Conhecendo o Amazonas
17:58Quem nunca sonhou em conhecer a Floresta Amazônica? Mas, por ser muito longe e com passagens aéreas às vezes muito caras, vai deixando para depois, depois…E ela vai ficando de fora. Principalmente se, você já rodou quase todo o Brasil, parece que fica faltando um pedaço, não é mesmo?
Pois bem, neste feriado de uma semana no Carnaval, aproveitamos que tínhamos algumas milhas a vencer, tomamos um voo da TAM-Rio/BSB/Manaus, sendo a volta com uma conexão de 08:00 horas em Belém. O que não poderia ter sido melhor, pois Belém também estava na lista de lugares a conhecer. Embora tenha sido um voo daqueles que chegam meia noite, uma hora da madrugada e partem às cinco da manhã, rsrs…
Abaixo imagens do Aeroporto de Brasília, enquanto aguardávamos o voo para Manaus:
Nosso objetivo era não só conhecer a Capital, mas também a Floresta, o Rio Amazonas…então pesquisando alguns sites, encontrei exatamente o que imaginávamos: através da Empresa Viverde, um cruzeiro de três dias pelo rio Solimões (como o Amazonas é chamado a oeste de Manaus) com a Iberostar Grand Amazon. Nele tínhamos as conveniências de hotel urbano, bom serviço all-inclusive e passeios enxutos que não exigiam demais do passageiro. E ainda sobrariam quatro dias, o suficiente, para conhecer a Cidade de Manaus. Perfeito!
Nesta postagem vou passar algumas informações turísticas e nos próximos, como foi nosso dia a dia de nossa viagem. Vem comigo!
Informações turísticas
O Estado do Amazonas (1.577.820,2 km² de área absoluta) abriga a maior floresta equatorial do planeta, sua bacia hidrográfica ( 6.217.220 Km² ) possui mais de 20 mil km de vias navegáveis. Seus principais rios são o Amazonas, o Negro, o Solimões, o Purus, o Juruá e o Madeira.
A população do Estado Amazonense está estimada em 3.332.330 hab. sendo 48 % vivendo em Manaus (Manauara ou Manauense), e uma densidade demográfica de 2,06 hab./km² (2006). Possuem hoje duas expectativas de economia, a Zona Franca criada em 1967 e o turismo ecológico em franco desenvolvimento. Alguns polos de mineração, agricultura, pecuária e extração racional de madeira vêm se desenvolvendo.
O Amazonas está situado no centro da Região Norte do Brasil, limitando-se ao norte com o Estado de Roraima, Venezuela e Colômbia; a leste com o Estado do Pará; a Sudeste com o Estado do Mato Grosso; ao sul com o Estado de Rondônia e a sudoeste com o Estado do Acre e o Peru.
O clima é Tropical quente e úmido, chove bastante e é abafado sempre –a temperatura média de 31,4 o C. A pluviosidade média mensal na Capital é de 210 mm. A estação das chuvas é de Dezembro a Maio.
Entre junho e novembro, costuma chover apenas uma vez por dia, e rápido. A cheia do rio Negro tem seu ponto máximo em meados do mês de Junho, a maior vazante no mês de Setembro. Para o turismo de selva é melhor ir enquanto os rios ainda estão cheios: é quando a floresta alaga e proporciona os passeios de canoa e voadeira pelos igarapés (canais) e igapós (lagos) até as suas entranhas. Então, para o melhor equilíbrio entre chuvas e volume d'água na mata, a melhor época é em junho .
Seu relevo caracteriza-se pela ocorrência de terras firmes, planas e baixas. As elevações são encontradas nos limites com Roraima e a Venezuela, onde encontramos as serras de Itapirapecó, Imeri, Urucuzeiro e Cupim. Nesta área verifica-se a presença do Pico da Neblina (3.014 m), ponto mais alto do Brasil.
A planície Amazônica é formada de:
* Várzeas e Igapós ( Planície de inundação )
* Terras Firmes
A vegetação é densa e heterogênea, de uma biodiversidade fantástica, abriga espécies ainda desconhecidas da ciência, recobrindo 90% da superfície da área do Estado. Apresenta os seguintes tipos florestais:
* Floresta Perenifolia Paludosa Ribeirinha - mata de várzea (inundada em determinados períodos).
* Floresta Perenifolia Hileiana Amazônica - mata de terra firme.
O fuso horário é de -1 hora em relação ao horário de Brasília (O Estado está fora do horário de verão, quando isso acontece o fuso passa a ser de -2 horas), os bancos funcionam das 9:00h às 15:00h horário local.
Como chegar e se locomover
O Aeroporto de Manaus é servido por vôos diretos de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belém, Belo Horizonte, Fortaleza e Campinas. Barcos chegam e partem do porto da cidade para todas as localidades ao longo do Amazonas, em viagens que envolvem entre um e três pernoites.
O táxi em Manaus é caro e tabelado. Para quem pega dentro dos hotéis paga a mesma coisa que alguém que toma no aeroporto para qualquer ponto da cidade. Por exemplo, uma corrida do aeroporto até o centro ou até os bairro Adrianópolis, onde ficam muitos hotéis, custa em torno de R$70,00. Infelizmente não tem metrô e o transporte coletivo é precário.
Onde ficar
O melhor lugar para quem quer bater perna e conhecer os principais monumentos históricos com certeza é o Centro da cidade. Ali tem o Go Inn e o Seringal Hotel. Mas não é muito seguro, a não ser nas imediações do Teatro Amazonas. Sem contar que centro é centro em qualquer lugar, depois que o comércio fecha, não tem nada para fazer.
A praia de Ponta Negra tem a localização turística mais nobre, mas vai pagar caro para ir de táxi até Vieiralves, onde estão a maioria dos bares e restaurantes.
Então, se você quer apreciar a culinária manauara, este é o melhor lugar para se hospedar ou no Adrianópolis, onde fica o Manauara Shopping, onde se encontram o Quality e o Mercure Apartments.
Como chegamos em Manaus à noite, ficamos uma noite no Seringal Hotel (R$ 188,00 a diária c/ café da manhã incluso), no centro da cidade.
Assim tivemos tempo de percorrer todo o Centro Histórico pela manhã, almoçarmos, voltar para o hotel, tomar um banho antes de embarcarmos no Iberostar no Porto de Manaus às 15:00h.
Na volta do passeio de barco ficamos no Mercure Apartments (R$192,78 a diária s/ café da manhã incluso) no Bairro Adrianópolis para conhecer o resto da cidade. Abaixo imagens do Mercure Apartments:
Comidas e bebidas típicas de Manaus e do norte do Brasil
O norte do Brasil, como o nordeste, muitas vezes parece um país a parte, principalmente comparando com o sudeste e sul. Clima, cultura, costumes, música, “dialetos”, tudo diferente! E as comidas e bebidas típicas entram nessa aí. Houve pouca influência das culturas negra e européia na região norte. Então ali se conserva a herança indígena em grande parte dos seus pratos, utilizando produtos naturais encontrados na fauna e flora da região amazônica. A base da alimentação são os peixes de água doce. E há vários bem utilizados e deliciosos:
Pirarucu (um dos maiores peixes de água doce do mundo, chega a medir 3m e 300Kg): servido grelhado, cozido com leite de coco ou com açaí, na caldeirada, como escondidinho de pirarucu. Seco e salgado é o “bacalhau da Amazônia”, servido em bolinhos (como o bolinho de bacalhau), ou “de casaca”: nessa versão brasileira da bacalhoada, ele é salgado, cozido em postas ou desfiado e intercalado com farinha Uarini embebida em leite de coco e banana-pacovã;
Tambaqui: empanado, inteiro na brasa em churrascos, “de banda” assado no forno ou grelha, na caldeirada, costela de tambaqui (as espinhas tão grandes e grossas que lembram costelas);
Tucunaré: caldeirada, filé, frito à milanesa;
Matrinxã: inteiro na brasa, ou assado em forno recheado com farinha ou tomate, pimentão, cebola e coentro;
Jaraqui: frito, dizem os manauaras que “quem come jaraqui, não sai daqui”;
Aruanã: filé frito ou empanado;
Piranha: bem fritinha.
Vinagrete (ou molho a campanha) aqui acompanha qualquer prato, principalmente peixes, e leva coentro na composição.
Baião de dois (arroz + feijão verde ou de corda + legumes) substitui o tradicional arroz branco.
Em Manaus a farinha de mesa que acompanha quase todos os pratos e com ela se faz farofa é também de mandioca (ou aipim, que aqui chamam mais de macaxeira, ou pela variedade aiapuã), mas tem uma granulação bem maior e fica bem durinha, quase quebrando os dentes, cuidado! Essa farinha granulada, mais grosseira que sobra na peneira, se chama Uarini, que é na verdade o nome de um município do Amazonas. A farinha Uarini pode ficar muito boa hidratada em leite de coco. A mandioca também aparece no famoso tucupi (caldo da mandioca-brava, que pode ou não estar apimentado) que acompanha peixes e aves.
O tucupi é sempre servido em vidros separados, como opção de molho. Mas é utilizado também no preparo de pratos como o tacacá (sopinha com camarões servida em cuias, que curiosamente se come com palitinhos) e o pato no tucupi, que levam folhas de jambu (que pode anestesiar levemente a boca).
Muitas pimentas: murupi, pimentas-de-cheiro, embiriba, jiquitaia.
A feijoada leva legumes no lugar de carnes salgadas. Bem, é mais light.
Como petisco elejo o Chips de banana: banana verde em rodelas finas fritas e salgadas. Vendem em saquinhos como batata-frita.
Frutas: banana pacovã (lembra uma banana-da-terra), castanha (do Pará, da Amazônia, do Brasil… ainda não se decidiram, mas é castanha!), guaraná (suco, xarope, refrigerante, em pó), muruci, pupunha, taperebá (lembra um cajá), bacuri, cajá, camu-camu, ingá, abiu, …
Não as procure nos mercados, pois não vai encontrar. Precisa ir nas feiras! A maior parte dessas frutas é ingrediente de Sorvetes!
Tucumã – frutos de uma palmeira que dá em cachos, tem textura fibrosa e macia e sabor suave. É usado em sorvetes e sucos, em saladas e no recheio de tapioca (muito comum aqui no norte, inclusive em café-da-manhã, com recheios de banana, queijo-coalho, castanha e tucumã) e de sanduíches (o famoso x-caboclinho, que leva ainda banana, queijo-coalho e ovo).
Açaí – cuidado ao cair de boca sem se informar antes. O açaí no norte pode ser acompanhamento de comida salgada. Normalmente vem sem açúcar e nunca colocam os xaropes de guaraná e banana, como os saradinhos do Rio costumam tomar. Pode ser servido com farinha e tapioca em flocos, ou como pirão acompanhando peixes.
Balas (na verdade é um tipo de bombom) puxa-puxa de doce-de-leite com recheio de frutas regionais: melhor lembrancinha para levar para amigos e família. Podem ser encontradas com os clássicos bombons na loja Bombons finos da Amazônia (nos shoppings), e ainda vem em embalagens de artesanato local.
Recomendamos:
- Beber água mineral, usar roupas leves e confortáveis, calçados para caminhadas, óculos de sol, capa de chuva, lanterna, protetor solar e repelente.
-Além dos medicamentos que costuma usar regularmente ou em caso de acidente.
-Levar dinheiro para o pagamento de despesas extras, em geral hotéis de selva e barcos de cruzeiros não aceitam cartões de crédito. Já em Manaus os estabelecimentos comerciais em geral aceitam.
- Vacinas de febre amarela e tétano para viagem por todo o Brasil (válidas por 10 anos e carência de 10 dias). São recomendadas, mas não são obrigatórias, exceto para quem chega ou parte de outro País. Monitorar pelos próximos 15 dias da partida de Manaus sintomas como dor no corpo e febre alta. Em caso desses sintomas procurar o serviço médico informando que viajou para a Amazônia. Com o tratamento adequado as doenças tropicais tem cura e não deixam sequelas. Tudo isso é precaução, já que o risco é mínimo.
Como chegamos em Manaus à noite, ficamos uma noite no Seringal Hotel (R$ 188,00 a diária c/ café da manhã incluso), no centro da cidade.
Assim tivemos tempo de percorrer todo o Centro Histórico pela manhã, almoçarmos, voltar para o hotel, tomar um banho antes de embarcarmos no Iberostar no Porto de Manaus às 15:00h.
Na volta do passeio de barco ficamos no Mercure Apartments (R$192,78 a diária s/ café da manhã incluso) no Bairro Adrianópolis para conhecer o resto da cidade. Abaixo imagens do Mercure Apartments:
Comidas e bebidas típicas de Manaus e do norte do Brasil
O norte do Brasil, como o nordeste, muitas vezes parece um país a parte, principalmente comparando com o sudeste e sul. Clima, cultura, costumes, música, “dialetos”, tudo diferente! E as comidas e bebidas típicas entram nessa aí. Houve pouca influência das culturas negra e européia na região norte. Então ali se conserva a herança indígena em grande parte dos seus pratos, utilizando produtos naturais encontrados na fauna e flora da região amazônica. A base da alimentação são os peixes de água doce. E há vários bem utilizados e deliciosos:
Pirarucu (um dos maiores peixes de água doce do mundo, chega a medir 3m e 300Kg): servido grelhado, cozido com leite de coco ou com açaí, na caldeirada, como escondidinho de pirarucu. Seco e salgado é o “bacalhau da Amazônia”, servido em bolinhos (como o bolinho de bacalhau), ou “de casaca”: nessa versão brasileira da bacalhoada, ele é salgado, cozido em postas ou desfiado e intercalado com farinha Uarini embebida em leite de coco e banana-pacovã;
Tambaqui: empanado, inteiro na brasa em churrascos, “de banda” assado no forno ou grelha, na caldeirada, costela de tambaqui (as espinhas tão grandes e grossas que lembram costelas);
Tucunaré: caldeirada, filé, frito à milanesa;
Matrinxã: inteiro na brasa, ou assado em forno recheado com farinha ou tomate, pimentão, cebola e coentro;
Jaraqui: frito, dizem os manauaras que “quem come jaraqui, não sai daqui”;
Aruanã: filé frito ou empanado;
Piranha: bem fritinha.
Vinagrete (ou molho a campanha) aqui acompanha qualquer prato, principalmente peixes, e leva coentro na composição.
Baião de dois (arroz + feijão verde ou de corda + legumes) substitui o tradicional arroz branco.
Em Manaus a farinha de mesa que acompanha quase todos os pratos e com ela se faz farofa é também de mandioca (ou aipim, que aqui chamam mais de macaxeira, ou pela variedade aiapuã), mas tem uma granulação bem maior e fica bem durinha, quase quebrando os dentes, cuidado! Essa farinha granulada, mais grosseira que sobra na peneira, se chama Uarini, que é na verdade o nome de um município do Amazonas. A farinha Uarini pode ficar muito boa hidratada em leite de coco. A mandioca também aparece no famoso tucupi (caldo da mandioca-brava, que pode ou não estar apimentado) que acompanha peixes e aves.
O tucupi é sempre servido em vidros separados, como opção de molho. Mas é utilizado também no preparo de pratos como o tacacá (sopinha com camarões servida em cuias, que curiosamente se come com palitinhos) e o pato no tucupi, que levam folhas de jambu (que pode anestesiar levemente a boca).
Muitas pimentas: murupi, pimentas-de-cheiro, embiriba, jiquitaia.
A feijoada leva legumes no lugar de carnes salgadas. Bem, é mais light.
Como petisco elejo o Chips de banana: banana verde em rodelas finas fritas e salgadas. Vendem em saquinhos como batata-frita.
Frutas: banana pacovã (lembra uma banana-da-terra), castanha (do Pará, da Amazônia, do Brasil… ainda não se decidiram, mas é castanha!), guaraná (suco, xarope, refrigerante, em pó), muruci, pupunha, taperebá (lembra um cajá), bacuri, cajá, camu-camu, ingá, abiu, …
Não as procure nos mercados, pois não vai encontrar. Precisa ir nas feiras! A maior parte dessas frutas é ingrediente de Sorvetes!
Açaí – cuidado ao cair de boca sem se informar antes. O açaí no norte pode ser acompanhamento de comida salgada. Normalmente vem sem açúcar e nunca colocam os xaropes de guaraná e banana, como os saradinhos do Rio costumam tomar. Pode ser servido com farinha e tapioca em flocos, ou como pirão acompanhando peixes.
Balas (na verdade é um tipo de bombom) puxa-puxa de doce-de-leite com recheio de frutas regionais: melhor lembrancinha para levar para amigos e família. Podem ser encontradas com os clássicos bombons na loja Bombons finos da Amazônia (nos shoppings), e ainda vem em embalagens de artesanato local.
Recomendamos:
- Beber água mineral, usar roupas leves e confortáveis, calçados para caminhadas, óculos de sol, capa de chuva, lanterna, protetor solar e repelente.
-Além dos medicamentos que costuma usar regularmente ou em caso de acidente.
-Levar dinheiro para o pagamento de despesas extras, em geral hotéis de selva e barcos de cruzeiros não aceitam cartões de crédito. Já em Manaus os estabelecimentos comerciais em geral aceitam.
- Vacinas de febre amarela e tétano para viagem por todo o Brasil (válidas por 10 anos e carência de 10 dias). São recomendadas, mas não são obrigatórias, exceto para quem chega ou parte de outro País. Monitorar pelos próximos 15 dias da partida de Manaus sintomas como dor no corpo e febre alta. Em caso desses sintomas procurar o serviço médico informando que viajou para a Amazônia. Com o tratamento adequado as doenças tropicais tem cura e não deixam sequelas. Tudo isso é precaução, já que o risco é mínimo.
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