a academia, saunas, e jacuzzi – mas qualquer serviço de massagens, manicure ou cabeleireiro é pago a parte.
 
Ah! E por fim, não esqueça que na sua conta final eles vão incluir a taxa de serviço “Service Change” de 7 euros por pessoa, na Europa, no Brasil vai ser em dólares, além de 1 euro para a Unicef – então cuidado para não tomar um susto! 

Então no dia a dia não é necessário deixar gorjeta para nada nem ninguém, e no final eles já cobram um percentual justo para todo mundo – mas não custa nada dar um extra para alguém que tenha sido extra simpático e tal. Nós deixamos gorjeta extra para os garçons que nos serviram nos restaurantes, a maioria são filipinos, mas teve um da terra do Drácula, outro de Honduras, são super fofos e simpáticos.
– Como se vestir em um cruzeiro:

Outra grande dúvida! Mais uma vez, um detalhe que varia de acordo com o perfil do cruzeiro e roteiro que você decidir fazer. No geral, poderia dizer que o dress code dos navios são incrivelmente diferentes durante o dia ou a noite: Durante o dia tudo é super casual e despojado: biquínis, saídas de praia, bermudas, camisetas e chinelos.

Já durante a noite a coisa muda, e todo mundo se arruma mesmo! Claro que sempre tem aquele cara que aparece no restaurante formal para jantar de bermudão de praia, ou aquela perua que usa salto alto na beira da piscina, mas de forma geral, não tem mistério.

Alguns cruzeiros não foram muito formais, então podia me vestir como me vestiria para sair para jantar em restaurantes e bares bacanas aqui no Rio: as vezes estava de vestido e salto alto, outras vezes de calça e uma camisa mais arrumadinha, por exemplo. O próprio jornalzinho também tem o dress code para cada dia. Incluindo o dia do coquetel com o Comandante, que vem pedindo o uso de gala.
E para os homens, o Francisco levou algumas camisas e calças sociais, um terno, uma gravata, mas só usou na noite do coquetel com o Comandante, mais nenhuma noite (mas vimos alguns homens jantando sem terno e gravata todas as noites, então vai do gosto e estilo de cada um).

Ao longo do cruzeiro, normalmente se tem até 2 noites “formais” ou noite de gala e suas variações em outras companhias. Apenas separei as opções de vestido mais arrumadinhos para essas noites – mas sem grandes variações do mesmo tema. Mas por outro lado,  vimos homens de smoking e mulheres e vestido longo cravejados em paetês – e sempre tem aquele carinha que ainda assim aparece no jantar formal de bermudão e camisa do time de futebol!
 
Apesar de ser um ambiente mais formal e arrumadinho, um cruzeiro ainda é um ambiente de férias, em alto mar, seja no Caribe ou no Mediterrâneo – então se você não esta a fim de usar terno nas férias, não precisa se preocupar!
Enfim, saber escolher um cruzeiro é fundamental, uma suíte ampla, um navio bem decorado, novos e restaurantes destinados a servir um número restrito de hóspedes. Com isso um cruzeiro pode sim ser viagem de sonho para descansar, comer bem, se divertir, com muito luxo, e o que é melhor, com um bom custo benefício, e o pulo do gato: ter calma para curtir um "dolce far niente". Assim, certamente sua experiência será positiva.

You Might Also Like

5 comentários

  1. Achei muita negatividade neste texto, joga um balde de água fria nas pessoas. Aff!

    ResponderExcluir
  2. Desculpe-me não foi esta a minha intenção. Quinta parto em mais um cruzeiro, agora no Caribe por 7 dias, passando por Cartagena, Aruba, Bonaire, Curaçao, Panamá. Quando voltar conto como foi, rsrsrs...

    ResponderExcluir
  3. acabei de fazer um cruzeiro pela MSC, navio OPERA, saindo de Veneza, passando por Montenegro, ilhas gregas e Bari. Um horror!... navio velho, restaurantes lotados, comida de segunda linha, muito barulho, serviçoes caros e ruins. Fujam destam empresa!

    ResponderExcluir
  4. Qual empresa de cruzeiros recomendam para o mediterrâneo e qual roteiro?

    ResponderExcluir
  5. Saunas are excellent. Agree along with you. Great for health and spirit. saunajournal.com

    ResponderExcluir

Mapa Interativo

Instagram

Pinterest