A Dubrovnik medieval esteve sob a dominação de Veneza até o século XIV. Depois, a República de Ragusa tornou-se independente e poderosa, cujo apogeu aconteceu durante os séculos XV e XVI, detendo amplas relações comerciais que incluíam o Oriente Médio e parte da Europa. 

Dubrovnik que foi cidade-estado, sempre foi uma das cidades costeiras mais importantes do 

Mediterrâneo. A sua fama e influência rivalizava com a de Veneza na época áurea dos séculos XVI e XVII. Muita da fortuna vinha do próspero comércio marítimo e o lento declínio foi causado, em grande parte, pela abertura de novas rotas comerciais a leste.

Por muitos séculos, Dubrovnik conseguiu sobreviver às constantes ameaças ao seu território, especialmente do poderoso Império Otomano e de Veneza. No entanto, ela sempre renasceu das cinzas, igual uma fênix das cidades históricas. 

Quem viesse do mar tinha que respeitar os dois quilômetros de sólidas muralhas seiscentistas que rodeavam uma cidade evoluída, limpa e de uma beleza ímpar. Apesar de cobiçada, as Muralhas de Dubrovnik nunca foram transpostas por inimigos, até investidas otomanas foram goradas.

Em 1667 sofreu um terremoto que destruiu praticamente toda a Cidade Velha e dizimou grande parte da população. 

Nova tragédia atinge a cidade de Dubrovnik quando uma outra grande ameaça foi enfrentada durante a Guerra da Independência em 1991, com o cerco e o duro bombardeamento por forças militares iugoslavas da Sérvia e Montenegro, na sequência da guerra dos Balcãs. Fato que danificou grande parte do seu patrimônio histórico atingido por milhares de projéteis. Surpreendentemente, nenhum pedaço da muralha foi destruído, permanecendo intacta. 

Desde 1979 que, o recinto amuralhado está classificado como Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Do aeroporto parte um frequente shuttle-bus com ligação ao Pile Gate. Os horários dos transporte de ônibus para o aeroporto são programados com saídas da rodoviária em função dos vôos das principais linhas aéreas. 

Em alternativa, apanhe um táxi ou compre um transfer com antecedência.

A rodoviária fica um pouco distante do centro, perto do Porto Gruz, mas há transporte regular de ônibus do/para o centro. 

Carro: Dirigir para Dubrovnik pode ser a melhor opção se você estiver visitando a Croácia fora da principal temporada turística. No entanto, tenha em mente que o estacionamento no centro da cidade é bastante escasso, além disso, estacionar em Dubrovnik é caro e quase nenhum lugar é gratuito, por isso certifique-se de organizar o seu estacionamento antes da chegada. O melhor é deixar o carro na acomodação, mesmo porque para circular entre a rodoviária, as praias e o centro histórico, você precisará utilizar algum tipo de transporte: ônibus públicos ou táxis ou UBER baratos.

Em frente à praça da Grande Fonte Onofrio, você adquire os tíquetes e inicia o percurso. Ao subir as escadas, vá em direção ao mar.

Tente não ter pressa, pois esta caminhada será o ponto alto da sua visita à cidade, além disso, inclui subir e descer vários degraus. 

Dubrovnik é de fato a cidade de muitos, muitos degraus. Não contei, no entanto, há uma informação que é comummente aceita (outra lenda urbana) de que o número total de degraus ao longo das muralhas da cidade é pouco superior a mil (1080 para ser mais preciso).

Dentre os muitos detalhes das muralhas destacam-se:

Espreite a esplanada do Bard Mala Buža, um bar literalmente “hole-in-the-wall” empoleirado na ravina exterior às muralhas. 

• Guarde bem o seu bilhete das muralhas para visitar posteriormente a Fortaleza Lovrijenac.

Dependendo dos seus interesses, aprecie a arquitetura barroca das casas de pedra que são particularmente bonitas, muitas lojas que vendem especiarias, azeites, vinhos, o bolo de figo é delicioso... numerosos cafés convidam a permanecer ou já vai selecionando o restaurante onde comer, na hora de acalentar o estômago. 

Gostei das lojas da Ulica Od Puca, paralela a Stradun, lado direito de quem entra no Portão Pile. Além disso, ao longo do Stradun você também encontrará muitas atrações interessantes. Inúmeras boutiques e lojas de souvenires alinham-se na Stradun, perfeito para todos aqueles que gostam de fazer compras. Se você é um desses, vá escolhendo também as lojas onde fazer as suas compras. O artesanato é muito rico e variado, os artigos com motivos e produtos do mar,  toilette e beleza (cremes e essências), as belas bijuterias tradicionais (trabalho em filigrana de prata) você também encontra lá. Eu me esbaldei mesmo foi na loja Captain Candy. Senti saudades do tempo em que as minhas filhas eram pequenas, comprava um pacote cheio destas balas...😅

No final você encontrará a Coluna de Orlando, o Palácio Sponza, a Igreja de São Blásio e a Torre Sineira.

Deparamo-nos com um largo, ponto de início da avenida pedonal Stradun ou Placa e o segundo ponto de paragem deste roteiro de Dubrovnik. 

A monumentalidade não perde tempo a atingir o visitante. A Igreja St. Saviour Church – Crkva sv. Spasa resistiu ao terremoto de 1667 permitindo-nos atualmente de ver um exemplar da arquitetura renascentista original.

Situada no outro extremo da Stradun, na esquina da Praça Luža, junto à entrada pela Porta Ploce, esta fonte também foi desenhada pelo mesmo arquitecto e executada pelo escultor milanês Pietro di Martino. Está estruturado como piscina octogonal, embelezada por relevos de meninos, pilares, golfinhos e conchas. A fonte é apresentada na peça Novela od Stanca do dramaturgo renascentista local Marin Držić.

Seguimos o nosso roteiro até à seiscentista Catedral da Assunção da Virgem Maria de Dubrovnik  que foi construída no século XVII, substituindo a antiga catedral destruída no terremoto. O imponente edifício atual, concluído em 1713, é uma joia da arquitetura barroca. 

Está localizada na praça Poljana Marina Držića, em frente ao Palácio do Governo e impressiona como um dos edifícios religiosos mais fascinantes da cidade. 

Durante os trabalhos de reconstrução em 1979 foi comprovada a existência de uma catedral bizantina do século VII. A parte mais fascinante é a fachada, decorada com inúmeras colunas, frontões e estátuas.

Também vale a pena conhecer o encantador interior da igreja, pois está ligada ao rei Ricardo Coração de Leão e é guardiã do tesouro da cidade em arte sacra e relicários, como as inúmeras pinturas religiosas antigas, com seus valiosos tesouros artísticos, uma delas da Assunção da Virgem Maria que é atribuída a Ticiano e um dos destaques no interior da igreja são os relicários de São Brás, guardados em recipientes de ouro, que incluem o crânio e um dos pés do santo.

Dirija-se para oeste até à Praça Gundulić, localizada no lado sul do Stradun, em frente ao palácio, por uma rua estreita logo atrás da Catedral de Dubrovnik, rodeado por edifícios elegantes e inúmeras lojas e restaurantes, você acessa a Praça Gundulić, localmente chamada de Gundulićeva Poljana, é uma praça movimentada de Dubrovnik. 

De manhã, a praça fica muito movimentada com compradores, pois também abriga o popular mercado matinal, preenchido com as bancas do Mercado da Gundulićeva Poljana, o mais movimentado e variado mercado de frutas e vegetais de Dubrovnik, enquanto à tarde e à noite fica quase deserta.

Basta virar à direita em Gundulićeva Poljana e você estará seguindo os passos das lindas e elegantes escadas barrocas, desenhadas por Pietro Passalacqua, que rivalizam em fama com as escadarias da Piazza di Spagna em Roma, mas em menor escala. 

Igreja Jesuíta de Santo Inácio de Loyola – Church of St. Ignatius e o Colégio dos Jesuíta  

      

Está ligada à central Praça Gundulić por uma escada monumental conhecida como Escada Jesuíta, em croata skale od jezuita, em italiano scalinata dei gesuiti. Os edifícios do colégio e a igreja estão dispostos em torno de uma praça que era conhecida como Praça dos Jesuítas, em croata Poljana na Jezuvitima até 1930 e depois foi renomeada como Praça Boscovich, em croata Poljana Ruđera Boškovića em homenagem ao ex-aluno mais famoso do antigo colégio, Roger Joseph Boscovich.

O Collegium Ragusinum, às vezes também Rhagusinum, era o Colégio Jesuíta na República de Ragusa, hoje cidade de Dubrovnik, na Croácia. Após a presença jesuíta inicial em Ragusa no final da década de 1550, o colégio foi fundado em 1658 e fechado em 1773 com a supressão da Companhia de Jesus. Sua igreja preservada é dedicada a Santo Inácio, e os demais edifícios abrigam hoje um ginásio católico e outras dependências da igreja. O complexo foi referido como "considerado o melhor conjunto de edifícios barrocos de Dubrovnik e - segundo muitos - de toda a Dalmácia". 

Agora que acabou de explorar o melhor que a cidade tem, continue o roteiro de Dubrovnik deambulando pelo labirinto de ruelas estreitas, escadinhas inclinadas para sentir a energia da cidade. Vai-lhe dar prazer andar à toa até o anoitecer.
Descubra o Trono de Ferro e sinta-se dono dos Sete Reinos. Nós encontramos por lá o Tyrion nem que seja pelo escasso tempo duma foto com ele!

Se você tem mais alguns dias sobrando, propomos que preencha o dia com atividades que complementam a fantástica experiência que é visitar Dubrovnik.

Visitar Dubrovnik não se restringe à Cidade Velha. Nas proximidades não faltam oportunidades de praias para tomar um banho de mar e apreciar uma boa paisagem na praia. As principais praias são: Banje, Lapad, Copacabana e Lokrum. A beleza do cenário, o mar de águas cristalinas de cor verde esmeralda e a temperatura agradável são convidativos. Mas, não espere areias brancas, como no Brasil, e sim pedrinhas.

Consoante os seus gostos, poderá querer brincar com as pedrinhas da Praia de Banje, a mais próxima e popular praia da cidade, que pode ser acessada a pé, a partir da cidade antiga. Você pode dar uns mergulhos nas águas cálidas do Mar Adriático ou sentir o abraço quente do sol croata numa espreguiçadeira. O movimento é intenso e a vida noturna é agitada com bares e restaurantes.

O Complexo do Monastério, na Ilha de Lokrum, foi mencionado pela primeira vez em 1023 como o primeiro de muitos monastérios beneditinos no território da Croácia. 

Na verdade, no século XV, a ilha inteira era propriedade dos monges, sendo a abadia um hospital.

Conta a lenda que Ricardo Coração de Leão, em 1192, após o naufrágio do seu navio, atingiu a praia e foi salvo. Como agradecimento, ele iria construir uma igreja no local, mas por pedido dos governantes, ele terminou por investir na construção da Catedral de Dubrovnik. 

Durante a invasão francesa, o mosteiro foi fechado. O imperador da Áustria, Maximiliano dos Habsburgo, fez na ilha a sua residência de verão e implementou melhorias. Enfim, a ilha teve muitos donos, até que em 1976 foi transformada em uma reserva natural.

Bem conectado com a balsa do antigo porto, relativamente muitos turistas visitam esta pequena ilha. Especialmente interessante é a vegetação subtropical da ilha, protegida pela UNESCO. Não há muitas praias aqui, mas há muitas trilhas bem marcadas. Durante uma caminhada pela ilha, que tem cerca de 1.600 metros de comprimento e 500 metros de largura, você pode explorar diversas atrações, como o Fort Royal, um mosteiro beneditino e um jardim botânico. Há uma crença que a ilha foi amaldiçoada pelos monges beneditinos que de lá foram expulsos. Poderá querer arriscar e visitar o seu antigo mosteiro ou os jardins esplendorosos. O seu valor está na natureza quase intocada.