Se você está a procura de inspiração e de dicas para planejar a sua viagem à região da Puglia, o “salto da bota” da Itália. Neste artigo, partilhamos o nosso guia e roteiro para visitar a Puglia (Apúlia),com os locais imperdíveis da região, as aldeias mais bonitas, sugestões de alojamentos e muitas dicas práticas, para que não perca pitada e desfrute ao máximo da sua viagem por uma das regiões mais surpreendentes da Itália.

A Puglia fica situada no sul de Itália, mais concretamente na península vulgarmente conhecida como o “salto da bota” ou a região que forma o “tacão da bota” da Itália, tendo como sua capital a cidade de Bari. Banhada pelos mares Adriático e Jônico, é a região mais oriental de Itália, fazendo fronteira com as regiões da Campânia, Molise e Basilicata. 

Esta região é um excelente destino para uma “road trip” de uma semana em Itália, incluindo cidades e vilas encantadoras, locais Patrimônio Mundial pela UNESCO, paisagens rurais, praias e boa comida. Por se tratar de um destino ainda por descobrir, é uma zona menos visitada de Itália, oferecendo uma experiência diferente do resto do país, mais autêntica e menos massificada.

Apesar de ter sido para nós uma semana muito bem passada, você pode encurtar este roteiro na Puglia. Em primeiro lugar, porque, com exceção de Matera e Lecce, a maioria das povoações são bastante pequenas e os seus centros históricos visitam-se em poucas horas, como é o caso de Alberobello, Ostuni e Otranto. Então, se você tiver pouco tempo pode excluí-las do seu roteiro.

Tendo isto em conta, vamos partilhar, em seguida, não exatamente o roteiro que fizemos na Puglia, mas o que teríamos feito hoje, para o ajudar a planejar a sua própria viagem, de acordo com os seus interesses pessoais e tempo disponível. Por outras palavras, que este roteiro seja apenas um ponto de partida para a sua própria viagem.

Dia 1: Voo para Nápoles - Matera

Dia 2: Matera

Dia 3: Matera - Oranto - Lecce

Dia 4: Lecce

Dia 5: Lecce - Ostuni - Alberobello - Bari

Dia 6: Bari

Dia 7: Bari - Voo para Nápoles

Antes da viagem, reservamos um carro pela agencia da Sicily By Car que fica na Viale Fulco Ruffo di Calabria, Napoli, Italy, 80144. Uma vez no aeroporto de Nápoles, o balcão está localizado na área de aluguel de automóveis. Utilizamos o serviço de autocarro (shuttle) gratuito localizado no lado oposto à saída das chegadas que leva os clientes com reserva de carro aos parques de estacionamento das empresas de rent-a-car.

Basta sair do edifício das chegadas, atravessar a rua em frente ao terminal e encontra-se logo a paragem de autocarro.

Já com o carro, viajamos até Matera que, são aproximadamente 2h30 de viagem. Fizemos o check-in no alojamento, jantamos e à noite ainda demos um passeio a pé por esta incrível localidade que, embora não fique na Puglia, é imperdível se estiver nesta parte de Itália.

Matera é uma cidade verdadeiramente única, Patrimônio Mundial da UNESCO e foi Capital Europeia da Cultura 2019. O Centro Histórico, escavado nas rochas, divide-se em dois bairros situados em duas depressões naturais: o Sasso Caveoso e o Sasso Barisano.

Para conhecer a história da cidade e perceber a razão pela qual chegou a ser considerada “a vergonha de Itália”, você pode visitar algumas casas, como por exemplo a Casa Noha, uma casa-museu situada na parte superior do Sasso Caveoso, a poucos passos da Duomo de Matera.

A seguir, passe o dia a explorar Matera: primeiro, a parte alta e plana da cidade, onde se situam o Duomo, a Cisterna Palombaro Lungo e vários miradouros, como o Miradouro Murgia Timone, de onde se tem uma das vistas mais abrangentes de Matera. Situado do outro lado do desfiladeiro, pode-se chegar ao local a pé (2h para cada lado) ou de carro e vale mesmo a pena, porque as vistas são incríveis.

Se você tiver mais um dia sugiro deixar para o outro dia a cidade antiga, ou seja, o Sasso Barisano e o Sasso Caveoso, porque a cidade tem muito sobe e desce, o que é bem cansativo para um dia inteiro na cidade.

Se quiser saber mais, recomendamos que veja o nosso artigo com o melhor de Matera, incluindo o que visitar, ver e fazer.

Uma das maravilhas das cidades e vilas da Puglia é a ausência de atrações turísticas específicas. O prazer de as conhecer consiste em perdermo-nos nas suas ruas por algumas horas, desacelerar, comer “gelatos”, sentarmo-nos a beber “aperitivi” e sentirmo-nos livres, sem necessidade de perseguir um itinerário com todos os locais e atividades, é o que você pode fazer em Otranto. 

Em Otranto, visite a Catedral de Otranto, famosa pelo seu maravilhoso chão de mosaicos ilustrando a “Árvore da Vida”. Senão, prossega para Lecce. 

Passe o final do dia a passear pelo monumental centro histórico, descobra igrejas e palácios com fachadas ricas em detalhes, com certeza será amor à primeira vista.

A cidade é uma obra-prima do Barroco pela abundância de criações exuberantes, feitas na pedra clara local durante os séculos XVII e XVIII, e é também uma das mais importantes da Puglia.

No dia seguinte, dedique um dia inteiramente a Lecce, para conhecer as principais obras barrocas da cidade, nomeadamente o Antigo Seminário/ Museu Diocesano, a Catedral, a incrível Basilica di Santa Croce, a Chiesa di Santa Chiara e a Chiesa di San Matteo, existe um passe diário (9€) à venda no referido museu, situado na espetacular Piazza Duomo.

Ao quinto dia da viagem pela Puglia, rume ao Valle d’Itria, uma zona rural de abundantes olivais e belas localidades, pontilhada de casas de forma invulgar, chamadas “trulli”.

A primeira povoação que você pode visitar é Ostuni, apelidada de “cidade branca” da Puglia. Situada no cimo de uma colina, da qual se avistam-se oliveiras até ao mar. Ostuni é uma pequena cidade com uma catedral, ruelas sinuosas e casas de um branco luminoso, onde sobressaem portadas verdes e muitos cactos, ideal para nos perdermos por algumas horas.

Por fim, visite Bari, a capital da Puglia. Sendo uma cidade bastante grande, concentre-se no seu Centro Histórico, conhecido como Bari Vecchia. Em contraste com as outras povoações da Puglia que,  encontravam-se bastante vazias, paradas e com pouca vida, Bari Vecchia as ruas fervilhavam de vida e alma!

Havia um movimento constante de pessoas e motos, roupa a secar, santos em quase todas as esquinas, pessoas a conversar em voz alta, tabuleiros de massa nas ruas, algumas senhoras a moldar “orecchiette” no interior das casas e portas abertas para a rua.

Logo ao lado de Bari Vecchia, mas como se num mundo à parte, fica uma Bari mais moderna, com longas avenidas perpendiculares, ruas comerciais, grandes marcas e edifícios majestosos. O porto também fica perto. Aliás, foi aí que estacionamos o carro.

Em conclusão, Bari foi uma das maiores surpresas da viagem e uma excelente forma de terminarmos o nosso roteiro na Puglia.

Após o check-out, poderá voltar ao Aeroporto de Nápoles para deixar o carro alugado e fazer o check-in no seu voo ou poderá continar a viajar por mais 7 dias, como nós fizemos, pois combinamos a viagem à Puglia com um roteiro em Nápoles, Costa Amalfitana, Herculano, Monte Vesúvio e Pompeia.

A 4 minutos a pé de Petruzzelli Theatre, Il Pumo - Apulian Rooms Bari Calefati encontra-se em Bari e apresenta acesso Wi-Fi gratuito e check-in e check-out expresso. Os locais de interesse populares nas proximidades incluem Ferrarese Square, Castello Svevo e Mercantile Square.Todos os quartos dispõem de ar condicionado, televisão de ecrã plano com canais por satélite, um frigorífico, máquina de café, bidé, produtos de higiene pessoal gratuitos e secretária.

Eis algumas das iguarias tradicionais que poderá provar nesta parte de Itália: Pão de Matera; Taralli (biscoitos salgados); Peperone cruschi (pimentos estaladiços); Orecchiette con cime di rape (massa em formato de orelhinhas com folhas de nabo italiano); Fave e cicoria (puré de favas com chicória); Sgagliozze (polenta frita) e focaccia (um pão achatado coberto com azeite e especiarias). Em Bari, enchidos como, por exemplo, Capocollo de Martina Franca e Lucanica di Picerno, além dos queijos, azeite e o Licor Amaro Lucano.

Quando estudávamos nos livros estava escrito: “Vaticano, uma cidade-estado, o menor estado independente do mundo”. E para a gente entender a professora dizia “é um bairro bem grande, dentro da cidade italiana de Roma, onde fica a casa do Papa”.
Você sabe o que são enclaves? Que existem países dentro de outros?
Normalmente, os países são separados por fronteiras margeando suas terras ou recursos naturais. Mas há casos no mundo de países que estão localizados dentro de um outro país, como se fossem uma cidade ou um bairro, mas são países mesmo. O nome para esta ocorrência é "país-enclave". Estes países são como ilhas, pois estão delimitados por outras terras e dependem da passagem por este país para chegar em seu território, vindo de norte, sul, leste ou oeste.
Mas, por que existem países enclaves?
A palavra enclave vem do francês medieval enclaver (cercar) e do latim vulgar inclavare (fechar). A origem de um enclave pode ser devida a razões históricas, políticas ou mesmo geológicas, por causa da mudança do leito de um rio, por exemplo. Existem até os países exclaves! Imagina! mas agora vamos nos ater somente aos enclaves.
Veja alguns exemplos:

• Vaticano é um país dentro da Itália
• Lesoto (ou Lesotho) é um país dentro da África do Sul
• San Marino é um país dentro da Itália
• Montes Altos é um país/estado dentro da Grécia

Lesoto é outro exemplo de país-enclave. Dentro da África do Sul, um país bem maior comparado com os exemplos anteriores, com cerca de 2 milhões de habitantes, que tem língua e moeda próprias (o sesoto e o loti, respectivamente), e 30,35 km² de área, são obrigados a atravessar a África do Sul, não importa de que direção venham – norte, sul, leste ou oeste.
Na própria Itália existe outro enclave: San Marino. Trata-se de um pequeno país, totalmente cercado pela Itália, com cerca de apenas 30 mil habitantes, e algumas poucas cidades.
Não é só a Igreja Católica Apostólica Romana que tem seu próprio país. Os cristãos ortodoxos também contam com um Estado, Monte Atos, no norte da Grécia. “Nos 400 km² dessa república teocrática, nenhuma fêmea humana ou animal pode pisar”, afirma Luiz Ginter, especialista no estudo de micropaíses.
Estes são só alguns exemplos de países dentro de outros países. O mais famoso e mais conhecido é o Vaticano, um país independente localizado dentro da Itália.
Mas de onde vem a palavra Vaticano? Segundo o Wikipédia, Vaticanus era um deus etrusco que "abria a boca do recém nascido para que ele pudesse dar o primeiro grito, o primeiro choro". E no antigo local de Vaticanum,  uma colina situada na região noroeste de Roma, foi construído um templo, tornando-se o local dos oráculos muito antes da Roma pré-cristã.
E ali se ergueu também o Circo de Nero, o seu último vestígio visível é o obelisco do Vaticano usado para decorar a coluna de seu circo. Esta área tornou-se o local do martírio de muitos cristãos, depois do Grande incêndio de Roma, em 64 d.C. A tradição antiga afirma que foi nesse circo que São Pedro foi martirizado, crucificado de cabeça para baixo e sepultado.
A Cidade do Vaticano é uma cidade-Estado que existe desde 1929. E no quesito invisibilidade cartográfica, porém, nada supera o Vaticano, este enclave italiano tem o tamanho de um quarteirão, 0,44 km². É o menor país do mundo, por área. Ocupados pelo papa e cerca de 900 habitantes ou representantes da Igreja Católica Apostólica Romana, já que a maior parte dos funcionários públicos são todos clérigos católicos de diferentes origens raciais ou étnicas. É o território soberano da Santa Sé (Sancta Sedes) e o Palácio Apostólico, local de residência do Papa, considerado o sucessor de São Pedro (quanto poder, heim?)

Com tudo isso, e por toda essa história que envolve o local, independente de religião, o Vaticano com certeza merece uma visita!

Quando chegamos estavam nos preparativos para um desfile. A praça estava cercada, embora eu tenha visto algumas pessoas entrando para visitar a Basílica, preferimos ficar por ali, já que não tínhamos muito tempo. Teríamos que procurar um lugar para almoçar, porque logo deveríamos nos dirigir para o ponto de encontro para tomarmos o ônibus de volta ao Porto em Civitavecchia.


 

Como sempre, antes de viajar, faço minhas pesquisas na net, seja de atrações, hotéis e/ou restaurantes. Em Roma havia feito até um mapinha de como chegar em dois restaurantes próximos ao Vaticano, mas como na maioria das vezes, por um motivo ou outro, acabamos não indo à aquele que havia pesquisado. No caso de Roma, foi porque já estava acima da hora de ir para o ponto de encontro e ficamos com receio de não dar tempo.
O primeiro era o Amalfi, na 12,Via dei Gracchi, a700 m da praça, o outro era Trattoria Vaticano Giggi, na Via Catone, mais 140 m do primeiro. Acabamos indo n o Antico Caffè San Pietro, ali mesmo na Via della Conciliazione. 
Quando cheguei em casa vi que ele tem péssima avaliação no tripadvisor, algumas das reclamações procedem, como ser um restaurante do estilo buffet-self-service. Você entra numa fila e um italiano, com pressa e gritando, pergunta o que você vai querer. As opções são razoáveis e os preços são “caros”(talvez, em Roma tudo é muito caro). Dizem que “é o preferido das excursões que levam um bando de turistas famintos que topam qualquer local”. A verdade é que o restaurante possui uma localização excelente. Muitos reclamaram também da cordialidade dos atendentes. Mas em outros lugares da Itália, como em Palermo por exemplo, senti a mesma coisa, acho que o jeito italiano de ser, rsrsrs…
Bom, se alguém já foi, e for a estes restaurantes, ou conheçam outros nesta região, deixem aqui seus comentários para servir de base para outras pessoas, ok?
 
 
Bom gente, estes foram  os momentos desta nossa curta passagem pelo Vaticano, na esperança de um dia retornar para ver tudo com calma. No próximo post vou falar sobre um bate-volta de Roma a Civitavecchia.

Nesta viagem à Costa Amalfitana, só usamos o transporte público para ir de Amalfi para Positano e vice-versa. Não foi de todo ruim, na ida até fomos sentados, mas na volta tivemos que viajar uma hora em pé.