Um dia em Belém

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Nosso voo saia de Manaus às 05:00 h e chegava em Belém às 08:00 h, numa conexão de 8 h na cidade, com retorno ao Rio às 16:25 h. Então, desembarcamos no Aeroporto Val-de-Cans com tempo o suficiente para dar um rolé pela Capital Paraense e conhecer alguns dos seus principais pontos turísticos.
A intenção inicial era como primeira parada o Mangal das Garças, que tem um borboletário incrível, com 600 espécimes, mas ainda estava um pouco traumatizada com o ocorrido do dia anterior no Parque do Mindu. Era melhor vê-las assim, livre, leves e soltas pelas praças e telhados…
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Sem falar que era uma quarta-feira de cinzas, muita gente ainda sofria com a ressaca e muitas portas fechadas que talvez só abririam depois do meio dia. Então, resolvemos não arriscar a ir até lá e dar com a cara na porta. Era melhor gastar cinco minutinhos de caminhada pela Cidade Velha, que exibia mais antigos casarões, com com influência marcadamente portuguesa. Pena que em poucos a conservação esteja a contento.
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Uma série de atrações aparece em sequência nesta parte de Belém conhecida como Feliz Lusitânia.
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Foi uma escolha acertada porque logo depois começou a chover. Dizem que muito provavelmente, durante o seu almoço, cai a famosa chuva vespertina de todos os dias, a nossa caiu bem antes e pudemos nos abrigar, ali numa rápida visita à Catedral da Sé, onde o barroco e o neoclássico convivem em perfeita sintonia. Repare nos candelabros de bronze que iluminam a nave central.
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A Catedral é importante também por ser o ponto de partida no último dia da Festa do Círio, quando a imagem de Nossa Senhora sai em direção à Basílica da Sé.
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Próxima parada: a Casa das Onze Janelas, uma antiga residência de um senhor de engenho transformada em centro cultural. Pelos aposentos da casa – localizada às margens do Rio Guamá – estão espalhadas obras de modernistas brasileiros, do quilate de Tarsila do Amaral.
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Instalada no píer da Casa das Onze Janelas, a Corveta Solimões, uma embarcação que desbravava os rios amazônicos, teve suas dependências abertas ao público e virou um museu que agrada a família inteira.
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O Forte do Presépio (1616) tem uma das melhores vistas para o Rio Guamá e o Mercado Ver-o-Peso. Os canhões originais são um belo cartão de visitas, completada pelo Museu do Encontro, que reproduz a colonização portuguesa na Amazônia.
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Ao lado do complexo,a primeira é o pequeno Museu do Círio, que não está a altura da grandiosa Festa do Círio de Nazaré, mas explica de forma didática a importância e a dinâmica do evento. A Igreja de São Francisco Xavier e o Colégio de Santo Alexandre abrigam o Museu de Arte Sacra, um dos melhores do país, com um representativo acervo de 300 peças – é a visita mais demorada da Cidade Velha.
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Após uma breve caminhada sem grandes deslocamentos, onde pudemos ver o maior bando de urubus por metro quadrado, era hora de ir até o Mercado Ver-o-Peso e rume em direção à vizinha Estação das Docas.
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Um abandonado armazém no Porto de Belém foi transformado num efervescente centro de entretenimento. A ideia é mais ou menos semelhante ao bonaerense Puerto Madero.  Muitos restaurantes estão de frente para a Baía de Guajará. Pena que ainda não era hora de almoçar, senão,  não pensaria duas vezes em escolher um para provar as receitas típicas paraenses, como o pato no tucupi ou o filé marajoara.
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Se você possar por aqui na hora do almoço, depois de saciado com o que a Amazônia oferece de mais saboroso, suba a Avenida Presidente Vargas em direção à Praça da República. Nós nos sentimos inseguros em vários pontos de cidade, principalmente nas imediações desta Praça. Haviam uns caras suspeitos, guardei a máquina fotográfica, proximamo-nos de um guarda que estava no Teatro. Eles sentiram que não ia rolar e foram embora.
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No meio da frondosa praça, está o Theatro da Paz, o símbolo mor do Ciclo da Borracha. Suas linhas neoclássicas mostram a inspiração do milanês Teatro alla Scala. Pelo seu palco, passaram grupos teatrais que faziam sucesso na Europa do século 19.IMG_8442
Próxima parada: Basílica de Nazaré, a neoclássica igreja construída onde foi achada a imagem de Nossa Senhora e ponto derradeiro da Festa do Círio de Nazaré. Repare nos belíssimos vitrais laterais da igreja.
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Mais uma atração centenária, e a última antes do regresso ao aeroporto: o Parque Emílio Goeldi.  Inaugurado em 1895, o parque funciona como um centro de pesquisas da fauna e flora amazônicas.  Um aquário com peixes amazônicos hipnotizam a garotada. Por suas alamedas observamos animais da região, alguns deles, ameaçados de extinção. Preferi não me aventurar pelas alamedas dos animais, fiquei só com a flora…
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Você pode fazer a digestão caminhando até o local ou pegar um táxi até aqui e fazer o caminho inverso.O Parque Emílio Goeldi está a 9km do Aeroporto Internacional Val-de-Cans, cerca de 20 min sem trânsito.Abaixo disponibilizo o mapa deste percurso que totaliza mais ou menos 4,5 km:


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