Informações Básicas sobre Chapada Diamantina

16:41

Parque Nacional da Chapada Diamantina
Quem começa a fazer planos de visitar a Chapada Diamantina logo se dá conta de que não vai dar conta de ver tudo. É difícil tirar longas férias o suficiente para acomodar tantas cachoeiras, grutas, poços, riozinhos, trekkings e cidadezinhas pitorescas numa viagem só.
Mas não se preocupe, se você gostar de lá e com certeza vai, você vai voltar outras vezes.
Numa primeira incursão, escolha a base que proporcione as experiências que mais se encaixam com o seu perfil, eventualmente complementando com um ou dois pernoites numa segunda base, num ponto oposto do parque.
Dispondo de uma semana (ou mais), você pode fazer um circuito com até três bases.
Se estiver de carro, é muito fácil rodar a Chapada por conta própria; você só vai precisar aderir a grupos nas trilhas.

 
Um dos principais destinos de ecoturismo do Brasil, tem cachoeiras, rios, cânions e grutas que formam cenários inacreditáveis. Seis localidades, nos arredores do Parque Nacional, servem de apoio aos viajantes – todas têm seu charme, além de atrações que valem a visita. A melhor estrutura é a de Lençóis, perto do aeroporto e com boas hospedagens e restaurantes. Mas o ideal é reservar tempo para ficar um pouco em cada lugar e aproveitar as ruas de pedra de Mucugê, as ruínas do garimpo de diamantes em Igatu, o pantanal do Cerrado em Andaraí, as impressionantes cachoeiras de Ibicoara e a enorme concentração de bichos-grilos e o clima hippie do Vale do Capão – ponto de partida de um dos trekkings mais cênicos do país, o Vale do Paty.
Quando ir à Chapada Diamantina?
Não existe época desaconselhável para a Chapada. As chuvas de verão (novembro a janeiro) podem enlamear as trilhas, mas deixam as cachoeiras mais caudalosas. E dezembro a fevereiro as diárias sobem e as trilhas lotamEntre março e maio, passadas as chuvas de verão, você vai encontrar a Chapada mais verde; e entre maio e setembro, dificilmente vai pegar alguma chuva. Em junho, tem festa de São João e, em agosto ou setembro, o Festival de Lençóis. O meio do ano -- entre maio e setembro -- é também a época em que, nos dias claros, as grutas Azul, do Poço Azul e do Poço Encantado recebem a incidência de raios de sol que deixam suas águas azuladas.
COMO CHEGAR

Em Vitória da Conquista, pegue a BA-262 e a BA-142.
COMO CIRCULAR
Dentro de cada destino, dá para fazer tudo a pé. Para as trilhas, contrate guias credenciados nas agências ou nas associações de condutores de visitantes. Para ir de uma localidade a outra: a BA-142 (a partir da BR-242) liga Lençóis a Andaraí, Mucugê e Ibicoara (uma vicinal sai dela até Igatu). A BR-242 leva a Palmeiras e, de lá, uma estrada de terra chega ao Vale do Capão – quem está sem carro pode optar pelos traslados das agências. A circulação de ônibus é restrita: a Real Expresso (71/3450-9310) faz o trecho Lençóis-Palmeiras e a Emtram (3331-1525) organiza a viagem de Andaraí a Mucugê.
Para quem vem de carro
De carro você terá mais liberdade para organizar seu próprio roteiro, mas para aproveitar melhor seu tempo trace seu itinerário com antecedência, traga um mapa de rodovias e/ou GPS, Mapa Turístico do Parque com localização dos atrativos turísticos e das estradas. Dentro e fora do parque existem rodovias asfaltadas e estradas de terra, onde é possível circular com carros comuns – sem necessidade de tração.
Lembre-se: mesmo de carro é necessário contratar um guia para ter acesso à maioria dos atrativos naturais.
Informações sobre rodovias:
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DNIT: 0800 611 535 ou www.dnit.com.br 
O QUE FUNCIONA
Celular
Quase todos os municípios da região possuem telefonia fixa e telefonia móvel, mas apenas Lençóis possui o sinal das quatro operadoras que atuam no país. Confira nas demais localidades:
Claro: Andaraí; Ibicoara; Mucugê e Rio de Contas
Oi e Vivo: Mucugê (apenas para receber ligações) 
TIM: Palmeiras e Ibicoara
Voltagem
220 volts
Dinheiro 
Outra dica essencial: leve dinheiro vivo. São pouquíssimos os estabelecimentos que aceitam cartões (mesmo os de débito) como pagamento e na cidade só tem uma agência do Banco do Brasil. Além disso, todas as cachoeiras e grutas fazem parte ou ficam após a entrada de alguma propriedade particular ou ainda estão sob o controle de alguma cooperativa e todos cobram alguma taxa para permitir a entrada pelo local. As bandeiras dos cartões mais aceitos nos estabelecimentos da região são Visa e Mastercard, mas fique atento, pois muitos lugares ainda não trabalham com cartão de crédito ou débito. Nesse caso, a melhor alternativa é estar com dinheiro em espécie ou talão de cheques – com aceitação também limitada.
Bancos
Veja as agências e postos de cada localidade:
Agência e serviços Banco do Brasil:
Andaraí; Lençóis; Mucugê; Palmeiras (somente saque) e Rio de Contas.
Agência Bradesco e postos de atendimento:
Andaraí; Ibicora; Lençóis; Mucugê; Palmeiras; Rio de Contas e Vale do Capão.
Posto de atendimento Caixa Econômica Federal:
Andaraí; Ibicoara; Lençóis; Mucugê; Palmeiras e Rio de Contas.
Tem posto de gasolina em Lençóis? – Tem, mas é um posto com 1 ou 2 bombas, tão pequeno que você pode passar sem notá-lo. E é de uma bandeira completamente desconhecida. Prefira abastecer antes de chegar a Lençóis. A uns 30 km da cidade, tem um posto de bandeira conhecida.
EXPLORANDO A CHAPADA DIAMANTINA
Serviço 
Em todos os destinos da Chapada é fundamental ter a companhia de um guia para os trekkings, pois as trilhas não têm sinalização. Você pode contratá-los nas agências, como a Nas Alturas (informações no site oficial ou pelo telefone (75) 3334-1054) e a Venturas e Aventuras (informações no site oficial, ou pelo telefone (75) 3334-1030), ambas com sede em Lençóis, ou pedir indicação na pousada ou no hotel. Nas Associações de Condutores de Visitantes (ACVs), os preços dos guias são mais econômicos. Por outro lado, não incluem seguro e não há veículos para os traslados -- é preciso usar carro próprio. Entre em contato com as ACVs pelos telefones: Lençóis, (75) 3334-1425; Andaraí, (75) 8137-1679; Ibicoara, (75) 77/3413-2048; Mucugê, (75) 8231-1610; Vale do Capão, (75) 3334-1087.

Agencia Volta ao Parque - Chapada Diamantina - Lençóis - Bahia - Brasil | +55 75 3334-1410
MSN: voltaaoparque@hotmail.com

Você pode escapar das agências e contratar um guia com carro como o Renato (Renatur Táxi & Tur 
rua São Benedito - antiga rua dos Negros, em frente rio Lava-pés), s/n(. Tel.: (75) 9963-1269). Ele pode fazer roteiros "personalizados", ou seja, segundo o que os clientes querem e não seguindo o roteiro pré-estabelecido e impossível de alterar como o das agências.
O site www.viciadaemviajar.com.br indica os guias:
Diego (telefone: 75-9975-1845) e Robson Pereira dos Santos (email: robson.lecba@hotmail.com e telefones: 75 – 9974-4417 e 75-3334-1048). O Robson  tem até uma Doblô e pode levar seu grupo nela se for o caso. Os dois foram profissionais, cuidadosos e não são daquele tipo que fica puxando conversa o tempo todo. Se você quiser bater papo, eles conversam, mas se não, eles ficam na deles.
Por conta própria 
Quem está de carro pode chegar sem guia nas grutas Torrinha, da Pratinha, Lapa Doce e no Morro do Pai Inácio; nos Poços Encantado e Azul; na Mina do Brejo Verruga; no Cemitério Bizantino, Projeto Sempre-Viva e Museu Vivo do Garimpo; e na Cachoeira do Ranchinho.
Equilíbrio é tudo
Intercale passeios desgastantes com outros mais leves, já que algumas atrações exigem caminhadas longas em terrenos íngremes.
O que levar

  • Tênis ou bota para caminhadas
  • Casaco e calça para as noites frias
  • Roupa leve e esportiva
  • Chinelo ou sandália
  • Chapéu ou boné
  • Roupa de banho
  • Toalha e canga
  • Capa de chuva
  • Protetor solar
  • Repelente
  • Garrafa de água ou cantil
  • Mochila
  • Lanterna e pilhas extras
  • Remédios e itens pessoais indispensáveis
  • Cajado para trilhas com subidas e descidas íngremes
-Biquíni, maiô, ou sunga – Pelo menos 2, para alternar. Não leve os novíssimos, porque você vai sentar muito em pedras, e eles vão acabar sofrendo algum tipo de dano, mesmo que pequeno.
-Short de tactel – leve no dia em que for descer o escorrega do Ribeirão do Meio. Assim, você desliza sem dificuldade e não estraga o biquíni.
-Calça de ginástica – Para fazer as trilhas, nada melhor. Prefira as que não esquentam com o sol (evite tecido preto)
-Tênis de academia – Leve dois, para alternar. O melhor é se ele já for velhinho, porque ele vai voltar bem detonadinho.
-Bota de caminhada – Não é fundamental, um tênis resolve. Mas a bota protege mais contra torções.
-Meia – Um par por trilha.
-Um casaco – Para usar quando for no alto do Morro do Pai Inácio, porque lá venta bastante. Mas não precisa ser um mega-casaco não, um leve/médio já é o suficiente.
-Chinelo.
-Protetor solar.
-Repelente – À noite tem mosquito e em algumas trilhas também.
-Álcool gel para limpar as mãos – Daqueles frasquinhos bem pequenos, de bolsa. Em quase todas as atrações da Chapada você terá acesso a banheiro, mas eles normalmente não têm água na pia, nem muito menos sabonete.
-Óculos escuros.
-Mochila.

ONDE COMER
Os principais restaurantes da Chapada estão em Lençóis., servidas também no Dona Nena, em Mucugê. Destaque para o pastel de palmito de jaca da Dona Dalva, no Vale do Capão; os crepes do Café Galeria e Memória, em Igatu; e os sorvetes da Apollo, em Andaraí.
Pratos do garimpo  Refeições calóricas faziam parte da dieta dos garimpeiros da Chapada nos séculos 18 e 19. Na lista há receitas com cortes e miúdos de bode, carne de sol e carne-seca, além de pirão de parida (galinha caipira com pirão do próprio caldo). Os acompanhamentos mais comuns são o purê de leite, o godó de banana (ensopado de banana-verde), o cortado de palma (um tipo de cacto) e o cortado de mamão verde ou de abóbora. Quibe assado com coalhada fresca, panqueca com taioba e bolo de aipim com coco.
Conheça os principais sabores da culinária regional.
Godó de banana
É um ensopado feito com carne de sol e banana verde, que fica muito bem acompanhado com arroz, feijão, farofa e salada.
Farofa de garimpeiro
Feita com carne do sol frita, essa farofa é bem temperada, sequinha e prensada, como uma paçoca. Uma delícia inventada pelos garimpeiros que se embrenhavam nas matas e precisavam de um alimento que os sustentassem por horas e fosse conservada por dois a três dias.
Cortado de Palma
A palma é um tipo de cacto muito difundido no sertão nordestino, utilizada para a alimentação do gado e também humana, principalmente nas épocas de estiagem. Na Chapada Diamantina, ela acompanha pratos típicos, como o godó de banana, e é servida refogada e picada em pequenos cubos.
Mel Nativo
Um dos principais produtos da Chapada Diamantina é o mel orgânico. A Associação de Apicultura do Vale do Capão possui certificado para produção de orgânicos e foi premiada nacionalmente. O mel Flor Nativa, produzido pela associação, pode ser encontrado também em cidades como Salvador, São Paulo e Brasília. Informações: flor.nativa.blog.uol.com.br
Receitas de Jaca
O pastel de palmito é uma iguaria exclusiva do Vale do Capão e a primeira impressão antes de comer, geralmente, é de estranhamento, mas logo cai no gosto dos turistas. Outro prato que surpreende é a moqueca de jaca, que substitui o peixe e/ou o camarão pela fruta, mantendo os demais ingredientes da receita.
Cachaça
A Chapada Diamantina é produtora de uma das melhores cachaças do país. A bebida é exportada para diversos países e pode ser provada em bares e restaurantes da região. As principais marcas são a Cachaça Abaíra e a orgânica Serra das Almas. Em alguns lugares onde são produzidas, como em Abaíra e Rio de Contas, é possível visitar os alambiques na zona rural e conhecer a produção tradicional e artesanal da bebida. Informações: www.cachacaabaira.com
Café gourmet
A Chapada Diamantina possui uma produção reconhecida de café gourmet e especial, categorias da bebida e dos grãos considerados de alta qualidade. O motivo deve-se, principalmente, à altitude acima dos 1300 m, a maior do país para a produção de café, e ao clima ameno da região, ideal para o desenvolvimento da cultura. Já o município de Ibicoara, além do cultivo do produto de excelência, utiliza técnicas orgânicas que priorizam a preservação do meio ambiente.
novembro e janeiro, inclua capa de chuva.
Alimentação 
Em alguns passeios dá até para almoçar pelo caminho, como nas grutas da Pratinha e da Lapa Doce, em Lençóis. Em outros, pode-se passar o dia sem cozinha por perto. Em geral, as agências incluem refeições em seus pacotes; se for por conta própria ou com guia das ACVs, leve lanche.

You Might Also Like

0 comentários

Mapa Interativo

Instagram

Pinterest