Manaus

18:07


Nossa primeira viagem para a Região Norte deste imenso Brasil, começou numa sexta-feira de Carnaval. Passagens aéreas compradas ida e volta com milhas pela TAM,  num voo Rio-Manaus/ Manaus-Rio, conexão em Brasília na ida e Belém na volta. Clique aqui para saber como foi a nossa rápida passagem por Belém.

Chegamos no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes de Manaus às 22:00 hs, tomamos um táxi e fomos direto para o hotel que reservamos pelo Booking.com para esta primeira etapa da viagem, que foi o Seringal Hotel.
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Este hotel está muito bem localizado no centro de Manaus, pois fica a uma quadra do Teatro Amazonas. Era um casarão antigo que foi reformado com bom gosto e mesmo tendo só dois andares, ele tem elevador.
O quarto é simples, mas muito bonito e amplo. Os detalhes como papel de parede e a cabaceira da cama em estilo colonial dão um charme a mais. O ponto alto do hotel realmente é a cama, uma super queen size muito confortável.
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O café da manhã é bom, mas tem muita comida salgada e poucas frutas, nenhuma da região. O hotel tem outras funcionalidades como cafeteria, que serve um chá da tarde, pago à parte e salão de beleza, que são abertos ao público.
Os funcionários são muito atenciosos e prestativos. A única coisa que não funciona bem é o chuveiro, que apesar de bonito, tem por causa da pouca queda d'água, só pinga, não proporcionando um banho agradável.
O quarto que ficamos tinha uma janela que dava para um corredor interno, e acho que ele raramente era aberta, pois o quarto quando cheguei tinha cheiro de mofo e também fui recepcionada por uma barata! Para quem vai visitar o centro histórico tem bom custo-benefício.
No dia seguinte saímos para percorrer o Centro Histórico antes de embarcarmos num cruzeiro pelo Rio Amazonas com a Iberostar, como relato neste post, clique aqui

MANAUS
“Situada à margem esquerda do Rio Negro, Manaus é uma cidade fluvial de confluência, a 20 km do Rio Solimões e assentada sobre a área ribeirinha de um sistema de colinas suaves.” (Frase do escritor Milton Hatoum, do livro Brasil Imperdível).
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Em 1669, os colonizadores portugueses fundaram o Forte de São José do Rio Negro, que deu origem à futura capital do Amazonas. Os índios Manaus ocupavam as duas margens do baixo Rio Negro e formavam o grupo étnico mais importante da área de influência do Forte.
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Até a década de 1860 quando o látex extraído das seringueiras amazônicas foi decisivo para financiar a construção de uma cidade moderna, Manaus conservou basicamente o mesmo aspecto da primeira metade do século XIX. O crescimento demográfico a partir de 1860 foi constante, mas não significativo, como seria na década de 1890. A exportação da “hevea brasiliensis” triplicou na década de 1860, e esse fato teve uma repercussão importante na atividade econômica regional, até então estagnada.
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Na virada do século XIX para o XX, Manaus tornou-se a segunda maior cidade brasileira da Amazônia e um dos maiores portos fluviais da América do Sul. De 1889 a 1915, sua população cresceu de 15 mil para 80 mil habitantes. O acanhado núcleo urbano deu lugar a uma cidade planejada, construída a partir de um projeto racional e pretensamente eficiente.
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A grande transformação da cidade ocorreu durante a administração do governador Eduardo Ribeiro (1892-1896) e foi ampliada por seus sucessores. Sistemas de abastecimento de água e captação de esgoto, telefonia, luz elétrica e linhas de bonde formavam a infraestrutura da nova cidade.
Além do aterramento de alguns igarapés (que se tornaram vias públicas), construíram-se praças, pontes, dois grandes hospitais, residências suntuosas, como o palacete da família Scholz, atualmente um importante centro cultural e muitos edifícios públicos monumentais. Esses edifícios são alguns dos monumentos urbanos de uma Manaus construída durante o fausto da borracha (1880-1912) e formam uma sequência de cartões-postais da cidade. São eles:
O Teatro Amazonas, que também fiz uma postagem só sobre ele, para saber mais clique aqui.
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O Largo São Sebastião, onde fica o Teatro Amazonas. Nessa praça, cujo piso de pedras portuguesas formado de ondas pretas e brancas inspirou o famoso calçadão de Copacabana.
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Pois é, fiquem sabendo que foram as calçadas do Largo de São Sebastião que inspiram os cariocas na construção do calçadão de pedras portuguesas, da tão famosa Praia de Copacabana, da qual os cariocas tem orgulho. E não o contrário.
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O visitante pode também experimentar um dos melhores tacacás da cidade (uma sopa quente, feita com tucupi, jambu, camarão seco e goma de tapioca). Ou tomar uma cerveja ou um guaraná do Amazonas no Bar do Armando, na African House e em outros bares do Largo.
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Nessa área central ainda existem belos sobrados neoclássicos, como é possível ver no Largo São Sebastião .
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Monumento Comemorativo a Abertura dos Portos
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Construído em mármore, granito e bronze, assinala a "Abertura dos Portos do Brasil às Nações Amigas". Obra do artista italiano Domenico De Angelis.
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Palacete Provincial
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O Palacete Provincial, conhecido por mais de cem anos como Quartel da Polícia Militar, e que agora retoma sua denominação original, acompanhou o evoluir da sociedade amazonense.
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Quando da conclusão das obras do prédio, a 25 de março de 1874, o então denominado Palacete Provincial passou a abrigar,  simultaneamente, várias repartições públicas:
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Assembléia Provincial, a Repartição de Obras Públicas, a Biblioteca Pública
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e o Liceu Provincial – atual Colégio Amazonense D. Pedro II.
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A inauguração oficial só se deu em 28 de fevereiro de 1875, praticamente um ano depois da conclusão da obra.
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Na volta almoçamos no Tambaqui de Banda.
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Localizado no centro histórico de Manaus, entre os principais pontos turísticos da cidade, o Tambaqui de Banda recebe visitantes do mundo inteiro. Apesar de ser um restaurante turístico, também é muito frequentado pelo manauara. A sua visita ao Teatro Amazonas certamente vai começar ou terminar passando por aqui. Tem um ambiente aberto com mesas próximas à calçada e um ambiente interno no segundo piso que é refrigerado, o que garante um alívio e conforto, pois o calor da região é algo insuportável.
O atendimento é amistoso, porém muito lento, além de estar sempre muito cheio, a refeição é montada na hora, por isso demora um pouquinho.
Embora o cardápio inclua outros peixes, o prato carro chefe do restaurante é mesmo o tambaqui, servido com baião de dois, e vinagrete. IMG_7163
Experimentamos também o suco de taperebá, uma delícia.
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A conta também demorou bastante para vir, então vá com tempo!!
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Mais acima ficam as Praças do Congresso e Praça da Saudade, além do Instituto Benjamin Constant, que valem uma caminhada.
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Daqui voltamos para o hotel, tomamos um banho, fechamos a conta e pedimos um táxi para  nos levar até o Porto, onde embarcaríamos no Iberostar. Abaixo um mapinha deste roteiro, que totalizou cerca de 3,5 km.

Este foi o nosso primeiro dia em Manaus. Apesar do calor, embora esteja acostumada com o calor abafado do Rio, mas incomoda bastante para quem tem que andar sem conhecer a cidade. Apesar disso, gostei muito da cidade, achei que os monumentos históricos mais importantes estão bem preservados. As pessoas bem preparadas para dar explicações e receber bem o turista.

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