Rio Amazonas–2º dia

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Depois da primeira noite a bordo do navio da Iberostar. Por sinal muito bem dormida! Pois a correnteza do rio não afeta a estabilidade do barco, que não balança nem um pouco. E que quarto! Espaço é o que não falta nas cabines: elas têm 23m². São bastante confortáveis: O acabamento não é acintosamente luxuoso,tem uma cama king size, televisão, frigobar e frutas de cortesia. Cada quarto ainda possui uma varanda e um banheiro bem amplo, com secador de cabelo. Acordamos cedo para cumprir a programação deste segundo dia que teria três atividades bem interessantes para fazer:
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1) 08:00h -Visita a uma casa de Caboclo (população local) na região do Lago Janauacá para conhecer seu modo de vida, costumes e os cultivos da população local;
2)16:00h -Pesca de piranha na região de Manaquiri; ou passeio de lancha na região de Manaquiri. Observação da fauna e flora local;
*Em alguns horários há mais de um passeio oferecido; na véspera você se inscreve nos que quer participar. O grupo é então dividido em lanchas menores, que se dirigem a pontos distantes uns dos outros.
3) 21:30h - 22:30h - Focagem de jacarés.
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O Rio Solimões, ao contrário do Negro, é muito mais habitado. As casas são espaçadas mas se aparecem em todo o percurso do Rio. A riqueza de nutrientes de suas águas, o fazem farto de peixes e as terras férteis, nos meses de vazante podem ser cultivadas.
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Para mim, tão emocionante quanto ver a selva de perto foi ver o modo de vida dos ribeirinhos.
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Passou um filme na minha cabeça, quando nas aulas de Geografia a professora dava exemplos de casas de palafitas, dos povos que viviam na Amazônia, quando na televisão aparecia alguma reportagem sobre pessoas que em época de eleição, tomavam barcos para votar, alunos que percorriam longas distâncias para estudar…
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E agora ali estava eu…, naquele mundo que de tão distante(da nossa realidade) nem parecia que estávamos no Brasil…Cada casa que você avista, a altura das palafitas e a  marca d'água deixada na madeira mostra até que nível ela já subiu. Algumas são miseráveis, outras melhores, a maioria mostra sinais de uma vida remediada, mas cada um com uma história de vida para contar.
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Mesmo se não houvesse os passeios para dentro da mata, aqueles imagens já valeriam a pena.
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Aqui o nosso guia, de nome Edson Piro, indígena, nascido no Vale do Javari. Aos 16 anos deixou a aldeia em uma canoa e chegou a Manaus depois de uma semana, fazendo paradas apenas para se alimentar e dormir. Acostumado com os sons da selva, logo ouve um barulho e avista um bicho na árvore…Uma iguana!!
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Visita a uma casa de Caboclo na região do Lago Janauacá
Na segunda manhã da viagem, os passageiros do Iberostar Grand Amazon são levados para visitar a casa de uma família cabocla. Muitos dos moradores da região são caboclos, pois são descendentes de índios e brancos.
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Fomos à casa do seu Álvaro e da dona Léia. Conhecemos também a filha caçula deles chamada Ariana, de 7 anos. A casa é bem humilde, feita de madeira, mas impecavelmente limpa e arrumada. A mesa estava posta quando chegamos, cupuaçu e outras frutas regionais estavão disponíveis para a gente provar. E até um cafezinho feito na hora! Muito bom!IMG_7407
Rodamos a casa, passeamos pelo quintal. A menina Ariana sobe até o topo da árvore somente com tiras de cipó nos pés.
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O guia índio, mostra como tirar a castanha da castanheira.
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Esse foi um dos passeios mais incríveis que fizemos, onde pudemos conviver um pouquinho com pessoas tão boas e com uma vida tão simples. É um momento muito bacana do cruzeiro.
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Pesca de piranha ou passeio de lancha na região de Manaquiri
Na tarde do segundo dia do cruzeiro pelo Solimões do Iberostar Grand Amazon, dava para escolher entre dois passeios: um passeio por igarapés e igapós ou pescar piranhas.
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Lá em casa ninguém nunca foi dado a este tipo de esporte, embora meu avô e o meu tio Serafim fossem chegados à pescaria, na época em que o Rio Itapemirim ainda era caudaloso. Meu pai só chegava em casa com o peixe já pescado e minha mãe ainda ficava brava porque não os trazia limpo da peixaria.
No entanto, não dava para perder a possibilidade de ver de perto: Ela! cuja a fama assustadora excede o limite das águas dos rios pela sua tão temida capacidade de dilacerar a carne… E adivinha se meu marido também iria perder a oportunidade de pescar uma piranha!
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Saímos de lancha e paramos bem perto da margem do rio. O guia analisava o lugar pela movimentação das águas. Varas de pesca bem simples eram entregues aos turistas com pedaços de carne presos como iscas. E então, as piranhas começaram a aparecer.
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O guia coloca um pedaço de galho de árvore na boca da piranha e é estraçalhado em segundos...
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Eu resisti à pesca, só tirei fotos mesmo. Sou bem sensível quando se diz respeito a machucar animais, embora todos os peixes tenham sido devolvidos ao rio.
E no final, o dia foi acabando...pudemos ver o por do sol da lancha, lindo!
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Mas não pensem que acabou não! Na volta do passeio drinks no deck, o jantar...
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...e às 19:30 h show do Edson Piro, com instrumentos típicos de sopro. Sim o mesmo que foi nosso guia pela manhã na casa do caboclo. É um dos super guias e um dos mais antigos do Iberostar. Com o inglês aprendido com missionários norte-americanos, ele conseguiu aos poucos se ‘virar’ como guia na cidade, trabalho que executa há 23 anos. Depois de casar com uma italiana, Piro foi morar na Europa, onde conheceu a música. Além do show de flautas, foi dele a ideia de montar um grupo formado apenas por guias do navio. Desde então, a descontraída banda ‘Sovaco de Cobra’ vem divertindo os turistas.
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Focagem de jacarés
A focagem de jacarés, um dos momentos mais esperados por muitos no cruzeiro pelo rio Amazonas, que só acontece à noite. Saímos no breu total somente com uma lanterna na mão em meio ao rio. Navegamos à noite, ouvimos o barulho da mata. Dava para ver o céu repleto de estrelas. Emocionante!
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Ao mirar a lanterna nos olhos do jacaré, é possível ver aquele pontinho vermelho ao mesmo tempo em que hipnotiza o animal e o guia num piscar de olhos, já estava com o animal nas mãos!
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Jéferson, o nosso guia, que além de poliglota, é especialista em jacarés, identifica a idade e espécie do bichinho em suas mãos.
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Orienta que deve-se segurá-lo pelo pescoço sem machucá-lo. Ao pegar nessa área, o jacaré não consegue atacar, então é possível vê-lo bem de perto.
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Teve quem se arriscou a passar a mão nele para sentir a textura. Ficamos uns segundos com ele e o colocamos de volta ao rio.
Um dia intenso com novos conhecimentos, muita beleza e uma sensação de encantamento. Foi emocionante e com certeza as fotos mais bonitas que trouxe são dos ribeirinhos, seus barcos e suas palafitas.

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