A cidade de Praga fica no centro da Bohemia e é absolutamente espetacular. Cortada pelo Rio Moldava, tem um charme e beleza incríveis. É a Paris do leste europeu.
Praga, na República Tcheca, mistura charme medieval à efervescência cultural
Sobrevivente de guerras e conflitos políticos, a cidade de Praga foi chamada por Goethe de "a jóia de pedra" e é considerada até hoje uma das capitais mais bonitas do leste europeu. Não é necessário muito tempo de caminhada pelas ruelas e pontes sobre o rio Vltava, que corta o local, para entender porque ela figura na lista de patrimônios históricos da humanidade da UNESCO. Mansões e palácios renascentistas, catedrais e rotundas góticas, conventos barrocos e pontes medievais dividem espaço, representando uma arquitetura riquíssima e que deve ser apreciada aos poucos, a pé.

Moldava  (em tcheco: Vltava) é o rio mais longo da República Checa, e podemos vê-lo em Praga. Para mim, Praga sem o rio, não seria a Praga romântica, encantada, de conto de fadas, que todos recordamos ou imaginamos.
Cruzam-no muitas pontes e ainda a de Carlos seja a mais conhecida e seja linda, para mim está demasiada transitada, por isso prefiro outras, que talvez não sejam tão bonitas, mas que permitem observar tranquilamente os telhados de cores que vestem o rio, o castelo, a catedral, etc.

Quarteirão Judaico ou Bairro Judeu, o Josefov
Na parte velha de Praga, no interior da curva do rio Vltava, fica um bairro muito famoso em Praga, é o bairro judeu. Criado em torno do século XIII, este bairro existe desde 1179, ano em que o Papa Inocêncio III decretou que cristãos deveriam afastar-se de judeus. Desde então, a comunidade judaica de Praga permaneceu 700 anos confinada em um gueto, cercado por um muro que só foi derrubado em 1848. Durante todo este tempo, não era permitido aos judeus que saíssem e a ninguém que entrasse. As pessoas nasciam e morriam sem contato com o mundo exterior.

Em uma reviravolta irônica da história, chegou até nós perfeitamente preservado, porque durante a Segunda Guerra Mundial, os nazistas, em vez de destruir todos os edifícios, como em outras cidades europeias, Hitler invadiu e ordenou a prisão de todos. Ao todo mais de 80 mil dos 120 mil judeus que viviam lá foram exterminados nos campos de concentração. Hitler queria fazer ali um museu da raça extinta. Ainda bem que extinto foi ele, pois os judeus construíram neste bairro, muitas sinagogas, o antigo cemitério judeu, a casa de nascimento de Franz Kafka, e outros locais de importância histórica.
No Bairro Judeu de Praga estão as seis mais antigas sinagogas da Europa.
É a mais antiga sinagoga ainda em funcionamento da Europa. Construída no final do século 13, é um dos mais bem conservados prédios góticos de Praga e é regularmente utilizada pela comunidade judaica. A entrada individual é 200 Kc, ou 140 Kc para estudantes. É possível comprar um pacote para todas as atrações do bairro por 480 Kc

Sinagoga Maiselova
Synagoga Maiselova foi contruída em 1592 como synagoga particular de Mordecai Maisel, primaz da Cidade Judaica, cortesão judeu e conselheiro de finanças de Rodolfo II. Atualmente faz parte do Museu Judaico onde se guardam os objectos tradicionais e religiosos. A história abrange a história dos judeus nas terras de Bohémia e Morávia, desde a fundação das primeiras comunidades no país no século X até emancipação, século XVIII.

Pode-se desfrutar de um passeio ao redor do bairro, com arquiteturas impressionantes e muitos motivos judaicos em todas as fachadas e lojas. Indiscutivelmente, este bairro é o mais rico de Praga, com boutiques chiques, joalheiros, bons carros, etc. Na Avenida Josefov 5, observa-se notadamente a história em cada esquina.


Nessas barraquinhas de ruas estão à venda as comidas populares, como pães, doces, inclusive o doce tradicional tcheco é o trdelník.