Parque Nacional Picos da Europa | Espanha

06:02

Cerca de duas horas de distância de Santander, os Picos da Europa são uma das regiões montanhosas mais bonitas não só de Espanha, mas de toda a Europa. Esta extensa cordilheira que se estende por cerca de 20 km, situa-se no norte de Espanha, não muito longe de Portugal, sendo por isso um destino perfeito para uma viagem de carro de alguns dias. 
Possui três grandes maciços: Central, também conhecido como UrrielesOriental conhecido como Ándara Ocidental chamado Picos de CorniónEstendendo-se pelas comunidades autônomas das Astúrias, Cantábria e Castela e Leão, o Parque Nacional dos Picos da Europa, é um parque natural com grande formação montanhosa que recebe mais de 1,5 milhões de visitantes por ano, sendo muito fácil de perceber por quê. A área é famosa por sua beleza natural, trilhas para caminhadas, montanhas imponentes, vales encantados, lagos paradisíacos, miradouros com paisagens soberbas, vida selvagem, apaixonantes aldeias, igrejas centenárias e trilhas de classe mundial. Dentro do parque, você também encontrará algumas das cavernas mais profundas do mundo e charmosas vilas no topo de colinas.
Esta é a fórmula mágica que transforma os Picos da Europa num dos melhores destinos de natureza não só da Espanha, mas de toda a Europa, portanto, um território demasiado vasto para caber num só artigo. Além disso, aqui na internet existe inúmeras ofertas de roteiros para passeios nos picos, para os mais diversos gostos e idades. 
Por esse motivo, em vez de um guia completo, o nosso guia abaixo inclui as melhores coisas para fazer nos Picos da Europa, para que você não perca nada. O roteiro para visitar os Picos da Europa que vamos partilhar neste artigo é ideal para uma primeira visita, onde partilhamos um roteiro de carro pelos nossos lugares preferidos e que nos deixou mais encantados, incluindo os locais, as estradas panorâmicas e os percursos pedestres mais apropriados para a nossa idade. Apresenta um roteiro pelas aldeias da região e destaca as melhores trilhas para caminhadas, incluindo opções para toda a família.
Vai poder ver alguns dos “pueblos” mais castiços, fazer os trilhos mais emblemáticos do Parque Nacional e ver algumas das paisagens naturais mais bonitas dos Picos de Europa.
Como Chegar 
Você pode chegar aos Picos da Europa a partir de uma dúzia de estradas. Como dissemos acima, nós fomos  de carro aos Picos da Europa, vindo de Santander na costa norte ou de Oviedo e Cangas de Onís no oeste, mas você pode vir do sul por León

De Lisboa

A viagem desde Lisboa é simples, via Salamanca, Zamora, Léon, Oviedo até Cangas de Onís (tempo aproximado: 8 horas).
Tente ir sempre que possível pelas autovias espanholas: além de terem bom asfalto, não têm portagens.

Do Porto

Do Porto, o percurso é mais curto, via Chaves, Puebla de Sanabria, Léon e, finalmente, Cangas de Onís (tempo aproximado: 5h30).
Alternativamente, poderá seguir um trajeto mais turístico, mas mais longo, através de Vigo, Santiago de Compostela, Corunha e daí percorrendo todo o litoral até Gijón (6 horas).
Há transporte público para o parque, mas os serviços podem ser pouco frequentes, mesmo no verão. A melhor forma de explorar a região é alugando um carro. Se você decidir pegar um ônibus, existem serviços de longa distância que ligam Arriondas a várias cidades como Santander, OviedoGijónLa Coruña e Santiago de Compostela. De Santander saem também ônibus para Potes, alguns dos quais seguem até Fuente Dé. Ao redor da serra, os ônibus Alsa oferecem serviços de Arriondas e Cangas de Onís a Covadonga.

Melhor época
Se pretende reunir todas as condições perfeitas para visitar os Picos da Europa, então a melhor altura para fazer é nos meses de junho e setembro. Você pode visitar os picos em agosto, mas saiba que estará um pouco lotado. É a época do ano em que está mais ensolarado, muitos turistas vêm nessa época. Se você escolher junho ou setembro, encontrará menos pessoas, o que deixa as principais atrações vazias (como as trilhas). Se é fã de flores silvestres e de observação de aves, deve considerar a visita durante os meses de abril, maio ou outubro, meses ótimos para observar a fauna e flora endêmicas.

DicasCovadonga, a Rota do Cares e Fuente Dé são as zonas mais conhecidas e frequentadas do parque. Se não gosta de multidões, evite visitá-las durante os meses de julho e agosto, nos fins-de-semana e feriados. Se não tiver alternativa, opte por ir de manhã bem cedo. No verão, primavera e outono, o tempo costuma ser ameno. As temperaturas nunca sobem muito, mas os choviscos são frequentes. Um impermeável é, pois, fundamental. No inverno, o clima é rigoroso e costuma nevar.

Aldeias nos Picos da Europa
Arriondas
O nosso roteiro para visitar os Picos da Europa tem início no histórico povoado de Arriondas.
Se você é fã de passeios de caiaque ou canoa, então Arriondas tem que estar na sua lista. Esta pequena aldeia abriga o Río Sella, um lago que tem vários pontos finais entre Toraño e Llovio
Apesar do seu tamanho, Arriondas enche-se de centenas de pessoas no primeiro sábado depois de 2 de agosto. Este é o dia do Descenso Internacional del Sella, um evento internacional de caiaque e canoagem.

Cangas de Onís
Cangas de Onis, uma pequena vila no sopé do Parque Nacional Picos de Europa que até finais do século VIII foi a capital das Astúrias fica a 30 km a oeste de Arenas de Cabrales.
Cangas de Onís é a aldeia mais famosa dos Picos da Europa, pois é aqui que começam a maioria dos percursos pedestres. Por causa disso, o local está repleto de facilidades, sendo muito mais populoso do que outras aldeias. Embora encha-se de turistas em agosto, ainda assim é agradável visitá-la.
Situada junto ao Maciço Ocidental dos Picos de Europa, cruzada pelo Rio Sella, é uma pequena e acolhedora povoação, com todos os serviços e uma envolvência magnífica. 
Ao lado da estação dos autocarros, há um parque com capacidade para muitos carros. Daí são dois minutos a pé até ao centro de Cangas de Onís.
A sua principal atração é a sua famosa Ponte Romana, onde se pode observar a Cruz da Vitória, o principal símbolo do Principado das Astúrias. A ponte que na verdade é do período medieval, pois remonta à Idade Média, mas a sua estrutura também revela algumas influências romanas. 
Atravessando o Rio Sella, este destaca-se com o seu arco e caminho de calçada apoiados por corcundas. No verão, os locais vêm para nadar neste rio.
Outos pontos de interesse são: o Centro de Recepção de Visitantes do Parque Nacional dos Picos da Europa, a Igreja da Assunção, a Igreja de Santa Eulália, o edifício do Ayuntamiento, o Palácio Cortés
Por fim, o seu vibrante Mercado Municipal repleto de produtos locais, onde se vendem queijos artesanais da região aos domingos de manhã.
No mercado, os preços são um pouco mais baratos do que nas lojas de Cangas de Onís, por exemplo, nas lojas “Quesos Aquilino” e “La Barata”, com a vantagem de aí serem devidamente embalados em vácuo. Vale a pena visitar estes dois estabelecimentos, nem que seja só para ver.
O Restaurante El Abuelo, na rua principal da povoação, é uma boa pedida para uma refeição. 
A aldeia é também o ponto de partida perfeito para uma caminhada nas montanhas.


Dica: aproveite a passagem no mercado municipal para comprar algumas iguarias locais para mais tarde fazer um piquenique nas margens dos Lagos de Covadonga. 
Covadonga
A partir de Cangas de Onís, a poucos minutos começamos a subir para encontrará a aldeia de 
Covadonga rodeada de florestas, um dos percursos mais concorridos do Parque Nacional.
Covadonga fica a cerca de 80 km de Oviedo e a oeste de Las Arenas
Covadonga oferece incríveis vistas para as montanhas e é cercada por florestas, criando um cenário mágico sempre que neva. Das altas montanhas aos grandes lagos, a cidade está rodeada por uma natureza imensa. 
Esta pequena aldeia foi um local importante durante a Reconquista. O local onde se travou a Batalha de Covadonga marcou a primeira grande vitória das forças militares cristãs na Hispânia a seguir à invasão árabe de 711, quando os muçulmanos foram derrotados pela primeira vez na Espanha, por volta de 722 d.C. 
Os principais pontos de interesse são o Santuário de Covadonga e a altaneira Basílica de Covadonga.
Junto da basílica existe uma gruta – a Santa Cova – onde se encontram a Virgem de Covadonga (a que os asturianos carinhosamente chamam “La Santina”) e o sepulcro de D. Pelayo, figura histórica que iniciou a reconquista cristã da Península Ibérica aos mouros. O Santuário de Covadonga se situa dentro de uma caverna, sobre uma cascata. 
Erguendo-se no alto das montanhas, outro local de destaque está a imponente Basílica de Nossa Senhora das Batalhas do século XIX. Apesar de não apresentar grande interesse, é uma visita obrigatória, poisdevido à sua localização, justifica uma paragem. É difícil não notar que emergiu no meio das colinas.
A construção da basílica começou em 1877, mas só foi inaugurada em 1901. O monumento neorromânico destaca-se contra a paisagem verdejante exuberante. 
Para saber mais sobre a história da vila pode visitar o Museu de Covadonga.
Covadonga visitada, está na hora de seguir caminho até aos maravilhosos Lagos de Covadonga, literalmente o ponto alto do seu primeiro dia de viagem pelos Picos da Europa.
L a g o s  d e  C o v a d o n g a
Os Lagos de Covadonga, na província das Astúrias, são um dos destinos mais emblemáticos do Parque Natural dos Picos de Europa, não é de todo difícil de compreender a razão de tamanha popularidade. Os lagos são de fácil acesso, as paisagens são maravilhosas e os trilhos que ladeiam os lagos não apresentam qualquer dificuldade, o que faz com que sejam excelentes para um passeio em família.Dos lagos partem diversos percursos pedestres, incluindo alguns muito acessíveis como o percurso que dá a volta aos dois lagos, com cerca de 2 horas de duração.

Como visitar os Lagos
A estrada de acesso aos Lagos de Covadonga é fechada a veículos particulares entre as 7:30 h e as 21:00 h durante os meses de verão, Semana Santa e pontes nacionais da EspanhaNessa altura do ano tem apenas duas soluções para aceder aos Lagos de Covadonga: acorda bem cedo, de forma a chegar aos Lagos da Covadonga antes das 7:30 h ou utiliza o autocarro público, os quais partem de Cangas de Onís a cada 10/15 minutos das 9:00h às 19:30h.
Durante o resto do ano, pode-se ir de automóvel. Tenha ainda em atenção que, caso os estacionamentos nos Lagos de Covadonga fiquem cheios, as autoridades encerram a estrada de acesso antes das 7:30 h.O estacionamento nos Lagos de Covadonga custa 2 €, valido para o dia todo. Os bilhetes de autocarro custam 9 € para adultos, 3,5 € para crianças menores de 12 anos e são grátis para crianças com menos de 3 anos de idade. 
Clique aqui para consultar as informações atualizadas sobre as restrições de acesso aos Lagos de Covadonga: https://guiadeasturias.com/informacion-de-acceso-a-los-lagos-de-covadonga/

Dicas: Se desejar fazer uma das trilhas, deve ir aos lagos de manhã ou ao início da tarde, para ter tempo suficiente para percorrer.

O conjunto de lagos de Covadonga é formado por três lagos: o Lago Enol, o Lago Ercina e o Lago Bricial (todos de origem glacial), se bem que este último apenas tem água durante o degelo.
A melhor maneira para se visitar todos os Lagos de Covadonga é percorrendo o trilho PR-PNPE 2, que está bem cuidado e marcado. A trilha é circular e a distância a percorrer é de somente 5 km. Para quem queira apenas ver o Lago Enol e o Lago Ercina, basta percorrer 2 km, recorrendo a uma versão mais curta da referida trilha (distantes 1 km um do outro). 
Rota Circular dos Lagos de Covadonga é fácil e plana, dá às crianças a oportunidade de avistar vacas e cavalos a pastar nas verdes pastagens. Como ela é circular, pode ser iniciada em qualquer ponto, mas o mais usual é começá-la no Parque de Estacionamento do Lago Ercina, até porque o mesmo fica ao lado do Centro de Visitantes Pedro Pidal, onde se pode obter um mapa do percurso. 
Mas ainda antes de nos dirigirmos ao centro de visitantes, desviamo-nos cerca de 200 metros da trilha e fomos até ao Miradouro do Príncipe, de onde se tem espetaculares vistas sobre as montanhas. 
Retomando a trilha, passamos pelo centro de visitantes novamente, e seguimos em direção às Minas de Buferrera, onde antigamente se extraía ferro e magnésio. Em 1979 foram encerradas e mais tarde reabilitadas e transformadas no museu a céu aberto que hoje podemos visitar. 
Após as minas a trilha conduz-nos até ao fotogênico Lago Ercina, em cujas margens dezenas de pachorrentas vacas pastam. Aqui existe a opção de atalhar até ao Lago Enol e dar por terminado o passeio, como já referimos.
Ao final do dia, regresse a Cangas de Onis, pois lá vai encontrar melhores ofertas de alojamentos desta zona dos Picos da Europa
P ó o  e  Arenas de Cabrales
A primeira paragem do segundo dia do roteiro para visitar os Picos da Europa é em Póo de Cabrales onde encontra um dos melhores (e mais acessíveis) miradouros com vista para o cume mais emblemático dos Picos da Europa, o Naranjo de Bulnes/Pico Urriello.
Arenas de Cabrales é popularmente conhecida como Las Arenas. É uma das aldeias mais populosas da região, com a sua estrada principal repleta de restaurantes, hotéis e bares. A vila é uma base famosa para caminhar pela Garganta del Cares, uma trilha espetacular que atravessa as montanhas. 
Termine o segundo dia do seu roteiro pelos Picos da Europa a tapear na castiça aldeia de Arenas de Cabrales, com uma visita a Caves do Queijo de Cabralesfamosa pela produção dos queijos azuis de Cabrales, o conhecido queijo asturiano. Este queijo azul foi criado numa gruta dos picos. Lá dentro, você pode assistir a um vídeo de apresentação da história do queijo e desfrutar de uma visita guiada pelas cavernas, que dura cerca de 45 minutos. E sim, você pode experimentar o queijo no final do passeio. 
B u l n e s
Daqui siga caminho até Poncebos para a primeira caminhada deste roteiro, rumo ao “pueblo” de Bulnes, a nossa aldeia favorita dos Picos da Europa.
Bulnes, situa-se a 649 metros de altitude, no maciço central dos Picos da Europa, no concelho de Cabrales.
Este pequeno e isolado povoado, onde moram pouco mais de vinte pessoas, é a vila mais difícil de chegar, pois como fica no alto nas montanhas com picos rochosos ao seu redor, não é acessível por estrada, o que significa que você tem que chegar a pé. Ou melhor, para se chegar a Bulnes só existem mesmo duas opções: vai-se a pé ou recorre-se ao funicular subterrâneo inaugurado em 2001.
Havendo energias, você pode seguir a Ruta del Canal del Tejo, uma trilha bastante inclinada de 5 km, que começa em Poncebos e leva cerca de duas horas
As paisagens são de deixar qualquer um embasbacado. Verá que quando chegar a Bulnes vai apreciar de uma forma ainda mais especial o aconchego e a tranquilidade da pequena aldeia de montanha, onde a vida decorre devagar, pautada pelo ritmo da natureza. 

Ruta del Canal del Tejo – Caminhada de Poncebos até Bulnes
Distância: 4 km (8 km ida e volta)
Circular: não
DificuldadeTécnica: Moderada
Local de Partida/Chegada: Poncebos/Bulnes
Circular: não
Dificuldade Técnica: Moderada
Local de Partida/Chegada: Poncebos/Bulnes
Outra opção é subir no Funicular de Bulnes, um túnel ferroviário que sobe por cerca de 2 km, deixando você na vila. Devido às nossas condições físicas, é claro que, optamos por chegar a Bulnes através do funicular.
Até ao ano 2000, a única forma de se chegar a Bulnes era a pé (1 hora e 15 minutos).
Atualmente, um funicular liga, em 7 minutos, a aldeia à localidade de Poncebos, através de um túnel debaixo da terra. Os preços e os horários do funicular podem ser consultadoshttps://www.alsa.es/regionales/asturias/funicular-de-bulnes

O que fazer em Bulnes
A aldeia divide-se em dois bairros: o maior junto ao rio, é conhecido como "Vila Villa" e o outro, mais acima como "Pueblu" ou "El Castillo". Em La Villa as casas de pedras da aldeia ficam ao lado do rio, têm portas e caixilhos de madeira, além de vasos cheios de flores. Há uma igreja e as galinhas andam soltas por onde calhar. 
Em Pueblu tem uma meia dúzia de casas mais acima, donde as vistas são magníficas. Depois, ao final do dia, um gato siamês peludo, que ao início nos ignorou com pachorra, acompanhou-nos numa caminhada íngreme pela montanha.
Para além de relaxar e respirar ar puro, Bulnes serve de base para várias caminhadas, como por exemplo:
 – El Castillo (linear, fácil, 10 minutos)
 – Base do Picu Urriellu (linear, difícil, 4 a 5 horas)
 – Poncebos (linear, dificuldade média-baixa, 1 hora e 15 minutos)
 – Majada de Arnández – Pandébano – Sotres (linear)
 – Mirador do Picu Urriellu ou Naranjo de Bulnes, um dos picos mais emblemáticos de Espanha (linear, fácil, 10 minutos)
*Naranjo de Bulnes: Esta é a montanha mais cobiçada pelos caminhantes (aventureiros). Os montanhistas que amam este esporte sonham em chegar ao cume de Naranjo de Bulnes. Mas a rota não é para todos. São cerca de 70 percursos com diferentes níveis de dificuldade, mas mesmo o caminho mais fácil exige muita técnica e equipamento adequado. É um grande desafio escalar Naranjo de Bulnes.
Sotres
Neste último dia (ou não) da sua viagem pelos Picos da Europa começa com uma visita à localidade mais alta dos Picos de Europa (1050 metros de altura), a apaixonante Sotres.
Sotres fica no município asturiano de Cabrales, faz parte da Reserva da Biosfera da zona, rodeada pelos picos do Maciço Central e do Maciço de Ándara, sendo a aldeia mais alta dos Picos da Europa.
À semelhança de Bulnes, a localidade viveu praticamente isolada até há poucas décadas, preservando a essência dos Picos da Europa
Cerca de cem pessoas vivem aqui, mas durante o verão a cidade fica muito mais cheia de turistas que ocupam os albergues disponíveis. 
A população de Sotres diminuiu desde o início dos anos 1970, mas a recente inauguração da primeira estação de esqui do parque ajudou a atrair mais visitantes.
A combinação das castiças casas, com as paisagens bucólicas e a gastronomia de babar, faz de Sotres um dos pontos de paragem obrigatória em qualquer roteiro dos Picos da Europa que se preze.
Casinhas de pedra, montanhas, prados onde andam vacas a pastar, boa gastronomia e uma estrada com paisagens deslumbrantes para lá chegar.
L a  H e r m i d a
Para lá chegar, há que passar pela estreita N-621, uma estrada que atravessa o Desfiladeiro de La Hermida, acompanhando o serpenteante Rio Deva, entre paredes rochosas quase verticais.
Se tiver tempo, poderá fazer duas paragens: uma no Spa La Hermida, para desfrutar de uma das melhores nascentes de água mineral de Espanha e outra na moçárabe Igreja de Santa Maria de LebeñaDatada do século IX, esta pequena igreja destaca-se pelo seu estilo moçárabe, uma visão rara no norte de Espanha. Vale a pena a visita pelo seu retábulo barroco e motivos florais.
Potes
Continue o seu roteiro para visitar os Picos da Europa rumando até à vila medieval de Potes. Potes é uma das aldeias mais populares dos Picos da Europa, se não a mais popular. 
Esta cidade velha é considerada a capital de Liébana, a área do vale que fica entre os Picos da Europa e a Cordilheira Cantábrica.
Esta localidade da Cantábria fica primorosamente localizada na convergência de quatro vales estando toda ela rodeada por montanhas.
Em Potes, você pode sentir uma vibração medieval, reforçada por alguns de seus famosos pontos turísticos: as pontes medievais de Cárcel e a Puente San Cayetano, construídas sobre o Rio Quiviesa, assim como a Torre del Infantado, datada do século XV, são dois grandes exemplos desta época.
Mas o melhor mesmo de Potes é deambular à toa pelas suas ruelas empedradas. Uma verdadeira viagem no tempo para fechar com chave de ouro a sua viagem pelos Picos da Europa
Sendo esta aldeia um importante ponto de passagem, está mais bem equipada e preparada para receber turistas do que outras. Prova disso são as exposições interativas dentro de algumas das casas, contando um pouco da história de Potes, principalmente a história de Beato de Liébana, um conhecido teólogo e monge.
M o n a s t e r i o  d e  S a n t o  T o r i b i o  d e  L i é b a n a
Este mosteiro, localizado a 3 km a oeste de Potes, é um marco importante por duas razões.
Abriga o Lígnum Crucis, considerado o pedaço mais significativo da cruz de Cristo e também é o lar de Beato de Liébana, o teólogo e monge conhecido por seus pensamentos sobre o Apocalipse.
T a n a r r i o
De Potes a Fonte Dé são apenas 20 km pela estrada CA-185. Mais ou menos a meio, poderá ir espreitar a pequeníssima aldeia de Tanarrio, cujos habitantes desfrutam de uma das vistas mais admiráveis do Maciço Oriental dos Picos da Europa.
Se quiser esticar em mais um dia a sua viagem pelos Picos da Europa, sugerimos uma visita às pequenas aldeias de Mogrovejo Espinama. Aproveite ainda para passar pelo Miradouro do Urso situado no Collado de Llesba em Puerto de San Glorio e o Mirador del Corzo.
Mogrovejo
Mogrovejo é uma vila na região da Cantábria que fica a 10 km a oeste de Potes. Apesar da sua pequena dimensão, com apenas quarenta habitantes, esta é uma das aldeias mais pitorescas dos Picos da Europa
A maioria das casas remonta ao século XVI e ainda existe até hoje. Um século depois, a igreja da vila foi erguida e iluminada desde então. 
F u e n t e  D é
Fuente Dé é o local onde se situa uma das maiores atrações dos Picos de Europa: o Teleférico de Fuente Dé.
Este teleférico que une Fuente Dé ao Mirador del Cable nos leva do sopé da parede sul aos 1.834 metros de altitude, permite superar um desnível dos picos de mais de 700 metros em apenas quatro minutos. As vistas do miradouro mais emblemático dos Picos da Europa são simplesmente sublimes e magníficas, se não houver nevoeiro.
A jornada é digna de filme e genuinamente mágica e você pode se familiarizar com a área ou sentar em um dos cafés. Aqui é possível avistar vários picos, entre eles a Peña Remoña, o Pico de la Padiorna e o Pico de San Carlos. Se você vier no inverno, poderá pegar um pouco de neve acima das montanhas.
Se o tempo permitir, o teleférico viaja o dia todo. Durante a alta temporada (principalmente agosto), é mais difícil encontrar um assento, pois você terá que esperar cerca de uma hora para subir no teleférico. 

Atenção: Se não quiser ir de teleférico, você pode chegar a FuenteDé indo por Sotres, mas a ligação mais direta entre Sotres e Fuente Dé é por estrada de terra batida em más condições. Para evitar meter-se em trabalhos, recomendamos vivamente ir de 4×4 ou pelo menos com um carro bem robusto. Se for com um carro ligeiro o melhor mesmo é regressar a Arenas de Cabrales e ir à volta por estrada alcatroada, entrando em Potes.

Do teleférico partem numerosas trilhas com diferentes graus de dificuldade. A trilha Los Puertos de Pembes através de Puertos de Aliva até Los Llanos tem 15,5 km, cerca de 4h30. 
Em Los Llanos, pode-se apanhar um autocarro de volta a Fuente Dé. Esta trilha passa por Mogrovejo, considerado uma das povoações mais bonitas da Cantábria e uma das poucas que estão situadas dentro do Parque Nacional dos Picos da Europa.
Teleférico de Fonte Dé
Horários: todos os dias das 10:00h às 18:00h e das 9:00h às 20:00h nos meses do verão.
Preços: bilhete só de ida 11 €; ida e volta 17 €.
C a m i n h o  V a d i n i e n s e
Camino Vadiniense está localizado entre a Cantábria e Castila y León e faz parte do Camino del Norte e do Camino Francés. Se você, assim como nós, estiver indo sentido León, poderá passar pelo Caminho Vadiniense, um dos mais antigos que conduzem a Santiago de Compostela. Já foi muito famoso, pois era a única rota jacobina na época.  É uma rota desafiadora, mas vale a pena caminhar, pois você pode se conectar com a natureza e admirar as vistas dos Picos da Europa ao longo do caminho.
Onde Comer 
Em vez dos tradicionais restaurantes de tapas, Picos de Europa é famoso principalmente por suas refeições fartas. Você pode contar com grandes quantidades de queijo, carne e feijão. Não deixe de experimentar a tradicional fabada (caldeirada de feijão) ou dar uma mordida no queijo Cabrales. 
O que provar nos Picos da Europa
§ Queijos tradicionais como o gamonéu, o cabrales e os queijos de aliva, lebeña e tresviso;
§ Sidra, vertida do alto para os copos;
§ Entrecot com molho de Cabrales;
§ Fabada asturiana;
§ Cabrito assado.
Abaixo estão alguns dos melhores lugares para comer nos Picos da Europa:
La Casa del Puente (pertence aos mesmos donos da Casa del Chiflón). Apesar de haver mais alojamento e restaurantes na aldeia, poderão não estar abertos durante todo o ano e alguns só ao fim de semana, pelo que deverá informar-se com antecedência.

Casa Marcial (Arriondas): Localizado 4,5 km ao norte de Arriondas, este restaurante com duas estrelas Michelin pertence ao chef Nacho Manzano e fica na casa de sua infância. O menu dá um toque moderno aos pratos tradicionais. Experimente as versões do chef de fabada e pitu (frango de capoeira). Certifique-se de reservar uma mesa com antecedência.

El Corral del Indianu (Arriondas): Este restaurante em Arriondas tem uma estrela Michelin e é conhecido por reinventar a cozinha asturiana. Se não quiser experimentar os menus de degustação mais extensos (que variam entre os 75 € e os 95 €, bebidas à parte), pode optar pelos pratos mais tradicionais como a fabada, a carne de vaca e o atum vermelho.

El Molín de la Pedrera (Cangas de Onís): Vale a pena visitar este restaurante tradicional asturiano em Cangas de Onís. Instalado numa típica casa de pedra, serve deliciosas iguarias locais, como fabada, carnes grelhadas e tortos de maíz. Pode ainda contar com as tradicionais sobremesas caseiras para terminar a refeição.

Asador Llorente (Potes e Vale Liébana): Os amantes da carne e do vinho irão desfrutar de uma visita a esta taberna acolhedora em Potes. Peça o cocido lebaniego (guisado de chouriço, grão-de-bico, batata, toucinho, carne de vaca, morcela e grelos) ou o chuletón (este pedaço de carne pesa meio quilo por isso, se não estiver com fome, é melhor partilhar).

Vicente Campo (Fuente Dé & Southeastern Picos): Em funcionamento desde 1959, este tradicional restaurante serve deliciosos pratos caseiros. Destaque para os bifes grelhados com molho de queijo Tresviso e para os ovos mexidos com espargos e gambas. A maioria dos ingredientes vem da fazenda da família.
Onde ficar 
La Casa del Chiflón: pertence aos mesmos donos de La Casa del Puente. Apesar de haver mais alojamento e restaurantes na aldeia, poderão não estar abertos durante todo o ano e alguns só ao fim de semana, pelo que deverá informar-se com antecedência.

Parador de Cangas de Onís (4 estrelas): Este hotel, situado num mosteiro medieval, está virado para o rio Sella. Apresenta um interior rústico com camas de dossel na maioria dos quartos. As comodidades incluem um restaurante, uma queijaria, um café e um terraço com jardim.

Hotel Santa Cruz: se quiser ficar mesmo no centro de Cangas de Onís aposte no Santa Cruz. Fica localizado junto ao Rio Sella, a dois passos da famosa Ponte Romana de Cangas de Onís, tem quartos modernos e confortáveis, um excelente pequeno-almoço e é extremamente econômico.

Arcea Gran Hotel Pelayo (4 estrelas): Este hotel foi o escolhido por nós para ficar em Covadonga. O Arcea Gran Hotel Pelayo está situado num belo edifício com vistas para a Catedral Covadonga e proporciona um cenário pitoresco dentro do Parque Natural Picos de Europa. Este hotel disponibiliza acomodações com uma decoração clássica. O pequeno-almoço é servido no Restaurante do Gran Hotel, que propõe opções à carta e cozinha tradicional espanhola ao jantar. Os hóspedes poderão também desfrutar de um lounge bar.
Foto: Booking
Posada San Pelayo (3 estrelas): Montanhas e vales rodeiam este hotel de três estrelas. Alguns dos quartos têm varandas, para que possa desfrutar de vistas deslumbrantes ao acordar. O hotel fica a 4 km do mosteiro Santo Toribio de Liébana.

Hotel del Oso (3 estrelas): Este hotel ocupa um antigo edifício de pedra, a 12 km do mosteiro de Santo Toribio de Liébana. Tem um ambiente acolhedor e no inverno pode desfrutar do salão com lareira. Há também uma piscina externa, quadra de tênis, restaurante e bar.

You Might Also Like

0 comentários

Mapa Interativo

Instagram

Pinterest